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Servidores municipais terão folga nos jogos do Brasil da Copa do Mundo

Funcionários serão liberados uma hora antes dos jogos e o decreto não vale para as unidades escolares e setores considerados essenciais

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) decretou ponto facultativo, nas repartições públicas municipais, nos dias de jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de Futebol 2022.

Com isso, servidores municipais terão folga e poderão curtir o jogo do Brasil com familiares e amigos em casa. A decisão foi publicada no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) nesta quinta-feira (10).

O decreto não vale para as unidades escolares e setores considerados essenciais. As horas não trabalhadas em decorrência do decreto devem ser compensadas até 31 de dezembro de 2022.

Confira as condições:

  • Quando o jogo do Brasil começar às 15h, os servidores estarão liberados a partir das 14h

  • Quando o jogo do Brasil começar às 12h, os servidores estarão liberados a partir das 11h

  • Quando o jogo do Brasil começar às 11h, os servidores estarão liberados a partir das 10h

Copa do Mundo 2022

A Copa do Mundo de Futebol será realizada no Catar, país árabe, em 2022. Ao todo, 32 países irão participar do torneio, dentre eles, o Brasil. O evento mundial começará em 20 de novembro.

Por enquanto, a Seleção Brasileira irá jogar nos dias 24, 28 de novembro e 2 de dezembro, contra a Sérvia, Suíça e Camarões, respectivamente. Confira:

  • Brasil x Sérvia – quinta-feira, 24 de novembro – 15 horas

  • Brasil x Suíça – segunda-feira, 28 de novembro – 12 horas

  • Brasil x Camarões – sexta-feira, 2 de dezembro – 15 horas

Os jogadores convocados para a Copa do Mundo são:

Goleiros

  • Alisson - Liverpool

  • Ederson - Manchester City

  • Weverton - Palmeiras

Laterais

  • Danilo - Juventus

  • Alex Sandro - Juventus

  • Daniel Alves - Pumas

  • Alex Telles - Sevilla

Zagueiros

  • Militão - Real Madrid

  • Marquinhos - PSG

  • Thiago Silva - Chelsea

  • Bremer - Juventus

Meio-campistas

  • Bruno Guimarães - Newcastle

  • Casemiro - Manchester United

  • Fabinho - Liverpool

  • Fred - Manchester United

  • Paquetá - West Ham

  • Everton Ribeiro - Flamengo

Atacantes

  • Neymar - PSG

  • Vinicius Júnior - Real Madrid

  • Antony - Manchester United

  • Rodrygo - Real Madrid

  • Raphinha - Barcelona

  • Richarlison - Tottenham

  • Pedro - Flamengo

  • Gabriel Jesus - Arsenal

  • Gabriel Martinelli - Arsenal

DIREITOS HUMANOS

Aliança Global contra a Fome já pode beneficiar 500 milhões de pessoas

Iniciativa tem compromisso firmado com pelo menos 41 países

15/11/2024 23h00

Foto: TOMAZ SILVA / AGÊNCIA BRASIL

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A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma das prioridades do Brasil como presidente temporário do G20, já tem capacidade de alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda e sistemas de proteção social em países de baixa e média baixa renda até 2030. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (15), durante o G20 Social, no Rio de Janeiro.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, comentou os chamados Sprints 2030, medidas iniciais anunciadas pela Aliança Global, ao participar de uma sessão plenária sobre insegurança alimentar. Dias explicou que o conjunto de ações é emergencial, por isso, o nome sprint, que significa corrida em inglês. “Precisamos correr”, disse o ministro. Segundo o ministro, além de “dar o anzol e ensinar a pescar”, é preciso dar o alimento para quem está em situação de insegurança alimentar. “Com fome não se aprende, não se  tem o resultado adequado em educação, não se vai buscar o emprego.”

A referência ao ano 2030 é por causa da data máxima prevista pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 2 das Nações Unidas, que consiste em um apelo global para “acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e a melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável” no mundo. 

Dias informou que, na próxima segunda-feira (18), durante a reunião de cúpula do G20 (grupo das maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana), chefes de estado reunidos no Rio de Janeiro devem aprovar os termos da Aliança Global, quando é esperado que mais nações se comprometam com a iniciativa internacional de combate à fome.  

