E hoje, 28 de março, é dia da estreia do remake mais aguardado dos últimos tempos, a novela Pantanal.
Ela será exibida às 21h de segunda à sábado, horário nobre da TV Globo.
O Correio B+ preparou uma Capa com entrevista extra e exclusiva com a atriz Malu Rodrigues que dará vida a Irma na primeira fase da novela, papel que dividirá com a renomada atriz Camila Morgado que entra na segunda fase do remake.
“Camila foi luz desde que nos encontramos pela primeira vez. Me sinto muito honrada por dividir esse papel com ela. Já admirava a atriz, que sempre fui fã, mas saio desse trabalho completamente apaixonada por ela. Nos encontramos na vulnerabilidade, muito abertas, transparentes e isso fez com que a gente tivesse uma conexão de cara”, diz Malu.
Malu aceitou o desafio proposto pelo diretor da novela Rogério Gomes, integrando o elenco junto a grandes nomes da dramaturgia brasileira.
Além de Camila Morgado, Malu dividirá cenas importantes com a atriz Bruna Linzmeyer, que interpreta sua irmã ‘Madeleine’ também na primeira fase de Pantanal.
Segundo Malu Rodrigues, Irma foi construída junto com Camila Morgado...
“Tive encontros com a Camila Morgado desde o primeiro dia de preparação. Mandava fotos de cena, de figurino, contracenando com o Renato Góes e a Bruna Linzmeyer. Camila foi um presente para mim neste novo desafio”, relembra.
A atriz também revela que o público pode esperar uma relação ainda mais intensa e conflituosa entre as irmãs Irma e Madeleine.
“Eu e a Bruna criamos um vínculo muito importante durante as gravações para passarmos ao público a complexidade desta relação de irmãs tão diferentes e competitivas. Vínculo que se estendeu para a vida. Bruna virou uma paixão, junto com a Selma Egrei (personagem Mariana) e Caco Ciocler (personagem Dr. Gustavo interpretado por Gabriel Stauffer na primeira fase)”.
A conexão e o encanto pela região, pelo povo pantaneiro e seu contato com a natureza selvagem transformou Malu.
“É impressionante a força que o Pantanal tem. Para quem foi criada a vida toda na cidade e tem medo de sapo, foi transformador. Fui maravilhosamente bem recebida na Fazenda do Almir Sater e me vi encantada pelo Pantanal e pelo povo pantaneiro”, diz.
Malu participou da segunda temporada de PopStar, em 2018 na TV Globo, mas iniciou sua carreira no teatro musical, com formação na CAL (Casa de Artes das Laranjeiras). Esteve em inúmeros musicais e filmes, além da série Tapas e Beijos em 2011.
Apesar de jovem, Malu tem uma carreira sólida e com personagens importantes.
Ela também encantou o grande público brasileiro com sua participação no filme "Minha Fama de Mau", aonde interpretou a cantora Wanderléa.
Além da estreia de Pantanal, Malu também lançou em fevereiro de 2022, seu primeiro single ‘Alvoroço’ que já está disponível nas principais plataformas de streaming e está gravando mais uma série para o GloboPlay, “Musa e Música”.
Malu falou com exclusividade ao Correio B+ nesse dia de estreia, e claro, a novela Pantanal foi o nosso grande foco...
CE - Malu, tão jovem, mas com uma carreira tão sólida...
Sempre quis esse caminho?
MR - Eu comecei muito nova, fazia algumas participações e já gostava, mas não tinha muita noção de que era um trabalho.
Quando eu fiz 14 anos, com um pouco mais de consciência, eu fiz meu primeiro grande musical “A Noviça Rebelde” da minha dupla favorita Charles Möeller e Claudio Botelho, foi onde me encontrei. Foi amor à primeira vista.
CE - Você canta também?
MR - Existia um programa na TV Globo que se chamava “Gente Inocente”, eles abriram inscrições para novas crianças como apresentadores, um dos pré-requisitos era cantar, comecei a cantar por isso.
