Correio B

Correio B+

Capa Especial Dia das Mães B+: Entrevista exclusiva com a atriz e roteirista Danni Suzuki

Entre seus próximos lançamentos estão as séries "Capoeiras" (Disney+) e "(In)Vulneráveis" (E! Entertainment).

Continue lendo...

Multifacetada e dona de um currículo de peso, que envolve desde sua formação em direção e atuação na NY Film Academy até o bacharelado em Desenho Industrial (PUC-RJ) e pós-graduação em neurociência (PUC—RS), Danni Suzuki estrelou no último ano seu primeiro filme em inglês.

A atriz, que é também apresentadora, diretora, roteirista, palestrante, e se tornou a primeira atriz brasileira com ascendência asiática a protagonizar um longa-metragem no país com a estreia do suspense nacional "Secrets", seu segundo trabalho no idioma, após atuar ao lado de Penélope Cruz em "Sabor da Paixão", de 2003.

Neste projeto, já disponível no Prime Video, ela assume o papel de Naomi em uma narrativa densa, eletrizante e envolta de mistérios, que explora as entrelinhas dos relacionamentos abusivos, o firmamento de uma fachada feliz incompatível com a realidade em prol do status, expectativas amorosas distorcidas, e a revelação de grandes segredos desconhecidos mesmo após 7 anos de relacionamento conjugal.

Com um enredo que mistura thriller e romance, o longa-metragem explora como a verdade pode ser libertadora, mas também destrutiva.

A produção da Ruschel Studios, em parceria com a Great Movies e distribuição da A2 Filmes, já conquistou reconhecimento internacional, sendo premiada como "Melhor Filme de Drama" no Monthly Film Festival, na Sérvia, e no Marbella International Film Festival, na Espanha. Nacionalmente, entre os prêmios recebidos estão o de Melhor Atriz no Festival Cine Santo André e no Festival Bananeiras de Cinema.

Além de seu retorno ao cinema, Danni, que recentemente dublou para Dream Works Animation, personagens centrais em “Patos” e “Kung Fu Panda 4”, também está presente nas telas de TV e no streaming. A apresentadora, que conquistou o público em duas temporadas do “The Voice Brasil” (2012 e 2015), lançou o reality show de moda “New Faces” no canal E! Entertainment.

Sob a direção de Bernardo Bôscoli, o programa, disponível também no Universal+, redefine padrões de beleza, com foco na diversidade feminina, equidade e a inclusão, abordando marcas de vida como cicatrizes, tatuagens e rugas.

Com um elenco de oito participantes dispostas a enfrentar uma série de oficinas e desafios, a competição promete revelar talentos que desafiam os padrões tradicionais da moda. A vencedora ganhará um contrato com a agência Rock.

Também como apresentadora, esteve à frente de vários programas de cobertura dos mais importantes festivais de música, entrevistas de celebridades nacionais e internacionais, e morou com diversos povos de diferentes culturas pelo mundo filmando para o Multishow.

Com quase 30 anos no audiovisual, em destaque na Globo em novelas como "Malhação", "Bang Bang" e "Viver a Vida", Danni tem ampliado seu repertório no streaming. Entre seus projetos mais recentes estão "Arcanjo Renegado"(Globoplay) e "Desjuntados" (Prime Video), e seus futuros lançamentos "Capoeiras" (Disney+) e “(In)Vulneráveis” (E!).

Em paralelo à carreira de atriz, nos bastidores da indústria cinematográfica, ela também desponta como diretora e roteirista. Seu curta-metragem de estreia, "Pulso", lançado em 2016, recebeu prêmios em grandes festivais, como no argentino Mar del Plata, e nos americanos “LABRRIF” e “Olympus Film Festival”, realizados em Los Angeles. O filme também foi exibido no Laemmle Theater, em Hollywood.

