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Com trio de protagonistas femininas, "Amor de Mãe" foca nos mais variados dilemas maternos

Com trio de protagonistas femininas, "Amor de Mãe" foca nos mais variados dilemas maternos

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O amor pode se apresentar em muitas formas. Não à toa, as novelas são recheadas de tramas românticas. Com estreia prevista para novembro, “Amor de Mãe”, próxima produção das nove da Globo, irá além do romance tradicional em seus capítulos. Estreante no horário e autora de séries como “Ligações Perigosas” e “Justiça”, Manuela Dias irá focar no incondicional amor materno. Lurdes, Thelma e Vitória, interpretadas por Regina Casé, Adriana Esteves e Taís Araújo, encabeçam o folhetim. O trio de mulheres exerce a maternidade em toda sua plenitude, cada uma à sua maneira. Apesar de viverem em realidades diferentes, com trajetórias distintas, a vida das três se entrelaça ao longo da trama. “A novela é uma reverência à instituição que é a mãe brasileira. Essa mulher guerreira, honesta e que faz tudo para criar seus filhos do lado certo da vida”, explica Manuela.

Lurdes, interpretada por Regina Casé (Foto: Divulgação)

A história da novela, que será a primeira a ser gravada nos novos estúdios da Globo, o MG4, começa com Lurdes. Há 26 anos, ela saiu do vilarejo onde morava no Rio Grande do Norte rumo ao Rio de Janeiro com os filhos pequenos. No caminho, ela encontrou um bebê abandonado na estrada e o leva consigo. O que moveu Lurdes a sair de sua cidade natal a acompanha até hoje: encontrar Domênico, papel de Eros Lazari quando criança, um de seus quatro filhos biológicos, que foi vendido pelo pai aos dois anos de idade. Lurdes ainda é mãe de Magno, Ryan, Érica e Camila, vividos por Juliano Cazarré, Thiago Martins, Nanda Costa e Jéssica Ellen. Camila é a bebê encontrada na estrada quando Lurdes vinha para o Rio. “Se eu tiver que definir a Lurdes em uma palavra eu diria coragem. Ela é uma mulher inteligente e que tem uma afetividade constante com os filhos. E, apesar da vida ter sido tão dura com ela, tem um ótimo senso de humor. Ela não é indefesa, nem sofrida. É uma personagem linda”, explica Regina, que volta aos folhetins após 18 anos. “Eu sou uma atriz. Durante muito tempo eu fui uma atriz que apresentava um programa. Mas eu sentia falta de atuar. E a cada vez que eu fazia um filme ou uma peça, a resposta era maravilhosa”, completa.

Adriana Esteves, interpretará Thelma (Foto: Divulgação)

Já Thelma é viúva há mais de 20 anos e desde que perdeu o marido vive exclusivamente para o filho, Danilo, papel de Chay Suede, mesmo ele já sendo um adulto. Quando Danilo era pequeno, Thelma viu sua casa pegar fogo com o marido e o filho dentro. Ela se arriscou em meio às chamas e conseguiu salvar o menino. Por todos esses acontecimentos, acabou se transformando em uma mãe superprotetora. Certo dia, as trajetórias de Lurdes e Thelma se cruzam. A mãe de Danilo passa mal na rua e é socorrida por Lurdes, que a leva a um hospital e se torna sua grande confidente. Thelma descobre que tem um aneurisma inoperável e não conta da doença para o filho. “Thelma é uma mulher que coloca a maternidade acima de tudo na vida. Mãe bastante amorosa e dedicada, mas acho que esqueceu de viver sua própria vida pensando somente na vida do filho. Quando sua vida vira de cabeça para baixo, ela começa a refletir sobre tudo que não viveu e o que ainda poderá fazer daqui para frente”, defende Adriana.

Taís Araújo, a Vitória em "Amor de Mãe" (Foto: Divulgação)

Advogada de políticos e empresários corruptos, Vitória tem seu foco no trabalho, mas se frustra ao não conseguir engravidar. Após a separação, ela segue com o projeto de adotar uma criança e, enquanto espera a chegada do filho, conhece Davi, de Vladimir Brichta, em um encontro casual. Inesperadamente, Vitória acaba engravidando de Davi, o que faz com que o contato com o pai da criança precise ir muito além de um caso de uma noite só. Davi é um ativista ambiental e faz da sua vida uma luta para salvar a última parte não poluída da Baía de Guanabara. Ele é um grande empecilho para as ambições de Álvaro, personagem de Irandhir Santos, empresário de ética duvidosa que é o principal cliente de Vitória. “O Davi é o oposto de Vitória. É um cara idealista que surge na vida dela de repente e questiona todos os seus valores. Ela o conhece quando está comemorando a notícia de que está apta para adotar uma criança. Os dois se esbarram, se sentem atraídos um pelo outro e acabam dormindo juntos. E ela é pega de surpresa ao descobrir que está grávida”, adianta Taís.

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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