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ENTREVISTA

Diretora artística e roteirista da Globo, Patricia Pedrosa iniciou como estágaria de assistente de direção

Nome em ascensão na emissora, a diretora se destaca à frente de projetos como "Shippados" e "Amor e Sorte"

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Patricia Pedrosa quis fugir do óbvio ao conceituar a estética de “Shippados”, da Globo. A diretora artística buscou uma forma criativa de mostrar a trama pautada pelos relacionamentos através das redes sociais e dos aplicativos de namoro. Ao montar a estrutura na sua cabeça, Patricia optou por basear boa parte de suas pesquisas em um visual mais retrô. 

Eu acho que a estética mais retrô tem mais a ver com gosto, com querer e tentar seguir esse caminho. Acho que isso também deixa a série mais atemporal e é bonito de se ver. São personagens em contraponto às coisas dos dias de hoje, então, justamente por isso eu acho interessante ir a referências mais antigas. Eles são vintage; eles são analógicos”, defende.

Na Globo desde 2007, Patricia começou como estagiária de assistente de direção e hoje, pouco mais de 10 anos depois, é diretora artística e roteirista. 

Já dirigiu programas como “A Grande Família”, “Mister Brau” e “Chapa Quente”. Como diretora artística, ela assina também a série “Cine Holliúdy” e “Todas as Mulheres do Mundo”. 

Tive muitas pessoas que me apoiaram nessa jornada. Sempre estive cercada de profissionais muitos qualificados. Isso me dá segurança e ajuda a seguir”, valoriza Patricia, que também esteve recentemente à frente da direção da série “Amor e Sorte”. “Foi audacioso fazer um projeto desse porte de forma remota. Tive um misto de sensações durante todo o processo. Foi leve, intenso, divertido e cansativo”, completa.

P – De que forma as redes sociais foram uma inspiração estética para você?

R – A série é muito atual, ela fala muito sobre como a gente se relaciona nos dias de hoje. Vemos a relação desses personagens com a internet, a relação desses personagens com o outro e com eles mesmos nos dias de hoje. Os vídeos das redes sociais são muito de verdade porque foram filmados no calor do momento, retratam o que está acontecendo ali naquela hora. Não tem um pensamento de câmera, de direção para aquilo. A pessoa filma daquele jeito porque é a maneira que ela encontrou de filmar ali o que está acontecendo. É de uma grande naturalidade. Então, eu comecei a pensar em como eu poderia trazer isso para a série de uma maneira quase documental e fazer com que a direção não aparecesse. É feito de uma maneira mais orgânica e despretensiosa.

P – Qual foi seu maior percalço ao longo das gravações da série?

R – Com certeza foi conseguir encontrar o tom certo para essa comédia romântica, porque a gente está colocando esses atores em lugares que não costumamos vê-los. Às vezes, uma fala sai um pouquinho do tom que achamos que deveria ter e a gente volta e tenta encontrar esse lugar. Tentamos contar uma história da maneira mais natural possível para aproximar ainda mais o público desses personagens e dessa trama.

P – Como você chegou aos nomes da Tatá Werneck e do Eduardo Sterblitch para protagonizarem o projeto? 

R – Quando eu recebi o texto e li pela primeira vez, eu só consegui enxergar a Tatá fazendo essa personagem. O Silvio de Abreu também tinha falado da Tatá, assim como outras pessoas, então a gente não teve dúvidas de que ela seria a melhor escolha para esse papel. Depois, pensando no Enzo, me falaram muito do Edu Sterblitch e eu conhecia pouco o trabalho dele. Tinha visto algumas coisas dele no “Pânico”, no “Amor e Sexo”, em “Tá no Ar”, mas não conhecia tão a fundo o trabalho dele. Então, eu o convidei para uma leitura com a Tatá e foi ótima. Eu já saí dali pensando: “acho que temos o Enzo”. Depois, a gente fez um outro teste de câmera com os dois, numa cena do segundo episódio e ali foi quando confirmamos que era o casal. Não tivemos dúvidas.

P – Durante a fase mais intensa do isolamento social, você esteve à frente da direção de três episódios de “Amor e Sorte”. Como foi essa experiência de gravar remotamente?

