Política

Eleições 2024

Propaganda eleitoral em rádio e TV inicia nesta sexta-feira

Saiba o que pode e não pode ser feito nesse período

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A partir da próxima sexta-feira (16) estão liberadas as propagandas para as eleições municipais de outubro, no que deve ser o primeiro pleito no Brasil diretamente impactado por novas tecnologias de inteligência artificial (IA), aquelas capazes de produzir imagens e sons sintéticos muito próximos do real. As propagandas vão até o dia 30 de setembro.

Diante da ausência de leis sobre IA no país, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu se adiantar e aprovar regras para regular a utilização desse tipo de tecnologia nas propagandas eleitorais. Pelas regras aprovadas, o uso de “conteúdo sintético multimídia” gerado por IA deve sempre vir acompanhado de um alerta sobre sua utilização, seja em qualquer modalidade de propaganda eleitoral. 

Nas peças no rádio, por exemplo, se houver sons criados por IA deve ser alertado ao ouvinte antes da propaganda ir ao ar. Imagens estáticas exigem uma marca d’água, enquanto material audiovisual deve fazer o alerta prévio e estampar a marca d’água. Em material impresso, o aviso deve constar em cada página que contenha imagens geradas por meio de IA. 

Em caso de descumprimento, qualquer propaganda pode ser tirada de circulação, seja por ordem judicial ou mesmo por iniciativa dos próprios provedores de serviços de comunicação, prevê a resolução eleitoral que trata do tema. 

Não bastasse a vedação à desinformação em geral, um dos artigos da resolução traz a vedação explícita ao deep fake, proibindo “o uso, para prejudicar ou para favorecer candidatura, de conteúdo sintético em formato de áudio, vídeo ou combinação de ambos, que tenha sido gerado ou manipulado digitalmente, ainda que mediante autorização, para criar, substituir ou alterar imagem ou voz de pessoa viva, falecida ou fictícia”. 

Nesse caso, as consequências em caso de descumprimento são mais graves, podendo acarretar a cassação do registro de candidatura ou mesmo eventual mandato. Há ainda a abertura de investigação por crime eleitoral. Quem divulgar fatos que saiba serem inverídicos sobre partidos ou candidatos, e que sejam capazes de exercer influência perante o eleitorado, por exemplo, pode estar sujeito a pena de 2 meses a 1 ano de detenção.

Em se tratando de desinformação, a Justiça Eleitoral tem poder de polícia, isto é, pode determinar de ofício, sem ser provocada, a remoção do material em questão. A ordem de remoção pode ter prazo inferior a 24 horas, se o caso for grave. 

As ordens podem ser direcionadas a plataformas de redes sociais, por exemplo, que são obrigadas a cumpri-las por meio de acesso identificado aos sistemas, que deve ser comunicado à Justiça Eleitoral. 

Todos os detalhes do regramento sobre a propaganda eleitoral podem ser encontrados na resolução publicada no portal do TSE.

Regras gerais 
De resto, aplicam-se às propagandas feitas com IA as mesmas regras que valem para os demais tipos de material - tudo deve sempre vir acompanhado da legenda partidária e ser produzido em português. 

Uma regra já antiga é que nenhuma propaganda eleitoral pode “empregar meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais”. É vedado ainda o anonimato. 

Além de divulgar desinformação, também é proibido veicular preconceitos de origem, etnia, raça, sexo, cor, idade, religiosidade, orientação sexual e identidade de gênero, bem como qualquer forma de discriminação; depreciar a condição de mulher ou estimular sua discriminação; veicular conteúdo ofensivo que constitua calúnia, difamação ou injúria; entre outras. 

No caso da campanha na rua, é vedado “perturbar o sossego público”, seja com “com algazarra ou abuso de instrumentos sonoros ou sinais acústicos, inclusive aqueles provocados por fogos de artifício”. 

Assim como em pleitos anteriores, continuam proibidos os outdoors, o telemarketing e os showmícios, bem como a utilização de artefato que se assemelhe à urna eletrônica como veículo de propaganda eleitoral. 

As caminhadas, passeatas e carreatas estão liberadas, desde que ocorram entre as 8h e as 22h e até a véspera da eleição. Tais eventos podem utilizar carro de som ou minitrio elétrico, assim como em reuniões e comícios. Não há necessidade de autorização pela polícia, mas as autoridades de segurança precisam ser avisadas com no mínimo 24 horas de antecedência ao ato de campanha. 

As normas eleitorais detalham ainda a potência máxima que deve ter cada um desses equipamentos sonoros - 10.000W para carros de som, 20.000W para minitrios e acima disso para trios elétricos, permitidos somente em comícios. Ainda assim, tais ferramentas só podem ser utilizadas no contexto de algum evento eleitoral, nunca de forma isolada. 