No entanto, 41 países, 13 organizações internacionais públicas e instituições financeiras e 19 grandes entidades filantrópicas já anunciaram uma série de medidas, o que permitiu elaborar o Sprint 2030 e medir o alcance inicial da aliança. 

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), entre 713 milhões e 757 milhões de pessoas podem ter enfrentado a fome em 2023 – uma em cada 11 pessoas no mundo, e uma em cada cinco na África.

Alcance

Há a expectativa de aumento das merendas escolares de alta qualidade para mais 150 milhões de crianças em países com fome e pobreza infantil presente; de realização de iniciativas de saúde materna e primeira infância para mais 200 milhões de mulheres e crianças de até 6 anos, além de programas de inclusão socioeconômica que visam atingir 100 milhões de pessoas adicionais. 

O ministro disse que ainda não é possível estimar o volume total de recursos financeiros canalizados para a Aliança Global, mas lembrou que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) já anunciou financiamento adicional de US$ 25 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 140 bilhões.  

Além disso, acrescentou Dias, o Banco Mundial será parceiro da aliança, contribuindo com dinheiro não reembolsável e empréstimos com juros baixos e prazos adequados.  

Entre os países que já anunciaram reforço de iniciativas contra a fome, grande parte é do Sul Global, ou seja, nações pobres ou em desenvolvimento, notadamente na África e na América do Sul. Há anúncio também de países europeus, como Alemanha, França e Reino Unido. 

Questionado se o fato de não terem sido citadas medidas dos Estados Unidos e da Argentina poderia ser um indicativo de não apoio à aliança, Dias afirmou que tem havido negociações com delegações desses países e que podem ocorrer adesões ao acordo internacional.  

Os Estados Unidos elegeram Donald Trump para voltar à presidência em 2025. No primeiro governo do republicano, houve guinada contrária a iniciativas multilaterais. Na Argentina, o presidente Javier Milei tem caminhado para políticas de menos participação do Estado na sociedade. 

“Posso afirmar que os Estados Unidos [ainda sob a presidência de Joe Biden] já anunciaram a posição favorável. Já adiantaram a participação. A China tem participado de todos os debates com posição favorável. Com a Argentina, tivemos diálogos. Estamos otimistas com a participação de todos os países da América do Sul”, disse o ministro, ressaltando que a proposta de adesão vale para países de fora do G20.

Cooperação

A Aliança Global não é meramente uma articulação para doação de recursos para países mais pobres. É um conjunto de iniciativas que passam também pelo comprometimento de combater a fome internamente e pela troca de conhecimentos, de forma que iniciativas que deram certo possam ser compartilhadas pelo mundo. 

“O ponto principal é que cada país tenha soberanamente o seu plano nacional, que se tenha a definição de países que podem, a partir do plano, cumprir suas metas de combate à fome e à pobreza, e outros que, além de cumprir o seu plano, vão poder colaborar com o conhecimento e financeiramente, com outros países em desenvolvimento”, descreveu. 

Na avaliação do ministro, dos 193 países que fazem parte da ONU, cerca de 70 são desenvolvidos o suficiente para poder ajudar os demais.  

O representante do Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas no Brasil, Daniel Balaban, classificou o momento atual como chave para a diminuição da pobreza no mundo. “É um momento histórico, não podemos perder essa oportunidade. Não terá outra se nós falharmos de novo. A fome tem solução. É inacreditável que não tenhamos conseguido resolver esse problema."

Balaban reforçou a ideia de que a Aliança Global não trata de levar comida para os países. “Estamos falando em levar políticas públicas de desenvolvimento para que esses países saiam da situação em que se encontram e possam desenvolver sua sociedade, fazendo com que as pessoas abaixo da linha da miséria retornem à cidadania e participem do desenvolvimento dos países.” 

Ele enfatizou que formas de financiamento fazem parte da trilha de combate à fome. “A gente fala de combate à fome e à pobreza, mas sem recursos financeiros, sem financiamento, é completamente impossível”, observou. 

“Vocês verão bancos de desenvolvimento se colocando à disposição e fazendo o levantamento de recursos para financiar essas políticas nos países em desenvolvimento”, assinalou. 

