Trinta e três anos após ter tido contato com a oitava nota musical, o presidente da Associação Dakila Pesquisas, Urandir Fernandes de Oliveira, conhecido por contatar o ET Bilu, anunciou a identificação de um novo espectro musical pela Associação Dakila Pesquisas.
Por meio de uma live no YouTube, Urandir contou que a descoberta ocorreu em colaboração com o maestro e violonista Robson Miguel.
O grupo de pesquisa de Mato Grosso do Sul, que ficou conhecido pela descoberta de Ratanabá, informou que a oitava nota foi nomeada "kall". A descoberta ocorreu durante expedições, observações de campo e demonstrações musicais.
"A primeira vez que tivemos contato com a nota kall foi em 1992, durante uma expedição em busca de ruínas arqueológicas na cidade de Nova Brasil do Sul, em Rondônia, na Amazônia brasileira. Lá encontramos uma pedra com milhares de inscrições, sendo uma delas esta nota. Desde então, encontramos diversas outras pedras com a mesma inscrição em várias cidades brasileiras", disse Urandir.
Segundo o grupo, na música toda nota produz, além de uma frequência natural, uma cascata de harmônicos.
A equipe percebeu que, ao cruzar a sétima repetição, a ressonância deixa de se alinhar como simples múltiplo da nota original e, em vez disso, mescla-se com harmônicos "não dados pelo músico, mas pela natureza".
O campo recebeu o nome de kall, que seria uma ressonância estabilizadora e universal, situada entre a nota emitida e seu campo de harmônicos.
Vibração tocando pessoas
Urandir explicou que, durante as atividades em campo, começaram a notar uma vibração que ultrapassa as sete notas, tocando pessoas, além de ressoar em animais e plantas.
"Hoje, com o amadurecimento do trabalho da equipe, apresentamos ao público aquilo que a natureza nos mostrou repetidas vezes", explicou Urandir.
Conforme pesquisas de Dakila, culturas ancestrais tinham conhecimento desta nota, que era usada em canções. Entretanto, com a mudança do conhecimento artístico, gerações posteriores tiveram esse saber ocultado.
"A nota kall possui uma frequência vibratória única, capaz de influenciar positivamente o timo humano e a mente, gerando estados de paz, lucidez e saúde, contrastando com as músicas de baixa frequência que dominam atualmente e que promovem apatia, depressão e comportamentos destrutivos", destaca o presidente da Dakila.
Mistério revelado
O grupo tentou reproduzir a oitava nota; no entanto, o maestro Robson Miguel explicou que não funcionou devido a nota estar em um plano diferente.
"Não adianta contar vibrações matemáticas, porque a nota kall está em um plano extremamente sensitivo, ligado ao sentimento humano, que não se traduz matematicamente. Ela está escondida em uma coisa chamada sons harmônicos."
O grupo concluiu que kall é a peça-chave que ajuda a entender o motivo de instrumentos musicais precisarem ser "temperados" em diferentes oitavas e por que certas afinações soam mais consonantes ao ouvinte.
Alcançando kall
Durante as pesquisas, feitas em viola caipira e piano, eles perceberam que, conforme os harmônicos sobem, afastando-se de múltiplos matemáticos simples, é possível perceber o campo da kall.
Com a descoberta fica deste modo: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó, kall.
Desarmonia dos humanos
O problema, segundo Robson Miguel, teve início em 1939, após a guerra, quando, de acordo com o maestro, houve uma padronização dos instrumentos musicais em 440 Hz.
O objetivo era uniformizar os instrumentos para que pudessem ser tocados em uma orquestra, mas isso acabou causando dissonância entre as pessoas.
"Esse trabalho desafinou o mundo, desarmonizou os seres humanos do que era sublime."
O maestro explicou que a ciência concluiu que o DNA humano se movimenta e se desenvolve por meio de vibrações.
"E vibração é música, música é som. O nosso DNA, vocês vão saber daqui a pouco, reproduz lá no fundo o som da nota kall, que está adormecida porque os nossos sentimentos foram assassinados por um sistema de muita informação negativa, muitas coisas ruins, que foi desajustando o comportamento", ressalta o maestro.
Urandir e maestro Como funciona o trabalho?
O maestro Robson Miguel faz experiências de performance com instrumentos afinados em 432 Hz, que, segundo o grupo Dakila, está em harmonia natural com a Terra (7,83 Hz, conhecida como Ressonância Schumann) e com os harmônicos da nota kall.
Os estudiosos perceberam que essa afinação possui relação histórica, reproduzida por coros e luthiers artesãos especializados em construir e reparar instrumentos musicais.
Robson Miguel descreve a kall como "a nota que se assenta na frequência do universo, do ser humano e de sua espiritualidade, resultando na ressonância harmônica e vibratória do universo".
Levar kall ao público
Após o anúncio da descoberta, Urandir e o maestro Robson Miguel estão planejando realizar demonstrações públicas, com materiais educativos e a montagem de um coro juvenil com repertório especialmente feito para deixar nítida a nota kall.
"Queremos compartilhar globalmente. Convidamos músicos, acústicos e pesquisadores a explorar o fenômeno por meio de testes de escuta, estudos de instrumentos e novas composições", diz Urandir.