Sua experiência se estende também ao campo das palestras, tendo participado de quatro edições do TEDx e atuado pela segunda vez como júri do International Emmy Awards. Como se não bastasse, atua também na área da educação integrando o corpo docente do MBA da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), no curso de Influência Digital e Neuromarketing.

Com compromisso social entre as suas marcas, foi embaixadora das organizações internacionais não governamentais "Waves for Water", que promove o acesso à água potável em comunidades vulneráveis, e "Make a Wish", que realiza sonhos de crianças e jovens com doenças graves, progressivas e degenerativas.

Somando 26 anos dedicados a ações humanitárias, realizando também seus próprios projetos sociais, Danni tem voltado atenção especial, desde 2016, para trabalhos que envolvem o apoio a famílias refugiadas, inclusive foi anunciada esse ano como Apoiadora de Alto Perfil da ACNUR — a Agência da ONU para Refugiados.

Entre suas iniciativas recentes, uma obra um tanto especial e que vai usufruir de toda a expertise adquirida: a direção de um documentário sobre crianças nessa situação, filmado em locais como Turquia, Líbano, Síria e na fronteira entre Brasil e Venezuela.

Danni é Capa exclusiva e Especial de Dia das Mães do Correio B+ desta semana, e em entrevista ao Caderno ela fala sobre carreira, novos trabalhamos e o papel de ser mãe neste dia tão especial.

A atriz Danni Suzuki é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Nanda Araújo - Diagramação: Denis Felipe -
Por Flávia Viana

CE - Sua carreira atravessa diversas funções — atriz, apresentadora, diretora e até palestrante — ao longo de mais de 20 anos. Quais foram os momentos mais transformadores dessa trajetória, e como essas diferentes experiências se complementam na sua vida artística? 
DZ -
 Foram experiências muito diversas e algumas muito fortes, como as do programa "Pé no Chão", quando eu morei com diversos povos diferentes pelo mundo. Uma vivência que ampliou a minha vontade de estudar mais o comportamento humano. Cada experiência da minha carreira foi compondo um pedacinho de mim e construindo minha história. Sou muito grata a todas, desde as mais simples às mais profundas. 

CE - Você estreou como diretora e roteirista com o curta-metragem “Pulso” em 2016, obra que foi premiada em diversos festivais. O que a motivou a assumir a direção, e como estar por trás das câmeras mudou sua perspectiva de contar histórias em comparação com atuar? 
DZ -
 Dirigir sempre foi um desejo desde antes de ser atriz. Sinto que posso compartilhar de forma mais ampla a minha perspectiva. Me dá autonomia e fala mais do que eu verdadeiramente sinto e como vejo o mundo. É um desafio diferente e extremamente gratificante ver um projeto ganhar vida de uma forma que eu idealizei.

CE - Além das artes, você se especializou em Neurociência e Comportamento e chega a dar aulas sobre influência digital e comportamento humano. De onde veio esse interesse pela ciência, e de que forma esse conhecimento influencia sua maneira de atuar, dirigir ou se comunicar com o público? 
DZ -
 A neurociência expandiu muito o meu conhecimento de mim mesma. Estudar o cérebro e seu funcionamento realmente muda sua expectativa de vida. Esse interesse pela ciência é antigo e se intensificou com minha curiosidade sobre como as pessoas pensam e porque se comportam da forma que se comportam. Esse conhecimento é fundamental, especialmente nas artes, pois me ajuda a compreender melhor as personagens que interpreto, que crio e como conectá-las com o público. Nas minhas palestras, posso integrar o comportamento humano à performance, tornando a comunicação e a habilidade de conexão emocional mais impactante.

CE - Tem algum personagem que adoraria interpretar? Qual seria o papel dos sonhos?
DZ -
 Papéis fortes e inspiradores onde grandes batalhas são vencidas, para o bem. 