R – Inicialmente, eu não via como isso ia dar certo. Não teria como fazer, mas o Jorge Furtado (autor) foi muito positivo o tempo todo e não nos deixou desistir. Tivemos muitas limitações, mas conseguimos entregar um material inédito de qualidade. A equipe de tecnologia conseguiu montar uma logística incrível. Eu conseguia, da minha casa, ter acesso ao que era gravado na casa dos atores. O diretor de fotografia conseguia apertar o “rec” da casa dele. Olha como era incrível. Tudo foi um desafio porque, além da gravação remota, a gente teve um período de gestação do projeto muito curto. Tivemos um mês de pré-produção. Nos primeiros dias, eu sofri muito por não estar junto dos atores. Mas foi uma experiencia intensa, divertida e cansativa. Foi importante para não parar de criar e fazer nesse período. 

P – Você é a diretora artística mais jovem da emissora. Como avalia sua evolução dentro da Globo?

R – Sinto que aqui o trabalho é feito num ambiente democrático e as pessoas são muito abertas a ideias, a novas formas de fazer. Para mim é um aprendizado diário. Desde que eu entrei aqui como estagiária até chegar à direção, eu não sinto como um peso. Eu acho que as encomendas vão chegando e eu vou embarcando nelas. Tenho pessoas ao meu lado que me apoiam e caminham junto comigo. Estamos cercados de profissionais muito qualificados. Isso me dá segurança e ajuda a seguir.

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Especial B+: Festas de final de ano: como montar uma mesa que encanta à primeira vista

Arquiteta mostra como fazer composições elegantes usando apenas itens que já fazem parte da casa

20/12/2025 17h00

Especial B+: Festas de final de ano: como montar uma mesa que encanta à primeira vista

Especial B+: Festas de final de ano: como montar uma mesa que encanta à primeira vista Foto: Divulgação

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À medida que dezembro avança e o clima de final de ano se espalha, aflora-se também o desejo de preparar as ceias que receberão familiares e amigos para as noites festivas de Natal e Ano Novo.

Na opinião da arquiteta Cristiane Schiavoni, a elaboração da mesa posta tornou-se um ritual e, para quem tem esse apreço, é uma forma de materializar o amor por meio do simbolismo, dos significados, a beleza e a atenção explícita nos pequenos detalhes.

E claro, saber como preparar uma composição que seja sofisticada, de requinte e prática faz parte da ideia. Apaixonada por estas festividades, a profissional afirma que preparar uma mesa vistosa não depende de grandes investimentos como aparenta ser. 

“É tão bom viver esse senso de pertencimento e eu gosto de enfatizar que com coisas simples, como a louça que temos em casa, é possível fazer criar efeitos e lembranças memoráveis à mesa”, afirma.

Identificando as necessidades

Para que a experiência seja única, Cristiane explica que a primeira etapa é definir o cardápio, já que ele orienta a escolha dos pratos, talheres e taças. Quem vai servir uma sopa de entrada, por exemplo, precisa de um bowl ou prato fundo acompanhado da colher adequada. Isso vale também para as bebidas, pois cada uma exige um tipo de taça ou copo.

A arquiteta Cristiane Schiavoni apresenta os detalhes da mesa com a presença do sousplat branco. “A decoração deve facilitar a interação entre os convidados e, por isso os arranjos muito altos atrapalham o contato visual. Recomendo apostar em acessórios mais baixos que trazem charme sem comprometer a conversa”, complementa.

Quando o serviço é à francesa, o souplat, nome em francês para o suporte de prato que protege a toalha, ganha ainda mais importância, uma vez que ele mantém a mesa com a apresentação sempre belíssima, mesmo quando o prato é retirado entre uma etapa e outra.

Segundo a arquiteta, outro cuidado que agrada bastante é oferecer guardanapo de papel junto ao de pano, uma solução prática para quem usa batom e não quer manchar o tecido.

Para deixar a noite mais personalizada, ela sugere acrescentar marcadores de lugar que podem ser feitos com pequenas etiquetas ou suportes simples. “Esse detalhe organiza a disposição dos convidados e reforça a atenção dedicada ao preparo da mesa”, diz.

