Cidades

CORONAVÍRUS

Vacina chinesa que será testada no Brasil chega a São Paulo

Previsão é de que os testes com voluntários comecem ainda hoje

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As doses da vacina chinesa que será testada no Brasil contra o coronavírus chegaram a São Paulo na madrugada desta segunda-feira, 20, e aguardam liberação no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, de acordo com informações do Instituto Butantã.

 A previsão feita pelo governo de São Paulo e pelo próprio Butantã em entrevistas nas últimas semanas é de que os testes com voluntários comecem ainda hoje.

A vacina foi criada pelo laboratório chinês Sinovac Biotech e é vista pelo diretor do Butantã, Dimas Covas, como "uma das mais promissoras" entre as testadas no mundo. 

Ela já teve o aval da Anvisa para ser testada no País.

Nas redes sociais, o governador João Doria comemorou a chegada das doses a São Paulo. "Sentimento de esperança em dar esse passo importante na batalha contra a covid-19. Divulgaremos mais detalhes na coletiva de imprensa hoje, às 12h45", escreveu.

No Brasil, ela será testada por 12 centros de pesquisa espalhados por São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Distrito Federal. 

Para verificar a eficiência, parte dos voluntários receberá um placebo. A vacina será testada exclusivamente em 9 mil voluntários que trabalham na área de saúde.

O custo da testagem é estimado em R$ 85 milhões e prevê a transferência de tecnologia para que a vacina chinesa possa ser produzida no Brasil. 

"Se a vacinação se mostrar eficiente, nós vamos ter a disponibilidade da vacina imediatamente. Sessenta milhões de doses estão reservadas para o Brasil, que será suficiente para cobrir as necessidades já previstas. O Ministério da Saúde estabelecerá os critérios nacionais de aplicação da vacina", afirmou Dimas Covas.

A vacina CoronaVac é produzida a partir de cepas inativadas do novo coronavírus e está na terceira fase de testes, quando pode ser administrada a um número maior de pessoas. 

Parte dos voluntários que participarão do estudo clínico irão receber a vacina e outro grupo deve receber um placebo, sem efeito. 

O objetivo é verificar se há o estímulo à produção de anticorpos para proteção contra o vírus.

De acordo com a Anvisa, os estudos da primeira e segunda fases, realizados em humanos saudáveis e em animais, mostraram segurança e capacidade de provocar resposta imune "favoráveis". 

"A partir de setembro deste ano, estarão disponíveis doses em um volume muito grande, em torno de 100 milhões de doses. Essa fábrica da Sinovac terá capacidade de produzir, até o final do ano, 300 a 500 milhões de doses", disse Covas durante coletivas de imprensa anteriores, quando afirmou também que pretende concluir os testes nos 9 mil voluntários até outubro.

Esta é a segunda vacina a receber autorização para testes no País. 

Em junho, a Anvisa liberou a realização de ensaios clínicos de uma vacina produzida na Universidade de Oxford, na Inglaterra. 

Em um primeiro momento, o País irá produzir 30,4 milhões de doses da vacina produzida em Oxford, previstas para dezembro deste ano e janeiro de 2021 por meio de uma parceria com a universidade e com o Laboratório AstraZeneca.

Segundo o Ministério da Saúde, com a confirmação de que o imunizante - considerado o mais promissor em fase de testes - é eficaz e seguro, essas doses poderão ser distribuídas imediatamente para a população. 

A fabricação ficará por conta da Bio-Manguinhos, entidade da Fiocruz responsável pela produção de vacinas, e o investimento pode chegar a US$ 288 milhões.

Cidades

Dom Dimas diz que Papa Francisco foi uma inspiração que marcou o Vaticano

Arcebispo da Arquidiocese de Campo Grande relembrou o período em que ambos trabalharam juntos no Brasil

21/04/2025 12h45

Dom Dimas, arcebispo de Campo Grande

Dom Dimas, arcebispo de Campo Grande Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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Arcebispo da Arquidiocese de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, descreveu que apesar do momento de perda, a morte do Papa Francisco nesta segunda-feira (21) foi também um momento marcante para a história da igreja católica, uma vez que segundo ele, o Papa foi uma peça marcante e de muita inspiração dentro do Vaticano.

