A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, entregou na Câmara dos Vereadores, nesta segunda-feira (1°), o Projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2026, com uma receita de R$ 6,9 bilhões. O crescimento do orçamento ficou bem abaixo da inflação acumulada nos últimos 12 meses, que foi de 5,1%.
A LOA do município para 2026 prevê crescimento de 1,49% em relação à receita apresentada em 2025, cuja verba era de R$ 6.871.493.844,00.
Em números reais, o orçamento campo-grandense passará de R$ 6.871.493.844,00 (previstos na LOA deste ano) para R$ 6.974.493.000,00 em 2026, segundo o Projeto de Lei 11.777/25 do Executivo.
O PL foi entregue pela prefeita e sua equipe ao presidente da Casa de Leis, vereador Papy, e aos demais parlamentares.
“Estamos em um plano de equilíbrio fiscal, vivenciando esse momento em que estamos diminuindo os gastos da máquina pública para que possamos reinvestir mais na cidade. Mas temos uma grande preocupação também, que é a reforma tributária do próximo ano. Por isso, estamos trabalhando com bastante cautela, com os pés no chão, pensando nos impactos que Campo Grande pode vivenciar a partir do ano que vem”, destacou a chefe do Executivo.
Agora, os parlamentares precisam elaborar e apresentar, até o fim do ano, emendas que aperfeiçoem a Lei Orçamentária Anual. O presidente da Câmara, Papy, ressaltou que é preciso compreender o momento e apresentar um orçamento que enfrente a situação financeira e econômica do país.
“Com relação a estar mais conservador quanto ao crescimento orçamentário da Capital, diante das incertezas da Reforma Tributária, na minha avaliação, e também da Comissão, é prudente neste momento. Mas entendo que, com um melhor ano de arrecadação em 2026, os investimentos também possam crescer conforme as receitas”, disse o presidente da Câmara dos Vereadores.
Com o orçamento pensado, segundo Adriane, para eventuais impactos da Reforma Tributária, o município estabeleceu eixos estratégicos que garantam o avanço e crescimento da Capital.
“Como vamos fazer para que a cidade cresça e se desenvolva? Aplicando medidas como as que iniciamos em janeiro deste ano: diminuindo os gastos e reinvestindo na cidade. Quando a gente investe na cidade, cria novas oportunidades para os empresários e para todos os segmentos que possam expandir. Esse é o nosso grande desafio: o contingenciamento neste primeiro momento para reinvestir na cidade e fazer com que a economia de Campo Grande cresça, como estamos promovendo dentro da gestão municipal”, pontuou Adriane.
A secretária municipal de Finanças e Planejamento, Márcia Helena Hokama, destacou que o limite com despesas de pessoal está em 52% e que o município busca alternativas para reduzi-lo.
“Como se diminui esse índice? Com o aumento da receita e a diminuição da despesa. É uma balança em que esses dois fatores se cruzam. Para reduzir o índice de gasto com pessoal, só existe essa fórmula: aumentar a receita e diminuir a despesa”, explicou a secretária.
Situações distintas
O momento de corte de despesas que a prefeitura estabeleceu, conforme destacou a chefe do Executivo Municipal, não reflete o momento econômico que a cidade atravessa.
“O movimento é de crescimento, de expansão, de novos investimentos, principalmente no ramo imobiliário. Então, a situação da cidade é uma e a da gestão é outra. Não podemos misturar as duas situações, e isso já é sinal das medidas tomadas desde janeiro deste ano”, frisou Adriane.
A prefeita, no entanto, preferiu não estimar quanto o município economizou com os decretos de corte de gastos, que chegaram a ser prorrogados por 60 dias e terminam no final deste mês. “Temos uma estimativa, mas eu prefiro informar quando encerrarmos esse prazo."




