Cidades

Campo Grande

Sete candidatos abandonam corrida para vereador a 30 dias das eleições

Dos 486 candidatos que estão concorrendo às cadeiras de vereador em Campo Grande, sete aparecem como inaptos. As eleições municipais deste ano estão marcadas para o dia 6 de outubro.

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Faltando pouco menos de 30 dias para as eleições municipais, dos 486 candidatos que estão concorrendo às cadeiras legislativas de Campo Grande, sete já desistiram da corrida eleitoral e estão inaptos, conforme dados atualizados pelo DivulgaCand.

Segundo a lista, dois candidatos são do partido Republicano, dois do Democrata Cristão, e um de cada um dos seguintes partidos: MDB (Movimento Democrático Brasileiro), PSD (Partido Social Democrático) e União Brasil. Todos os candidatos que desistiram das candidaturas se identificaram como pardos, dois como brancos e um como preto.

Confirma os candidatos a vereador que desistiram da corrida eleitoral de Campo Grande. 

Cabo Goes (Republicanos);
Cleber Lima Influencer (DC);
Jhonny Love (MDB);
Jorge Prado (PSD);
Luciano do Lava Jato (DC);
Paulo Pedra (União);
Wilton Acosta (Republicanos).


Eleições de 2024

As eleições municipais deste ano estão marcadas para o dia 6 de outubro. Dados do Tribunal Regional Eleitoral, 646.216 campo-grandenses estão aptos para votar neste ano.

O prazo para os partidos registrarem candidaturas terminou em 15 de agosto. No dia seguinte, o Tribunal Regional Eleitoral liberou aos partidos e federações a propaganda eleitoral. As propagandas vão até o dia 30 de setembro.

Diante da ausência de leis sobre IA no país, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu se adiantar e aprovar regras para regular a utilização desse tipo de tecnologia nas propagandas eleitorais. Pelas regras aprovadas, o uso de “conteúdo sintético multimídia” gerado por IA deve sempre vir acompanhado de um alerta sobre sua utilização, seja em qualquer modalidade de propaganda eleitoral. 

Nas peças no rádio, por exemplo, se houver sons criados por IA deve ser alertado ao ouvinte antes da propaganda ir ao ar. Imagens estáticas exigem uma marca d’água, enquanto material audiovisual deve fazer o alerta prévio e estampar a marca d’água. Em material impresso, o aviso deve constar em cada página que contenha imagens geradas por meio de IA. 

Em caso de descumprimento, qualquer propaganda pode ser tirada de circulação, seja por ordem judicial ou mesmo por iniciativa dos próprios provedores de serviços de comunicação, prevê a resolução eleitoral que trata do tema. 

Não bastasse a vedação à desinformação em geral, um dos artigos da resolução traz a vedação explícita ao deep fake, proibindo “o uso, para prejudicar ou para favorecer candidatura, de conteúdo sintético em formato de áudio, vídeo ou combinação de ambos, que tenha sido gerado ou manipulado digitalmente, ainda que mediante autorização, para criar, substituir ou alterar imagem ou voz de pessoa viva, falecida ou fictícia”. 

Nesse caso, as consequências em caso de descumprimento são mais graves, podendo acarretar a cassação do registro de candidatura ou mesmo eventual mandato. Há ainda a abertura de investigação por crime eleitoral. Quem divulgar fatos que saiba serem inverídicos sobre partidos ou candidatos, e que sejam capazes de exercer influência perante o eleitorado, por exemplo, pode estar sujeito a pena de 2 meses a 1 ano de detenção.

Em se tratando de desinformação, a Justiça Eleitoral tem poder de polícia, isto é, pode determinar de ofício, sem ser provocada, a remoção do material em questão. A ordem de remoção pode ter prazo inferior a 24 horas, se o caso for grave. 

As ordens podem ser direcionadas a plataformas de redes sociais, por exemplo, que são obrigadas a cumpri-las por meio de acesso identificado aos sistemas, que deve ser comunicado à Justiça Eleitoral. 

Todos os detalhes do regramento sobre a propaganda eleitoral podem ser encontrados na resolução publicada no portal do TSE.

Regras gerais 

De resto, aplicam-se às propagandas feitas com IA as mesmas regras que valem para os demais tipos de material - tudo deve sempre vir acompanhado da legenda partidária e ser produzido em português. 

Uma regra já antiga é que nenhuma propaganda eleitoral pode “empregar meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais”. É vedado ainda o anonimato. 

Além de divulgar desinformação, também é proibido veicular preconceitos de origem, etnia, raça, sexo, cor, idade, religiosidade, orientação sexual e identidade de gênero, bem como qualquer forma de discriminação; depreciar a condição de mulher ou estimular sua discriminação; veicular conteúdo ofensivo que constitua calúnia, difamação ou injúria; entre outras. 

No caso da campanha na rua, é vedado “perturbar o sossego público”, seja com “com algazarra ou abuso de instrumentos sonoros ou sinais acústicos, inclusive aqueles provocados por fogos de artifício”. 