O primeiro contato entre ambos ocorreu em 2007 durante a 5ª  Conferência Geral do Episcopado, realizada em Aparecida, São Paulo, período em que Francisco foi arcebispo em Buenos Aires.

"Naquela ocasião, Bergoglio (nome de batismo do Papa Francisco é Jorge Mario Bergoglio) foi eleito pela Argentina e eu fui um dos eleitos pelo Brasil. Trabalhamos juntos em Aparecida durante 16 dias, ele era o chefe de redação da equipe e ficou famoso na igreja aqui no Brasil, foi nosso primeiro contato", destacou o arcebispo, conduzido à 2º vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) na ocasião.

O evento foi um marco para a Igreja na América Latina e Caribe, promovendo a formação de discípulos missionários e a nova evangelização.

Questionado sobre a possibilidade do próximo Papa ser semelhante a Francisco, Dom Dimas disse que apesar de ser muito difícil de afirmar, o próximo escolhido vai dar continuidade ao trabalho já desenvolvido por Francisco ao longo dos últimos anos.

"Apesar dos últimos três (João Paulo II, Bento XVI e Francisco) João Paulo, serem muito diferentes, percebemos uma continuidade no trabalho de todos. O Papa Francisco sempre demonstrou um carinho muito grande no Brasil, desde o conheço. Outro ponto determinante na escolha do próximo líder da igreja católica  pode ser os ideais políticos e sociais do novo líder, fator comentado por Dom Dimas.

"Sem dúvida que o próprio próximo Papa vai ter que partir da realidade que a gente está hoje. Os cardeais vão ter a oportunidade de se reunir e de fazer uma análise da conjuntura social, política, econômica, não só da igreja, mas do planeta, e com isso, vão ter ideia dos desafios. Eles precisam de um tempo para se conhecer, para conversar, estabelecer prioridades", frisou o arcebispo.

Cabe destacar que o  Papa Francisco se posicionou firmemente contra o aborto e a eutanásia, reafirmando a doutrina da Igreja que defende a inviolabilidade da vida humana desde a concepção até a morte natural.

Dimas também já esteve com Francisco no Rio de Janeiro, Colômbia, México e República Dominicana.
A última vez foi há três anos, quando os bispos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul fizeram a nossa visita chamada ad limina apostolorum, visita que os bispos devem fazer periodicamente a Roma". 

Morte

O Papa Francisco, líder da Igreja Católica desde 2013, morreu nesta segunda-feira (21) aos 88 anos, morreu aos 88 anos às 2h35 pelo horário de Brasília, 7h35 pelo horário local. As informações foram confirmadas pelo portal Vatican News.

Francisco ficou internado durante 40 dias no início deste ano. No dia 14 de fevereiro, ele foi diagnosticado com pneumonia bilateral, por essa razão, foi exigido o uso de antibioticoterapia com cortisona. Além disso, precisou de transfusões de sangue em decorrência de uma baixa contagem de plaquetas, identificadas junto à anemia.

O papa também chegou a ser considerado clinicamente em condição delicada durante o período em que esteve internado, apresentando sinais iniciais de insuficiência renal leve.

Apesar de alguma melhora, os médicos classificaram seu quadro como "reservado", indicando que sua recuperação ainda era incerta e exigia cuidados intensivos.

Os problemas respiratórios enfrentados por Francisco demandaram o uso de ventilação mecânica não invasiva, um procedimento em que uma máscara é colocada sobre o rosto para facilitar a entrada de ar nos pulmões sem a necessidade de intubação. O Brasil possui oito cardeias aptos a participarem do conclave que irá escolher o novo líder do Vaticano. 

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MORTE DO PAPA

Nas redes sociais, políticos de MS lamentam morte de Papa Francisco

O governador Eduardo Riedel afirmou que recebeu com tristeza a notícia do falecimento do Santo Padre

21/04/2025 11h30

Papa Francisco

Papa Francisco FOTO: Divulgação

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A morte do Papa Francisco, ocorrida na madrugada desta segunda-feira (21), impactou pessoas de todo o mundo, entre religiosos, políticos, representantes de igrejas católicas e adoradores. Diante disso, diversas figuras políticas lamentarem o falecimento nas redes sociais.

