Economia

Mercado

A+ A-

Barril de petróleo recua 12%, mas Petrobras não reduz combustíveis

Nas bombas, litro da gasolina e do diesel oscila centavos no mesmo período em que a commodity caiu

Continue lendo...

O preço do barril de petróleo apresentou queda de 12% nos últimos 30 dias. Apesar do recuo no mercado internacional, a Petrobras não baixou os preços dos combustíveis fósseis no Brasil. O que pode ocorrer nos próximos dias, de acordo com a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom).

No mesmo período de um mês, o preço dos combustíveis em Mato Grosso do Sul passaram por instabilidades. A gasolina teve uma progressão um pouco mais previsível, saindo de R$ 4,67, o preço médio em Campo Grande, para R$ 4,78 no período. A alta de 2,35%, mensurada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), pode estar chegando ao fim.

De acordo com a Abicom, a defasagem do combustível está acima de 1%, o que indica que, se o preço do petróleo no mercado internacional continuar estável ou em queda, a gasolina deve sofrer reduções. 

Uma parte dessa queda já pode ser notada em alguns postos de Campo Grande. No período de uma semana, os revendedores que antes comercializavam gasolina a R$ 4,78 já reduziram os preços em R$ 0,10.

A volatilidade maior é notada no preço do óleo diesel comum. O principal combustível de transporte de mercadorias no Brasil teve altas e baixas intercaladas nas últimas semanas.

Segundo a pesquisa da ANP, o preço médio do litro saiu de R$ 6,44 na última semana de outubro para R$ 6,39 na semana seguinte, voltou a subir para R$ 6,47 e sofreu nova queda, indo para R$ 6,39 na última semana.

PETRÓLEO

Conforme o diretor executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), Edson Lazaroto, há uma grande oscilação de preços.

“A Petrobras segurou o aumento de preços a mais de 45 dias, quando o barril do Brent chegou próximo a US$ 100, e agora, de uma semana para cá, o preço tem reduzido, chegando a US$ 85 o barril”, comenta.

Segundo dados do site de indicadores econômicos, o Trading Economics, o preço do barril de petróleo tipo Brent apresentou queda de 12,04% nos últimos 20 dias. Em 4 de novembro, esse tipo de petróleo, utilizado pela Petrobras na formação de preço da companhia, era comercializado a US$ 98,75. Na manhã dessa sexta-feira (25), o barril tinha chegado a US$ 86,50.

A explicação é de que o mercado estaria de olho em uma possível aceleração das taxas de infecção por Covid-19 na China, o que cria preocupações a respeito das medidas restritivas a serem tomadas pelas autoridades do maior importador do mundo, diz a análise do portal.

Esse cenário aponta para uma menor demanda de petróleo caso a atividade econômica chinesa venha a desacelerar. A expectativa da plataforma é de que o trimestre se encerre com o petróleo cotado a US$ 91 o barril.

Outro ponto que pode pressionar o petróleo para a alta neste fim de ano é caso a Rússia decida colocar pressão sobre os preços no ocidente. Nesta semana, o G7 decidiu aumentar o valor pago pela commodity vinda daquele país.

O petróleo russo teve o preço estabelecido pelo G7 na faixa entre US$ 65 e US$ 70. Com isso, as tentativas de a Rússia pressionar os preços ao retirar barris da demanda mundial se dissipam no curto prazo.

CONTROLE

O país do leste europeu tem forte moeda de barganha porque é responsável por 10% da produção diária mundial, estimada atualmente em 100 milhões de barris por dia, segundo Agência Internacional de Energia (IEA). Caso decida cortar o fornecimento, o preço do petróleo subiria muito forte, colocando pressão ainda maior sobre a Europa.

No começo de outubro, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep) decidiu retirar mais de 2,5 milhões de barris do mercado, ocasionando a alta observada pelos indicadores.

De acordo com o economista Fábio Nogueira, a decisão foi de encontro à política de redução da inflação dos Estados Unidos e da Europa. “Efeitos da guerra, aumento de preço da energia, ruptura na cadeia produtiva e demanda mundial por commodities estão entre os fatores que podem aumentar o preço dos alimentos e consecutivamente a inflação”, analisa. 

Outro ponto que seguram os preços no mercado nacional é o câmbio. Segundo Lazaroto, do Sinpetro, pode haver alguma redução nos próximos dias. “Penso que estão fazendo a devida compensação, e caso continue estabilizado bem como o dólar, poderemos nas próximas semanas ter alguma redução, mas sempre frisando que é determinado pela Petrobras”, finaliza. 

