Localizada na região central de Campo Grande, uma edificação histórica, tombada há menos de uma década por seu valor arquitetônico, ficou esquecida no número 1.334 da rua Antônio Maria Coelho e agora serve de alvo das ações do tempo.
Como pôde constatar a equipe do Correio do Estado, em visita ao endereço icônico na Cidade Morena, apesar de algumas paredes já terem cedido e se tornado pilhas de entulho, a edificação mantém a aparência de "casa" mesmo claramente desgastada pelo tempo e intervenções humanas.
Entre colagens e pichações, a estrutura se esconde na Capital, encoberta mais recentemente também por por queda de galhos, que se desprenderam da árvore de sua calçada e agora compõem a paisagem negligenciada.
Construída por um espanhol, Inácio Gomes, a casa tem características particulares do estilo eclético que, conforme o arquiteto especialista Ângelo Arruda em seu portal, é possível ser notado em diversas outras edificações campo-grandenses.
Segundo o arquiteto, esse estilo do imóvel tombado foi implantado na década de 1920, ou seja, há mais de um século, provável período em que a Vivenda Ignácio Gomes teria sido erguida em Campo Grande.
Entenda
Em 22 de agosto de 2018, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur) de Campo Grande publicava o tombamento do imóvel que inclusive possui nome de batismo: "Vivenda Ignácio Gomes", como bem acompanhou o Correio do Estado à época.
Esse tombamento aconteceu graças ao valor arquitetônico da construção, vindo com uma série de exigências que podem gerar inclusive multa em caso de comprovação do dano causado ao imóvel.
E isso vale para qualquer processo de destruição, mutilação ou transformação e até mesmo reparos, pinturas e restauração, com a multa podendo alcançar o dobro do valor do dano causado.
À época, inclusive, foi dito que o proprietário comunicasse ao município, caso não possuísse recursos para obras de conservação reclamadas e, se comprovado, o Executivo ficaria a cargo dessas tarefas.