Em Mato Grosso do Sul, o governado Eduardo Riedel (PSDB), publicou nota em suas redes sociais, na manhã de hoje (21), lamentando a morte do Papa Francisco e destacou o exemplo deixado pelo pontífice.

Em nota, Riedel afirmou que recebeu com tristeza a notícia do falecimento do Santo Padre, o Papa Francisco. Segundo ele, seu pontificado foi marcado pela humildade, simplicidade e compromisso com as causas sociais. “Como primeiro papa latino-americano e jesuíta, deixou um legado de fé, amor ao próximo e busca por uma igreja mais inclusiva. Que seu exemplo continue a nos inspirar a viver os ensinamentos de Cristo”, disse.

Nas redes sociais, a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também se manifestou lamentando o falecimento. “Que os senhores da guerra se sensibilizem ante o aceno pacificador do Papa Francisco, que de todos os telhados de poder saia uma fumaça branca e que à janela anunciem, finalmente: HABEMUS PAZ! Amém!”, escreveu ela.

A deputada federal, Camila Jara postou um vídeo nas redes sociais, relembrando a última mensagem do Papa Francisco ao mundo, quando ele foi questionado sobre ‘o que acontece após a morte?’. Na ocasião, o pontífice respondeu: Não podemos estacionar nossos corações nas ilusões deste mundo, nem fechá-lo na tristeza; temos de correr, cheios de alegria”, disse.

No post, Camila lamentou o falecimento do Papa e afirmou que seus ensinamentos sobre justiça social e bom humor acompanharão todos que lutam por um mundo mais humano e menos desigual. “Descanse em Paz, Santo Padre”, finalizou.

Colega de partido de Jara, o deputado estadual Pedro Kemp também lamentou a morte, e afirmou que, ao longo da caminhada de fé, o Papa deixou um legado de humildade fé e esperança. Veja o texto:

Lamento profundamente a morte do querido Papa Francisco, um pontífice de hábitos simples, profeta da esperança, que se empenhou em favor da dignidade dos mais pobres e rejeitados da sociedade, promoveu mudanças significativas na Igreja para aproximá-la mais do Evangelho, denunciou as injustiças do modelo econômico excludente e exortou pela preservação do meio ambiente, nossa casa comum. Gratidão Francisco! Siga na paz do Ressuscitado!

Com tristeza, Gleice Jane, deputada estadual de Mato Grosso do Sul também se despediu, e desejou que os ensinamentos de Francisco sejam inspiração. “. Uma voz firme em defesa dos povos indígenas, da dignidade humana e da justiça social. Seu legado ecoa nas lutas que também carregamos: cuidar de quem mais precisa e construir um mundo mais justo para todas e todos. Que sua mensagem continue a nos inspirar”.

O também deputado estadual Coronel David, afirmou que o mundo amanheceu silencioso e com tristeza se despediu de um exemplo de santidade. Leia:

Um pastor humilde, servo dos servos de Deus, que com coragem, ternura e fé nos guiou pelo caminho do Evangelho. Seu exemplo de amor aos pobres, compromisso com a paz e defesa da dignidade humana jamais será esquecido. Como disse Jesus a Pedro, o primeiro Papa: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mateus 16,18) Que o Espírito Santo o acolha na eternidade, e que sua vida continue a inspirar a Igreja a ser cada vez mais viva, misericordiosa e fiel a Cristo. Descanse em paz, Santo Padre.

Nas redes sociais, a senadora Tereza Cristina destacou o legado espiritual do padre e salientou a partida logo após o domingo de Páscoa. “O primeiro líder latino-americano da Igreja Católica, sempre conectado ao mundo atual, pregou a tolerância, o fim dos conflitos e desigualdades, sem esquecer do cuidado com o planeta. Seu legado espiritual é imenso para todos os povos e religiões! O momento da sua partida, em plena Páscoa, é digno de nota e conforta nossa tristeza”, escreveu.

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