Economia

recorde

Arrecadação do Estado chega a quase R$ 2 bilhões em janeiro

Os recursos angariados com todos os impostos em Mato Grosso do Sul trouxeram o melhor resultado para o primeiro mês do ano de toda a série histórica do Confaz, iniciada em 1998

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A arrecadação com todos os impostos em Mato Grosso do Sul atingiu um novo recorde já no primeiro mês do ano. Em janeiro, foram angariados R$ 1,972 bilhão aos cofres do Estado, aumento de 13,76% ante os R$ 1,734 bilhão recolhidos no mesmo mês em 2022. 

Em valores, o crescimento foi de R$ 238 milhões no período interanual. O valor de quase R$ 2 bilhões é o maior registrado pelo Estado em toda a série histórica do boletim do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Mesmo sendo um mês de crescimento na arrecadação com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) continua liderando com o maior valor recolhido – 66,86% do total. 

Foram R$ 1,319 bilhão arrecadados com o ICMS em janeiro deste ano, alta de 10,13% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando o Estado recolheu R$ 1,197 bilhão com o imposto. 

Na sequência vem o IPVA, sendo responsável por 2% do total recolhido, R$ 522 milhões. Os outros tributos foram responsáveis por uma fatia de 4,82% ( R$ 95 milhões). E o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD ou ITCMD) arrecadou 1,75% do total – R$ 34 milhões. 

Para o mestre em Economia Eugênio Pavão, a variação da arrecadação de Mato Grosso do Sul se deu pelo crescimento da economia e sem interferência na pauta fiscal dos tributos, ou seja, crescimento sem alta de alíquotas, o que significa uma alta do giro da economia. 

“Além disso, os preços controlados de petróleo e derivados se beneficiaram com a redução da alíquota do ICMS”. 

SEGMENTOS

Quando consideradas as especificidades dos impostos, a fatia do ICMS que corresponde ao setor terciário (comércio e serviços) liderou com 42,59%. Neste grupo, a arrecadação acumulada do mês ficou em R$ 561,7 milhões, com uma variação positiva de 9,64% ante o ano anterior.  

O lado atacadista absorveu R$ 327,7 milhões, com uma variação positiva de 15,81% e uma participação de 31,9%. O lado varejista foi responsável por R$ 176,7 milhões, gerando uma variação positiva de 10,4% e uma participação de 17,2% no total arrecadado. 

Em seguida, petróleo, combustíveis e lubrificantes responderam por 30% do imposto arrecadado – R$ 413,9 milhões. 

Na sequência aparece o setor primário (agricultura e pecuária), cuja participação na arrecadação foi de 10,2%, com um total acumulado de R$ 134,5 milhões, porém, registrando uma variação negativa de 8,11% ante o ano passado, quando foram recolhidos R$ 146,4 milhões. 

O setor secundário (industrial) teve uma arrecadação total em janeiro de R$ 103,1 milhões. O setor elevou a arrecadação em 16,11%, e a participação no total arrecadado ficou em 7,82%. 

O setor de geração de energia registrou uma arrecadação de R$ 62,2 milhões, o que representou uma variação negativa de 5,49% e uma participação de 4,72% no total do Estado. 

O grupo composto por outras fontes de receita arrecadou R$ 50 milhões, proporcionando uma variação positiva de 69,16%, o que equivale a 3,79% de tudo o que o Estado recolheu no mês. 

ANUAL

Conforme publicado na edição do Correio do Estado de 16 de janeiro de 2023, a arrecadação com impostos em Mato Grosso do Sul atingiu um patamar recorde de R$ 17,835 bilhões nos 12 meses de 2022.

O resultado representou um crescimento nominal de 10,09% na comparação com o valor arrecadado em 2021, quando chegou a R$ 16,200 bilhões. Em cifras, os cofres estaduais engordaram em R$ 1,635 bilhão em 12 meses.

Em termos de crescimento real, que é quando se aplica a diferença da inflação do ano, Mato Grosso do Sul fechou 2022 com uma variação positiva de 4,3%, isso porque o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado do ano, a inflação oficial, ficou em 5,79%.

O economista Eduardo Matos destacou que, mesmo considerando que em meados de 2022 o Estado teve reduções nas alíquotas do ICMS sobre energia, comunicação, transporte e combustíveis, “pode-se dizer que, mesmo com ICMS menor, o saldo para o ano foi satisfatório”. 

Tanto Matos quanto Pavão defendem uma reforma tributária para simplificar e aliviar o bolso dos contribuintes de forma prudente.