Fonte: Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)/Reportagem

Assine o Correio do Estado

Economia

Em meio à crise, presidente da Petrobras descarta aumento de preços dos combustíveis

Na última semana, o presidente Jean Paul Prates confirmou que as etapas para conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas no fim deste ano.

18/04/2024 17h23

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates Thomaz Silva/ Agência Brasil

Continue Lendo...

Durante um evento no Rio de Janeiro, com foco em "O Fortalecimento da Indústria Naval Nacional e o Setor Energético Offshore", o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, descartou um aumento nos preços dos combustíveis no Brasil a curto prazo.

"Estamos avaliando as condições de mercado. Não há razão nenhuma para aumento agora. Não está sendo avaliado (aumento para as próximas semanas). Estamos monitorando o cenário internacional. Por enquanto não há nada que faça mover. E o preço do petróleo indica isso", relatou ao jornal O Globo, na manhã de hoje (18).

Conforme divulgado pelo Correio do Estado, no início desta semana, a Petrobras anunciou que as etapas para a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas até o final deste ano. A estatal informou que o processo licitatório para o reinício das obras será aberto em dezembro de 2024.

A expectativa inicial é que a unidade comece a operar até o fim de 2023.

Na semana passada, o governador Eduardo Riedel (PSDB) pediu ao presidente Lula que "olhasse com carinho" para a fábrica, que está com as obras paradas desde 2014. O pedido foi feito durante visita do presidente a Campo Grande.

Nesta segunda-feira (15), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou as falas do presidente, em entrevista à CNN, que as obras serão retomadas em breve.  
   

A UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - ReproduçãoA UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - Reprodução

Investimentos

De acordo com o presidente da Petrobras, rebateu um dossiê feito na semana passada, contra a permanência dele no comando da estatal e que apontava que Prates resistia em concluir a UFN3, que precisa de investimento de R$ 5 bilhões.

Durante a conversa, Jean Paul afirmou que sempre defendeu a importância da inclusão do projeto da fábrica no Planejamento Estratégico da Petrobras, o que foi feito em novembro do ano passado, após demonstração técnica de viabilidade financeira e decisão da estatal de voltar ao setor de fertilizantes.

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, reafirmou que o dossiê sobre a não retomada da UFN3 não correspondia à realidade

"Estamos acompanhando o assunto junto com a ministra Simone Tebet e temos inclusive a previsão que a licitação ocorra no final de ano", disse.

Quando concluída, a UFN3 deve reduzir em 15% a dependência brasileira dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes.

A obra da UNF3 foi paralisada no fim de 2014, com 81% da construção realizada.

A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.
 

Valor do petróleo 

Na tarde desta quinta-feira (18), o preço do petróleo Brent, usado como referência internacional, está em queda de 0,22%, a US$ 87,10. Na semana passada, chegou a passar os US$90. Segundo dados da Abicom, que reúne os importadores, o preço da gasolina cobrado pela estatal está 20% menor em relação ao cenário internacional. No caso do diesel, a diferença hoje é de 10%

Declarações 

Conforme informações do governo brasileiro, os preços feitos pela  Petrobras ocorreram em outubro do ano passado, quando a estatal reduziu o valor da gasolina nas refinarias, quando passou de R$2,93 para R$2,81. No caso do diesel, a queda foi em dezembro (caindo de R$3,78 para R$3,48).

Durante o evento nesta quinta-feira, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o impacto do conflito no Oriente Médio não deve intervir sobre os valores dos combustíveis no Brasil.

As declarações de Prates ocorrem em momento de crise na estatal, que se estendeu  ao Conselho de Administração da estatal, após falas de Silveira. 

A crise chegou até o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), com sede em São Paulo, que derrubou a decisão em primeira instância e reconduziu à presidência do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, um dos representantes da União no colegiado. Ele foi afastado na última semana. Logo em seguida, a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu.

Questionado como estava no clima dentro da Petrobrás, Prates disse estar tranquilo.

"Eu estou tranquilo. O presidente Lula está na Colômbia. Eu não fui a Brasília para isso. Temos agendas em Brasília constantemente. Por exemplo, eu passei o dia inteiro no TCU (Tribunal de Contas da União). Fui ver as lideranças no Senado. São meus amigos afirmou Prates".

 

Assine o Correio do Estado

Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

Divulgação

Continue Lendo...

A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

ASSINE O CORREIO DO ESTADO 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).