Correio B

Novidade

Bar em Londres cria 'nuvem alcoólica': basta respirar para ficar bêbado

Clientes inalam mistura de álcool e energético dentro de uma câmara

O Globo

21/08/2015 - 10h51
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Na entrada, o slogan: "respire com responsabilidade". Trata-se do bar londrino Alcoholic Architecture — ou arquitetura alcoólica, em tradução livre — que propõe uma experiência inovadora. Numa câmara envolvida por uma nuvem de álcool e energético, as pessoas transitam e "inalam" drinks por meio da respiração.

Liberada no ar por potentes umidificadores, a nuvem alcoólica é absorvida pelo corpo humano através dos olhos e dos pulmões, entrando rapidamente na corrente sanguínea, sem precisar passar pelo fígado. Por isso, os clientes só podem ficar dentro do espaço por no máximo cinquenta minutos.

A iniciativa é controversa. Segundo a imprensa britânica, psiquiatras especializados em alcoolismo são veementemente contra a ideia. Criado pela primeira vez em 2009, o Alcoholic Architecture fechou pouco tempo depois. A ideia é que a nova versão do bar também seja sazonal.

MÚSICA

Orquestra reúne instrumentistas de todos os países da América do Sul

"Podemos ter línguas, dialetos e costumes diversos, mas podemos ter também uma vibração única por meio de nossa força cultural"; esse é o lema da apresentação, com regência do maestro Eduardo Martinelli, que marca a abertura de festival em Corumbá

14/05/2025 11h00

Montgomery Washington, da Guiana

Montgomery Washington, da Guiana Foto: Divulgação

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Durante o Festival América do Sul Pantanal 2025 (FAS), a cidade de Corumbá será palco de um encontro musical sem fronteiras. Reunindo músicos de todos os países da América do Sul, com o reforço de um time especial de músicos brasileiros, a Orquestra América do Sul cumpre seu papel como elo sonoro do continente, celebrando sua diversidade cultural.

No concerto de amanhã, na abertura do festival, a orquestra inicia o programa musical com obras de dois artistas homenageados nesta edição, o acordeonista e compositor italiano Mário Zan (1920-2006), autor do clássico “Chalana”, e o compositor sul-mato-grossense Altair Teodoro da Silva, o Tim, cuja obra, enraizada em tradições populares, sintetiza o espírito da cultura regional pantaneira.

Com arranjos musicais e participações especiais cuidadosamente pensadas para a ocasião, bem como repertório abrangente, o concerto apresenta um mosaico musical que conecta vozes, memórias e identidades dos povos sul-americanos.

“A Orquestra América do Sul é um movimento de reconexão e reconhecimento entre os povos do continente. Combinando ritmos, estilos e histórias, este encontro representa a construção de uma identidade musical compartilhada, onde cada nação contribui com seu patrimônio artístico e humano”, afirma Eduardo Martinelli. “Mais do que um concerto, é uma celebração da diversidade e um convite para que a música continue sendo o elo que une gerações, culturas e fronteiras”, diz o maestro.

A ORQUESTRA

Com o propósito de celebrar a diversidade e a riqueza sonora da América do Sul, a Orquestra América do Sul reunirá um artista de cada país sul-americano, trazendo suas expressões musicais únicas para um espetáculo histórico. Do chamamé argentino ao steel drum caribenho da Guiana, passando pelo quatro venezuelano, o bandoneón uruguaio e a harpa paraguaia, cada instrumento e cada artista contribui para a criação de uma sonoridade singular, que une tradição e inovação.

A orquestra não apenas representa a fusão de identidades musicais, mas também fortalece o intercâmbio artístico entre os países, promovendo o diálogo entre músicos de diferentes realidades e estilos. Confira, a seguir, os representantes de alguns países.

