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Senado aprova indicação de
Raquel Dodge para a Procuradoria-Geral

Senado aprova indicação de
Raquel Dodge para a Procuradoria-Geral

FOLHAPRESS

12/07/2017 - 22h00
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O Senado Federal aprovou nesta quarta (12), com 74 votos favoráveis, um contrário e uma abstenção, a indicação da subprocuradora-geral da República Raquel Dodge para suceder Rodrigo Janot no comando da PGR (Procuradoria-Geral da República) a partir de setembro. Ela será a primeira mulher a ocupar o cargo de chefia da instituição.

O voto é secreto e a aprovação será encaminhada ao Palácio do Planalto, responsável pela indicação de Dodge ao cargo.

Também nesta quarta, os 27 senadores titulares da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) votaram a favor da indicação, após cerca de oito horas de sabatina.

Aos 55 anos, quase 30 deles no Ministério Público Federal, Dodge é natural de Morrinhos (GO), tem experiência na área criminal, estudou na UnB e é mestre em direito pela Universidade Harvard (EUA).

A sabatina no Senado transcorreu em clima ameno, diferente de agosto de 2015, quando Janot foi sabatinado e reconduzido à PGR num clima de tensão, dias depois de ter apresentado as primeiras denúncias de parlamentares na Lava Jato.

A indicada falou de buscar um "caminho do entendimento" e prometeu atuar com "serenidade" e respeito aos direitos dos investigados, como o do princípio da presunção da inocência.

Nesse contexto, por exemplo, ela defendeu um controle maior sobre a divulgação de informações sigilosas durante as investigações, para não manchar os nomes dos suspeitos antes de uma eventual condenação.

"É cada vez mais necessário que a atuação do Ministério Público, de partida, seja calcada em provas mais coerentes em face de todo os fatos que são imputados para que a dúvida não desonre a dignidade da pessoa enquanto não haja condenação", disse.

Várias manifestações de Dodge foram vistas como contrapontos à atuação de Janot -a quem ela faz oposição na instituição. Em meio à Lava Jato, a relação de Janot com políticos investigados tornou-se tensa.

Nem mesmo os senadores de oposição insistiram em questionar Dodge sobre sua indicação pelo presidente Michel Temer, pelo fato de ela ter sido a segunda colocada na lista tríplice resultante de eleição entre os membros do Ministério Público Federal. Desde 2003, sob o governo Lula, os presidentes da República vinham indicando o primeiro nome da lista tríplice.

"Qualquer um dos três que figure na lista passou por rigoroso e severo critério dos procuradores da República", disse Dodge no início da sabatina, após ponderar que a lista tríplice não é uma obrigação, mas uma "sugestão" da categoria com o objetivo de orientar o presidente.

Assistiram à sabatina os ex-procuradores-gerais da República Roberto Gurgel e Aristides Junqueira. Em 2015, vários procuradores da Lava Jato foram ao Senado para apoiar Janot.

Naquela ocasião, havia uma expectativa de que ele sofresse ataques do senador Fernando Collor (PTC-AL), que o chamou de "catedrático em vazar informações" e sussurrou ofensas. Janot havia denunciado Collor uma semana antes de sua sabatina.

Logo de início, Dodge respondeu a perguntas do relator de sua indicação na CCJ, Roberto Rocha (PSB-MA), sobre temas espinhosos, como a importância das delações premiadas, concessão de imunidade penal a delatores -alvo de críticas no caso JBS- e supostos abusos da Operação Lava Jato.

Ao longo da sessão, porém, as polêmicas perderam fôlego e deram lugar a elogios a Dodge. Ela foi lembrada diversas vezes por ser a primeira mulher indicada à PGR, por ter conduzido a Operação Caixa de Pandora, no Distrito Federal, em 2009, e ter atuado pela condenação do ex-deputado acriano Hildebrando Pascoal, na década de 1990.

POSIÇÕES

Dodge prometeu priorizar o combate à corrupção, disse que poderá reforçar as equipes que já trabalham nessa área e também se mostrou favorável a pautas caras aos parlamentares, como a edição de uma nova lei para coibir abusos de autoridade.

