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Rally da Safra estima produção de milho segunda safra em 100,5 milhões de toneladas

Este ano, todos os estados apresentaram menor população de plantas e número de espigas viáveis, atribuídos à redução de investimentos em fertilizantes e sementes, e à presença de cigarrinhas

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A Agroconsulta, responsável pelo Rally da Safra, divulgou suas estimativas para a segunda safra de milho 2023-2024. A área plantada foi projetada em 16,7 milhões de hectares, com uma produtividade de 100,6 sacas por hectare. A produção estimada é de 100,5 milhões de toneladas, representando uma queda de 10% em relação à safra anterior.

Redução nos Custos de Produção

André de Bastiani, coordenador do Rally da Safra, destacou que, apesar do cenário econômico desafiador, a redução na área plantada não foi tão acentuada quanto o esperado. A antecipação do ciclo da soja favoreceu a janela de plantio, especialmente nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Goiás, onde o plantio foi o mais adiantado desde 2018-2019.

Além disso, Bastiani mencionou que houve uma redução nos custos de produção, especialmente no final do ano passado até março, incentivando os produtores a plantarem mais. A Agroconsulta estima uma redução de 49% na área plantada em comparação com a safra anterior, com análises baseadas em imagens de satélite.

Desafios para o Escoamento

O Brasil deve produzir mais de 100 milhões de toneladas de milho segunda safra pela segunda vez na história. Somando-se à safra de verão, a produção total ultrapassa 126,5 milhões de toneladas.

Apesar de ser 15,3 milhões de toneladas menor que a anterior, ainda representa um volume significativo, apresentando desafios para o escoamento em um ano de comercialização atrasada.

O Rally da Safra coleta diversas variáveis que compõem a produtividade, como população de plantas, número e tamanho de espigas, peso de grãos e condição fitossanitária das lavouras.

Este ano, todos os estados apresentaram menor população de plantas e número de espigas viáveis, atribuídos à redução de investimentos em fertilizantes e sementes, e à presença de cigarrinhas.

Entretanto, a precocidade do plantio e o bom regime de chuvas em abril e maio aumentaram o peso dos grãos, especialmente no Médio Norte de Mato Grosso e Sudoeste de Goiás.

 

No Mato Grosso, a produtividade deve atingir 118,2 sacas por hectare, 16% abaixo da safra recorde do ano passado. Goiás, com 119,4 sacas por hectare, registra um novo recorde, 19% superior à safra passada.

Mato Grosso do Sul e Paraná sofreram com estiagens, resultando em quedas de produtividade. No sul de Mato Grosso do Sul, a produtividade varia de 20 a 120 sacas por hectare.

A estimativa para a região é de 72,6 sacas por hectare, 25% inferior à safra anterior. No Paraná, a produtividade média é projetada em 91,5 sacas por hectare, 6,7% menor que a safra anterior.

No Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), o plantio tardio apresentou bons resultados. A projeção é de 85,7 sacas por hectare, 6% maior que a safra 2022-2023, puxada pelo desempenho do Tocantins.

São Paulo, por sua vez, sofreu com a irregularidade e baixos volumes de chuva desde janeiro, resultando na menor produtividade do país, com 66,8 sacas por hectare, 25% inferior à safra anterior

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Produtividade da Cana-de-Açúcar em Mato Grosso do Sul cai 7,9% na safra

A safra de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul registra queda de 7,9% devido à seca e queimadas, impactando a produtividade e qualidade da colheita. Saiba mais sobre os desafios do setor

23/09/2024 05h00

Cana de açucar

Cana de açucar Reprodução IA

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A atual safra de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul tem enfrentado sérias dificuldades, resultando em uma queda de 7,9% na produtividade, segundo o Boletim de Olho na Safra do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC).

Esse resultado está diretamente relacionado ao déficit hídrico que ultrapassa mil milímetros, afetando severamente o desenvolvimento das plantações.

O impacto é ainda mais preocupante quando comparado ao mesmo período da safra anterior, de 2023-2024, que registrava uma média de 874 toneladas de cana por hectare, enquanto nesta safra a produtividade caiu para 805 toneladas por hectare até agosto.