O programa acabou, infelizmente não deu tempo de mandar minha inscrição, mas me apaixonei pelo canto, por música e continuei.
Eu sempre fui muito tímida, o canto foi de extrema importância pra driblar a timidez. Depois de um tempo, os musicais estavam chegando em peso ao Brasil, dei sorte de ter papel pra minha idade. Fiz o primeiro e não larguei mais.
A música é uma das coisas mais importantes da minha vida.
CE - E além de tudo, fez ballet? Porque parou?
MR - Eu fazia ballet numa escola para bailarinas profissionais do estado.
Precisava de prova para entrar, eu fiz muitos anos, porém, eu cheguei à conclusão de que não queria ser bailarina e de que estava ocupando o lugar de uma menina que gostaria muito de estar ali, nesse meio tempo eu comecei a fazer aulas de canto e minha vida tomou outro rumo.
Mas continuo fazendo ballet, sapateado, porque minha profissão exige isso, procuro estar preparada para qualquer coisa. Só não faço mais na escola da minha infância.
CE - O canto te levou aos musicais então?
MR - Sim, eu nem sabia o que era musical. Aí fiquei sabendo pelo meu professor de canto na época que chegaria a Noviça Rebelde e que teria papel pra mim.
Fiz a inscrição e dei sorte de já fazer aula fazia um tempinho. Acredito que as coisas acontecem quando tem que acontecer. Minha história com o Charles e Claudio é uma história de amor e muita gratidão.
CE - Como foi construir uma personagem da velha guarda sendo tão jovem?
E como foi essa experiência no cinema?
MR - Uma delícia, conheço o Lui Farias faz um tempo, sempre tentamos trabalhar juntos e nunca rolou.
Mas como eu disse, era para ser neste momento.
Decidimos por cantar de verdade no filme, já que eu, Chay e Gabriel Leone temos essa conexão com a música, os três possuem carreira musical também e ficaria mais crível para as personagens.
Eu amo a Jovem Guarda, e eu sou muito estudiosa, já cheguei na primeira reunião sabendo a vida inteira da Wanderléa, foi nessa reunião que surgiu o “devolva-me”, canção que eu e Chay interpretamos como Wandeca e Erasmo.
Eu tinha assistido um vídeo deles super antigo, comentei com o Lui e foi dessa reunião, que ele decidiu que iria colocar essa música no filme e usá-la como o fechamento de ciclo da Jovem Guarda.
CE - Como aconteceu o convite para Pantanal?
MR - A Rosane Quintaes, produtora de elenco me procurou e pediu para mandar um vídeo.
Precisavam de alguém parecido com a Camila Morgado. Um tempinho depois ela me ligou com a notícia! Eu fiquei dois anos sem fazer absolutamente nada com a Pandemia, o mundo parou. Foi muito especial voltar depois desse tempo, fazendo um projeto dessa grandeza.
CE - Construir a Irma (personagem) como foi?
MR - Mágico, eu estava saindo da pandemia e tudo ficou mais intenso e gostoso. Tivemos uma preparação linda com a Andrea Cavalcanti, que esteve com a gente durante todo o processo. O tempo da novela mudou um pouco, a minha fase se passa agora nos anos 90 e 2000.
Então tentamos trazer essa “modernidade” pra essa nova versão. Tudo muito sútil, mas um comportamento nos anos 60 (época da primeira versão), não pode permanecer o mesmo nos anos 90.
Tive muitos encontros incríveis nesse trabalho, Andrea foi um deles e todo o elenco que eu precisei contracenar.
Nos divertíamos sempre, construímos juntos o caos daquela família, completamente desajustada.
Bruna é uma das melhores parceiras de cena que já tive, na verdade todos, Leopoldo, Selma, Renato, Gabriel e Letícia.
Acabou que não gravei nada com a Bruna antes da nossa viagem ao Pantanal, não contracenamos lá, mas passamos uma semana intensa juntas, isso foi de extrema importância pra construção das irmãs, esse amor bagunçado delas.
Tive parceiros de cena/amigos muito incríveis, que levarei pra sempre no meu coração.
