Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) aprovaram documento em que são definidas as normas a serem cumpridas no retorno às aulas presenciais na rede pública em Campo Grande, que ainda não possui data de reinício. Entre os itens, há previsão de termo de consentimento e um 'check list'.
Assinado pelos chefes de ambas as pastas, respectivamente, José Mauro de Castro Filho e Luiz Eduardo Costa, a nota técnica cria diretrizes e aborda desde o controle de risco aos alunos e trabalhadores das escolas, até a gestão de resíduos, limpeza dos prédios e qualidade do ar, além de estratégias de comunicação entre alunos, pais e professores.
Um dos pontos incluídos no documento é a necessidade de ser firmado um termo de consentimento entre as escolas e os pais ou responsáveis pelo estudante com orientações sobre sintomas e forma de agir caso eles se manifestem, mantendo as crianças em casa, isolada e sem ir à aula, assim como deve acontecer se houver contato com algum caso positivo para covid-19.
O termo ainda vai pedir a atualização vacinal dos alunos e orientar a favor do distanciamento social e uso de máscara de tecido. Os estudantes só poderão voltar às aulas presenciais caso estejam em Campo Grande há pelo menos sete dias. Os que estavam em viagem deverão cumprir isolamento voluntário também pelo prazo de sete dias, mesmo que assintomáticos.
Por fim, haverá ainda um 'check list' que deverá ser cumprido pelos pais ou responsáveis pelo aluno, verificando as condições de saúde de cada um para poder ir à aula. Condições médicas e vulnerabilidades, sintomas sugestivos de covid-19 e considerações especiais sobre o transporte escolar devem constar em tal orientação da lista de verificação.
Distanciamento e monitoramento
As escolas devem adotar medidas de distanciamento dos alunos, mantendo cadeiras e carteiras a dois metros uma das outras, e os alunos a pelo menos um metro e meio. As refeições deverão ser feitas preferencialmente nas salas de aula, evitando uso desordenado dos refeitórios, e os horários de entrada e saída deverão ser alternados.
Além disso, existe a possibilidade de triagem de alunos conforme a capacidade máxima permitida pelos decretos, podendo haver revezamento de estudantes por dias da semana. Naturalmente, também haverá uma triagem conforme as condições de saúde de cada jovem, analisando sintomas e aferindo a temperatura corporal com termômetros infra-vermelhos.
"O avaliador deverá utilizar equipamento de Proteção Individual para realização da triagem de acesso (avental de manga longa, máscaras faciais e óculos de proteção ou protetor facial). Os funcionários que realizarem a triagem de acesso deverão ser capacitados por profissional habilitado", frisa a nota técnica conjunta da Sesau e da Semadur.
Outro ponto abordado no documento é a criação de uma sala exclusiva para os que apresentem sintomas durante às aulas. As torneiras dos bebedouros que são de uso direto - ou seja, que o aluno não precisa de copo para tomar a água, ingerindo a água dispensada em jatos - deverão ser lacradas para evitar contato da boca com o equipamento.
Professores e demais trabalhadores deverão passar por capacitação, e dispensadores contando álcool em gel devem ser colocados em pontos estratégicos das escolas. No plano de manutenção, operação e controle da qualidade do ar, consta a necessidade de se fazer circular o ar nos ambientes com climatização artificial, minimizando riscos.