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"Temos que ter liberdade de atuar sobre as forças de segurança", diz Riedel sobre PEC

Governador afirmou que a PEC da segurança apresentada pelo ministro Lewandowski é importante, mas que ações tem que ser debatidas entre estados e a União

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), afirmou que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança Pública, apresentada nesta terça-feira (15) pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, é importante pela institucionalização, mas que é necessário diálogo para estabelecer a liberdade de cada estado em atuar sobre as forças de segurança.

"A gente está em um momento de negociação, de diálogo. O ministro tem razão quando coloca que a segurança pública deve ser institucionalizada do ponto de vista constitucional, é uma diretriz importante. Agora, isso tem que ser dialogado e debatido porque ela envolve um conceito basilar da própria Constituição, onde o Estado hoje é responsável pela segurança pública. Então, como é que eu vou ser responsável diante de ações que muitas vezes eu não possa tomar ou decidir?, disse Riedel.

"A PEC é uma discussão que não é ruim, é importante institucionalizar a segurança pública, mas, ao mesmo tempo, nós temos que negociar as ações colocadas pelo governo federal e aquelas que são prerrogativas do Estado, e é esse o momento que a gente se encontra agora. Nós temos que ter, a partir do momento que nós somos responsáveis, a liberdade de atuar sobre as nossas forças de segurança", acrescentou o governador.

Riedel reforçou a importância de uma diretriz centralizada e unificada, principalmente no serviço de inteligência, e defendeu a integralização desses sistemas de inteligência entre as diferentes polícias.

"Essa é a minha maior crítica ao governo federal, porque a gente tem que integralizar os sistemas de inteligência de Polícia Federal, Forças Armadas, Polícia Militar, todas as especializadas, Forças Federais e Estaduais, Rodoviária Federal, Rodoviária Estadual, para que a gente possa ter um resultado mais efetivo", disse.

"Então, eu louvo a iniciativa do ministro, mas que a gente tenha esse diálogo avançado para deixar claro as atribuições, senão fica aquela história do deixa que eu chuto, de quem é a bola, se é sua, é minha, se você faz, você pede, eu faço, ou não, não tem autonomia, isso tem que estar claro. Eu acho que essa é a questão", concluiu o governador.

Na apresentação da PEC, Lewandovski disse que haverá autonomia dos governadores no que diz respeito ao comando das forças de segurança estaduais, que era uma preocupação de vários administradores estaduais, além de Riedel.

"Nós percebemos que a principal preocupação dos governadores, que entendemos que tenha sido atendida nessa proposta agora, que estamos enviando à Casa Civil, para depois ser enviada ao Congresso Nacional, é a suposta perda de autonomia dos governadores no que diz respeito ao comando das polícias civis, militares e dos corpos de bombeiros militares. Nós entendemos que sanamos isso", afirmou o ministro, em coletiva de imprensa nessa quarta-feira (15), em Brasília.

"Estamos escrevendo com todas as letras que essas competências atribuídas à União não restringirão a subordinação das polícias militares, civis e penais, e a dos corpos de bombeiros militares, aos governadores dos estados e do Distrito Federal. Assim, nós entendemos que estamos afastando quaisquer dúvidas com relação a isso. A autonomia dos estados e do DF, nesse aspecto, está completamente preservada, se [a PEC] for aprovada pelo Congresso Nacional", acrescentou Lewandowski.

PEC da Segurança

A PEC altera a redação dos artigos 21, 22, 23 e 24 da Constituição Federal – que tratam das competências da União, privativas ou em comum com os estados, municípios e Distrito Federal – e muda o Artigo 144, sobre os órgãos que cuidam da segurança pública em todo o país.

Com a proposta, o governo federal pretende dar status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública (Susp), criado por lei ordinária em 2018 (Lei 13.675).

Além disso, quer levar para a Constituição Federal a previsão do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário, que atualmente estão estabelecidos em leis próprias. A nova redação deixa claro que os recursos desses fundos "serão compartilhados entre todos os integrantes da Federação, na forma da lei, vedado o seu contingenciamento".

A discussão sobre as fontes de financiamento dos dois fundos, que era uma das reivindicações dos secretários estaduais de Segurança Pública, ficará para um outro projeto de lei específico.

O texto da PEC também aumenta as atribuições da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). No caso da PRF, na primeira versão da proposta, passaria a se chamar Polícia Ostensiva Federal, mas agora o governo sugere que o nome seja Polícia Viária Federal, que terá como atribuição ordinária o patrulhamento ostensivo das rodovias, ferrovias e hidrovias federais.

Além dessas atribuições, a nova PRF poderia atuar em calamidades públicas e desastres naturais, bem como na proteção de bens, serviços e instalações federais, mediante autorização do ministro da Justiça.

A força ainda poderia ser utilizada no apoio às polícias estaduais de segurança, desde que solicitado pelos governadores.

Outro ponto importante da nova versão da PEC é a previsão constitucional de que todas as forças de segurança do país, sejam federais, estaduais ou municipais, disponham obrigatoriamente de corregedorias (que apuram infrações funcionais) e ouvidorias (para receber denúncias e sugestões da população). Esses dois órgãos deverão ser autônomos e não subordinados à hierarquia das forças policiais.

* Com Agência Brasil

Retorno

Candidato a vereador reaparece após 'sumir' por quase 60 dias em Campo Grande

O postulante, que tentou o pleito de 2024 e ficou conhecido pelo trabalho social, reforçou que, em dez dias, estará de volta e prestará todos os esclarecimentos. Veja o vídeo

16/01/2025 15h00

Reprodução Redes Sociais

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O candidato a vereador pelo Podemos, Ronaldo Cardoso, de 45 anos, que desapareceu por supostamente possuir dívidas com agiotas, surgiu nos grupos de WhatsApp por meio de um vídeo, alegando que precisou se afastar por problemas particulares.