“O sistema tributário é o principal alvo de reclamações de todos os que pagam impostos. A questão é não prejudicar as contas estaduais por meio da queda na arrecadação, principalmente se levarmos em conta que muitos estados no Brasil têm problemas com as contas públicas”, sustentou Matos.

Já Pavão defende que o Estado equilibre melhor as contas sem ter de aumentar a mordida no contribuinte.

“Estados e União terão de fazer reformas”, resumiu.

Os dois vão direto ao exemplo dos combustíveis, que, mesmo com diminuição de alíquota de ICMS, fizeram a arrecadação aumentar.


 

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DINHEIRO NO BOLSO

13º salário vai injetar R$ 4 milhões na economia de MS

O décimo terceiro salário pode ser pago em duas parcelas, sendo a primeira entre 1º de fevereiro e 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro

15/11/2024 11h45

Com 13º, sul-mato-grossense estará com o bolso repleto de dinheiro neste fim de ano

Com 13º, sul-mato-grossense estará com o bolso repleto de dinheiro neste fim de ano ARQUIVO/CORREIO DO ESTADO

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Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam que o 13º salário vai injetar R$ 4.248.873.355,06 na economia de Mato Grosso do Sul, em 2024.

Desse número, R$ 1.212.645.751são destinados aos aposentados/pensionistas e R$ 3.036.277.604 aos trabalhadores do mercado formal.

Em comparação ao ano anterior, houve aumento de 12,5% não o valor, representando um acréscimo de R$ 471.036.009,14.

Em relação a participação do PIB brasileiro, o percentual fechou em 1,58%. Na estimativa do valor em relação ao PIB estadual, foi observada uma discreta alta em 0,1 p.p, posto que a participação foi de 2,3%.

O décimo terceiro salário pode ser pago em duas parcelas, sendo a primeira entre 1º de fevereiro e 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro.

O número de beneficiários (aposentados/pensionistas + mercado formal) cresceu 7,5%, o que representa um aumento de 84.573 pessoas, totalizando 1.211.446 pessoas.

A quantidade de trabalhadores no mercado formal é de 855.281 pessoas, representando 70,6% do total de beneficiários do Estado.

Já os aposentados e pensionistas representam o quantitativo de 356.165 pessoas, equivalente a 29,4% dos beneficiários em MS.

O valor médio da remuneração dessas pessoas alcançou o valor de R$ 1.581,22, aumento de R$ 64,71 em valores monetários, ou de 4% em valores percentuais.

O governo de Mato Grosso do Sul e a Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) ainda não divulgaram quando vão depositar os valores na conta dos servidores.

Veja na tabela:

Com 13º, sul-mato-grossense estará com o bolso repleto de dinheiro neste fim de ano

13º salário

Todos os trabalhadores com carteira assinada têm direito ao 13º salário, incluindo os que trabalham em regime de tempo parcial ou intermitente.

O cálculo do 13º salário é feito com base no salário bruto do trabalhador. Para calcular, você divide o salário bruto por 12 e multiplica pelo número de meses trabalhados no ano.

No 13º salário, são feitos descontos de INSS e IRRF. O valor dos descontos depende do salário bruto e da faixa de renda do trabalhador.

O 13º salário pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro. 

aumento

Litro da gasolina registra alta de quase 11% em MS

Levantamento da ANP aponta que o litro do combustível fóssil passou de R$ 5,33 na primeira semana deste ano para R$ 5,91 no início deste mês

15/11/2024 08h30

Litro da gasolina varia entre R$ 5,49 e R$ 7,09 em todo o Estado

Litro da gasolina varia entre R$ 5,49 e R$ 7,09 em todo o Estado MARCELO VICTOR

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Em Mato Grosso do Sul, o preço do litro da gasolina apresentou uma elevação de 10,87% neste ano. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em janeiro, o valor médio do litro do combustível custava R$ 5,33, passando para R$ 5,91 na primeira semana deste mês. Ou seja, aumento de R$ 0,58 por litro.

Conforme o levantamento, entre os dias 7 e 13 de janeiro, a gasolina era vendida no Estado com valor mínimo de R$ 5,09 e máximo de R$ 6,84. Já entre os dias 3 e 9 deste mês, a menor precificação encontrada para o combustível fóssil foi de R$ 5,49 e a maior, R$ 7,09 por litro.

O mestre em Economia Lucas Mikael destaca aspectos que podem ter contribuído para o aumento nos preços dos combustíveis de janeiro a novembro deste ano, com destaque para a gasolina. 