Outra proibição antiga é a confecção ou distribuição diretamente ao eleitor de brindes com propaganda de candidatos, tais como chaveiros, bonés, canetas ou camisetas. 

Essas e outras autorizações e proibições sobre propaganda eleitoral podem ser encontradas numa cartilha produzida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE).

Denúncias 
Qualquer pessoa que flagrar alguma irregularidade pode denunciá-la à Justiça Eleitoral por meio do aplicativo Pardal, disponível para celulares com sistema operacional Android ou iOS. 

O TSE disponibiliza também o Sistema de Alertas de Desinformação Eleitoral (Siade), que pode ser acionado em casos de desinformação, ameaças e incitação à violência, perturbação ou ameaça ao Estado Democrático de Direito, irregularidades no uso de IA, comportamentos ou discursos de ódio e recebimento de mensagens irregulares. 

 

*Informações da Agência Brasil 

 

DANÇA DAS CADEIRAS

Riedel deverá trocar até 4 secretários depois das eleições municipais

O governador estaria estudando mudar os titulares das Pastas de Saúde, de Segurança, da Casa Civil e de Assistência Social

10/09/2024 08h00

Os secretários de Estado Maurício Simões, Antônio Videira, Eduardo Rocha e Patrícia Cozzolino

Os secretários de Estado Maurício Simões, Antônio Videira, Eduardo Rocha e Patrícia Cozzolino Foto: Montagem

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Após a eleição municipal em Campo Grande, a qual, pelo menos a princípio, poderá ir para o segundo turno, o secretariado do governador Eduardo Riedel (PSDB) deverá sofrer novas modificações nos titulares das Pastas de Saúde, de Justiça e Segurança Pública, da Casa Civil e de Assistência Social e dos Direitos Humanos.

O Correio do Estado apurou que as mudanças terão balizamento no resultado do pleito na Capital e, talvez, no dos maiores municípios do interior, a fim de trazer um maior equilíbrio da força política já de olho nas eleições de 2026, quando Riedel tentará a reeleição, enquanto o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB, buscará uma das duas cadeiras de MS no Senado.

Essa sintonia fina da segunda metade do primeiro mandato do atual governador seria um tema já pacificado dentro da administração estadual, uma vez que, recentemente, houve a troca do titular da Secretaria de  Estado de Infraestrutura e Logística (Seilog), o ex-prefeito de Ponta Porã Hélio Peluffo, pelo engenheiro civil Guilherme Alcântara.

PRÓXIMOS QUATRO

No entanto, conforme informações obtidas pela reportagem, essa substituição foi apenas a primeira de um total de cinco trocas. Os próximos a deixarem o governo Riedel serão o médico Maurício Simões Corrêa (Saúde), o delegado de Polícia Civil Antônio Carlos Videira (Justiça e Segurança Pública), o economista Eduardo Rocha (Casa Civil) e a defensora pública Patrícia Elias Cozzolino de Oliveira (Assistência Social e dos Direitos Humanos).

Além disso, o governador já tinha substituído na Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov) o deputado estadual Pedro Caravina pelo administrador Rodrigo Perez Ramos, enquanto na Secretaria de Estado de Administração (SAD) a advogada Ana Carolina Nardes foi trocada pelo também advogado Frederico Felini.

Riedel ainda dividiu a Pasta de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania em duas, ficando o professor de Educação Física Marcelo Miranda como titular da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc) e sua secretária-adjunta, a professora de História Viviane Luiza da Silva, como mandatária da Secretaria de Estado da Cidadania (SEC), a qual absorveu as oito subsecretarias.

MOTIVAÇÃO

O Correio do Estado também apurou que, no caso dos secretários Maurício Simões Corrêa (Saúde) e Antônio Carlos Videira (Segurança), eles mesmos teriam solicitado suas respectivas substituições ao governador – e isso por duas vezes.

O primeiro, que veio da iniciativa privada, não estaria se adaptando ao serviço público, enquanto o segundo, o qual já está no cargo desde a gestão de Azambuja, pretende passar um tempo com a família.

No caso dos secretários Eduardo Rocha (Casa Civil) e Patrícia Cozzolino (Assistência Social), a reportagem foi informada que o primeiro estaria pretendo experimentar novos ares e também ficar mais próximo da família, pois, com a esposa à frente do Ministério do Planejamento e Orçamento (Simone Tebet), falta tempo para reunir todos.

Já a substituição de Patrícia seria uma opção do próprio governador, o qual teria outros planos para a Pasta, focando mais na questão política do cargo, pois se trata de uma secretaria muito importante para a administração estadual.

FORTALECIMENTO

Fontes ouvidas pelo Correio do Estado também informaram que os quatro novos secretários serão escolhidos levando em consideração o fortalecimento político da gestão Riedel. Nesse sentido, o resultado das eleições municipais será determinante.