"A lei de abuso de autoridade vem no socorro da ideia de que, no regime democrático, freios e contrapesos são necessários, controles são necessários, inclusive sobre os órgãos de administração de Justiça", afirmou.

"Ninguém está imune a excessos, nenhuma instituição é imune a erros. E nessa perspectiva de que seja dada ampla autonomia para o exercício da função jurisdicional por juízes e membros do Ministério Público, mas contidos os excessos, é que vejo a importância de se aprovar uma lei que controle o abuso de autoridade", disse.

Há um projeto sobre abuso de autoridade em tramitação no Congresso que foi duramente criticado por Janot, que viu nele uma forma de intimidar membros do Ministério Público e do Judiciário. Dodge não comentou o projeto específico, mas sua fala foi vista como um aceno aos parlamentares e uma abertura ao diálogo maior que a de Janot.

Questionada por Rocha sobre um suposto "Estado policial" criado pela Lava Jato, a indicada à PGR disse que o limite da atuação do Ministério Público é a lei, e que é comum o órgão revisar provas que ele próprio obteve, no curso das ações penais, caso detecte alguma ilegalidade.

"O grande compromisso do Ministério Público é agir sempre pautado na prova colhida de forma idônea e é preciso que zelemos sempre por esses princípios que são muito caros ao Estado democrático", disse.

"Devo dizer que não é incomum que um órgão do Ministério Público aponte a uma certa altura da ação penal que a prova é inidônea, que a prova é inválida. Esse é um dever que o Ministério Público tem, que é apresentar em juízo uma acusação sempre amparada na prova. Se há excessos, é o que deve ser sempre controlado, e o principal órgão de controle é o Judiciário."

ADOTE!

Prestes a fechar, ONG precisa que animais sejam adotados urgentemente

Cachorrinhos são lindos, carinhosos, saudáveis, limpinhos e cheios de amor para dar

26/12/2024 12h00

Cachorrinho disponível para adoção

Cachorrinho disponível para adoção DIVULGAÇÃO/Guarda Animal

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Dezenas de animais da Organização Não Governamental (ONG) Guarda Animal – fechada recentemente – precisam ser adotados em caráter de urgência.

O contrato de aluguel da chácara, em que os animais estão, encerrará em março e os animais não terão lugar para morar.

Portanto, os bichinhos precisam de um lar e de um novo tutor.

Conheça alguns dos pets, abaixo, disponíveis para adoção. São lindos, carinhosos, saudáveis, limpinhos e cheios de amor para dar.

Interessados em adotar algum animal devem entrar em contato com o número (67) 99122-8509.

Para adotar, deve-se mostrar um documento oficial com foto, comprovante de residência, vídeo mostrando quintais, portões e janelas e apresentar um breve relato da sua história com animais.

 

 

 

 

 

VEJA OUTROS ANIMAIS DISPONÍVEIS AQUI.

FECHAMENTO DA ONG

Organização Não Governamental (ONG) Instituto Guarda Animal encerrou o resgate de animais de rua em Campo Grande. Portanto, os resgates estão suspensos definitivamente.

Os motivos do fim são problemas financeiros, denúncias feitas por vizinhos em julho deste ano, cobrança de órgãos públicos e escassez de alimentos para os animais resgatados. O comunicado foi publicado nas redes sociais da instituição em 26 de novembro de 2024.

Foram 10 anos de um trabalho árduo e intenso de resgates diários de gatos e cachorros: resgate, socorro, medicação, acolhimento, abrigo, alimentação, cuidado, proteção, zelo e adoção.

Instituto Guarda Animal é uma ONG sem Fins Lucrativos, direcionada à causa animal, que visa acolher, abrigar e proteger cães e gatos abandonados, sem donos e em situação de rua.

A ONG recebe animais desde 2016, sobrevive de doações e não recebe ajuda do poder público.