Assim como em pleitos anteriores, continuam proibidos os outdoors, o telemarketing e os showmícios, bem como a utilização de artefato que se assemelhe à urna eletrônica como veículo de propaganda eleitoral. 

As caminhadas, passeatas e carreatas estão liberadas, desde que ocorram entre as 8h e as 22h e até a véspera da eleição. Tais eventos podem utilizar carro de som ou minitrio elétrico, assim como em reuniões e comícios. Não há necessidade de autorização pela polícia, mas as autoridades de segurança precisam ser avisadas com no mínimo 24 horas de antecedência ao ato de campanha. 

As normas eleitorais detalham ainda a potência máxima que deve ter cada um desses equipamentos sonoros - 10.000W para carros de som, 20.000W para minitrios e acima disso para trios elétricos, permitidos somente em comícios. Ainda assim, tais ferramentas só podem ser utilizadas no contexto de algum evento eleitoral, nunca de forma isolada. 

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Economia

Alta do dólar e queda da Bolsa: Repercussões dos estímulos fracos na China

Operadores julgaram o pacote de medidas chinês insuficiente para colocar a economia de volta aos trilhos; Vale caiu 3%

08/10/2024 20h00

O dólar fechou em queda de 0,44% nesta sexta-feira (2), aos R$ 5,709.

O dólar fechou em queda de 0,44% nesta sexta-feira (2), aos R$ 5,709. Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

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O dólar fechou em alta firme de 0,84% nesta terça-feira (8), a R$ 5,532, em dia embalado pela decepção dos investidores com os estímulos econômicos da China e pela sabatina de Gabriel Galípolo no Senado Federal.

A moeda se valorizou globalmente, sobretudo em relação a moedas de mercados emergentes. No índice DXY, que mede a força do dólar em relação a uma cesta de outras seis divisas fortes, a sessão foi de relativa estabilidade.

Já a Bolsa perdeu 0,38%, aos 131.511 pontos, pressionada pela forte queda da Vale e da Petrobras.

De volta de um feriado de uma semana, a China detalhou algumas medidas de estímulos fiscais nesta terça-feira, parte de um pacote de incentivos que visa colocar a segunda maior economia do mundo de volta aos trilhos.

Em entrevista coletiva, o presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, Zheng Shanjie, afirmou que o governo chinês planeja usar 200 bilhões de iuanes (US$ 28,3 bilhões) em gastos orçamentários antecipados e projetos de investimento a partir do próximo ano.

O país também acelerará os gastos fiscais e "todos os lados devem continuar se esforçando mais" para fortalecer as políticas macroeconômicas, acrescentou.
O anúncio foi um banho de água fria para os investidores. "Ficou bem abaixo do esperado. O mercado se decepcionou, e, então, o mal humor se espalhou no exterior, em especial nas commodities", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

Em um esforço para reverter a desaceleração da economia, a China anunciou o pacote de estímulos mais agressivo desde a pandemia. A notícia instalou um frenesi entre os operadores, sobretudo por indicar que a demanda por commodities teria um novo impulso entre os chineses.

Quando anunciadas, antes do feriado de uma semana que fechou os mercados, as medidas levaram à disparada do minério de ferro e do petróleo, e, por consequência, atraíram investidores a mercados exportadores, como o Brasil.

A expectativa de mais apoio fiscal, porém, foi frustrada com as falas de Zheng. "Até agora, a entrevista coletiva da comissão parece não ter dado muitos detalhes com relação às medidas de estímulo. As expectativas foram elevadas, mas a entrega foi decepcionante", disse Christopher Wong, estrategista cambial da OCBC.
Com isso, os contratos do minério de ferro na Bolsa de Dalian perderam 2%. No mercado de câmbio, a queda levou o dólar a ganhar terreno sobre moedas de mercados dependentes do desempenho de commodities, como o real e o peso chileno.
Já na Bolsa brasileira, o reflexo foi no derretimento das ações da Vale (3,03%) e de pares do setor de mineração e siderurgia. Petrobras ainda perdeu 2% com a baixa do petróleo no exterior, ajudando a empurrar o índice para baixo.
Na cena corporativa, o destaque positivo foi a disparada de 7,47% das ações da Azul, em resposta ao acordo com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos. A empresa trocou cerca de R$ 3 bilhões em obrigações de dívida por emissão de novas ações.

Também no radar dos investidores, Gabriel Galípolo foi sabatinado no Senado Federal. O atual diretor de Política Monetária do BC (Banco Central) foi aprovado por unanimidade para assumir a presidência da autarquia no fim do ano, no lugar de Roberto Campos Neto.
Aos senadores, Galípolo afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu que ele terá liberdade para tomar decisões à frente do cargo, privilegiando o interesse do povo brasileiro.