CE - Entre seus próximos lançamentos estão as séries "Capoeiras" (Disney+) e “(In)Vulneráveis” (E! Entertainment). O que pode adiantar sobre elas? 
DZ - 
Ambas abordam temas relevantes e contemporâneos, com personagens que vão ressoar com o público de maneiras diferentes. A mistura de luta e drama em “Capoeiras” é algo que promete ser bem divertido! E a força emocional de (In)Vulneráveis vai arrancar aí algumas lágrimas e sorrisos do público. 

A atriz Danni Suzuki é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Nanda Araújo - Diagramação: Denis Felipe -
Por Flávia Viana

CE - Seu engajamento em causas sociais é notório: você atua como apoiadora de alto perfil do ACNUR e desenvolveu projetos como cursos de inteligência emocional para refugiados , além de estar produzindo um documentário sobre crianças refugiadas. O que a levou a mergulhar tão profundamente nessas causas humanitárias, e de que maneira essas vivências influenciam sua visão de mundo e os projetos que você escolhe realizar? 
DZ -
 Certamente vem do meu compromisso com Deus de cada vez mais me tornar um ser humano construtivo para humanidade, e meu desejo de fazer a diferença. Essas experiências me tocaram profundamente e moldam minha visão de mundo. Acredito que todos temos uma responsabilidade social e, através do meu trabalho, busco dar voz a quem precisa, desenvolver, realizar e inspirar ações positivas.

CE - Você é uma das artistas de ascendência asiática mais reconhecidas no Brasil, mas já enfrentou situações em que o mercado não abraçou essa diversidade. Como foi superar esses obstáculos, e qual é sua visão hoje sobre representatividade e oportunidades para artistas asiáticos ou com ascendência asiática na mídia brasileira?
DZ -
 Ser uma artista de ascendência asiática no Brasil tem seus desafios, mas também uma grande oportunidade de quebrar estereótipos. Enfrentei obstáculos, mas hoje vejo uma mudança positiva em relação à representatividade, mas também vejo que ainda temos muito a conquistar. É fundamental que artistas asiáticos tenham mais espaço e oportunidades, e estou comprometida em ser parte dessa transformação.

Ela é apoiadora da ACNUR e luta dos refugiados - Divulgação

CE - Ano passado você alcançou o marco história de se tornar a primeira atriz brasileira com ascendência asiática a protagonizar um longa-metragem nos cinemas; no caso, "Secrets". Qual foi a sensação ao saber disso? E como foi a experiência de gravar totalmente em inglês pela segunda vez, em comparação com a primeira?
DZ -
 Foi um marco incrível saber que eu seria a primeira atriz brasileira de ascendência asiática a protagonizar um longa. A sensação foi de orgulho e responsabilidade. Gravar em inglês pela segunda vez foi desafiador, mas também libertador, pois pude explorar uma nova forma de expressar emoções em uma língua diferente. E me deu a certeza que estou pronta pra me expandir e atuar em qualquer parte do mundo. 

CE - A maternidade ocupa um lugar central na sua vida — você mesma afirmou “me sinto muito mãe, acima de qualquer coisa” após o nascimento do seu filho. Como ser mãe transformou a maneira como você encara o mundo? Que ensinamentos dessa experiência você mais procura transmitir ao seu filho no dia a dia?
DZ - 
A maternidade me fez perceber ainda mais o milagre que é a vida. Poder olhar o mundo com uma compreensão da espiritualidade e valorizar cada minuto como algo muito valioso. Procuro transmitir ao meu filho a importância da bondade, da curiosidade e do respeito, do amor e da fé. Esses valores são fundamentais para formar um ser humano íntegro.

CE - Depois de tantas experiências variadas, da arte à ciência, da fama ao trabalho comunitário, o que hoje dá sentido à vida de Danni Suzuki? Em suas palestras e TEDx, você frequentemente aborda o propósito e o “valor de ser humano” nas nossas ações. Como você define seu propósito pessoal neste momento da sua jornada? 
DZ -
 Hoje, o que dá sentido à minha vida é crescer em todas as áreas da vida enquanto busco impactar positivamente as pessoas ao meu redor. O propósito vai além da minha carreira; está em fazer pelo outro, definitivamente; e em inspirar outros a encontrarem seu valor e suas melhores habilidades enquanto ser humano. E é sobre isso que palestro. Para que compreendam que o mundo não é só sobre nós. Essa é uma das minhas missões atualmente.

