Cidades

Sistema operacional

TJMS espera concluir a transição para o eProc até o fim de 2026

O novo sistema tem o conceito de processo eletrônico, enquanto o e-SAJ representa apenas os processos físicos digitalizados

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A implantação do eProc na Justiça sul-mato-grossense deve levar pouco menos de dois anos. A expectativa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) é de que o novo sistema operacional para processos eletrônicos esteja totalmente operante até o fim de 2026.

A transição não será imediata, conforme explica o presidente do TJMS, desembargador Dorival Renato Pavan, porque virá acompanhada de extensa capacitação que envolverá não apenas os servidores do Poder Judiciário e os magistrados, mas todos os operadores do Direito, como advogados, procuradores estaduais, promotores de Justiça e integrantes da Defensoria Pública.

Apesar da expectativa de que o sistema esteja totalmente operacional até o fim do ano que vem, o acordo para a transição de sistema e implantação do eProc tem vigência de 60 meses.

“Trata-se de um sistema de uso mais fácil e intuitivo pelos operadores do Direito. Para além disso, ele trará mais celeridade, porque praticamente elimina o que chamamos de tempo morto de um processo”, esclarece Pavan, o qual está à frente da mudança do sistema operacional.

Sobre o chamado tempo morto do processo, o presidente da Corte de Justiça explica que são alguns despachos meramente protocolares, como emissões de certidões ou comandos para determinar uma citação ou informação, os quais são atividades-meio.

Com o eProc, esses comandos processuais de atividade-meio continuam existindo, mas a iniciativa será do próprio sistema, deixando a atividade-fim – que é analisar pedidos, julgar os processos, conduzir audiências, ouvir as partes, entre outras funções – para o magistrado.

“Em resumo, o eProc é um processo eletrônico, e não um processo digitalizado”, pontua Pavan. Segundo ele, o sistema atual – o e-SAJ – é uma reprodução no meio on-line de um processo físico, em que os despachos e as petições são feitos em programas editores de texto e enviados para o processo por meio de arquivos com a terminação de extensão PDF, por exemplo.

Com o eProc, existe a possibilidade de toda a codificação processual ocorrer dentro do próprio sistema, o qual vai gerar as folhas e os documentos a serem lidos.

Na apresentação do sistema, realizada no mês passado, em Belo Horizonte (MG) – que também marcou a entrada do Tribunal de Justiça mineiro no sistema –, foram estabelecidos os prazos de implantação do sistema em MS e em outras unidades da Federação que vão aderir ao eProc.

Atualmente, o novo sistema opera em 11 tribunais estaduais, dois militares, três federais (1ª, 2ª e 4ª Regiões), uma turma de uniformização e no Superior Tribunal Militar (STM).

CONVÊNIO

Firmado no mês passado, o convênio lista as obrigações do TJMS, que terá diversas responsabilidades, incluindo zelar pela utilização adequada do sistema e manter o sigilo das informações.

O eProc é um software de domínio gratuito, tem código aberto e foi desenvolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região na década passada.

A formação de um comitê gestor interinstitucional está prevista, com representantes de cada um dos tribunais participantes. Esse colegiado terá a função de coordenar as atividades relacionadas ao eProc, supervisionar o desenvolvimento do sistema e alinhar ações voltadas ao seu aperfeiçoamento.

Vale ressaltar que a execução do acordo não implica ônus financeiros para as partes envolvidas, assegurando que a colaboração se dá sem transferência de recursos.

O eProc tem um índice de 96,8% de satisfação entre os usuários e adota uma abordagem disruptiva e colaborativa. De acordo com o TJMS, o foco é no usuário, e não apenas na tecnologia.

Saiba

Em Mato Grosso do Sul, os primeiros processos que tramitarão pelo eProc serão os que têm origem na Justiça Federal e são encaminhados para a Justiça comum. 

A implantação até 2026 será gradual e deverá acompanhar as divisões do Direito.

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TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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