“Os principais a serem destacados são o aumento dos custos das distribuidoras e dos postos, repassados diretamente ao consumidor. No entanto, o maior peso ainda cai sobre os impostos, e também a oscilação do dólar frente ao real encarece as importações de taxas de petróleo, enquanto a elevação global nos preços do barril, motivada por esforço geopolítico, especialmente no Oriente Médio, eleva o custo da matéria-prima”, analisa.

O doutor em Economia Michel Constantino acrescenta que a majoração está totalmente ligada ao aumento de impostos federais, principalmente na gasolina.

“Como o etanol faz parte da composição da gasolina, o aumento da gasolina puxa o preço do etanol para cima”, esclarece. 

“Esse aumento é em todo Brasil, e temos um efeito multiplicador na economia, aumenta preço do frete, do transporte e do custo de produção, elevando preços dos alimentos”, relata o economista, reforçando que além disso, os fatores econômicos, como a carga tributária elevada e as margens de lucro na distribuição, também interferem no preço para a ponta da cadeia.

O economista Eduardo Matos destaca que o aumento também reflete a volatilidade no mercado internacional e a política de preço de paridade de importação imposta pela Petrobras.
“Essa dinâmica ajusta os valores conforme a cotação do petróleo e as flutuações do câmbio, afetando diretamente o preço de refinarias e postos de distribuição”, detalha.

Com a elevação de preços, é importante destacar que a gasolina permanece em desvantagem em relação ao biocombustível. Na comparação de preços, o álcool continua mais vantajoso.

Para descobrir se vale a pena fazer a troca, basta dividir o valor do etanol pelo da gasolina, e o resultado deve ficar abaixo de 0,70. Por exemplo, ao dividir R$ 3,86 (etanol) por R$ 5,91 (gasolina), o resultado é 0,65. Portanto, nesse caso, a substituição ainda é viável.

COMBUSTÍVEIS

Ao mesmo tempo, a tendência é de alta nos últimos meses principalmente para o etanol, que acumula elevação significativa de 19,5% no acumulado do ano. Em janeiro, o litro do biocombustível custava R$ 3,23, passando para R$ 3,86 na primeira semana deste mês, alta de R$ 0,63 por litro.

Os relatórios da ANP mostram que o álcool segue tendência de alta desde o segundo mês do ano, com os preços se elevando mês após mês, com destaque para a primeira semana de julho, quando o etanol atingiu média de R$ 4,08 em Mato Grosso do Sul. Após a marca, os preços seguiram um recuo leve, chegando a média de R$ 3,86 entre os dias 3 e 9 deste mês.

Para o álcool, o preço mínimo praticado neste mês em MS foi de R$ 3,57, enquanto o maior valor pesquisado foi de quase R$ 5 (R$ 4,98). Contudo, Matos ressalta que o preço praticado atualmente pelo Estado para o etanol é um dos menores. 

“Mesmo com a alta acumulada, ele é um dos mais baixos na história do Estado. Isso por conta dos investimentos que a cadeia recebeu, é claro, a cana-de-açúcar, que historicamente é o principal, mas também abertura de usinas de etanol de milho”, frisa o economista.

Já o diesel também registrou elevação nos preços de revenda para o consumidor. Contudo, o porcentual alcançado para o combustível fóssil ficou em apenas 1,02%. Para o diesel S10, a diferença mostrada pelo levantamento da ANP é de R$ 0,15 (2,56%).

O diesel comum tinha preços que variavam de R$ 5,35 a R$ 7,49 no início do ano, com média de R$ 5,87. Na primeira semana deste mês, o litro do diesel foi encontrado em MS em seu menor e maior valor a R$ 5,57 e R$ 7,47, respectivamente, o que resultou em média de R$ 5,93.

Para o diesel categoria S-10, a flutuação de preços também foi moderada. Na primeira semana de janeiro, o preço médio de revenda no Estado era de R$ 5,86. Já na última semana do mês passado, o valor foi a R$ 6,01.

DEFASAGEM

Os relatórios da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) do dia 14 mostram que a defasagem da gasolina ficou com média negativa de R$ 0,02 (ou -1%) e a do óleo diesel, de
R$ 0,12 (ou -3,0%), no comparativo com os valores praticados no mercado internacional. 

Conforme o levantamento de Preços de Paridade de Importação (PPI), com a estabilidade no câmbio e nos preços de referência do óleo diesel e da gasolina no mercado internacional no fechamento do dia útil anterior, o cenário médio de preços está abaixo da paridade para o óleo diesel e para gasolina.

Litro da gasolina varia entre R$ 5,49 e R$ 7,09 em todo o Estado

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