Com o filho Kauai - Divulgação

 

Diálogo

A eminência parda que vem atuando a todo vapor decidiu que pretende eleger... Leia na coluna de hoje

Confira a coluna Diálogo desta quinta-feira (12)

12/06/2025 00h01

Diálogo

Diálogo Foto: Arquivo / Correio do Estado

Continue Lendo...

François La Rochefoucauld - escritor francês

A verdadeira coragem está em fazermos 
sem testemunha o que seríamos capazes 
de fazer diante de todo mundo”.

FELPUDA

A eminência parda que vem atuando a todo vapor decidiu que pretende eleger um senador e tem até o nome escolhido para indicar. O sortudo, pois teria respaldo, como estrutura, e o faz-me rir, embora seja considerado um excelente técnico, não conta com o principal na avaliação da classe política para a vaga disputadíssima. No caso, são os muitos e preciosos votos necessários para chegar ao Senado. Dizem que o escolhido poderia até tentar o Legislativo estadual ou federal, pois as chances seriam melhores. Além do mais, a análise é que essa insistência e tentativa de imposição estaria gerando desconforto entre lideranças políticas que têm outros planos no que se relaciona ao Senado. 

Sem recursos

Diversos órgãos públicos estaduais e municipais foram notificados pelo Ministério Público para que não efetuem repasses de recursos à Federação de Futebol de MS. 

Mais

Isso porque foram verificadas diversas irregularidades na prestação de contas de convênio firmado entre 
o poder público e a então Liga de Futebol Profissional do Estado. 

Diálogo

No Aeroporto Internacional de Viracopos, no dia 30 de maio, pousou avião com uma carga de 60 toneladas de rosas colombianas. O produto ajudou a abastecer o mercado brasileiro para o Dia dos Namorados. 
Por se tratar de um item perecível, as flores necessitam de transporte e armazenamento sob temperatura controlada (2°C a 8°C) para garantir sua qualidade. As rosas de diferentes cores e tamanhos de hastes vieram em um voo charter, ou seja, exclusivo. A aeronave pousou em Viracopos, maior aeroporto de carga do País. Ao desembarcarem, elas foram armazenadas em câmaras frias do terminal de cargas, inspecionadas 
e só depois liberadas para o transporte terrestre. 

Diálogo Lucimar Couto e Marcelo Rasslan

 

Diálogo Hugo Gloss

Às favas

Conforme o que prometeu, o deputado Lidio Lopes revidou o pronunciamento de Pedrossian Neto, que criticou a prefeita Adriane Lopes, que não teria feito repasses à Santa Casa. Palavras como “calote” e “caloteiro” partiram de ambos os lados, e o bate-boca deu o tom na sessão do dia 10, na Assembleia de MS. 
O regimento interno foi às favas, e o presidente Gerson Claro deverá tomar providências antes que o plenário se torne um ringue.

Estratégia

Embora esteja em uma situação considerada confortável, no que se relaciona à tentativa de se reeleger, o governador Eduardo Riedel vem mantendo agenda com prefeitos e vereadores para definir obras para os municípios. A estratégia de executar a política municipalista, que se tornou uma marca da gestão tucana desde 2014, quando conquistou o comando de MS, tem dado certo desde então.

“Descuido”

A primeira-dama de Três Lagoas, Kelly Abonizio, arrumou uma baita encrenca para o prefeito Cassiano Maia quando foi fazer comprinhas básicas. Até aí nada de mais, desde que o veículo para fazer “o frete” 
não fosse oficial da prefeitura. Nesses tempos de redes sociais, vídeo logo viralizou. Muita gente está aguardando manifestações da administração, da Câmara Municipal, etc. e tal. Tchurminha da ironia tem dito que só não vale dizer que o carro foi “utilizado por engano porque a cor é igual à do carro da família”. 

