Cidades

CASO FATAL

Suspeito de matar mãe de 73 anos é preso na Capital

Caso aconteceu na noite desta segunda-feira (16), no bairro Giocondo Orsi, e a neta ouviu pelo telefone a avó ser agredida pelo filho, de 40 anos

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Uma idosa de 73 anos morreu, na noite desta terça-feira (17), após infartar e não conseguir ser socorrida a tempo na sua residência, no bairro Giocondo Orsi. Seu filho de 40 anos foi preso sob suspeita de maus-tratos.

A Polícia Militar, o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) e o Corpo de Bombeiros foram acionados após a própria neta denunciar, após ouvir pelo telefone a avó ser agredida pelo rapaz. 

Ao chegarem no local, encontraram a idosa com ferimentos pelo corpo e batimentos cardíacos alterados. Os médicos e bombeiros tentaram reanimação, mas ela não resistiu e morreu ainda no local.

Durante a abordagem, o filho teria tumultuado e estaria visivelmente sob efeito de drogas e embriagado. Ainda segundo os vizinhos, ele já foi preso outras vezes e causava medo nos residentes da região. Foi relatado que ela morava naquela mesma residência há 27 anos e tinha outro filho, mas acamado, além do seu marido ter morrido há cinco anos.

Diante dos fatos, o homem de 40 anos foi detido por suspeita de violência doméstica e maus-tratos, e encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). Porém, a morte segue a esclarecer.

Violência contra o idoso

Mato Grosso do Sul se mantém como o estado com a maior taxa de violência cometida contra pessoas idosas do País, segundo aponta o Atlas da Violência, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgado nesta terça-feira (18).

Os dados têm como referência o ano-base de 2022.

De acordo com o Atlas, a violência interpessoal contra pessoas acima de 60 anos inclui violência física, psicológica, tortura, sexual, negligência, entre outras.

Em Mato Grosso do Sul, a taxa de violência por 100 mil habitantes foi de 209,0 em 2022, bem acima da nacional, que foi de 67,2%. O estado de Pernambuco aparece em segundo no ranking, com taxa de 134,6.

Considerando os números absolutos, em 2022 foram registrados 737 caoss de violência contra idosos. Isso indica que, em média, são 61 idosos agredidos por mês, ou que a cada 12 horas, um idoso é vítima de violência no Estado.

Nos últimos dez anos, de 2012 a 2022, esse tipo de violência teve aumento de 72,2% em Mato Grosso do Sul. Em toda a última década, o Estado liderou o ranking de maior taxa de violência contra pessoas acima de 60 anos.

Já no comparativo entre 2021 e 2022, houve uma queda nos casos, de -4,9%, tendo em vista que passou de 775 para os 737 registrados no ano base.

Canal de Denúncia

O MPMS lançou um número de WhatsApp para facilitar a realização de denúncias quanto a esse crime na capital: (67) 9196-7690. No interior do Estado o atendimento é feito na promotoria local.

Segundo o Ministério Público, também há outras formas de denunciar, são elas:

  • Ouvidoria do MPMS: preencha o formulário www.mpms.mp.br/ouvidoria; ou ligue 127;
  • Atendimento presencial na Rua da Paz, n° 134, Jardim dos Estados, de segunda a sexta, das 13:00 às 17:00;
  • Disque 100 (Disque Direitos Humanos).

Conforme o Ministério da Saúde, caracteriza-se como violência aos idosos os tipos: 

  • Violência Física: ato de provocar intencionalmente qualquer tipo de lesão corporal;
  • Violência Psicológica: ações que leve a um sofrimento emocional, por exemplo, agressões verbais, negligência, desprezo, ameaças, prejudicar a autoestima, entre outros;
  • Violência Institucional: qualquer tipo de violência exercida dentro do ambiente institucional;
  • Violência Sexual: ações que obriguem outra pessoa a ter interações sexuais ou a utilizarem da sexualidade, com fins de lucro, vingança entre outros;
  • Violência Moral: trata-se de calúnias, difamações e injúrias;
  • Abuso financeiro e Violência patrimonial: esse tipo de violência tem enfoque nas perdas, danos financeiros, roubos e furtos, destruição de bens, documentos ou valores de outras pessoas;
  • Discriminação: comportamentos discriminatórios, ofensivos e desrespeitosos em relação, por exemplo, à condição física da pessoa idosa.

*Colaborou Glaucea Vaccari

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CAMPO GRANDE

Homem deita no banco da moto em alta velocidade, colide em meio-fio e morre

Impacto foi tão forte que motocicleta saiu andando sozinha descontrolada sem piloto por mais cinco metros

14/04/2025 08h45

Rapaz sofreu múltiplas lesões internas e externas

Rapaz sofreu múltiplas lesões internas e externas DIVULGAÇÃO

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Motociclista, Luiz Henrique, de 23 anos, morreu em acidente de moto, na noite deste domingo (13), na avenida Rita Vieira de Andrade, bairro Rita Vieira, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, Luiz Henrique estava ingerindo bebida alcoólica com amigos, quando resolveram sair para pilotar suas motocicletas em grupo na rua Novo Estado, sentido avenida Rita Vieira de Andrade.

Luiz Henrique pilotava uma Yamaha Factor YBR 150 em alta velocidade, quando deitou seu corpo sobre o banco da moto, perdeu a direção do veículo, colidiu contra o meio-fio, atravessou o canteiro central da avenida, atravessou a pista contrária e foi arremessado violentamente no matagal às margens da avenida, a 27 metros do meio-fio.

