Cidades

ELEIÇÕES 2022

Votação no interior tem eleitor filmando urna e compra de voto

Em algumas cidades de Mato Grosso do Sul, eleitores deixaram para votar na última hora, o que causou grandes filas e maior tempo de espera

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As eleições deste ano no interior de Mato Grosso do Sul foram realizadas com algumas intercorrências nas cidades com maior colégio eleitoral. 

Em Corumbá, ontem não foram registradas ocorrências graves, mas, entre a quarta-feira (28 de outubro) e o sábado (1º), R$ 10.150,00 foram apreendidos e há dois inquéritos instaurados para apurar possível compra de votos.  

Em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, uma parcela dos eleitores deixou para comparecer às urnas entre 14h e 15h30min, e, por conta de filas, a Polícia Militar chegou a intervir para evitar tumulto em alguns locais de votação. Na cidade de Três Lagoas, houve eleitor filmando o voto, o que representa crime eleitoral.

Conforme o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), foram registradas 65 urnas com problemas diversos, como ajustes e reinicialização do aparelho. 

Essas ocorrências foram registradas em 22 municípios, entre eles, Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul, Caracol, Água Clara, Deodápolis, Paraíso das Águas, Pedro Gomes e Bela Vista.

A maior base eleitoral fora de Campo Grande está na cidade de Três Lagoas. Por lá, são 88.165 eleitores aptos, o que representa 4,4% do total de eleitores em Mato Grosso do Sul (1.996.510 pessoas). 

No município, um eleitor manteve o celular no bolso e, na hora da votação, acabou filmando a urna e as escolhas que fez para deputados federal e estadual, senador e governador.  

O vídeo circulou em redes sociais com mensagem apontado fragilidade na fiscalização em algumas seções.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) especifica que é proibido o uso de celular na cabine e o aparelho precisava ser deixado em uma mesa ou com o mesário da seção. 

A regra está em resolução do TSE, e o Código Eleitoral define como crime violar ou tentar violar o sigilo do voto. A pena prevista é de até dois anos. Apesar do registro do vídeo, o TRE-MS não confirmou se o eleitor foi identificado e se haveria alguma penalização.

Na região da fronteira entre Brasil e Bolívia, Corumbá tem 70.963 eleitores e é o segundo município com maior colégio eleitoral no interior Estado, com 338 seções eleitorais e 77 locais de votação.  

Na região, uma particularidade envolve os eleitores da zona rural. São 2.233 eleitores aptos, em 18 seções. No distrito de Albuquerque, por exemplo, as urnas precisaram ser levadas para a sede do TRE-MS em Corumbá logo depois da votação, o que demorou em torno de 45 minutos.

Na comunidade de Porto Esperança, a distância até Corumbá é de 182 km. Por conta dessa condição geográfica, o TRE-MS montou uma base de transmissão de dados na região para que os votos computados fossem transmitidos diretamente para Campo Grande.  

Conforme o juiz eleitoral da 7ª Zona Eleitoral de Corumbá, Maurício Cleber Miglioranzi Santos, houve prioridade em termos de segurança para a transmissão dos dados.

“Tivemos um pleito bastante tranquilo, o eleitor procurou vir aqui na parte da manhã, e sem muitas filas. No período da tarde, ocorreram algumas filas. Fizemos vários tipos de testagem, inclusive, com relação à segurança do canal de transmissão. Desde sábado a Justiça Eleitoral está sem internet e trabalha apenas com um canal exclusivo e necessário para realizar a transmissão. Isso contribui para não ocorrer nenhuma contaminação ou trazer riscos à segurança da eleição”, explicou o magistrado.

Acreditando na importância da eleição, em Corumbá, o aposentado Jorge Katurchi foi votar mesmo não sendo obrigado. Ele completará 96 anos no dia 6 de outubro e foi à votação com o apoio de seu cuidador, Wilson Campos.  

“Nunca deixei de votar nesses meus 96 anos de idade, que vou completar agora no dia 6 de outubro. O que eu acho é que cada um dos eleitores deve escolher aquela pessoa que achar o melhor e que entender que seja o melhor para o Brasil”, afirmou.

Enquanto a votação na região de Corumbá não registrou problemas neste domingo, entre quarta-feira e sábado, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar apreenderam R$ 10.150,00 em dinheiro vivo.  

Do montante total, R$ 10 mil estavam com um servidor da prefeitura de Corumbá, que foi abordado na BR-262, em Anastácio. Ele voltava de Campo Grande, e a abordagem da PRF foi feita após denúncia. No dia 1º, houve a apreensão de R$ 150 no Bairro Alta Floresta, em Ladário, além de santinhos.  

A Justiça Eleitoral deve analisar essas denúncias a partir das próximas semanas.

Em Ponta Porã, que tem 70.278 eleitores e nesta eleição é o terceiro maior colégio eleitoral do interior de Mato Grosso do Sul, registrou certo tumulto na parte da tarde.  

