Correio B

MÚSICA

"Me sinto muito vivo e estou com fome"

Em entrevista exclusiva ao Correio B, o cantor Begèt de Lucena fala sobre a volta aos palcos após o atentado sofrido no dia 11 de outubro de 2024, no centro de Campo Grande; aos 36 anos, ele apresenta hoje o show "Pau, Pedra & Corda" no Teatro do Mundo

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Pernambucano nascido na cidade de Exu, terra natal de Luiz Gonzaga, Begèt de Lucena – radicado em Campo Grande desde os nove anos – diz que pretende na noite de hoje, no Teatro do Mundo, “muita impactação poética”, ao apresentar uma sonoridade de ritmos brasileiros como o xote e o maracatu 
“com a coisa cigana que me encanta muito”.

No show “Pau, Pedra & Corda”, ele subirá ao palco travestido e acompanhado de Será, ao lado de Ton Alves (violões), Dhonattas Oliveira (violões), Adriel Santos (percuteria) e Lucas Rosa (percussão).

“Cygano”, “Bolero de Criolo” e “Força Bruta” estão entre as canções confirmadas no repertório da apresentação – e que terá dois convidados especiais: Lauren Cury e Jerry Espíndola. Além da evocação ao Nordeste, a música de MS também será reverenciada sob a verve autoral de Begèt, dono de timbres singulares, do grave ao agudo, e de uma marcante presença cênica.

Para fazer um mimo à sua mãe, Francisca Alves de Araújo Belo, e para a sorte do público, pode ser que Begèt cante “Trem das Onze”, o clássico de Adoniran Barbosa (1910-1982) que ela adora ouvir na voz do filho.

O que você preparou para esse show? O que o público pode esperar?

Esse show é um sonho de muito tempo atrás que eu tinha, de dar um formato a essa ideia. Uma coisa muito sensorial e acústica. As cordas, os violões, as texturas brincando com os ritmos brasileiros, a coisa flamenca, a coisa cigana que me encanta muito e as percussões ritmando também com o xote, o xaxado, o maracatu.

É um show de muita impactação poética, sabe? As pessoas que me acompanham, os fãs, as pessoas que gostam do meu trabalho, que se interessam e se encantam pelo meu trabalho, já sabem dessa minha nuance de brincar com o teatral, a poética.

Então, todos podem esperar muita emoção. É um show costurado em que eu faço um passeio aplicado pela poesia, pela minha origem nordestina, pernambucana, sertaneja, vindo do Brasil profundo até o Matão, o nosso Mato Grosso do Sul. Esse ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico, esse litoral central. As pessoas podem esperar muita emoção.

Quem é o Begèt de hoje?

Ainda hoje [quarta-feira], eu estava falando sobre o Begèt criança, o Begèt menino. E eu era uma criança feliz e muito sensível, esquisita. 

E acho que continuo sendo. Curioso, humanizado. E depois desse evento que realmente marcou a minha vida, um evento trágico, mas que marcou a minha vida no sentido de transformação, me possibilita dizer que eu sou outro. E serei outros enquanto estiver vivo, sendo amado e protegido.

O que pensa da sua arte e da vida após o atentado de 11/10/2024?

Eu sempre soube que a arte, o amor, é a palavra que melhora, é a coisa que melhora. Sempre soube. E eu sempre soube que, sem vaidade nenhuma mesmo, a minha voz era o que eu tinha de melhor em estandarte, em projeção, fazer chegar lá, sabe?

E a minha visão de mundo, na verdade, não me alterou, mas me retornou a um ponto em que eu já havia sido alertado e acusado de que esse meu trabalho com a música, com a arte, é mais do que um trabalho. É um ofício, e eu tenho que levar isso adiante. Faz parte da minha missão, faz parte da minha herança na Terra.

É claro que um evento como esse transmuta a gente. É muito clichê dizer isso, mas para quem passou e [para quem] está e esteve comigo, sabe do que estou dizendo, dessa transformação. Estou olhando as coisas e o mundo, os meus dias, com mais tranquilidade. Alerta e tranquilo, sobretudo.

Como anda a sua saúde?

Estou muito bem, muito saudável. Estou sendo cuidado, sendo amado, ainda hoje protegido espiritualmente. Eu tenho uma legião de proteção. Sou muito grato ao astral que me protege, que me cuida. Ainda hoje eu estava cuidando disso, da minha saúde. 

Estou muito bem, me sinto muito vivo e estou com fome.

O que mais diria aos leitores e ao seu público?