GUIANA

Montgomery Washington. Natural da Guiana Inglesa, Montgomery é um virtuose do steel drum, instrumento percussivo originário de Trinidad & Tobago. Com mais de três décadas de trajetória internacional, já dividiu palco com nomes como Milton Nascimento, Seal, George Benson e Laura Pausini, sendo reconhecido como um dos grandes embaixadores da música caribenha no mundo.

Atração de destaque no Principado de Mônaco, seu talento singular conquistou a elite cultural europeia e lhe rendeu uma amizade pessoal com o príncipe Albert, de Mônaco, que passou a acompanhar de perto sua carreira.

Em temporada no Brasil, Monty, como é conhecido, vem levando o som hipnótico do steel drum aos mais diversos palcos, da música de concerto às fusões contemporâneas. Suas performances com orquestras e formações de câmara revelam a força expressiva de um instrumento ainda raro no universo erudito, mas de enorme riqueza tímbrica e poética.

SURINAME

Liesbeth Simone Peroni. Nascida em Paramaribo, a soprano, pianista e educadora, também conhecida como Lisibeti, é uma das principais referências da música clássica e da educação musical no Suriname. Formada em Piano e Pedagogia Musical pelo Conservatório de Roterdã, na Holanda, ela retornou ao Suriname nos anos 1990, onde passou a atuar como professora no Instituto de Formação de Professores (IOL) e fundou o centro artístico Lisibeti Music Performing Arts.

Com uma carreira que integra performance, regência, produção, teatro e ensino, ela se dedica à valorização da cultura afro-surinamesa e caribenha por meio da música. Sua atuação contempla tanto o repertório erudito europeu quanto criações locais em línguas indígenas, crioulas e neerlandesas.

PARAGUAI

Montgomery Washington, da GuianaPapi Galán, do Paraguai

Papi Galán. É um músico conhecido por sua carreira na música sertaneja e por sua influência na cultura musical do Paraguai e do Brasil. Nascido em Puerto Guarani, no Chaco paraguaio, em 1939, começou a sua carreira musical aos 12 anos, fazendo mate tereré. Atualmente, é professor do Conservatório Nacional de Assunção e da Associação dos Autores Paraguaios (APA), contribuindo para a educação musical no seu país. Papi Galán também fez parte de sua carreira no Velho Mundo, gravando com artistas nacionais e internacionais de renome.

URUGUAI

Montgomery Washington, da GuianaRaul Quiroga, do Uruguai

Raul Quiroga. Cantor natural de Montevidéu, radicado no Rio Grande do Sul, pela identificação da cultura gaúcha com a cultura uruguaia, que caminham irmanadas. Raul hoje é reconhecido nacionalmente e tem em sua carreira a produção de 13 álbuns com grande sucesso de vendas, sendo o último comemorativo de seus 30 anos de carreira artística, intitulado “Um Canto sem Fronteira”, com 15 músicas nativistas gaúchas de composições próprias em português e mais 15 faixas com obras de compositores argentinos, uruguaios e rio-grandenses em espanhol. 

CHILE

Montgomery Washington, da GuianaHéctor e Iván Letelier, do Chile

Sikuris – Irmãos Letelier. A flauta andina, o charango, símbolo dos povos originários do Chile, ressurge no festival com esses representantes que trazem à tona os timbres ancestrais dos Andes. Suas melodias evocam paisagens sonoras que conectam passado e presente.

COLÔMBIA

Montgomery Washington, da GuianaEnrique Moncada, da Colômbia

Enrique Moncada. Nascido em Cúcuta, Colômbia, iniciou sua trajetória musical aos 11 anos de idade, estudando contrabaixo. Sua formação começou no renomado programa El Sistema, no núcleo do Estado do Táchira, na Venezuela, onde rapidamente se destacou por sua dedicação e talento. Ao longo de sua jornada musical, Enrique migrou do contrabaixo para a viola sinfônica, instrumento com o qual encontrou uma nova expressão artística e ampliou sua atuação orquestral.

Sua excelência o levou a integrar a prestigiada Orquestra Sinfônica Simón Bolívar, uma das principais formações sinfônicas da América Latina, reconhecida mundialmente por sua qualidade e impacto social.