Confira a nota divulgada na íntegra:

“É com grande pesar que informamos o encerramento do Instituto Guarda Animal depois de 10 anos de um trabalho árduo e gratificante, no qual sempre procuramos oferecer de forma incansável o melhor para nossos bichinhos e de tantas outras vidas que transformamos. Devido aos problemas financeiros que vem se arrastando por um longo período de tempo, por conta das subsequentes dificuldades que estamos enfrentando silenciosamente, cobranças de órgãos públicos por melhorias, falta de recursos como alimentação para nossos animais, temos 4 meses para deixar a chácara onde vivemos, enfrentando problemas de saúde física e emocional, infelizmente não tivemos outra escolha, se não encerrar nossas atividades. Desde já, agradecemos a confiança de vocês em nosso trabalho, por toda ajuda e apoio durante todos esses anos e pedimos encarecidamente uma corrente linda do bem para que todos nossos bichinhos sejam adotados e tenham uma vida melhor do que se encontram aqui, e desejamos sinceramente que continuem nos ajudando, até doarmos todos. A adoção é o melhor caminho para todos eles nesse momento. O que podemos dizer é que essa foi uma das decisões mais doloridas que tivemos que fazer, tudo que fizemos foi por amor incondicional pelo bichinhos e o Instituto foi criado para transformar vidas. E temos certeza que essa missão foi cumprida. Com carinho, Paola e Nati”.

Em julho de 2024, a ONG foi alvo de denúncias por poluição sonora (latido de cães), mau odor e perturbação do trabalho alheio.

Após queixas de vizinhos, uma equipe de investigadores da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais (DECAT) foi enviada a sede do abrigo, nesta quinta-feira (4), para averiguar os fatos.

A delegada, acompanhada de investigadores, peritos criminais e Vigilância Sanitária, realizou uma inspeção na propriedade, onde foram constatadas diversas irregularidades, como:

  • Acúmulo de dejetos, causando mau cheiro e atraindo insetos

  • Presença de moscas, mosquitos e larvas em piscina sem tratamento e em latas espalhadas no quintal

  • Animais com parasitas, representando risco à saúde humana

  • Vestígios de queima de lixo no quintal

  • Descarte irregular de resíduos sólidos e medicamentos

  • Omissão de cautela na guarda de animais ferozes

  • Grande quantidade de animais com sarna, em ambiente inadequado

  • Animais sem carteiras de vacinação ou com carteiras incompletas

  • Gatos presos em um cômodo imundo, com larva de mosquito

  • Fossa extravasando

De acordo com a advogada da ONG, Vitória Junqueira, as denúncias dos vizinhos são falsas e infundadas.

“Não é normal o que está acontecendo, é um absurdo desde 2021, as meninas estão sendo literalmente perseguidas simplesmente por fazerem o bem aos animais. Começou em 2021 e agora está se repetindo denúncias de vizinhos, denúncias infundadas de vizinhos que têm levado ao poder público falsas informações de que os protetores maltratam os seus animais dentro da ONG. Justamente elas têm propósito contrário, exatamente resgatam os animais, propiciam a vida, propiciam o carinho. E esse trabalho maravilhoso precisa continuar, independentemente dessas tentativas de derrubá-las”, afirmou a advogada em suas redes sociais.

fim da seca histórica

Nível do Rio Paraguai surpreende e transporte já pode ser retomado

Por conta de fortes chuvas em Mato Grosso, o nível na régua de Ladário passou de um metro nesta semana, o que permite a retomada do transporte de minérios

26/12/2024 11h50

ANTAQ abriu nesta quinta-feira (26) o período de consulta pública em busca de sugestões sobre

ANTAQ abriu nesta quinta-feira (26) o período de consulta pública em busca de sugestões sobre

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Depois de atingir o menor nível em 124 anos, o Rio Paraguai subiu mais rápido que em anos anteriores e durante o feriado de Natal ultrapassou a barreira de um metro na régua de Ladário. Com isso, o transporte de minérios pode ser retomado antes do esperado e bem antes que nos últimos anos. 

O pico da seca ocorreu no dia 17 de outubro, quando a Marinha registrou 69 centímetros abaixo de zero na régua de Ladário, superando em nove centímetros o recorde negativo anterior, ocorrido em 1964. 

Desde meados de outubro, principalmente por conta das chuvas na região norte de Mato Grosso do Sul e na região sul de Mato Grosso, o rio começou a subir e na manhã desta quinta-feira (26) estava em 1,08 metro.

Este é o melhor nível para esta época do ano desde 2018, ano em que foi registrada a última grande cheia no Pantanal, com pico do Rio Paraguai em 5,35 metros em Ladário. Para efeito de comparação, o nível máximo em 2024 foi de apenas 1,47 metro, uma das menores cheias da história.