A exemplo da administração anterior, de Azambuja, a atual também preza muito pelo municipalismo. Por isso, Riedel espera a definição dos novos prefeitos para fazer uma repactuação da parceria do governo estadual com as administrações municipais.

Hoje, o PSDB tem 51 prefeituras, e o governador do Estado quer saber com quantas o partido continuará após o pleito de outubro, pois, em Mato Grosso do Sul, só a Capital tem a possibilidade de ir ao segundo turno (por ter mais de 200 mil eleitores). Nos demais municípios, a eleição será concluída no primeiro turno.

Saiba

Atualmente, a gestão Riedel conta com 12 secretarias de Estado: Casa Civil, Governo, Administração, Educação, Saúde, Meio Ambiente, Cidadania, Assistência Social, Turismo e Cultura, Infraestrutura, Segurança e Fazenda.

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ELEIÇÕES 2024

Para evitar ataques, Dione Hashioka desiste de participar de debate em Nova Andradina

A candidata a prefeita pelo União Brasil lidera todas as pesquisas para a prefeitura municipal

09/09/2024 17h18

A candidata a prefeita de Nova Andradina pelo União Brasil, a ex-deputada estadual Dione Hashioka

A candidata a prefeita de Nova Andradina pelo União Brasil, a ex-deputada estadual Dione Hashioka Reprodução/Mídias sociais

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Candidata a prefeita de Nova Andradina, a ex-deputada estadual Dione Hashioka (União Brasil) postou um vídeo nesta segunda-feira (12) nas suas redes sociais para explicar o motivo da desistência de participar do bate com os demais candidatos que será realizado logo mais às 19 horas pelo Jornal da Nova.
 
No vídeo, Dione Hashioka informou que desde o início da campanha eleitoral tem se dedicado a apresentar de forma transparente e direta o seu plano de governo. “Dialogando com cada um de vocês e tenho realizado visitas constantes aos bairros, participado de reuniões com lideranças e empresas e mantido uma agenda próxima com a comunidade”, disse.
 
Além disso, completou a candidata, “acredito que esse contato direto seja o caminho mais eficiente para ouvir as demandas e compartilhar as nossas propostas”. “Infelizmente, tenho enfrentado e ataques recorrentes de alguns veículos de comunicação, que demonstram parcialidade e se posicionam contra a minha candidatura”, revelou.
 
Ela ressaltou ainda que, todas as vezes que participou de entrevistas, foi alvo de vídeos manipulados e compartilhamento de fake news. “Entendo, portanto, que minha participação no debate de hoje seria uma oportunidade que estão procurando para novas manipulações, o que não contribuiria para um processo democrático saudável", afirmou.
 
Em razão disso, Dione Hashioka confirmou a ausência e reforçou que sua agenda de campanha segue firme. “Minha prioridade sempre foi e será o compromisso por cada um de vocês. Continuarei focada em apresentar soluções concretas para o futuro de Nova Andradina, de maneira mais direta e verdadeira, sem permitir que o processo eleitoral seja distorcido por interesses que não representam o bem da nossa cidade”, argumentou a candidata que lidera todas as pesquisas de intenções de votos.

O debate

O debate que será promovido pelo Jornal da Nova terá a mediação da advogada e vice-presidente da OAB local, Daniela de Oliveira Línea, para assegurar que todos os candidatos tenham igualdade de expor suas ideias e programas de governo.
 
Já confirmaram presença os candidatos a prefeito Leandro Fedossi (PSDB), Marcos Dan (PT), Marcos Guimarães (Novo) e Milton Sena (PDT). O debate contará com cinco blocos e a participação de um comitê de advogados indicados pela OAB para analisar eventuais pedidos de direito de resposta.
 
Os convites e as regras foram aprovados pelos candidatos participantes, sendo ainda enviada cópia para a Justiça Eleitoral. Os quatro primeiros blocos são dedicados à apresentação, discussão e confronto das propostas dos candidatos.
 
O bloco 5, último, será reservado para as considerações finais de cada candidato, permitindo que cada um resuma seus principais pontos e reforce sua mensagem de compromisso para os eleitores. Os temas abordados variam entre temas livres, perguntas formuladas por entidades públicas e privadas e da imprensa local.
 
São eles: Jornal Nova Notícias, Nova News, Jornal Vale do Ivinhema, Jornal Imagem, Jornal Nova Fogo, Jornal Do Oeste, Campus da UEMS de Nova Andradina, 7ª Subseção da OAB/MS de Nova Andradina, ACINA (Associação Comercial e Empresarial de Nova Andradina) e SIMTED (Sindicato dos Trabalhadores em Educação).

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