Com uma trajetória marcada por superação e talento, Moncada representa uma geração de músicos latino-americanos formados por programas de inclusão e excelência artística, levando sua música a palcos nacionais e internacionais.

ARGENTINA

Montgomery Washington, da GuianaAlejandro Brittes, da Argentina

Alejandro Brittes. Acordeonista e compositor, é um dos maiores representantes do chamamé, gênero musical do nordeste argentino. Com uma trajetória consolidada internacionalmente, ele vem expandindo os horizontes do chamamé por meio do projeto Concerto Leste, promovendo o diálogo entre essa tradição e novas influências musicais.

Abertura do FAS 2025

REPERTÓRIO

1. “Chalana” (Mário Zan – Brasil): ícone da música sertaneja brasileira, “Chalana” retrata o universo ribeirinho do interior. Sua melodia nostálgica inaugura o concerto com uma ponte simbólica entre o Pantanal e a alma popular do País.
2. “Lenda Bororo”: poesia musicada por Altair Teodoro da Silva, o Tim, que evoca a espiritualidade e a cosmovisão do povo bororo. A obra reflete o enraizamento indígena e o lirismo regional do Mato Grosso do Sul.
3. “Bailando en Isluga”: peça tradicional do povoado chileno de Isluga. Com flautas de pã (zampoñas) e percussão, exalta festas religiosas e o espírito comunitário andino.
4. “Milonga de Pelo Largo”: milonga campeira que homenageia o cavalo como símbolo da identidade uruguaia. A versão orquestral valoriza seu lirismo e andamento marcado.
5. “Bamboo Fiah”: canção folclórica em inglês crioulo, típica das zonas rurais da Guiana. Descreve, com humor e ritmo, o fogo de bambu estalando enquanto o jantar atrasa. Uma joia da oralidade afro-caribenha.
6. “Canção Folclórica do Suriname”: obra que representa a rica diversidade étnica do Suriname – afrodescendentes, javaneses, hindustânicos e ameríndios – em uma síntese sonora de coexistência cultural.
7. “La Charla del Jilakata”: composição do folclore andino que remete ao discurso cerimonial do jilakata, líder espiritual aimará. Expressa, em forma musical, a sabedoria dos povos altiplanos.
8. “Che Trompo Araçá”: polca delicada que celebra a infância e os brinquedos tradicionais, como o pião. Traz leveza e memória afetiva paraguaia ao programa.
9. “Vientos del Este”: com presença do compositor argentino ao vivo, a obra une chamamé, jazz e elementos contemporâneos. Um sopro musical que atravessa fronteiras.
10. “Km 11”: clássico do Chamamé amplamente conhecido no Cone Sul e que remete instantaneamente à uniao e à fusão cultural da tríplice fronteira.
11. “Mercedita”: composição de Ramón Sixto Ríos, eternizada por sua melodia romântica e nostálgica. Encerra o concerto prometendo grande emoção ao público presente, que a tem como uma forte bandeira cultural da música regional.

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Literatura

Cristiane Silva transforma lenda regional em novo livro infantojuvenil

Criadora da coleção "Histórias da Vovó Léla Contos Pantaneiros" transforma lenda regional em novo livro infantojuvenil; obra traz a marca da tradição oral e será lançada amanhã, em Campo Grande, no Comper Itanhangá, com vendas no local

14/05/2025 10h00

Cristiane de Oliveira Silva:

Cristiane de Oliveira Silva: "Até hoje, tudo que eu escrevi foram histórias que eu ouvi da minha avó" Divulgação

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Uma das figuras mais enigmáticas do imaginário pantaneiro, o temido e fascinante Minhocão do Rio Paraguai ganha vida nas páginas do novo livro da escritora e professora Cristiane de Oliveira Silva. “O Minhocão” é o segundo título da série “Histórias da Vovó Léla – Contos Pantaneiros”, com uma mistura de folclore e literatura oral, apresentando uma proposta gráfica bem dinâmica.