Mesa posta com louças pretas e detalhes dourados

Para quem busca um estilo um pouco fora do tradicional – e não menos chique, muito pelo contrário! –, umas das propostas sugeridas por Cristiane envolve o emprego da louça preta brilhante ou fosca e combinada ao dourado, resultando em contraste acolhedor. Galhos secos, pinhas, velas, anéis e guardanapos no mesmo estilo reforçam o clima intimista.

Ela reforça que não é preciso transformar a casa inteira para montar uma mesa marcante. “O espírito do Natal está nos detalhes e, principalmente, no prazer de reunir quem importa em um ambiente preparado com carinho”, argumenta.

Na paleta natalina

O clássico sempre faz bonito e, nessa sugestão de mesa, a louça branca se une ao vermelho, cor muito evidente entre os adereços natalinos.

“Vale começar pelo essencial como a aplicação de jogo americano vermelho, sousplat branco associado com louças da mesma cor e guardanapo claro para manter a harmonia”, diz Cristiane. 

Com essa base, o anfitrião pode ajustar os detalhes ao cardápio da noite, usando talheres adequados, taças compatíveis com as bebidas e até pratinhos extras para azeites ou pequenos petiscos.

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Pet B+: Vai viajar com o pet? Veja o que não pode faltar no checklist

Médica-veterinária dá dicas para evitar imprevistos e tornar esse momento divertido e inesquecível

20/12/2025 15h30

Pet B+: Mariana (à dir.) em passeio com a família na Rota da Estrada Real (MG) Crédito da imagem: Arquivo pessoal

Pet B+: Mariana (à dir.) em passeio com a família na Rota da Estrada Real (MG) Crédito da imagem: Arquivo pessoal Foto: Divulgação

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As férias de fim de ano estão chegando e muita gente aproveita esse período para fazer aquela viagem em família. E, nesse momento de puro descanso e diversão, é possível levar também o animalzinho de estimação. Com alguns cuidados antes e durante o trajeto, esse momento tende a ser inesquecível também para o pet.

Em 2024, dados das companhias aéreas indicaram que mais de 100 mil pets viajaram ao lado de seus donos – 15% a mais que no ano anterior. Essa é uma rotina comum na vida da designer de experiência Mariana Corrér, de 36 anos. Toda vez que a viagem é de carro, Giovanna e Maya, duas vira-latas de 1 e 7 anos, embarcam juntas. No dia 20 de dezembro, elas iniciam uma nova aventura, saindo de Indaiatuba/SP com destino as cidades da região Serrana do Rio de Janeiro, num total de 1.590km em 16 dias de passeio.  

“É sempre uma experiência maravilhosa envolvê-las em minhas viagens, pois são membros da nossa família. Eu trabalho em casa e a gente fica juntas o dia inteiro. Tudo que vou fazer procuro levá-las comigo, seja em passeios ao ar livre, no shopping ou em restaurantes. Daí, sempre busco lugares que são pet friendly”, conta. “Eu gosto muito de viajar, me faz muito bem, então poder compartilhar esses momentos com elas é algo muito valioso e torna-os ainda mais especiais. Eu não conseguiria passar tanto tempo longe delas.”

A médica-veterinária e docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), Dra. Aline Ambrogi, salienta que o primeiro ponto a ser avaliado para essa decisão é a idade do animal.

“O ideal é que eles viajem após completarem o protocolo inicial de vacinação, geralmente a partir de 16 semanas (4 meses). Antes disso, cães e gatos ainda não possuem proteção adequada contra doenças infecciosas”, alerta. “Filhotes mais novos só devem viajar em situações realmente necessárias e com orientação direta do médico-veterinário.”

Os cães devem estar imunizados com a vacina polivalente (V8 ou V10), que previne doenças graves como cinomose e parvovirose; a vacina antirrábica (raiva), obrigatória em todo território nacional; e a vacina contra a tosse dos canis (gripe canina), doença altamente contagiosa e comum em ambientes com grande circulação de animais, como hotéis e praias.

No caso dos gatos, é importante que estejam com as vacinas tríplice (V3) ou quádrupla (V4/V5) e a antirrábica em dia.

“A vermifugação e o controle parasitário são obrigatórios tanto para cães quanto para gatos, incluindo vermífugos gastrointestinais e controle contra pulgas, carrapatos e mosquitos. Isso é fundamental para prevenir dirofilariose, leishmaniose e doenças transmitidas por carrapatos e pulgas”, destaca Aline.

