Com a valorização da moeda americana frente ao real, os recursos da segunda etapa do projeto Reviva Centro foram ampliados em R$ 100 milhões destinados a intervenções em Campo Grande.
As obras de revitalização do centro de Campo Grande são financiadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor de US$ 56 milhões, contudo, quando o acordo foi firmado em maio de 2017, a cotação do dólar estava em R$ 3,23.
Atualmente, a moeda americana varia entre R$ 4,90 e R$ 5,16, permitindo que o município ampliasse as intervenções no centro da Capital.
Conforme a subsecretária de Gestão e Projetos Estratégicos, Catiana Sabadin, graças a valorização cambial será possível executar intervenções na Rua José Antônio, corredor de ônibus da Rui Barbosa, revitalização no entorno da antiga rodoviária e a ampliação do quadrilátero central de adequações, além das obras previstas no projeto inicial.
“Com a valorização cambial, a prefeitura pôde ampliar as obras em R$ 100 milhões. Tivemos vários aumentos de metas, como o corredor de ônibus da Rui Barbosa, a ampliação do quadrilátero da revitalização de todas as ruas que entraram no projeto", explicou ao Correio do Estado.
"Por exemplo do entorno da rodoviária e também a Rua José Antônio, todas essas intervenções foram possíveis em função do câmbio com recurso do BID”, completou.
Atualmente, as intervenções acontecem no quadrilátero entre as avenidas Fernando Corrêa da Costa e Mato Grosso e as ruas Padre João Crippa e José Antônio.
Na última semana, a moeda norte-americana recuou 1,12% e foi cotada a R$ 4,93, sendo o menor patamar de fechamento desde 10 de junho de 2020, ainda assim, Sabadin destaca que o cronograma de execução deve ser mantido.
“Recentemente, o câmbio tem apresentado uma leve queda, estamos vendo que ele foi para R$ 4,90 e estamos fazendo projeções a R$ 5,30, mas não teremos redução de obras, elas já estão contratadas, o que podemos reduzir são possíveis consultorias, não estamos trabalhando com redução”, disse.
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CORREDOR DE ÔNIBUS
As obras de revitalização do corredor de ônibus da Rua Rui Barbosa são financiadas pelo recurso do BID. Os serviços foram iniciados no trecho entre a Avenida Rachid Neder e a rua Júlio Dittmar, na região do Bairro São Francisco, onde serão feitas obras de drenagem.
As obras na Rui Barbosa foram incluídas no projeto de mobilidade urbana, como parte do Corredor Sul do transporte coletivo. A via será revitalizada com obras de drenagem, recapeamento, acessibilidade e estação pré-embarque.
“Esse Corredor da Rui Barbosa estava dentro de um recurso que não veio para o município, com isso a gente absorveu o recurso do BID por conta da valorização cambial para executar a obra. Tudo isso foi a ampliação da meta que o câmbio permitiu”, apontou Catiana.
As obras na Rua Rui Barbosa fazem parte da segunda etapa do Programa Reviva Campo Grande e têm duração prevista de 15 meses. Além disso, a via terá 7,1 km de recapeamento.
GASTRONÔMICO
A Rua José Antônio foi escolhida após associação dos empresários da via encaminharem ofício afirmando que a criação do corredor seria de grande valia para a cidade. Além disso, foi diagnosticada a vocação do local para a finalidade proposta, ou seja, com vários estabelecimentos gastronômicos.
Conforme o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, com a disparada do dólar, será possível executar a transformação da Rua José Antônio em um corredor gastronômico.
“Se o dólar não tivesse subido tanto, não conseguiríamos realizar intervenções na Rua José Antônio, que terá o novo corredor gastronômico. Quando se fechou o financiamento, o dólar estava bem mais baixo e a disparada permite que tenhamos mais obras executadas. Conseguimos fazer um investimento maior do que o previsto”, apontou Fiorese.
Na Rua José Antônio, serão 2,5 km de recapeamento, abrangendo o trecho desde a Amazonas até a confluência com a Rua Rodolfo José Pinho. A partir da esquina com a Rua Abrão Júlio Rahe estão programadas intervenções para transformar a via em um corredor gastronômico. As obras estão orçadas em R$ 63,2 milhões.
O projeto contempla readequação das calçadas, a instalação de mobiliário urbano, lâmpadas de LED, paisagismo, câmeras de videomonitoramento, acessibilidade e alargamento das esquinas.
O projeto prevê ainda áreas de descanso para o pedestre e alargamento do raio de curvatura das esquinas, proporcionando maior segurança aos pedestres nas travessias e redução da velocidade dos veículos nas conversões.
Campo Grande já tem outros três corredores gastronômicos: Avenida Bom Pastor, no Vilas Boas, Rua da Divisão, no Parati, e Avenida Gualter Barbosa, no Bairro Nova Lima.
OUTRAS OBRAS
A segunda etapa do Reviva Campo Grande contempla o microcentro, que abrange, além da José Antônio, o quadrilátero formado pelas avenidas Fernando Corrêa da Costa, Mato Grosso e Calógeras e Rua Padre João Crippa.
Todas as ruas transversais e paralelas receberão asfalto, calçadas com acessibilidade, reforço na iluminação com lâmpadas de LED, arborização e nova sinalização.
O projeto prevê 27,8 quilômetros de recapeamento e 4,1 quilômetros de drenagem, além de revitalização que abrangerá as vias transversais à Rua 14 de Julho, no quadrilátero das ruas 26 de Agosto/Barão de Melgaço, Antônio Maria Coelho, Padre João Crippa e Avenida Calógeras.
No trecho entre a Avenida Afonso Pena e Cândido Mariano, o projeto prevê mobiliário urbano para áreas de convivência, câmeras de monitoramento e wi-fi.
No entorno da antiga rodoviária, as intervenções realizadas pela segunda etapa do Reviva Centro correspondem às vias Joaquim Nabuco, Vasconcelos Fernandes, Barão do Rio Branco e Dom Aquino.
Ao todo, serão interligadas àquelas que passam pelo “coração” da cidade, compreendendo um espaço de aproximadamente 80 quadras. O projeto inclui novas calçadas, com acessibilidade, arborização e iluminação.
PROGRAMA
O Reviva Campo Grande modernizará a sinalização de vias públicas, instalação de mobiliário urbano, paisagismo e arborização do município. As obras visam melhorias na instalação de câmeras de monitoramento e de rede subterrânea de energia elétrica e telecomunicações.