Eu gostaria que todas as pessoas que já me viram em algum momento, todas as pessoas que já foram aos meus shows, todas as pessoas que já me ouviram cantar baixinho ou gritando, que estivessem comigo nesta sexta-feira, nesse dia 31/1. Vai ser um show muito bonito, muito memorável.

Eu trago uma extensão desse show que foi projetado de uma maneira e que vai se desdobrando para esse formato em que as pessoas que forem me ver e ouvir vão encontrar. É um show lindo. Sou muito suspeito, mas estou completamente submerso nisso e faço esse convite. Faço votos de que todos vocês me encontrem feliz e cantando.

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magia

Caravana de Natal da Coca-Cola passa por Campo Grande nesta terça; veja o trajeto

Caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d'água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel

16/12/2025 12h00

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande DIVULGAÇÃO/Coca Cola

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Faltam 9 dias para o Natal e a tradição de sair às ruas para acompanhar a passagem das carretas de Natal da Coca-Cola está de volta.

Caravana Iluminada de Natal percorre ruas e avenidas de Campo Grande nesta terça-feira (16). 

Os caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d’água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel.

Confira os trajetos e horários:

CAMPO GRANDE - 16 DE DEZEMBRO -  19H

  • INÍCIO - 19 horas – Comper Itanhangá – Avenida Ricardo Brandão
  • Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo
  • Avenida Afonso Pena – Bioparque Pantanal até a 13 de maio
  • Avenida Ceará
  • Avenida Mato Grosso – apenas três quadras
  • Avenida Antônio Maria Coelho
  • Avenida 14 de julho
  • Avenida 13 de Maio – apenas três quadras
  • Avenida Eduardo Elias Zahran
  • Avenida Bom Pastor
  • Avenida Toros Puxian
  • Avenida Dr. Olavo Vilella de Andrade
  • FIM – Avenida Gury Marques

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande

 

ALERTA PARA A EXAUSTÃO

A síndrome do dezembro perfeito

16/12/2025 11h30

Divulgação / Renata Carelli

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Dezembro traz dois fenômenos digitais que podem afetar o bem-estar: as retrospectivas de um ano supostamente perfeito e a pressão estética pelo chamado corpo de verão. O que deveria servir de inspiração tem se tornado gatilho de ansiedade para quem tenta conciliar o esporte com uma rotina de trabalho exaustiva.

O canal Atleta de Fim de Semana, criado pela produtora audiovisual Renata Carelli para servir de guia a uma prática mais saudável do esporte amador, defende que a matemática dessa comparação é injusta.

O erro comum do amador é comparar sua vida integral, que inclui boletos, trânsito, cansaço e limitações, com os melhores momentos editados de influenciadores ou atletas que vivem da imagem.

A vida é complexa demais para caber em um post. Quando nos comparamos com a retrospectiva de alguém, ignoramos o contexto, como a rede de apoio, o tempo livre e os recursos financeiros.

Essa busca por uma estética ou performance irreal no fim do ano gera uma sensação de fracasso, mesmo para quem teve um ano vitorioso dentro de suas possibilidades.

Para virar a chave em 2026, o Atleta de Fim de Semana sugere trocar a meta do corpo de verão pelo corpo funcional. A ideia é valorizar o corpo não pela aparência na praia, mas pela capacidade de viver experiências, aguentar a rotina e gerar disposição.

Confira três dicas que Renata considera essenciais para sobreviver ao fim de ano sem culpa.

NÃO DESISTIR

Não desistir é a verdadeira medalha: no mundo amador, a consistência vale mais que intensidade. Se você teve um ano difícil no trabalho e, mesmo assim, conseguiu treinar duas vezes na semana, isso é uma vitória.

O importante é celebrar o fato de não ter voltado ao sedentarismo, sem se comparar com quem treinou todos os dias.

FILTRE O FEED

Filtre o feed e a mente. Nesta época, o algoritmo privilegia corpos expostos e grandes feitos. Se isso gera ansiedade, a recomendação é prática: silencie perfis que despertam a sensação de insuficiência. O esporte deve ser sua válvula de escape para o stress, não mais uma fonte dele.

REDEFINA O SUCESSO

Redefina o sucesso para 2026: ao fazer as resoluções de Ano-Novo, evite metas baseadas apenas em estética, como perder peso a qualquer custo, ou em números de terceiros.

Trace metas de comportamento, como priorizar o sono ou se exercitar para ter energia para a família. Quando o objetivo é funcional, a pressão diminui e a longevidade no esporte aumenta.

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