"Toda vez que me foi concedida a oportunidade de encontrar o presidente Lula, eu escutei de forma enfática e clara a garantia da liberdade na tomada de decisões, e [escutei] que o desempenho da função deve ser orientado exclusivamente pelo compromisso com o povo brasileiro."

Ele também ressaltou aos senadores que, ao longo de sua passagem pelo BC, já subiu, cortou e manteve estável a taxa básica de juros (Selic) e voltou a dizer que em momento algum sofreu pressão de Lula em suas decisões.
Bem recebidos pelo mercado, os comentários de Galípolo contribuíram para a redução das curvas de juros futuros.

Na análise de Rodrigo Marcatti, economista e CEO da Veedha Investimentos, Galípolo reforçou "o compromisso com ações técnicas do Banco Central, com a agenda de ancorar a expectativa de inflação".

"Foi um discurso bem protocolar, bem alinhado com a com a conduta esperada de um presidente do Banco Central, sem nenhuma fala polêmica."

Outro fator de relevância para os ativos globais tem sido os conflitos no Oriente Médio.

Desde terça-feira passada (1º), o mundo -e o mercado financeiro- tem estado em alerta para uma possível guerra generalizada na região. O Irã, em retaliação às ofensivas de Tel Aviv contra a Faixa de Gaza e o Líbano, disparou cerca de 200 mísseis contra Israel, que já prometeu uma resposta.

A possibilidade de um ataque ao Irã, um dos maiores exportadores de petróleo do mundo, tem levantado temores de uma diminuição da oferta da commodity. Na semana passada, a cotação do barril do Brent, referência do mercado externo, disparou, e, na segunda, ultrapassou US$ 80.

Nesta terça, porém, a perspectiva de um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah abriu espaço para uma queda firme do petróleo, superior a 4%, o que também foi um fator negativo para o real, já que o Brasil é exportador da commodity.

A semana ainda guarda dados de inflação do Brasil, na quarta-feira, e dos Estados Unidos, na quinta, cruciais para calibrar as expectativas dos investidores sobre as próximas decisões de juros.

 

*Informações da Folhapress 
 

Fumaça

Com visibilidade prejudicada, o aeroporto opera por instrumentos em Campo Grande

Com o céu tomado de fumaça, a visibilidade no aeroporto foi prejudicada e necessitou da perícia dos pilotos; no entanto, nenhum voo sofreu alteração

08/10/2024 17h45

Com visibilidade prejudicada, o aeroporto opera por instrumentos em Campo Grande

Com visibilidade prejudicada, o aeroporto opera por instrumentos em Campo Grande Gerson Oliveira

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Aeronaves estão operando por meio de instrumentos desde a manhã desta terça-feira (08), devido a fumaça que ficou mais intensa em Campo Grande.

Conforme a empresa espanhola, Aena, em média o aeroporto recebe 34 voos, sendo 17 chegadas e 17 partidas da aviação comercial. 

Apesar da baixa visibilidade nenhum voo foi interrompido tanto no aeroporto de Campo Grande, quanto em Corumbá ou em Ponta Porã que são administrados pela empresa espanhola.

 

Veja a nota da empresa:

“Devido às condições meteorológicas, o Aeroporto  de Campo Grande opera por instrumentos na manhã desta terça-feira (8). Todos os pousos e decolagens ocorrem normalmente”.

 

Com visibilidade prejudicada, o aeroporto opera por instrumentos em Campo GrandeCrédito: Gerson Oliveira

Altas temperaturas

Nesta manhã a Cidade Morena amanheceu encoberta por fumaça e com 30ºC, a partir de 15h, a máxima atingiu  38,3ºC.

Segundo o Instituto de Qualidade do Ar, que mede índices de poluição, a qualidade durante a tarde está registrada como péssima (206).

A estação que monitora o índice de partículas de poluentes do ar, na Capital, está localizada na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), isso ocorre em decorrência das queimadas em outras regiões do país.

Com visibilidade prejudicada, o aeroporto opera por instrumentos em Campo GrandeCrédito: Gerson Oliveira

Fumaça

Em decorrência de queimadas tanto na Amazônia brasileira, quanto boliviana, assim como incêndios florestais no Pantanal de Mato Grosso e outras regiões do país uma densa fumaça encobriu o céu de Mato Grosso do Sul.

 

Com visibilidade prejudicada, o aeroporto opera por instrumentos em Campo GrandeCrédito: Gerson Oliveira

O que estamos respirando?

Entre as substâncias presentes na fumaça proveniente de queimadas florestais está o  Material Particulado (PM2.5).

O PM2.5 é considerado pela Organização Pan-Americana da Saúde como um dos principais poluentes que podem agravar quadros de doenças respiratórias e, em altos níveis de exposição causar câncer de pulmão.

A plataforma Suiça que faz a medição via satélite da concentração do material particulado indicou a presença de 39,9 microgramas por metro cúbico.

A Organização Mundial da Saúde estabeleceu como parâmetro seguro para PM2.5 o nível de 5 microgramas por metro cúbico.

 

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