A seca, que já era esperada, foi agravada pelas queimadas que atingiram cerca de 400 mil hectares de canaviais, principalmente nas regiões de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e São Carlos.

As áreas afetadas precisaram ser colhidas de maneira emergencial ou estão sendo preparadas para receber novos investimentos em tratos culturais, como adubação e herbicidas, visando a rebrota das plantas.

Além da redução na produtividade, outro fator que prejudicou a safra foi o aumento do estágio médio de corte, com um maior número de colheitas de canaviais mais envelhecidos, que são naturalmente menos produtivos.

A qualidade da matéria-prima, medida pelo índice de Açúcar Total Recuperável (ATR), mostrou-se estável em relação à safra anterior, apesar da queda de dois pontos percentuais na pureza do caldo da cana, reflexo direto do déficit hídrico.

Esses dados, que refletem a situação do Centro-Sul do Brasil, revelam um cenário de desafio para o setor canavieiro.

Ouça na íntegra no spotify:

 

As queimadas e a falta de água impõem dificuldades adicionais, fazendo com que produtores busquem alternativas rápidas para minimizar os impactos negativos na produção e qualidade da safra atual e da futura.

Em Mato Grosso do Sul, a estabilização do ATR em 1.460 quilos por tonelada é um dos poucos pontos positivos dentro desse contexto adverso.

O levantamento segue em andamento, com prejuízos ainda sendo estimados de forma qualitativa, mas já se sabe que os efeitos dessa combinação de fatores climáticos e ambientais terão impacto prolongado na cadeia produtiva do setor sucroalcooleiro.

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Preço do Boi gordo em Mato Grosso do Sul supera média nacional e alcança valor recorde

Mato Grosso do Sul registra a maior cotação da arroba do boi gordo do Brasil, superando São Paulo. Preços firmes e oferta reduzida impulsionam o mercado pecuário no estado

09/09/2024 05h00

Mato Grosso do Sul registra a maior cotação da arroba do boi gordo do Brasil, superando São Paulo. Preços firmes e oferta reduzida impulsionam o mercado pecuário no estado

Mato Grosso do Sul registra a maior cotação da arroba do boi gordo do Brasil, superando São Paulo. Preços firmes e oferta reduzida impulsionam o mercado pecuário no estado Reprodução IA

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Mato Grosso do Sul registra atualmente a maior cotação da arroba do boi gordo no Brasil, superando até mesmo o estado de São Paulo, tradicional referência de preços no mercado pecuário.

Segundo Alcides Torres, engenheiro agrônomo e analista de mercado da Scott Consultoria, as ofertas de boiadas diminuíram, resultando em escalas de abate reduzidas e em um mercado mais firme.

Atualmente, a arroba do boi gordo é comercializada a R$ 248,00 na região de Campo Grande, R$ 250,00 em Dourados e R$ 245,00 em Três Lagoas.

Em comparação, a cotação em São Paulo está em R$ 245,00 por arroba. O boi destinado à exportação, conhecido como boi china, também segue as cotações de São Paulo, sendo negociado a R$ 250,00 por arroba em Mato Grosso do Sul.

Ouça na íntegra no Spotify:

 

A redução nas ofertas e a consequente diminuição das escalas de abate, que atendem atualmente de quatro a sete dias, têm impulsionado os preços.

Além disso, o mercado de reposição enfrenta um cenário de baixa liquidez, com produtores aguardando melhores condições climáticas para investir na reposição de rebanho, o que pressionou para baixo as cotações de diversas categorias de bovinos.

No mercado de reposição, as quedas mais expressivas foram observadas nas cotações do boi magro e do garrote, com retração de 24%, e do bezerro de ano, com queda de 15%.

Para as fêmeas, a novilha apresentou uma queda de 44%, enquanto a vaca boiadeira teve um recuo de 39%. Essas variações refletem a cautela dos compradores, que esperam por chuvas antes de avançar nas compras.

O cenário atual consolida Mato Grosso do Sul como um dos principais polos pecuários do país, com preços que reafirmam a força do mercado local, mesmo em meio aos desafios do setor.

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