No dia 26 de dezembro do ano passado, o rio estava em 0,34 centímetros e seguia em queda. O nível de 1,08, igual ao desta quinta-feira, somente foi alcançado no dia 7 de abril, quase quatro meses mais tarde do que agora. Em Ladário, a média histórica para esta época do ano é de 1,4 metro. 

A explicação para esta recuperação rápida são as chuvas na região sul de Mato Grosso. Tanto na régua de Cáceres quanto na de Cuiabá, o nível dos últimos dias está acima da média histórica para esta época do ano e no maior nível dos últimos cinco anos, evidenciando que a região de Ladário tem alto volume de água para receber. 

Transporte

A partir do momento em que o rio chega à casa de um metro em Ladário o transporte de minérios já passa a ser viável economicamente. Porém, as barcaças ainda precisam descer com cerca de 50% de sua capacidade. As condições ideais, porém, ocorrem quando ultrapassa 1,5 metro, o que tende a ocorrer em meados de janeiro. 

A recuperação do Rio Paraguai coincide com a data em que a  Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) abriu o período de consulta pública para a concessão da Hidrovia do Rio Paraguai, marcando a primeira concessão hidroviária da história do Brasil. 

A consulta começou quinta-feira (26) e estará disponível até o dia 23 de fevereiro de 2025, período em que cidadãos, empresas e entidades poderão enviar contribuições, sugestões e subsídios para o aprimoramento da modelagem e dos documentos técnicos relacionados à concessão.

Para o diretor-geral da ANTAQ, Eduardo Nery, “esse é o momento de ouvirmos as contribuições da população e do mercado, assegurando que o modelo de concessão atenda às necessidades do país e das comunidades envolvidas. Estamos falando do maior projeto de infraestrutura em desenvolvimento regional na América do Sul”.

Ao contrário do inicialmente previsto, a concessão se limitará somente ao chamado tramo sul da hidrovia, ao longo dos 600 quilômetros entre Ladário e Porto Murtinho. Inicialmente, estava prevista também a concessão do trecho norte, entre Ladário e Cáceres, onde existe uma série de restrições para o transporte de cargas por conta da intensidade de curvas e da falta de profundidade do rio. 

Conforme a previsão, nos primeiros cinco anos de concessão, serão realizados serviços de dragagem, derrocagem, balizamento e sinalização adequados, construção de galpão industrial, aquisição de draga, monitoramento hidrológico e levantamentos hidrográficos, melhorias em travessias e pontos de desmembramento de comboio, implantação dos sistemas de gestão do tráfego hidroviário, incluindo Vessel Traffic Service (VTS) e River Information Service (RIS), além dos serviços de inteligência fluvial. 

Essas melhorias vão garantir segurança e confiabilidade da navegação. O investimento direto estimado nesses primeiros anos é de R$ 63,8 milhões. O prazo contratual da concessão é de 15 anos com possibilidade de prorrogação por igual período. 

Tarifa  

Ainda segundo a modelagem, foi definido que somente será feita a cobrança de tarifa para a movimentação de cargas quando a concessionária entregar os serviços previstos na primeira fase do contrato. Em relação ao transporte de passageiros e de cargas de pequeno porte não haverá cobrança de tarifa. 

A previsão de tarifa, pré-leilão, é de até R$1,27 por tonelada de cargas. O critério de licitação pode ser menor tarifa, por isso, esse valor ainda poderá ser reduzido. No entanto, existe a possibilidade, durante a realização da consulta pública, de alteração no critério do certame. 

Queda

O transporte de cargas do Rio Paraguai, após a concessão, está estimado entre 25 e 30 milhões de toneladas a partir de 2030, o que significa um aumento significativo de movimentação em relação ao praticado atualmente. No ano passado, fora transportados transportados 7,95 milhões de toneladas de cargas, um aumento de 72,57% em relação a 2022.  

Em 2024, porém, por conta da falta de água, o volume transportado despencou mais de 60% e tende a fechar o ano com menos de 2,8 milhões de toneladas. Desde julho o transporte de minérios está praticamente paralisado. 

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