Cidades

CONFLITO

Servidores deixam Israel e devem retornar a Campo Grande ainda hoje

Os sul-mato-grossenses faziam parte de um grupo de 12 representantes brasileiros que atravessaram a fronteira terrestre entre Israel e Jordânia em meio à escalada de tensão na região

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Três servidores de Mato Grosso do Sul que integravam uma comitiva brasileira em Israel conseguiram deixar o país e já estão em segurança na Jordânia. A informação foi confirmada por meio de nota oficial. Eles devem retornar a Campo Grande nas próximas horas.

Os sul-mato-grossenses faziam parte de um grupo de 12 representantes brasileiros que atravessaram a fronteira terrestre entre Israel e Jordânia em meio à escalada de tensão na região, agravada pelos recentes confrontos entre Israel e Irã. 

Eles participaram de agendas institucionais com foco em segurança pública, saúde, tecnologia, agricultura e desenvolvimento social. Também integraram reuniões com autoridades locais, incluindo o presidente de Israel, Isaac Herzog.

Representando Mato Grosso do Sul, participaram da missão:

  • Ricardo Senna, secretário-executivo de Ciência e Tecnologia;
  • Christinne Maymone, secretária-adjunta de Saúde;
  • Marcos Espíndola, responsável pelo setor de tecnologia da SES.

Segundo apurado pelo Correio do Estado, um dos integrantes chegou a cogitar desistir da viagem diante da instabilidade no Oriente Médio, mas acabou decidindo participar por se tratar de uma missão internacional custeada pelo governo israelense.

Neste período em que permaneceram em Israel, os ataques de retaliação entre o país e o Irã elevaram o nível de alerta na região, obrigando comitivas internacionais a buscarem rotas alternativas de retorno. Na segunda-feira (16), a primeira leva de brasileiros, composta por 12 representantes municipais, conseguiu cruzar a fronteira por terra rumo à Jordânia. 

No entanto, os servidores sul-mato-grossenses não faziam parte desse grupo e aguardaram em Tel Aviv até que a logística aérea permitisse o retorno direto.

De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), o transporte do grupo foi providenciado pelo governo israelense. Eles utilizaram um ônibus até a fronteira e, já em território jordaniano, seguem para outro ponto, onde devem embarcar de avião de volta ao Brasil.

Além dos sul-mato-grossenses, estavam presentes em Israel: 

  • Francisco Nélio: tesoureiro da CNM
  • Álvaro Damião Vieira da Paz: prefeito de Belo Horizonte (MG)
  • Márcio Lobato Rodrigues: secretário de Segurança Pública de Belo Horizonte (MG)
  • Davi de Matos: chefe-executivo do Centro de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Segurança Pública do Rio de Janeiro (Civitas)
  • Welberth Porto: prefeito de Macaé (RJ)
  • Claudia da Silva: vice-prefeita de Goiânia (GO)
  • Cícero de Lucena: prefeito de João Pessoa (PB)
  • Janete Aparecida: vice-prefeita de Divinópolis (MG)
  • Gilson Chagas: secretário de Segurança Pública de Niterói (RJ)
  • Johnny Maycon: prefeito de Nova Friburgo (RJ)
  • Francisco Vagner Gutemberg de Araújo: secretário de Planejamento de Natal (RN)
  • Flavio Guimarães Bittencourt do Valle: vereador do Rio de Janeiro (RJ)

Segundo o deputado federal Mersinho Lucena (PP-PB), filho do prefeito de João Pessoa, o grupo seguiu em direção à fronteira sul com a Arábia Saudita, onde ele aguarda pelo pai. “A operação foi deflagrada às 13h, no horário local. Doze dos 18 que estão com ele toparam correr o risco da travessia”, disse o parlamentar à CNN.

Ainda conforme informações apuradas pela emissora, uma pessoa do grupo desistiu da travessia na última hora e optou por permanecer alojada em uma universidade israelense.

O senador Carlos Viana (Podemos-MG), que preside o Grupo Parlamentar Brasil-Israel, afirmou que está articulando, junto ao governo israelense, a retirada dos outros 35 integrantes da delegação oficial que permanecem no país. Além disso, solicitou um levantamento sobre o número de turistas brasileiros retidos em Israel, com o objetivo de organizar uma operação para a repatriação de todos.

Um levantamento da Comissão de Relações Exteriores do Senado, feito na última sexta-feira (13), apontou que 47 parlamentares brasileiros estavam em território israelense. Com a saída dos 12 nesta segunda, restam 35.

A missão institucional do grupo era participar de agendas sobre inovação, segurança pública e gestão urbana. No entanto, com o agravamento da crise no Oriente Médio, os compromissos foram suspensos e a prioridade passou a ser a retirada em segurança dos brasileiros.

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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