Documentação deve estar em dia

Com vacinas e vermífugos atualizados, o próximo passo é juntar toda a documentação do animal. Para viagens nacionais, geralmente é exigida a carteira de vacinação atualizada, com destaque para a vacina antirrábica válida. Também é necessário o atestado de saúde, emitido exclusivamente por médico-veterinário –, com validade de 7 a 10 dias antes da viagem.

Em viagens de ônibus, as empresas podem exigir caixa de transporte adequada e documentação de vacinação.

Se a viagem for de avião, o tutor deve apresentar o atestado de saúde recente (3 a 10 dias, dependendo da companhia), a carteira de vacinação com antirrábica válida e o laudo de aptidão ao transporte (quando solicitado). Podem ser exigidos ainda documentos específicos para transporte na cabine ou no porão.

Para voos internacionais, a companhia aérea pode solicitar microchip, sorologia da raiva, o Certificado Veterinário Internacional (CVI) e documentos adicionais do país de destino. “É fundamental que o tutor consulte a companhia aérea com antecedência”, reforça Aline.

Chegou a hora de partir: como transportar o pet?

Segundo a médica-veterinária, essa pode ser a etapa mais importante, pois envolve a segurança do animal.

Se a família viajar de carro, cães e gatos podem ser levados em caixa de transporte, com cinto de segurança ou em cadeirinha específica para pets.

“O importante é nunca transportar o bichinho de estimação no colo ou solto no carro. Também é essencial evitar que o animal fique com a cabeça para fora da janela do veículo, pois, além do risco de acidente, pode acarretar infração de trânsito”, alerta Aline. A prática está prevista no artigo 235 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e prevê multa grave no valor de R$ 195,23 e 5 pontos na CNH.

Caso a viagem seja de ônibus, é fundamental que o pet esteja bem acomodado em caixa de transporte rígida e bem ventilada.

Em viagens de avião, animais de pequeno porte podem ir na cabine, acomodados em uma caixa macia adequada ao seu tamanho. Os pets de grande porte viajam no porão climatizado, em caixa compatível com o tamanho do animal. Todas as caixas devem seguir as normas da International Air Transport Association (IATA).

Conforto e comodidade durante o trajeto

Para que a viagem seja realmente inesquecível com o “melhor amigo”, é importante que ela seja confortável, especialmente durante o percurso.

Nas viagens terrestres, além de transportar o animal com segurança, o tutor deve levar a ração habitual do pet para evitar distúrbios gastrointestinais.

“O recomendado é alimentar o animal de 2 a 3 horas antes da saída e, durante o trajeto, ofertar pequenas quantidades a cada 4 a 6 horas, conforme a tolerância do animal. Já a água deve ser ofertada com frequência, a cada 1 a 2 horas”, orienta Aline.

Em viagens de avião, não é recomendado oferecer comida durante o voo. O tutor deve alimentar o animal 3 horas antes para evitar náuseas. A água pode ser deixada em recipientes presos à caixa, especialmente em voos longos. “Evite tranquilizantes sem prescrição veterinária, pois não são recomendados”, reforça Aline.

Durante viagens terrestres, é fundamental fazer paradas a cada 2 horas. Esse momento é importante para a oferta de água, para que o cão faça suas necessidades fisiológicas e para caminhadas breves.

Os felinos devem permanecer seguros na caixa, mas podem ter breves pausas em ambiente totalmente controlado, evitando qualquer risco de fuga.

10 dicas para a viagem ser agradável ao pet:

1 – Realize avaliação veterinária antes da viagem;

2 – Mantenha vacinas e antiparasitários atualizados;

3 – Não dê alimentos que o pet não esteja acostumado a comer;

4 – Faça a identificação do animal

5 – Garanta sombra, hidratação e pausas frequentes;

6 – Evite passeios nos horários mais quentes;

7 – Utilize protetor solar veterinário em áreas sensíveis do animal;

8 – Leve kit de primeiros socorros;

9 – Respeite a individualidade do pet, alguns se assustam com ambientes agitados;

10 – Nunca force interação, aglomeração ou exposição excessiva ao calor.

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