ANIVERSARIANTES

Gisele Furquim,
Celina Maria de Jesus,
Artur de Azevedo Perez Filho,
Maria Rosa Ortega,
Adriana de Araújo Ovelar, 
Edson Antonini,
Eduir Loubet,
Junio Hideo Sasaki,
Keila Soares Trad,
Jorge Caldas Feitosa,
Anelza Leite Campos, 
Aline Tatiana Bachega, 
Antonio Vieira Martins,
Diego Albuquerque Correa,
Luciana Mecchi,
Celso Higa, 
Silmara Ferreira,
Adonis Guimarães Lima(Dodô),
Noemi Karakhanian Bertoni, 
Odilon Coral Ferreira,
Cassia Fatima de Emilio,
Eloar Vieira de Lara,
Jéssika Silva Candelário,
Laila Casimiro Zahran Silveira, 
Dr. Alexandre Frizzo,
Yasmin Ferzeli Graciuzo, 
João José Binelo Batista,
Guilhermina Valente Lopes,
Mariel Marcio Oliveira Vilalba,
Roseli do Carmo de Souza,
Caroline Xavier Siqueira,
José Facundo da Silva Mota,
Antonia Cândida Duarte,
Fábio Rosemberg de Mattos,
Thalyssa Bastos Nogueira,
Abadio Marques de Rezende,
Iracema Souza Mendonça,
Juan Milciades Cazal Pedrozo, 
Shirlei Aparecida Gibertini,
Lorival Antônio Bagio,
Antônio Arguelho,
Aline Weiller de Medeiros,
Antônio Crispin Alves da Cunha,
Edson Espíndola Cardoso,
Fátima Coelho de Oliveira,
Wellington Araujo da Silva,
Robson Espíndola Dias, 
Dr. José Benedito Geraldes de Lima, Maria Antonieta Teixeira Albaneze,
Dr. Leolino Teixeira Junior,
Dr. Antônio Luiz Netto,
Lúcia Camilo Silva,
Élio Vasquez Aristimunha,
Cladis Sanches Lopes,
Karina de Lima, 
Eunice Silva,
Antônio Luiz de Souza Mello,
Wilma Pinto Ribeiro,
Maura Marcondes Ribeiro,
Wilson da Vila,
Joana Villalba,
Reginaldo Martinez,
Carlos Ortiz,
Valda Barros da Silva,
Evaldo Russel Vieira,
Carla de Araújo Mello,
Inês Regina Costa Gaeta,
Miriam Gonçalves Queiroz,
Maria Luiza Scaffa Chelotti,
Dr. Paulo de Tarso Guerrero Muller, 
Rosa Manara Arakaki,
Lorivaldo Antônio de Paula,
David Ferreira Nantes,
Aníbal Ortiz Ramires,
Ketty Susy Paixão,
Raissa Amaral Espinola, 
Zilda Rotela de Jesus, 
Helcio Simonato Barbosa,
Aline Paula Horta Marques, 
Guilherme Oshiro Taira,
Disney da Costa Rezende, 
Leonardo Jose da Costa,
Augusto Vissoto Filho, 
Carolyne de Souza Fonseca,
Sérgio Felga Junior,
Darci Ribeiro dos Santos,
Rosângela Falcão de Oliveira,
Delaide Maria Smaniotto,
Angela Priscila Junqueira de Lima Silva,
Éllen Ribeiro Lacerda Alves, 
Rodrigo de Oliveira Lusena,
Annelise Jardim, 
Antonio Adão Manvailler Vendas, Dr. Mauro Garicoi Pedraza, 
Reinaldo Borges de Moraes, 
Monique Fioravanti Sansão Bazan, 
Antônio Paulo de Amorim,
Roberta Albertini Gonçalves,
Sandra Regina Martins Ferraz e Lopes,
Júlio Celestino Ribeiro Fernández, 
Luís Otávio Ramos Garcia, 
André Costa Ferraz,
Fábio de Oliveira Fagundes, 
Raphaela Silva Modeneis Reis,
Filomena Castro Andrade,
Hudson Mário Pereira,
Antônio Elias Galo,
Walberto Laurindo de Oliveira Filho,
Enio Canteiro Arce,
Selma Francisca Cardena Rocha.

