Correio B

Gastronomia

Confira as receitas de bolinho de feijoada recheado com bacon e geleia agridoce de bacon

Até domingo, rede varejista oferece em suas lojas um festival de promoções dedicadas à deliciosa receita que une Brasil, Portugal e países africanos

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Ícone da culinária brasileira, a feijoada transcende o status de mero prato para se consolidar como um verdadeiro retrato da formação cultural do País. Suas raízes mergulham na história, com teorias que a ligam às adaptações de guisados europeus pelos africanos escravizados, que utilizavam os “restos” de carne nobre, como orelha e pé de porco, combinados com feijão e farinha. Outras versões da história atestam apenas a origem lusitana do prato.

De qualquer modo, essa simbiose de ingredientes e técnicas culinárias resultou em uma iguaria que, ao longo dos séculos, ficou popularar, tornando-se um símbolo de criatividade e, acima de tudo, da rica miscigenação brasileira.

A feijoada se tornou muito mais que uma refeição. É um ritual social, frequentemente saboreada às quartas-feiras e aos sábados, reunindo famílias e amigos ao redor da mesa. Seja na versão completa, acompanhada de arroz, couve refogada, farofa e laranja, seja em adaptações mais leves, ela evoca a sensação de aconchego, fartura e celebração da identidade nacional.

Essa ligação profunda com o cotidiano e as tradições do brasileiro eleva a feijoada a um patamar de conforto e memória afetiva, um prato que conta a história de um povo a cada garfada. E que se reinventa como item gastronômico, com versatilidade e sucesso, a exemplo das sopas, dos caldos ou do irresistível bolinho, que você pode aprender na aventura do sabor que o Correio B apresenta na sugestão de receita deste fim de semana. 

FESTIVAL

Para celebrar essa paixão nacional, o Fort Atacadista e a rede Comper anunciaram, nesta semana, o Festival da Feijoada, que segue até domingo, oferecendo aos clientes a oportunidade de “desfrutar dos ingredientes essenciais para uma feijoada perfeita”. Na prática, são gôndolas e prateleiras com ofertas especiais de uma ampla variedade de produtos típicos, desde os cortes suínos frescos até os acompanhamentos que fazem da feijoada uma experiência gastronômica completa e inesquecível.

BOLINHO

Mesmo que milhões de petisqueiros pelo Brasil já tenham se rendido ao bolinho de feijoada, a iguaria ainda surpreende muita gente que experimenta pela primeira vez. A textura, o sabor da massa, o recheio – couve, bacon, etc. – e outros complementos, como a geleia agridoce, transformam esse bolinho no quitute ideal para embalar um descontraído bate-papo até a hora da refeição principal chegar ou durante uma rodada de drinques, com os amigos ou a família.

Essa receita pode ser feita com aquela feijoadinha que sobrou, e é também uma ótima opção de entradinhas para servir antes da própria feijoada. Quem garante é a chef Mariele Horbach, que assina o cardápio de uma rede de botecos cariocas. Mesmo para os amantes de sabores agridoces, o diferencial da receita da chef Mariele pode parecer pouco convencional e até causar estranheza à primeira vista. 

Não se sabe bem qual a origem, mas uma coisa é certa: ela veio para fazer sucesso em jantares, almoços ou lanches. Trata-se da geleia de bacon.

Simples de fazer, as medidas da receita desta página rendem um tanto de geleia que serve até quatro pessoas e pode ser introduzida em seu cardápio das mais diversas formas. Você pode colocá-la sobre uma porção de massa, por exemplo, e também adicionar como complemento em torradas ou dentro de sanduíches, para variar um pouco o sabor.

Dica importante da chef: use e abuse da sua criatividade na hora de preparar. Mariele recomenda a geleia para um consumo bem corriqueiro, com torradas, por exemplo. Outra dica da chef: “Fica perfeita com hambúrguer”.

BACON CHINÊS

Criado há mais de quatro mil anos, na China, o bacon é uma das iguarias mais populares do mundo, presente em diversas culturas e pratos. Foi para homenagear essa delícia que se instituiu o Dia do Bacon (31 de agosto). Seu consumo tem sido uma parte importante da alimentação humana em diferentes culturas ao longo do tempo.

O processo de cura e defumação da carne de porco se tornou uma maneira de conservar a carne antes da invenção da refrigeração moderna. A técnica de cura chegou à Europa por meio das rotas comerciais estabelecidas na Idade Média, em que os povos germânicos aprimoraram o processo de produção do bacon.