No dia 9 de outubro de 2024, Ronaldo deixou a residência e não voltou mais. A servidora pública Susi Adriana Martins, esposa dele, contou ao Correio do Estado que registrou um boletim de ocorrência relatando o desaparecimento do esposo.

Disse ainda, que soube pela sogra que o marido poderia ter adquirido dívidas com agiotas o que não teve conhecimento anteriormente. 

À época, fotos foram compartilhadas em grupos via WhatsApp e no Facebook pedindo informações sobre o paradeiro do candidato a vereador. Ainda em outubro de 2024, Susi relatou que a sogra teria dito que o filho sumiu por ter adquirido dívidas com agiotas.

Sem explicações

Com poucos detalhes, Ronaldo gravou um vídeo para o Centro de Apoio aos Bairros (CAB-MS), atividade que ele desenvolvia ao lado da esposa.

“E hoje quero falar para vocês, meu time, minha equipe, para esse time da CAB-MS. Quero dizer que passei por alguns momentos muito complicados, com problemas particulares, que infelizmente fizeram com que eu me afastasse tanto da minha família quanto de cada um de vocês e desse projeto maravilhoso que é a CAB-MS", disse Ronaldo, e completou:

“Mas, assim, mesmo passando por todo tipo de dificuldade, enfrentando muitas lutas, nunca deixei de pensar em querer ajudar, nem por um minuto sequer, cada um de vocês.”

Ainda no vídeo, em ritmo de campanha, ele seguiu falando do projeto de assistência, convocando a comunidade a participar para “fazer o bem sem olhar a quem” e, em dado momento, agradeceu pelos pedidos de orações.

Desde o desaparecimento, a reportagem entrou em contato com a esposa de Ronaldo, mas não obteve resposta. Com a divulgação do vídeo, ela foi novamente procurada, mas, até o momento, não respondeu.

Retorno

A reportagem contactou Ronaldo Cardoso, que relatou ter gravado o vídeo na quarta-feira (16). Ele confirmou que esteve em Campo Grande e, em seguida, se retirou para dar continuidade a um tratamento.

Com o auxílio de uma amiga, que não teve o nome divulgado, Ronaldo garantiu que, daqui a dez dias, estará na CAB-MS para esclarecer tudo o que aconteceu e retomar o atendimento à comunidade.

Entenda

No dia 9 de outubro, Ronaldo deixou a residência dizendo à esposa que iria conversar com um conhecido para tratar de um emprego, mas não retornou.

Durante a conversa, Susi relatou que o marido sempre teve comportamento equilibrado; no entanto, ao não alcançar votos suficientes para ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de Campo Grande, ficou nervoso e chorou muito.

No dia do desaparecimento, por volta das 9h15, a servidora pública relatou que estava no salão de beleza e recebeu uma mensagem de áudio no WhatsApp, enviada por Ronaldo, com visualização única. Porém, devido ao barulho, não conseguiu escutar o conteúdo.

Susi ainda enviou mensagens ao marido, mas elas não foram entregues. No dia seguinte, domingo (10), telefonou para o homem que Ronaldo havia dito que encontraria, mas ele negou qualquer reunião marcada entre os dois.

Sem notícias, Susi procurou a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios (DHPP), que investiga casos de pessoas desaparecidas, e registrou um boletim de ocorrência.

Assista o vídeo

 

 

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Cidades

Criminosos utilizam dados do Detran para aplicar "golpe da CNH"

Criminosos agem por meio de SMS alertando sobre possíveis infrações e irregularidades do condutor

16/01/2025 14h30

Criminosos utilizam dados do Detran para aplicar

Criminosos utilizam dados do Detran para aplicar "golpe da CNH" Foto: Arquivo

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O Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) , divulgou uma nota na última quarta-feira (15) alertando os condutores sobre a necessidade de atenção redobrada, para evitar golpes praticados por meio de SMS.

Desde dezembro de 2024, os golpistas agem da seguinte maneira:

  • Enviam uma notificação por SMS de que a pessoa está com processo de suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em andamento;
  • A pessoa acessa o suposto link enviado e é direcionado a uma página que imita o GOV.BR do Governo Federal;
  • Ao preencher os dados  para fazer a consulta, aparecerá um resultado que mostra dados pessoais do condutor, e supostas informações da infração cometida e valores, além de um campo com a opção “regularizar”;
  • Gerando o boleto, a pessoa fará o pagamento falso e cairá no golpe

Ainda não há registros de quantas pessoas caíram neste golpe em Mato Grosso do Sul, já que os primeiros casos surgiram em 2024, no município de Nova Andradina. 

O Detran-MS ressalta que não solicita pagamentos ou dados por SMS ou E-mail. Os contatos realizados pelo Detran-MS com condutores ou proprietários de veículos são realizados por meio de canais oficiais.

“As notificações do Detran-MS são realizadas por edital em Diário Oficial do Estado, por correspondência via Correios ou notificações no Sistema de Notificação Eletrônica (SNE) para quem tem o aplicativo Carteira Digital de Trânsito”, explica o Diretor de Habilitação do Detran-MS, Luiz Fernando Ferreira.

Em caso de dúvidas o Detran-MS disponibiliza canais oficiais como o Portal de Serviços Meu Detran (www.meudetran.ms.gov.br), o aplicativo Detran MS, a Central de Informações, por telefone, pelos números 154 (Capital) e (67)3368-0500 (Interior) ou ainda agendar atendimento numa das 94 agências do Detran-MS no estado.

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