Voltada ao público infantojuvenil, a obra será lançada amanhã, a partir das 19h, no Supermercado Comper Itanhangá, e resgata a tradição de contar histórias passadas de geração em geração, especialmente nas comunidades pantaneiras, em conversas ao redor da fogueira ou na beira da cama das crianças antes de dormir.

“Eu sou estudiosa, apaixonada pela oralidade. Até hoje, tudo que eu escrevi foram histórias que eu ouvi da minha avó. Por isso, criei a série ‘Histórias da Vovó Léla’”, conta Cristiane, que é pedagoga, mestre em Literatura pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e atua como professora da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande na Educação Infantil.

AVÓ CRIANÇA

No enredo do novo livro, é a própria Vovó Léla, ainda criança, quem encontra o mítico Minhocão junto ao pai. A narrativa se desenrola a partir desse encontro, entrelaçando fantasia, encantamento e a ancestralidade das histórias contadas pelos mais velhos.

“Minha avó contava essa lenda do Minhocão, muito conhecida em Corumbá. Essa memória me inspirou a escrever o livro, que busca preservar esse saber popular tão rico e poderoso”, explica a autora.

PROPOSTA GRÁFICA

Mais que uma história, “O Minhocão” propõe uma experiência sensorial e visual. O livro foi concebido como um objeto artístico, pois, em formato sanfonado, ele se abre como se fosse o próprio corpo do Minhocão. 

Já as cores quentes escolhidas remetem ao calor e à intensidade do Pantanal.

A proposta gráfica inovadora ganhou a equipe editorial da Vida Produções, responsável pela publicação, que assumiu o desafio de dar forma à ideia sugerida por Cristiane e buscou, ao longo de um ano e meio, maneiras de viabilizar o projeto.

“O livro foi pensado para provocar espanto e encantamento, como defende Rubem Alves, que dizia querer uma escola do espanto, onde a criança se deslumbrasse com o que encontrasse. O projeto gráfico, o texto e as ilustrações foram construídos juntos nesse tripé”, afirma Cristiane.

As ilustrações são de Benes, artista cuja contribuição dá vida ao imaginário pantaneiro e amplia a experiência visual da obra. Segundo a autora, a proposta é de que a leitura seja também “uma brincadeira, uma descoberta e um mergulho na cultura pantaneira”.

A SÉRIE

A coleção “Histórias da Vovó Léla” surgiu em 2023 com o primeiro volume, “Contos Pantaneiros – Juvenil”, também inspirado nas histórias ouvidas por Cristiane na infância.

Agora, com “O Minhocão”, a autora amplia esse universo com uma obra ainda mais voltada às crianças pequenas e seus educadores, fortalecendo o vínculo entre literatura e identidade regional.

“A tradição oral é o nosso maior acervo cultural. Em tempos de tantas mudanças, preservar o imaginário popular é um ato de resistência. Eu quis registrar essas lendas não só para encantar as novas gerações, mas para que elas entendam de onde vieram. Que saibam que as histórias da sua terra têm valor”, reflete a autora.

O lançamento de “O Minhocão” será uma oportunidade para conhecer a obra, conversar com a autora e adquirir exemplares autografados. O evento conta com apoio do Comper e o livro já pode ser adquirido também pelo site maisumsaber.com.br/produto/historias-da-vovo-lela-o-minhocao.

SERVIÇO

Lançamento de “O Minhocão”

Livro nº dois da coleção “Histórias da Vovó Léla – Contos Pantaneiros”, de Cristiane de Oliveira Silva.
Preço: R$ 80 (valor promocional via internet).

Lançamento: amanhã, às 19h, no Supermercado Comper Itanhangá (Rua Joaquim Murtinho, nº 1.679, Bairro Itanhangá Park). A entrada é gratuita e haverá a venda de livros no local.

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