*Colaborou Tatyane Gameiro

MÚSICA

"Serenata de Amor Próprio", novo álbum da banda Terminal Guadalupe, será lançado em julho

Álbum reflete o amadurecimento do grupo e a retomada das relações sociais após a superação de tempos de ódio

11/06/2025 10h00

O guitarrista da Terminal Guadalupe, Allan Yokohama, à esquerda, e Dary Jr., vocalista e letrista, à direita

O guitarrista da Terminal Guadalupe, Allan Yokohama, à esquerda, e Dary Jr., vocalista e letrista, à direita Foto: Douglas Fróis

Continue Lendo...

“É como se você ouvisse 10 bandas diferentes no mesmo disco”. Assim descreve o corumbaense Dary Jr., vocalista e letrista da banda curitibana Terminal Guadalupe, sobre o novo álbum, que será lançado em julho.

“Serenata de Amor Próprio” é um álbum inteiramente dedicado à construção da autoestima por meio da afirmação das próprias ideias, desejos e identidade. E a referência às serenatas se baseia na liberdade proporcionada a cada interpretação, o que torna cada canção de amor singular.

“A gente não é refém de um estilo, de um gênero musical. A gente é muito livre. Então, trabalhamos com esse conceito da serenata junto com a autoestima e, por isso, são músicas muito diferentes. Vai ter música em espanhol, vai ter música em inglês. É um disco livre, não tem amarra”, destaca Dary.

O nome Terminal Guadalupe também remete a essa pluralidade que é a essência da banda. Isso porque o Terminal Guadalupe, que outrora já foi uma rodoviária, no centro de Curitiba, é um ponto de encontro onde as mais diversas histórias se cruzam. 

“É um nome que a cidade não gosta muito, porque Guadalupe é um lugar cheio de contradições. Tem esse nome por causa de uma igreja, a Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, mas tem prostituição, tem tráfico de drogas, tem crime… É uma zoeira. Mas também tem muita coisa legal. Até hoje é comum você encontrar pessoas com uma foto procurando um tio que sumiu e tal. Então, tem essas histórias bonitas também”, relata o músico.

AS SERENATAS

“Vá Ser Feliz”, música de abertura, mostra o amor-próprio por meio da libertação perante o outro, um ex-namorado, ex-chefe ou ex-professor que enche o saco.

“‘Vá Ser Feliz’ é um desabafo. Porque é ‘vá ser feliz longe daqui, vá ser feliz longe de mim’. Porque às vezes a gente precisa fazer isso também, para poder encerrar um ciclo e começar outro de peito aberto”.

O segundo single lançado, “Volta”, trata de forma melódica da retomada das relações. É uma ode que clama pela civilidade e pela reconciliação.

“A gente passou um período muito delicado na nossa história recente em que esse tom das relações pessoais foi completamente esquecido, que só interessava você ser grosseiro e hostil, se a pessoa não confirmasse aquilo que você pensa”, explica o letrista. 

“Além da Glória” também é sobre reconciliação, mas fala especificamente sobre a amizade de Dary com o guitarrista Allan Yokohama. Essa canção ainda ganhou um clipe, disponível no YouTube, com imagens dos primórdios da banda. 

