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SAÚDE

Vinte empresas têm interesse em maconha medicinal

Vinte empresas têm interesse em maconha medicinal

ESTADÃO CONTEÚDO

30/07/2019 - 12h46
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A menos de um mês do fim da consulta pública sobre a liberação do cultivo de maconha para fins medicinais, 20 empresas nacionais e estrangeiras já procuraram a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para manifestar interesse em cultivar a erva no País. Audiência pública para discutir a regulamentação está marcada para esta quarta-feira, dia 31.

A reportagem apurou que empresas do Canadá, dos Estados Unidos e de Israel são as mais interessadas. Também desembarcaram no País, com o mesmo interesse, representantes de empresas da Austrália, do Uruguai e da Europa. A diferença dessas últimas é que elas pretendem investir por meio de parceiros locais. 

A Anvisa alega que, por sigilo, não pode informar nacionalidade ou qualquer detalhe adicional que identifique os potenciais investidores. Isso porque a agência não cuida de questões de mercado, apenas orienta como deve ocorrer o processo de legalização dessas empresas, a partir do momento em que o cultivo for liberado no Brasil, possivelmente a partir de 2020.

Apesar de a Anvisa colocar o tema em consulta, a liberação do plantio de maconha enfrenta resistência dentro do próprio governo. A reação é capitaneada pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, que trabalha para que, ao fim da consulta pública, o tema seja enterrado. 

Em entrevista ao site Jota semana passada, Terra disse que o governo poderia até mesmo encerrar as atividades da agência, caso a ideia vá adiante. "Os caras que querem liberar a maconha se escondem atrás do desespero das mães de pacientes", disse ele na entrevista.

Estima-se que, com a regulamentação aprovada pela Anvisa, o total de pacientes beneficiados pelos medicamentos à base de Cannabis, o princípio ativo da maconha, chegue a 3,9 milhões em três anos. Isso significa mercado potencial de R$ 4,7 bilhões ao ano, calcula a empresa de dados New Frontier em parceria com a startup brasileira The Green Hub.

A empresa atua no mercado de cannabis medicinal, com sede em São Paulo, e tem como clientes grandes empresas que querem entrar no ramo de medicamentos à base de maconha. CEO da The Green Hub, Marcel Grecco diz que o Brasil é, na América Latina, o País com maior potencial de mercado no ramo da maconha medicinal.

"A Colômbia está bem avançada, vai ser um dos principais exportadores, mas temos muito potencial, principalmente em um movimento em que a Anvisa dá esse passo fundamental para o Brasil não perder a vantagem competitiva. É a indústria mais promissora de todos os tempos, e a gente vê com bons olhos esse movimento da Anvisa", destaca Grecco.

Repercussão

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o Ministério da Agricultura disse não ter, "por ora, projeções sobre plantio, geração de renda e posição a respeito". O Ministério da Economia também foi procurado para se manifestar, mas não respondeu. 

A abertura de duas consultas públicas para discutir a maconha medicinal foi aprovada por unanimidade, em 14 de junho, pela diretoria colegiada da Anvisa. Entre os pontos em debate está justamente o plantio. A previsão é de que as consultas terminem em 16 de agosto.

A Anvisa recebeu 590 manifestações de associações, profissionais de saúde, empresas e da população em geral. Desse total, só oito colaborações foram contrárias à legalização. Das 304 manifestações sobre registro de produtos a base de Cannabis, 67 foram feitas por profissionais de saúde. Na 2.ª consulta foram feitas 286 contribuições, 3 delas de pessoas jurídicas e 283 de pessoas físicas. Ainda sobre cultivo, contribuíram até agora 199 pessoas que se identificaram como cidadãos ou consumidores, 43 profissionais de saúde e 21 como pesquisadores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

maus-tratos

Tutor de cachorro que morreu após ficar amarrado no sol é preso

Na delegacia, homem disse que não se tratava de maus-tratos e que teria esquecido que o animal estava amarrado

17/03/2025 17h00

Homem foi preso e encaminhado à Decat, autuado por maus-tratos

Homem foi preso e encaminhado à Decat, autuado por maus-tratos Foto: Divulgação

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Um homem de 44 anos foi preso após seu cachorro ser encontrato morto, após ficar amarrado no sol, nesta segunda-feira (17), no bairro Zé Pereira, em Campo Grande.