G20 Social 

O G20 Social começou nesta quinta-feira (14) no Boulevard Olímpico, zona portuária do Rio de Janeiro, e vai até o sábado (16), permitindo a articulação da sociedade civil organizada e aproximando-a de autoridades.  

O ponto derradeiro da presidência brasileira temporária no G20 será a reunião de cúpula de chefes de Estado e de governo, nos dias 18 e 19 deste mês, também no Rio de Janeiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprometeu-se a levar aos líderes mundiais o documento final do G20 Social, que refletirá necessidades e prioridades elencadas por instituições como movimentos sociais, sindicatos e organizações não governamentais.  

O G20 é composto por 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Europeia e da União Africana. 

 Os integrantes do grupo representam cerca de 85% da economia mundial, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população do planeta.

Conferência

Atraso na divulgação do ajuste fiscal gera apreensão entre empresários

Demora piora percepção sobre quadro fiscal e pode impactar planejamento, dizem representantes do setor privado

15/11/2024 22h00

Lide Brasil Conferência Lisboa

Lide Brasil Conferência Lisboa Foto: Reprodução/ Lide

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A demora do governo em anunciar o pacote de corte de gastos é vista com preocupação no empresariado. A avaliação é a de que a expectativa é grande e positiva, mas cada dia de espera eleva o senso de urgência, segundo empresários e executivos que participaram da Lide Brasil Conferência Lisboa, realizada pelo Lide, Folha e UOL, na capital portuguesa, na sexta-feira (15).

Para o presidente da Febraban, Isaac Sidney, que em seu discurso na conferência cobrou redução das despesas orçamentárias, já há no Brasil uma constatação de que a trajetória fiscal da dívida pública não é mais sustentável.

"A direção do Brasil está correta, mas precisaremos imprimir um ritmo bem mais forte na contenção do gasto público, porque a demora [do corte] amplifica a percepção de piora do quadro fiscal, e o fator tempo é chave na interrupção da trajetória da dívida pública", disse Sidney à Folha.

Ele afirma que é preciso colocar mais despesas dentro das regras do arcabouço fiscal, fazer mais cortes nos gastos obrigatórios e reduzir as vinculações e as indexações do orçamento. "Se fizermos isso, e rápido, a resposta será muito positiva e igualmente rápida", afirma.

O presidente do conselho de administração da Light, Helio Costa, estima que o anúncio virá em breve e que pode gerar reflexos sobre o planejamento que as companhias estão fazendo para 2025.

"Evidentemente, não vou dizer [que tem de ser anunciado] nos próximos dias, mas nas próximas semanas tem de haver uma solução, porque o planejamento das empresas já começou em setembro", diz Costa, que foi ministro da Comunicação do presidente Lula entre 2005 e 2010.

Ele pondera que é importante "saber qual será o nível do corte, se vai ser suficiente para atender as necessidades do próprio governo".
"Agora tem uma disputa interna do próprio governo com o nosso ministro da Fazenda [Fernando Haddad]", afirma.

Costa acredita que será difícil fazer um ajuste grande sem que o Legislativo participe. "Se o Congresso não contribuir não tem jeito".

A ansiedade do empresariado pela divulgação do plano de ajuste nas contas públicas cresceu no início do mês, quando Haddad cancelou uma viagem à Europa para cuidar do assunto. No dia 4, ele afirmou a jornalistas que o governo estava preparado para anunciar as medidas ainda naquela semana.

Em novas falas na quarta-feira (13), o ministro disse que o trabalho já está pronto e que o anúncio depende de Lula.

Marco Stefanini, fundador da Stefanini, uma das maiores empresas de tecnologia do país, também lamenta o atraso no lançamento do pacote. Ele acredita que o corte de gastos vai trazer ganhos de eficiência, favorecendo a redução dos juros.

"O governo e a sociedade acabam perdendo, porque na economia você vive de expectativa. Com juros altos, se gasta mais dinheiro com os juros e, consequentemente, se gasta menos no social, no investimento", diz o empresário.

Para Roberto Vilela, CEO da RV Ímola, empresa de logística de produtos de saúde, como insumos hospitalares e medicamentos, a espera prejudica a economia e provoca oscilações no dólar. "É uma insegurança para todo mundo, principalmente para o mercado. Não se sabe o que vai ocorrer. Por enquanto, não cortaram nada", afirma.
 

*Informações da Folhapress 

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