De acordo com o boletim de ocorrência, o impacto foi tão forte que a motocicleta saiu andando sozinha descontrolada sem piloto por mais cinco metros, parando em uma cerca de uma propriedade particular.

Amigos da vítima presenciaram o acidente e acionaram o Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e Polícia Militar (PMMS), mas, Luiz faleceu antes mesmo da chegada do socorro. Os médicos ainda tentaram reanimá-lo com massagens cardíacas, mas, não obtiveram êxito.

Ele sofreu múltiplas fraturas em todo o corpo, internas e externas. Ele tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e os documentos da moto estavam em dia.

Após confirmação do óbito, Polícia Civil e Polícia Científica foram acionados para efetuar os trabalhos periciais.

O caso foi registrado como Sinistro de Trânsito Fatal Provocado pela Própria Vítima na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC-CEPOL).

Dados da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) apontam que cinco motociclistas perderam a vida no trânsito, entre janeiro e fevereiro de 2025, em Campo Grande. Não há números de março e nem de abril. 

Cidades

Homem que mutilou a companheira volta para a cadeia

Crime aconteceu no dia 6 de abril; homem já acumula seis passagens pela polícia por homicídio, tentativa de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo

14/04/2025 08h00

Homem que mutilou a companheira volta para a cadeia

Homem que mutilou a companheira volta para a cadeia Reprodução - MPMS

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e o Tribunal de Justiça (TJMS) conseguiram suspender a decisão de liberdade provisória do rapaz identificado como Wellington Paes Lino, de 24 anos, acusado de esfaquear diversas vezes sua ex-companheira.

O pedido de liminar foi atendido e cumprido no último domingo (13), por agentes da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS). O desembargador plantonista Marcelo Câmara Rasslan enfatizou que a decisão foi baseada nos fundamentos legais e na necessidade de preservar a ordem pública, dada a gravidade dos fatos apurados.

Em justificativa, o MPMS afirma que a liberdade do rapaz representava “um risco iminente de novos atos violentos contra a vítima e seus familiares, tornando urgente a adoção de medidas para garantir a ordem pública e proteger a integridade física, psicológica e moral da vítima”.

Além deste crime, Wellington também foi absolvido em outro processo por crime doloso contra a vida, decisão da qual o MPMS já recorreu. 

Relembre o caso

No dia 6 de abril, uma mulher de 40 anos foi esfaqueada diversas vezes na barriga e na região genital pelo seu ex-companheiro Wellington Paes Lino, que não aceitava o fim do relacionamento. 

Segundo relatos, as duas filhas da vítima estavam no imóvel no momento do incidente, juntamente com o genro e dois netos. A mulher estava no quarto com o suspeito, até então, namorado, e saiu gritando por socorro e sangrando muito. Foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Tiradentes, onde foi constatado lesões na região abdominal e genital, sendo transferida para a Santa Casa, onde permanece internada.

O caso foi registrado na 1ª DEAM como lesão corporal no âmbito de violência doméstica, onde a delegada plantonista pediu a prisão preventiva do autor por feminicídio tentado, decisão deferida pelo juiz. 

O rapaz ficou foragido até o dia 9 de abril, quando foi localizado no bairro Moreninhas. Para ajudar nas buscas, a Polícia Civil divulgou cartazes de foragido com o rosto do homem em suas redes sociais e pela imprensa, o que possibilitou que os policiais do GARRAS (Delegacia Especializada de Repreensão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) o localizassem na casa da mãe e realizassem a prisão.

Ao ser abordado, Wellington afirmou estar ciente do motivo da prisão e não apresentou remorso ou arrependimento. Ele foi encaminhado à Delegacia Especializadas de Atendimento à Mulher, onde permanecerá à disposição da Justiça. 

O delegado responsável pela prisão, Roberto Guimarães, detalhou o momento da prisão e o comportamento do homem. 

“Ele foi bem frio, só falou ‘eu sei porque vocês estão me prendendo’ e confirmou que teve uma briga com a mulher dele, mas não quis dar nenhum detalhe. Pelo histórico, pela conduta dele, ainda mais quando trata-se de um crime violente, quando há essa gravidade e periculosidade, o Garras é acionado”, explicou. 

Seis boletins de ocorrência

Segundo o delegado de Wellington, Jean Carlos Lopes Campos, existem seis boletins de ocorrência contra seu cliente, mas não especificou se todos são relacionados à mesma vítima. Acrescentou, também, que Wellington optou pelo direito de permanecer em silêncio. 

A família da vítima relatou que o casal mantinha um relacionamento de três anos, entre discussões, términos e reconciliações. Inclusive, tinham retomado o relacionamento a dois meses. Wellington já possui antecedentes criminais e, em 2020, foi absolvido de acusações de homicídio qualificado e quatro tentativas de homicídio relacionadas à morte de Odilon Rodrigues da Silva. 

A vítima relatou ainda que, mesmo internada, ela continuou recebendo ameaças do suspeito através de mensagens pelo celular. Entre as diversas mensagens, alguns exemplos são ameaças como “você vai conhecer meu lado ruim”, “você vai ver, vou matar você ‘guria’”. 

O suspeito acumula na ficha criminal passagens por homicídio, tentativa de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. 

**Colaborou Karina Varjão**

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