De acordo com a Polícia Civil, a príncipio, a Polícia Militar (PM) foi acionada, por meio de uma denúcnia de que havia um cachorro amarrado sob o sol desde o domingo.

Ao checar a situação, os policiais militares constataram que o animal já estava morto e acionaram a Delegacia  Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat), que foi até o local com a perícia.

Na casa, foi constatado que o cão havia sido preso no sol por uma corda, em cima de pedregulhos, sem comida e água à disposição.

O animal apresentava infestação por ectoparasitas e sinais visíveis de desidratação.

O tutor do animal foi preso em flagrante pelo delito de maus tratos a animais, quando é praticado contra cães e ocorre o óbito do animal.

Na delegacia, em sua defesa, o homem afirmou ter esquecido o animal amarrado desde o domingo.

Segundo os policiais que compareceram no local, a afirmação chama a atenção, pois o cachorro estava amarrado na varanda da frente da residência, em local visível.

Maus-tratos

A Lei Federal 14.064/2020 prevê penas de dois a cinco anos de prisão, além de multas, para quem for condenado por maus-tratos a cães e gatos.

Em Mato Grosso do Sul, em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e a Delegacia Virtual (Devir), há uma plataforma on-line para denúncias de maus-tratos contra animais domésticos.

A ferramenta funciona por meio da Superintendência de Políticas Integradas de Proteção da Vida Animal (Suprova) e Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc), e, conforme reportagem do Correio do Estado, recebe cerca de 40 denúncias por semana.

Segundo o superintendente da Suprova, Carlos Eduardo Rodrigues, o objetivo é democratizar o acesso à denúncia, permitindo que a população atue como aliada na proteção dos animais.

"Os principais casos reportados envolvem abandono, agressões físicas, negligência em cuidados básicos e animais mantidos em condições insalubres", explica.

Após o registro na plataforma, as denúncias são analisadas pelas equipes responsáveis, podendo resultar em vistoria nos locais indicados e, se necessário, aplicação de penalidades aos infratores.

Além disso, a Decat também recebe alto volume de denúncias.

Como fazer a denúncia

A população pode fazer denúncias diretamente na plataforma da Devir.

O sigilo do denunciante é garantido, e a ferramenta possibilita o acompanhamento do caso.

"A união entre população, autoridades e organizações é o caminho para um futuro onde todos os animais sejam respeitados e protegidos", concluiu o superintendente. 

INVESTIGAÇÃO

Atentado contra ex-prefeita pode ter sido forjado

Crime aconteceu em setembro de 2024, quando um casal de moto disparou contra a janela do quarto em que a ex-prefeita e seu marido dormiam

17/03/2025 16h45

Atentado contra ex-prefeita pode ter sido forjado

Atentado contra ex-prefeita pode ter sido forjado Divulgação

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A Polícia Civil de Dourados deflagrou na manhã desta segunda-feira (17) uma operação que investiga se o atentado contra a ex-prefeita de Jardim, Clediane Areco Matzenbacker foi forjado por um grupo político ligado à própria ex-candidata à reeleição.

Durante a ação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em quatro endereços, relacionados a três alvos relacionados à ela. A equipe também apreendeu celulares pertencentes ao poder público municipal, que estavam em posse da ex-prefeita, em outros alvos também foram encontrados dispositivos eletrônicos ligados ao crime de contravenção.

Por fim, a polícia informou que todo o material apreendido irá para perícia. Os envolvidos foram ouvidos e o inquérito policial será encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. 

Relembre o caso

O crime aconteceu durante a madrugada do dia 29 de setembro de 2024, quando um casal em uma moto efetuou diversos disparos que atingiram a janela do quarto em que dormia a ex-prefeita e o seu marido, Gilson Matzembacher. Os autores fugiram logo em seguida e o casal acordou com o som dos vidros estilhaçando.

À época, Clediane usou colete à prova de balas e pediu para que a polícia fizesse uma investigação rigorosa. 
 

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