No século 18, os imigrantes europeus levaram essa tradição para a América do Norte, onde se tornou um alimento básico e popular, especialmente em áreas rurais. Ao longo do tempo, o bacon evoluiu para se tornar um alimento querido e versátil, sendo amplamente utilizado em diversas preparações culinárias ao redor do mundo.

Geleia agridoce com bacon

Ingredientes

  • 1 xícara de cebola picada;
  • 340 g de bacon;
  • 1/4 xícara de rum;
  • 2 dentes de alho picado;
  • 1/2 colher (chá) de gengibre em pó;
  • 2 colheres (sopa) de açúcar mascavo;
  • 2 colheres (sopa) de mel;
  • 1 colher (chá) de páprica picante;
  • 2 colheres (sopa) de vinagre;
  • 150 gramas de goiabada cremosa. 

Modo de Preparo

Em uma frigideira, frite o bacon até que esteja bem dourado. Em seguida, transfira-o para um prato com papel-toalha para absorver o óleo.

Por 5 minutos, refogue alho e cebola no mesmo óleo que utilizou para fritar o bacon.

Acrescente gengibre em pó e páprica e deixe cozinhar por 1 minuto. Então, coloque os outros ingredientes (com exceção do bacon) e ferva.

Insira o bacon e, em fogo baixo, cozinhe até que o líquido se transforme em uma calda.

Despeje a mistura em um processador e bata até atingir a consistência desejada.

Bolinho de feijoada recheado com bacon e geleia agridoce de bacon

Ingredientes

  • 500 g de carnes de feijoada;
  • 2 colheres (sopa) de óleo;
  • 1 cebola;
  • 1 cabeça de alho;
  • 2 folhas de louro;
  • 500 g de feijão-preto;
  • Água fervente;
  • ½ xícara (chá) de farinha de mandioca;
  • 4 colheres (sopa) de folhas de salsa picadas.

Para o recheio

  • 1 xícara de couve; 
  • 2 dentes de alho;
  • ¼ xícara (chá) de bacon; 
  • Óleo.

Para empanar 

  • 1 xícara (chá) de farinha de trigo;
  • 2 ovos batidos;
  • 1 xícara (chá) de farinha de rosca.

Modo de preparo

  1. Lave em água corrente as carnes da feijoada. Em uma tigela, deixe os ingredientes (com exceção da calabresa e do bacon) de molho na água por 12 horas. Escorra e reserve.
  2. Em uma panela de pressão, aqueça o óleo em fogo médio, e frite as carnes até começarem a dourar. Pique a cebola e adicione à panela, refogue por 3 minutos. Amasse a cabeça de alho e adicione à panela, refogando por mais 1 minuto.
  3. Adicione o louro, o feijão, a água fervendo, sem ultrapassar o limite da panela, sal e pimenta do reino. Feche a panela e, após pegar pressão, diminua o fogo para o mínimo, e conte 25 minutos. Desligue o fogo e deixe a pressão sair naturalmente. Reserve.

Para o recheio

  1. Pique o bacon em cubinhos pequenos. Aqueça uma frigideira antiaderente em fogo médio e frite o bacon até começar a dourar.
  2. Pique o alho, junte ao bacon e refogue por mais 1 minuto. Fatie a couve bem fininha e adicione à frigideira, acerte o sal e refogue até a couve começar a murchar. Desligue o fogo e espere esfriar por completo.
  3. Montagem
  4. Bata a feijoada feita, dispensando o pé, no liquidificador até formar um creme homogêneo. Transfira para uma panela, junte a farinha de mandioca, mexa bem com um batedor de arame e cozinhe em fogo baixo até engrossar. Desligue o fogo, junte a salsa e espere esfriar por completo.
  5. Faça bolinhas com a massa de feijoada, com o polegar faça uma concavidade, recheie com uma parte de couve à mineira e uma parte de bacon picado e já frito. Boleie os bolinhos e reserve.
  6. Aqueça óleo suficiente para fritar os bolinhos em imersão no fogo médio. Passe os bolinhos na farinha de trigo, no ovo batido e por último na farinha de rosca. Frite em imersão no óleo preaquecido e escorra em papel-toalha. Sirva com pimenta.

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DIVERSÃO

5 aplicativos para fazer revelação de amigo da onça

Chegou a época das festas de fim de ano e com ela a tradicional brincadeira do amigo secreto. Conheça os melhores apps para organizar e tornar a revelação ainda mais divertida

12/12/2025 13h37

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A brincadeira do amigo oculto, também conhecida como amigo da onça ou amigo secreto, é uma tradição que reúne famílias, amigos e colegas de trabalho durante as festas de fim de ano.