Depois das 14h, o número de eleitores procurando as seções aumentou, e a Polícia Militar, que tinha equipe em todos os locais de votação, precisou agir para evitar tumulto.

Educação

UEMS divulga processo seletivo para mestrado em Sociologia

As inscrições podem ser feitas até 20 de novembro; o processo está aberto para professores de Sociologia e educadores de escolas técnicas

15/11/2024 19h00

Bruno Henrique - Arquivo/Correio do Estado

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Foi divulgado o processo de inscrição para o Exame Nacional de Acesso ao mestrado na área de Sociologia na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), unidade de Paranaíba (MS).

A oferta é parte do Conselho Gestor do Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (PROFSOCIO).

O período de inscrições teve início no dia 13 de setembro e vai até o dia 20 de novembro. No total, são 12 vagas para ingresso e início em 2025.

Quem pode se inscrever?

Para concorrer à vaga, é necessário ser professor em atuação na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, que inclui as seguintes disciplinas:

  • Sociologia;
  • Filosofia;
  • História e Geografia;
  • Humanidades, como a UC de Projeto de Vida.

O processo está aberto também para educadores de escolas técnicas nas áreas de administração, contabilidade, comunicação e turismo.

Conheça o ProfSocio

O ProfSocio é um mestrado profissional oferecido de forma gratuita, a nível de pós-graduação stricto sensu, reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do Ministério da Educação (MEC).

O programa do mestrado é oferecido na Unidade Universitária de Paranaíba, que está associada ao Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (ProfSocio) em Mato Grosso do Sul.

Modalidade

O curso é presencial, com disponibilidade simultânea nacional, dentro do Programa de Mestrado Profissional para Qualificação de Professores da Rede Pública de Educação Básica (ProEB), conduzindo ao título de Mestre em Sociologia.

Confira o edital
 

 

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CENSO

Conhecido com Estado do Agro, MS têm apenas 11% da população vivendo em região rural

Segundo o Censo Demográfico 2022, o Mato Grosso do Sul é o 9º Estado com maior percentual de população morando em regiões urbanas

15/11/2024 18h30

Pela primeira vez os dados do IBGE apontam decréscimo de moradores em regiões rurais em todas as regiões do Brasil

Pela primeira vez os dados do IBGE apontam decréscimo de moradores em regiões rurais em todas as regiões do Brasil Foto: Arquivo / Correio do Estado

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Apesar do Mato Grosso do Sul ser reconhecido pela atividade econômica da agricultura e pecuária, conforme os dados do Censo Demográfico 2022, apenas 11,9% da população moram na região rural.

No contexto geral do Estado, 88,1% da população vive em regiões urbanas e 11,9% vivem em regiões rurais. Sendo que 9 em cada 10 pessoas que moram em Mato Grosso do Sul estão localizadas nas regiões urbanas.

Entre os municipios do Estado, o maior percentual de moradores que vivem em região rural em MS se encontra em Jaraguari, com 64,5% da população morando na zona rural.

Já os maiores percentuais de moradores da região urbana estão na capital, Campo Grande, com 98,7% da população em regiões urbanas conforme o Censo de 2022, em segundo lugar fica Ladário, com 97,2%, seguido por Três Lagoas, com 96,4%.

Entre os menores percentuais urbanos estão Japorã (23,6%), Tacuru (35,4%) e Jaraguari (35,5%).

Na comparação com outras Unidades da Federação, MS tem o 9º maior percentual de população morando em regiões urbanas.

O maior percentual foi registrado no Rio de Janeiro, com 97,9%, seguido de São Paulo, com 96,8%. O menor percentual foi medido no Piauí, com 69,4%, seguido de Maranhão, 70,9%.

Entre as unidades de Federação com maior percentual de moradores nas zonas rurais, o Estado da Bahia se manteve como a maior população rural do país, com cerca de 3,3 milhões de pessoas ou 23,3% dos moradores.

Pela primeira vez os dados do IBGE apontam decréscimo de moradores em regiões rurais em todas as regiões do Brasil.

A Região Norte, que havia registrado crescimento de 8,07% entre 2000 e 2010, passou a apresentar perda de 11,02%.

O mesmo ocorreu na Região Centro-Oeste, que apresentou crescimento de 2,03% da população rural entre 2000 e 2010 e, no período entre 2010 e 2022, teve perda de 10,59%.

MORADORES POR DOMICÍLIO

O Censo 2022 também traz média de moradores por domicílio em Mato Grosso do Sul. O Estado tem média de 2,79 moradores por domicílio, mas chega a 2,95 nas regiões rurais.

Segundo a pesquisa os valores das regiões rurais são sempre maiores que aqueles obtidos nas regiões urbanas. No caso de MS, a média geral de moradores é de 2,79 por domicílio. Nas regiões urbanas ficou em 2,77 e nas regiões rurais de MS foi registrado o valor de 2,95.

Estes valores são menores que os registrados em 2010, quando a média era de 3,19 moradores por domicílio, sendo 3.18 na zona urbana e 3,3 na zona rural.

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