Foragido há quase três anos, Lindomar Reges Furtado, de 45 anos, considerado pela polícia um dos maiores traficantes de cocaína do Brasil, e preso neste domingo, 2, pela Polícia Federal em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio, usava nome falso e havia mudado significativamente sua fisionomia. A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Furtado.
Denunciado pelos crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa, contrabando e lavagem de dinheiro, ele tinha ordens de prisão pendentes expedidas pela Justiça Federal do Rio e do Paraná desde fevereiro de 2022, quando conseguiu fugir da mesma PF.
Naquela ocasião, a PF promoveu uma operação chamada Turfe para desarticular uma quadrilha responsável por adquirir drogas em países produtores (Bolívia, Peru e Colômbia) e comercializá-las no mundo. No decorrer da investigação foram apreendidas mais de oito toneladas de cocaína e cerca de R$ 11 milhões do grupo de criminosos.
Furtado era apontado como o líder desse bando, mas conseguiu fugir de casa, em um condomínio de luxo em Hernandárias, no Paraguai, menos de um minuto antes da chegada da PF.
A mulher dele, também procurada, o acompanhou na fuga. Ela se entregou à PF em agosto de 2024 e atualmente está em liberdade provisória, sendo monitorada por tornozeleira eletrônica.
Depois dessa fuga, Furtado realizou procedimentos estéticos - fez implante capilar e harmonização facial - e conseguiu documentos com o nome de Fabiano.
Após um trabalho de inteligência, policiais federais da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE) conseguiram localizá-lo nessa casa no Recreio dos Bandeirantes. Furtado foi encaminhado ao sistema prisional do Estado do Rio, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Depois da prisão, o Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Federal obteve mandado de busca e apreensão para o imóvel onde Furtado foi encontrado.
Durante a diligência, foram apreendidos R$ 55 mil em espécie, além de joias e documentos.