Com a tecnologia cada vez mais presente no nosso dia a dia, surgiram diversas ferramentas digitais para facilitar a organização e tornar o momento da revelação ainda mais especial.

1. Amigo secreto (My Secret Santa)

Considerado um dos mais completos do mercado, o aplicativo Amigo Secreto permite criar grupos, sortear participantes automaticamente e enviar notificações para todos os envolvidos.

O diferencial está na função de revelação gradual, onde dicas sobre quem é o amigo secreto são liberadas aos poucos, aumentando a expectativa e a diversão.

Baixe no Google Play para Android

Baixe na App Store para Iphone

2. Sorteio fácil

Com interface intuitiva e design moderno, o Sorteio Fácil se destaca pela simplicidade. O app permite definir valores mínimo e máximo para os presentes, criar listas de desejos e fazer o sorteio mesmo sem que todos os participantes tenham o aplicativo instalado. Na hora da revelação, oferece recursos de animação que tornam o momento mais emocionante.

Baixe no Google Play para Android

Versão não disponível para IOS

3. Secret Santa

Popular em vários países, o Secret Santa traz recursos de chat integrado para que os participantes possam interagir anonimamente antes da revelação. O aplicativo também permite fazer enquetes sobre local e data do encontro, facilitando a organização do evento.

Baixe no Google Play para Android

Baixe na App Store pra Iphone

4. DrawNames

O DrawNames é ideal para grupos grandes e famílias numerosas. Além do sorteio tradicional, permite criar exclusões (para evitar que casais ou irmãos tirem um ao outro) e possui uma ferramenta de revelação ao vivo, onde todos podem participar simultaneamente através de videochamada integrada.

Baixe no Google Play para Android

Baixe na App Store para Iphone

Site oficial também disponível

5. Amigo oculto online

Gratuito e sem necessidade de cadastro, o Amigo Oculto Online funciona diretamente pelo navegador. Perfeito para quem prefere praticidade, o app envia o resultado por e-mail ou WhatsApp e oferece templates personalizáveis para a revelação, com temas natalinos e de fim de ano.

Baixe no Google Play para Android

Dica Extra:

Independente do aplicativo escolhido, o mais importante é o espírito de confraternização que a brincadeira proporciona.

Os apps são apenas ferramentas para facilitar a organização e adicionar um toque de modernidade a essa tradição tão querida pelos brasileiros.

AGENDA CULTURAL

Fim de semana tem ópera afro-brasileira, música e cinema

À frente da banda O Capuz Negro, cantor e multi-instrumentista Jorge Aluvaiá lança ópera afro-brasileira "Crônica sob o Céu Lilás"; Simona e Vozmecê agitam Praça Bolívia; Rose Mendonça estreia solo de dança e, em Corumbá, tem "Moinho In Concert"

12/12/2025 09h00

Ao lado da banda O Capuz Negro, o multi-instrumentista (ao centro) estreia a ópera afro-brasileira

Ao lado da banda O Capuz Negro, o multi-instrumentista (ao centro) estreia a ópera afro-brasileira "Crônica sob o Céu Lilás", amanhã, às 19h, no Teatral Grupo de Risco Divulgação

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O irrequieto multiartista Jorge Aluvaiá está fechando este ano com um ambicioso projeto. À frente da banda O Capuz Negro, ele estreia amanhã, às 19h, no Teatral Grupo de Risco (Rua Trindade, nº 401, Jardim Paulista), o show “Crônica sob o Céu Lilás”, que o próprio músico define como uma “ópera espacial afro-brasileira, um concerto surrealista que envolve tradição oral e retoma as raízes afro-brasileiras, com música, poesia e imaginação”.

No palco, com os seis parceiros do Capuz, Aluvaiá vai mostrar as 18 faixas que dão vida ao enredo do novo trabalho. As composições acompanham, com “muita mística”, a jornada de um viajante imaginário, o Mensageiro Rubro, considerado pelo band leader uma “entidade cósmica”, que vive uma epopeia ao aportar no Brasil do século 19, quando perde a capacidade de voar.

Para tentar superar sua condição, Rubro acaba hibernando nas águas do Rio Paraguai e, nessa nova realidade, inicia uma intensa trajetória de “brasilidade”, ritmos diversos, performances e ensinamentos ancestrais.

“A gente conta essa história através de um espetáculo musical, um concerto, e me utilizo também de linguagens da arte, como poesia declamada, para dar vida a essa proposta, para trazer a potência e as possibilidades do fantástico, que é a pulsão de vida, da criatividade, da imaginação”, viaja Aluvaiá.

Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla, por R$ 20. A produção do evento anuncia também uma campanha de “apadrinhamento de ingressos” para contemplar jovens de instituições beneficentes, com cada entrada ao custo de R$ 18.

PRAÇA BOLÍVIA

A última edição deste ano da feira cultural Praça Bolívia, neste domingo, das 9h às 14 horas, será embalada por seis atrações musicais: o veterano Simona, o duo Vozmecê, Dandaras, Menos Pausa, Sangre Latino e Nobres. O evento conta com estandes de arte e artesanato, moda, pratos típicos e antiguidades. Endereço: Rua da Garças com Rua Aníbal de Mendonça, Bairro Santa Fé.

ROSE NA DOBRA

A dançarina Rose Mendonça estreia hoje o solo de dança “Dobra no Tempo”, às 19h, na Estação Cultural Teatro do Mundo. Uma segunda apresentação está agendada para amanhã, na sede da Central Única das Favelas (Cufa), na Rua Livino Godói, nº 710, Jardim São Conrado, às 16h. Os ingressos estão disponíveis gratuitamente na plataforma Sympla.

O solo integra o projeto Corpo-Território, que envolve ainda a realização de a oficina de house dance Tessituras Dançadas, amanhã, das 9h às 11h, no Centro Cultural José Octávio Guizzo.

O projeto busca democratizar o acesso a produções artísticas, contribuir para a visibilidade das danças negras na cidade, ampliar as discussões e estimular reflexões sobre a dança na sociedade, fortalecer a memória da arte contemporânea negra local e oportunizar um espaço seguro para debates acerca das questões raciais e de gênero.

Com direção artística de Simone Vieira, “Dobra no Tempo” se coloca como “um ritual” de movimento e som para despertar a potência do corpo e da presença, em que cada movimento é um gesto de afirmação e cada som é uma vibração capaz de ressoar no indivíduo.

“Com a intensidade da música house, seu fluxo único e mistura poderosa, no solo exploro a relação entre o meu corpo, o espaço e o tempo em um jogo de improviso, com os passos básicos e complexos da house dance e as corporeidades das danças afro-brasileiras”, afirma Rose, que, para realizar o projeto, contou com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), do governo federal e do Ministério da Cultura, sob operação da Fundação Municipal de Cultura de Campo Grande (Fundac).

“Dobra no Tempo” tem produção-geral de Ariane Nogueira, produção executiva de Marcos Mattos, Livia Lopes como social media, design gráfico de Leonardo Sales, produção audiovisual de Kaique Andrade, Jessé Macedo e Karem Martins como intérpretes de Libras, criação e confecção de figurino de Jéssika Rabello (Ajuberô Ateliê) e assessoria de imprensa por Isabela Ferreira (Reconta). As apresentações contarão com a participação da artista Aline Serzedello Vilaça.

“MOINHO IN CONCERT”

O Moinho Cultural realiza, neste sábado e no domingo, mais uma edição do “Moinho In Concert”. Sob a direção geral de Márcia Rolon, o espetáculo foi anunciado como “uma travessia que mistura memória, sonho e ancestralidade”, conduzindo o público pelos caminhos do Peabirú, a antiga rota sagrada dos povos originários, com música, dança e imagens.

A montagem reúne mais de 500 artistas, entre orquestra, coral, bailarinos, crianças, adolescentes e jovens atendidos pela ONG, tornando-se uma das maiores produções culturais da região.

O mergulho no imaginário da rota é acessado por jogos de amarelinha, explorando símbolos como o caracol e a cruzada para construir uma narrativa que convida o público a refletir sobre travessias internas, pertencimento e superação.

“Estamos alinhavando um novo Peabirú, como o sonho e o jogo de amarelinha, com a intenção de levar todos para o seu próprio céu”, diz Márcia Rolon. As apresentações serão às 19h30min, na sede do Moinho, em Corumbá.

A equipe de criação reúne pesquisa de linguagem e concepção coreográfica de Fernando Martins, a coreógrafa e ex-primeira bailarina do Stuttgart Ballet Beatriz Almeida, o ator Arce Correia, coralistas, músicos e o artista Leoni Antequera, da Bolívia.

A trilha sonora, com arranjos assinados por ex-alunos do Moinho, é inspirada no barroco sul-americano. Os figurinos foram confeccionados, dentro da instituição, por mães de participantes, retomando uma tradição afetiva que aproxima famílias do processo artístico.

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