Cidades

OPERAÇÃO NO TEC-MS

TCE-MS tem presidente e dois conselheiros afastados, mas se cala sobre a decisão

Afastamento foi determinado dentro da operação da Polícia Federal que mira desvios de verbas públicas

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Diante do afastamento do então presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS),Iran Coelho das Neves, o órgão não se manifestou oficialmente sobre a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF). Também foram afastados os conselheiros Waldir Neves Barbosa e Ronaldo Chadid.

Ao Correio do Estado, a assessoria de comunicação do órgão afirmou que não emitirá um posicionamento porque não tiveram acesso aos autos do processo, no qual consta a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o afastamento dos membros do TCE-MS.

A assessoria ainda disse que não pode confirmar se posteriormente haverá uma manifestação oficial. Além disso, o Tribunal também não confirmou quem irá substituir Waldir Neves Barbosa e Ronaldo Chadid.

Conforme publicado pelo Correio do Estado, por causa do afastamento do presidente, quem assumirá a chefia do órgão será o vice, Jerson Domingos. 

AFASTAMENTO DE SERVIDORES 

Conforme a decisão do STJ, além de envolver os dois conselheiros e o presidente do TCE-MS, também participavam do esquema pelo menos dois servidores estaduais que atuavam no local. 

Segundo relatado no processo, os dois participavam dos trâmites burocráticos para que valores fossem desviados sem qualquer rastro.

Inclusive, de acordo com o processo, a Polícia Federal teve mandado de buscas nas estações de trabalho ocupadas pelos servidores no prédio do Tribunal.

Ainda é apontado que entre as diversas participações que tinham no esquema como um todo, determinados funcionários ainda compareceram à reuniões paralelas para negociações com empresas privilegiadas pelas licitações fraudulentas. 

A operação da PF, em conjunto com a Receita Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU).

Cidades

A um mês de leilão, deputados ainda tentam suspender relicitação da BR-163

Em sessão desta terça-feira, comissão temporária pediu a suspensão imediata do leilão, previsto para o dia 22 de maio

15/04/2025 18h31

Deputado Júnior Mochi apresentou o relatório durante a sessão ordinária da Casa de Leis nesta terça-feira

Deputado Júnior Mochi apresentou o relatório durante a sessão ordinária da Casa de Leis nesta terça-feira Foto: Wagner Guimarães / Alems

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Faltando pouco mais de um mês para o leilão da BR-163, deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul voltaram a tentar a barrar a repactuação da concessão da rodovia. Em documento que será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), é pedida a suspensão imediata do leilão, que está previsto para o dia 22 de maio.

Na sessão desta terça-feira (15), o deputado Junior Mochi (MDB) entregou à Mesa Diretora o relatório do trabalho realizado pela Comissão Temporária para Acompanhamento do Processo de Relicitação da rodovia.

O documento, que contém a denúncia, pedido de providências e medida cautelar, será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), porque, segundo a comissão, foram constatadas graves irregularidades no processo contratual e na proposta de repactuação da concessão.

“Os documentos anexados detalham as evidências levantadas pela comissão ao longo das diligências realizadas, incluindo oito audiências públicas em municípios diretamente afetados, análise de documentos oficiais da ANTT [Agencia Nacional Agência Nacional de Transportes Terrestres], TCU [Tribunal de Contas da União] e da própria concessionária”, disse Mochi.

O presidente da Casa de Leis, deputado Gerson Claro (PP), recebeu o documento oficial e informou que tomará com urgência as medidas cabíveis.

Com relação ao leilão de repactuação da concessão da rodovia, a solicitação é para que haja a suspensão imediata  até que sejam esclarecidas as irregularidades apontadas.

Também é solicitado a instauração de procedimento investigatório com realização de perícia técnica e contábil.

Além disso, a comissão requer o cumprimento integral do contrato de concessão, com a retomada das obras previstas no escopo original, especialmente a duplicação dos 656,3 km restantes, e a apuração de eventual responsabilidade civil, administrativa e penal.

Leilão

Onovo texto do contrato foi elaborado pelo Ministério dos Transportes e pela ANTT e, nessa nova pactuação, a empresa vencedora terá que duplicar apenas 203 km da rodovia, um quarto do que era obrigado no edital antigo.

O certame está marcado para ocorrer no dia 22/5, na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. Ele ocorre quase um ano e meio depois que o texto do novo contrato, feito inclusive com a ajuda do governo do Estado, ficou pronto e ganhou publicidades.

Em 2024, inclusive, o Correio do Estado mostrou que o Tribunal de Contas da União (TCU) – que deu o aval para que a realização do leilão fosse feita nesses termos – ficou com o documento engavetado por um ano e dois meses até ser colocado em votação em novembro de 2024, quando foi aprovado, em detrimento ao voto de seu relator.

O voto do ministro do TCU Aroldo Cedraz, relator da matéria na Corte, foi inclusive usado nas considerações finais de Mochi. Os argumentos dele, porém, foram derrubados e seis ministros votaram a favor de uma nova solução consensual ajustada durante o debate pelo ministro Benjamin Zymler.

O novo leilão prevê quase R$ 17 bilhões de investimentos ao longo de 30 anos de contrato, com início das obras previstas para ocorrer ao fim deste ano, caso o certame de fato ocorra.

A CCR MSVia assinou o contrato de concessão da BR-163 em 11/4/2014. Três anos depois, pediu o reequilíbrio desse contrato. Em dezembro de 2019, ela entregou a concessão. A partir de junho de 2021, vem recebendo aditivos para seguir na via.

* Colaborou Daiany Albuquerque

Direito Garantido

Idosa de 99 anos conquista na Justiça o direito à certidão de nascimento

Com o auxílio da Defensoria Pública, a idosa, que tinha apenas a cópia do RG de 1989, conseguiu recuperar o registro

15/04/2025 18h15

Crédito: Defensoria Pública

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Analia Camilo Soares, uma senhora de 99 anos que, no decorrer de sua vivência, perdeu a certidão de nascimento, conseguiu obter o documento novamente por meio da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul.

Natural de Três Lagoas (MS), a idosa tinha apenas uma cópia do RG de 1982 e estava precisando de uma certidão de nascimento atualizada para tirar a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN).

A equipe do Núcleo da Fazenda Pública, Moradia e Direitos Sociais (Nufamd) iniciou os trabalhos fazendo uma varredura no cartório do município e conseguiu encontrar o registro de nascimento de Analia.

“Assim, ela conseguiu emitir a nova certidão, mesmo com quase 100 anos”, explicou Regina Célia Rodrigues Magro, coordenadora do Nufamd.

A certidão de nascimento é um direito garantido pelo Registro Civil de Nascimento, sendo o primeiro documento da vida de uma pessoa.

Ela assegura a existência legal do cidadão, com dados como nome, sobrenome, nacionalidade e filiação. A recomendação é que, no caso de recém-nascidos, o registro seja feito até 15 dias após o parto.

A depender da localização, esse prazo pode ser estendido para até três meses, caso a pessoa resida em locais distantes do cartório.

O documento é obrigatório, gratuito e pode ser emitido com a Declaração de Nascido Vivo e os documentos dos pais.

Já nos casos em que o registro não é feito dentro do prazo legal, o processo passa a ser considerado tardio. Nessa situação, pode ser necessário iniciar um procedimento no cartório ou até mesmo entrar na Justiça para conseguir o documento.

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