CE - Sua personagem na segunda fase será da renomada Camila Morgado, como foi esse processo junto com ela?
MR - Camila foi luz desde que nos encontramos pela primeira vez.
Me sinto muito honrada por dividir esse papel com ela. Já admirava a atriz, que sempre fui fã, mas saio desse trabalho completamente apaixonada por ela.
Nos encontramos na vulnerabilidade, muito abertas, transparentes e isso fez com que a gente tivesse uma conexão de cara.
Somos muito parecidas de temperamento, energia, construímos a Irmã juntas. Todas as cenas que fazíamos, comentávamos por ligação ou mensagem.
Mandava foto de tudo pra ela, cenário, figurino e foi um dos processos mais incríveis que vivi.
Espero que o público curta a Irma tanto quanto nós e que achem a gente parecida, eu acho…rs.
CE - Malu foi sua primeira vez no Mato Grosso do Sul?
Como foi essa experiência?
MR - Eu já tinha passado uma semana em Bonito. Pretendo voltar com amigos, super indico.
Eu sempre fui mais urbana, mas depois dessa minha viagem à Bonito, me conectei com a natureza de um jeito inexplicável.
CE - O que mais gostou e chamou a sua atenção?
MR - Sem dúvidas a natureza.
Quando eu pisei no Pantanal, entendi a grandiosidade que é aquele lugar.
Mergulhei em Rios, os animais, que sempre tivemos muito respeito e cuidado, as comidas deliciosas, o pessoal de lá, que foi extremamente gentil e carinhoso com a gente…tudo uma delícia.
Tive uma folga e fui para a fazenda do Almir Sater. Ele, sua esposa Paula, o Gabriel Sater e todo o pessoal que nos recebeu lá, com uma big feijoada (meu prato preferido), mergulhar naquele rio, passar a tarde cantando com eles, foi um dos momentos mais especiais da minha vida, vivi uma semana (especialmente nesse dia) em estado de poesia.
Pantanal vai ficar pra sempre no meu coração. E quero voltar assim que der.
CE - Perrengues de gravação no mato? (risos).
MR - Se eu te disser que não passei NENHUM perrengue. Nenhum. Eu fiquei uma semaninha só, nem deu tempo. Uma perereca ou outra que surgia no banheiro e uma aranha no último dia, mas só. Nem picada de mosquitos eu fui.
CE - Como é o sentimento de participar de um projeto como esse?
MR - Estou muito feliz e ansiosa. Sou muito grata por todo o processo, os amigos que fiz e profissionais que conheci.
Foi um trabalho pra guardar pra sempre! Pantanal ganhou um lugar enorme no meu coração.
CE - Chegou a assistir a primeira versão de Pantanal já que não é da sua época?
MR - Assisti sim, quando soube que faria a Irma, fui direto assistir. Mas não vi todos, vi só a minha fase.
Mais pra conhecer e ter uma noção da história em geral. A novela era linda, serviu como referência e inspiração, mas estamos fazendo algo novo, algo nosso.
CE - O que achou das adaptações feitas para essa versão?
MR - Trouxemos uma modernidade, muita coisa mudou de lá pra cá, mas estamos mantendo a mesma essência. Acho que vai dar bom.
CE - Algo que jamais vai esquecer nessa viagem e nesse personagem?
MR - Certamente os encontros, a minha semana no pantanal, cantar com Almir e sua família, os mergulhos no rio, toda a intensidade que Pantanal despertou em mim.
CE - Novos projetos Malu? Conta pra gente?
MR - Estou me jogando na carreira musical também, lancei meu primeiro single “Alvoroço” tem um mês e já, já tem mais.
Paralelo à isso, comecei as gravações da série musical pro Globoplay “Musa Música”, da Rosane Svartman com direção do Marcus Figueiredo.
Que será um projeto lindo, e já tá sendo uma delícia, muito feliz em fazer parte dele.



Giovanna Araújo de Carvalho, que hoje comemora 15 anos
Tati Pilão, Rodrigo Branco e Lais Bocchi


