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Táxis "somem", mas mantêm exclusividade de estacionamento nas ruas da Capital

Redução no número de veículos é visível, mas áreas dedicadas a pontos de táxi continuam amplas e presentes em Campo Grande

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O município de Campo Grande conta com 525 alvarás ativos concedidos a taxistas. No entanto, menos da metade deles atua nas ruas da Capital.

Não é preciso esforço para notar que os pontos de táxi da cidade estão menos movimentados nos últimos anos, principalmente após a chegada dos aplicativos de transporte.

Até na região central, onde há grande fluxo de pessoas, a quantidade de motoristas apresentou redução considerável. Em contrapartida, a Capital enfrenta problemas relacionados à falta de vagas de estacionamento, principalmente na região central. 

Apesar da queda na operação, as ruas continuam com amplos espaços dedicados a veículos desse tipo de transporte de passageiros.

Nesta terça-feira (17), a Prefeitura de Campo Grande formalizou, através de edital no Diário Oficial (Diogrande), a extinção do Ponto de Estacionamento Nº 3 de táxi convencional. Os permissionários do ponto em questão serão "unidos" aos do Nº 1.

Com a extinção do ponto, serão disponibilizadas oito novas vagas no centro da Capital.

Permissionários serão remanejados para o Ponto de Táxi Nº1.

Segundo a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), a união dos pontos foi feita a pedido dos próprios permissionários, "considerando o fluxo constante de veículos na Avenida Afonso Pena, que dificultava o acesso dos taxistas ao ponto nº 03".

Dentre as justificativas apresentadas pela Prefeitura no edital, estão a considerável redução de alvarás e a necessidade de ampliação no quantitativo de vagas de estacionamento na área central da cidade.

Como os pontos são próximos, um localizado na Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho e outro localizado na Rua 14 de Julho, foi avaliado que o impacto na rotina dos profissionais e na demanda de passageiros seria pequeno.

Questionada sobre a possibilidade de novos pontos de táxi serem extintos, a Agetran informou que ainda não há previsão de fusões de novos pontos.

No entanto, tais uniões podem acontecer caso haja demanda por parte dos permissionários ou do poder público.

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CASO FATAL

Suspeito de matar mãe de 73 anos é preso na Capital

Caso aconteceu na noite desta segunda-feira (16), no bairro Giocondo Orsi, e a neta ouviu pelo telefone a avó ser agredida pelo filho, de 40 anos

17/12/2024 13h00

Caso foi registrado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam)

Caso foi registrado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Uma idosa de 73 anos morreu, na noite desta terça-feira (17), após infartar e não conseguir ser socorrida a tempo na sua residência, no bairro Giocondo Orsi. Seu filho de 40 anos foi preso sob suspeita de maus-tratos.

A Polícia Militar, o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) e o Corpo de Bombeiros foram acionados após a própria neta denunciar, após ouvir pelo telefone a avó ser agredida pelo rapaz. 

Ao chegarem no local, encontraram a idosa com ferimentos pelo corpo e batimentos cardíacos alterados. Os médicos e bombeiros tentaram reanimação, mas ela não resistiu e morreu ainda no local.

Durante a abordagem, o filho teria tumultuado e estaria visivelmente sob efeito de drogas e embriagado. Ainda segundo os vizinhos, ele já foi preso outras vezes e causava medo nos residentes da região. Foi relatado que ela morava naquela mesma residência há 27 anos e tinha outro filho, mas acamado, além do seu marido ter morrido há cinco anos.

Diante dos fatos, o homem de 40 anos foi detido por suspeita de violência doméstica e maus-tratos, e encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). Porém, a morte segue a esclarecer.

Violência contra o idoso

Mato Grosso do Sul se mantém como o estado com a maior taxa de violência cometida contra pessoas idosas do País, segundo aponta o Atlas da Violência, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgado nesta terça-feira (18).

Os dados têm como referência o ano-base de 2022.

De acordo com o Atlas, a violência interpessoal contra pessoas acima de 60 anos inclui violência física, psicológica, tortura, sexual, negligência, entre outras.

Em Mato Grosso do Sul, a taxa de violência por 100 mil habitantes foi de 209,0 em 2022, bem acima da nacional, que foi de 67,2%. O estado de Pernambuco aparece em segundo no ranking, com taxa de 134,6.

Considerando os números absolutos, em 2022 foram registrados 737 caoss de violência contra idosos. Isso indica que, em média, são 61 idosos agredidos por mês, ou que a cada 12 horas, um idoso é vítima de violência no Estado.

Nos últimos dez anos, de 2012 a 2022, esse tipo de violência teve aumento de 72,2% em Mato Grosso do Sul. Em toda a última década, o Estado liderou o ranking de maior taxa de violência contra pessoas acima de 60 anos.

Já no comparativo entre 2021 e 2022, houve uma queda nos casos, de -4,9%, tendo em vista que passou de 775 para os 737 registrados no ano base.

Canal de Denúncia

O MPMS lançou um número de WhatsApp para facilitar a realização de denúncias quanto a esse crime na capital: (67) 9196-7690. No interior do Estado o atendimento é feito na promotoria local.