“Eu e o Allan ficamos afastados muito tempo. E ‘Além da Glória’ é uma letra que celebra a retomada dessa relação, dessa amizade. Por isso que diz: ‘Meu coração ainda é seu. Quem disse que haveria um fim?’ E é interessante porque, a depender de como as pessoas ouvem, isso adquire uma outra interpretação, porque pode parecer uma canção de amor. Na verdade, é uma música sobre amizade”, afirma Dary.

A última música lançada até o momento é “Sara”, descrita por Dary como “quase infantil”. 

“É uma canção que o Allan fez para a filha dele. Ela é ingênua, é uma coisa que você ouve assim, tão simples. Porque um filho também te preenche, um filho também te inspira, um filho também te eleva. Isso também é uma estima”, pontua o vocalista.

Entre as demais músicas, que ainda serão lançadas, Dary destacou uma dedicada à resiliência feminina. Inspirada na mãe do letrista, a canção descreve o protagonismo e a força das mulheres. Outra música, chamada “Black Jesus”, terá letra em inglês e tratará de questões relacionadas à comunidade negra.

AMADURECIMENTO

“Serenata de Amor Próprio” e o álbum anterior, “Agora e Sempre”, lançado em 2022, surgiram de um reencontro. Como um ex-amor ou ex-amigo que retorna depois de anos com a cabeça mais madura e o coração mais calmo, Dary e Allan, o guitarrista da banda, voltaram um para o outro.

Nascida em 2003, a Terminal Guadalupe foi criada a partir de um trabalho do curso de pós-graduação em Audiovisual feito por Dary. As primeiras canções surgiram para a trilha sonora do curta-metragem.

“Burocracia Romântica”. Essa primeira formação durou até 2009, quando os integrantes se afastaram. 
Em 2018, Dary e Allan voltaram a se falar. Dessa vez, com novas bagagens musicais e de vida. Nos nove anos separados, os amigos se dedicaram às próprias famílias e a projetos musicais. 

“Quando a gente se afastou, eu tinha acabado de ter um filho e o Allan ainda não era pai. E o tempo ajuda. O tempo, de alguma forma, faz a gente observar algumas coisas que, no calor da situação, você não conseguia compreender com exatidão”, explica.

O guitarrista da Terminal Guadalupe, Allan Yokohama, à esquerda, e Dary Jr., vocalista e letrista, à direitaFoto: Rapha Moraes

Em 2021, o guitarrista sugeriu, inspirado em artistas que lançaram trabalhos durante a pandemia, que a banda voltasse com a mesma proposta. Nesse contexto, “Agora e Sempre” foi feito à distância, com os integrantes alocados em quatro países diferentes.

“O Allan e o baixista que a gente arrumou estavam em Portugal. Nosso baterista era o Fabiano, que era da formação clássica da banda e estava na Alemanha. Eu estava no Brasil, e nós tínhamos também um músico convidado no Uruguai. E, aqui no Brasil, a gente tinha um carioca que morava em Florianópolis, que também participou do disco cantando, e o produtor era um gaúcho que morava em Belo Horizonte”, contextualiza Dary.

Em 2023, Allan voltou ao Brasil para um show comemorativo dos 20 anos da banda. Ali, eles sentiram que precisavam continuar. 

“Aquele show bateu muito forte nele porque a gente tocou com as pessoas cantando as músicas, todo mundo muito emocionado. Foi o primeiro show que a gente fez em muito tempo. Fazia 14 anos que a gente não tocava”.

O guitarrista da Terminal Guadalupe, Allan Yokohama, à esquerda, e Dary Jr., vocalista e letrista, à direita

Mas, além da banda, o público também amadureceu e ficou mais exigente. Agora, os shows precisam ser mais bem planejados para compor uma boa experiência.

“Quando você é moleque, não quer saber, você quer tocar em qualquer buraco, vai na esquina ali, bota uma caixa de som e tal. Hoje, se a gente quiser tocar em algum lugar, tem que estudar o local, a qualidade do som, o conforto das pessoas”, esclarece.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).