Segundo o Ministério Público, também há outras formas de denunciar, são elas:

  • Ouvidoria do MPMS: preencha o formulário www.mpms.mp.br/ouvidoria; ou ligue 127;
  • Atendimento presencial na Rua da Paz, n° 134, Jardim dos Estados, de segunda a sexta, das 13:00 às 17:00;
  • Disque 100 (Disque Direitos Humanos).

Conforme o Ministério da Saúde, caracteriza-se como violência aos idosos os tipos: 

  • Violência Física: ato de provocar intencionalmente qualquer tipo de lesão corporal;
  • Violência Psicológica: ações que leve a um sofrimento emocional, por exemplo, agressões verbais, negligência, desprezo, ameaças, prejudicar a autoestima, entre outros;
  • Violência Institucional: qualquer tipo de violência exercida dentro do ambiente institucional;
  • Violência Sexual: ações que obriguem outra pessoa a ter interações sexuais ou a utilizarem da sexualidade, com fins de lucro, vingança entre outros;
  • Violência Moral: trata-se de calúnias, difamações e injúrias;
  • Abuso financeiro e Violência patrimonial: esse tipo de violência tem enfoque nas perdas, danos financeiros, roubos e furtos, destruição de bens, documentos ou valores de outras pessoas;
  • Discriminação: comportamentos discriminatórios, ofensivos e desrespeitosos em relação, por exemplo, à condição física da pessoa idosa.

*Colaborou Glaucea Vaccari

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Em dois anos, número de profissionais do Mais Médicos mais que dobrou em MS

Atualmente, estado conta com 351 médicos ativos, e ainda há vagas em processo de ocupação

17/12/2024 12h40

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

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Dados divulgados pelo Governo Federal mostram que o Mais Médicos teve crescimento de 104% nos últimos dois anos em Mato Grosso do Sul. O número de profissionais foi de 172 em novembro de 2022 para 351 em novembro de 2024. Somente neste ano foram 124 novos médicos atuando no estado.

Os médicos atuam em 63 municípios, com abrangência de cerca de 807 mil habitantes. Há divisão na distribuição por necessidade de atendimento, sendo 20 dos profissionais fixados em municípios considerados de alta vulnerabilidade e outros seis em regiões de muito alta vulnerabilidade. Um grupo de 39 médicos trabalha em distritos sanitários especiais indígenas.

Dos profIssionais, 218 são do sexo feminino e 133 do masculino. A faixa etária com maior número de médicos ativos no programa no estado é de 30 a 34 anos, com 77. Na sequência, há 76 profissionais entre 25 e 29 anos e 64 entre 35 e 39 anos.

No recorte por raça, a maioria (229 profissionais) se identifica como brancos. Na sequência, há 92 identificados como pretos ou pardos e 29 como amarelos.

"O Mais Médicos não se encerra em si mesmo. Ele é um meio potente e importantíssimo para viabilizar e fortalecer a Estratégia de Saúde da Família", afirma Jerzey Timóteo,  secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde

No Brasil

Em âmbito nacional, o Mais Médicos teve um crescimento de mais de 100% entre o fim de dezembro de 2022 e novembro de 2024. Eram 12,8 mil no final da gestão anterior e são 26,7 mil atualmente. Um efetivo que atende mais de 68 milhões de habitantes. Só em 2024, 6.729 novos profissionais entraram em atividade em mais de 2 mil municípios. O número representa mais de 25% do total de médicos ativos, que atuam em 4.412 cidades e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis).

Retomada

Em 2023, o programa foi retomado com o conceito de levar profissionais aos municípios distantes dos grandes centros e periferias das cidades. O Mais Médicos avançou, sobretudo, entre municípios com maior vulnerabilidade social, onde estão 60% dos profissionais.

Discussão

Os resultados nos últimos dois anos foram discutidos no Encontro Nacional das Referências do Programa Mais Médicos, no início de dezembro. O intuito foi, além de dar visibilidade às ações desenvolvidas, mostrar o papel importante que as referências regionalizadas têm para o sucesso do programa.

Elos

As referências e parcerias com estados e municípios são consideradas essenciais. São elos entre o Governo Federal e o local onde as pessoas efetivamente vivem, formam família e recebem atendimento. Essas parcerias garantem apoio técnico, orientações, mediações de conflitos, acompanhamento e monitoramento das atividades realizadas. "Com a aproximação entre a gestão federal e as referências regionalizadas, é possível identificar os desafios de cada território e alinhar ações, diretrizes e planos futuros", disse o diretor do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária, Wellington Mendes Carvalho. Para ele, o ano de 2025 será para consolidar o trabalho, metas e políticas retomadas desde o início da gestão.

Curso e bolsa

Outro destaque foi a concessão de curso e bolsa-formação de medicina de família e comunidade de R$ 4.000 a 2.700 residentes de medicina de família e comunidade (MFC). Essa formação prepara o futuro médico de família e comunidade para que ele transmita o conhecimento a novos profissionais em formação, para ampliar a capacidade do país de criar novos programas de residência médica em MFC.

Integração

O Ministério da Saúde anunciou, ainda, a integração das formas de provimento do programa, o que garante mais segurança às equipes de saúde e fortalece o atendimento à população. Com isso, 3,6 mil médicos bolsistas serão efetivados pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS), com permanência nos municípios onde já atuam, mantendo o vínculo com a comunidade.

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