O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, subiu 0,62% no fech amento, aos 63.153 pontos. O giro financeiro foi de R$ 8,42 bilhões. A taxa de câmbio doméstica cedeu para R$ 1,87. Entre os destaques do dia, a ação preferencial da estatal de telecomunicações Telebrás disparou 14,12% no pregão de hoje, com negócios de R$ 271,47 milhões. Usualmente fora da lista dos mais negociados, o papel foi a quarta ação mais negociada da Bolsa. A estatal voltou aos holofotes com a proposta do governo federal em entrar no negócio de internet por banda larga. O volume de negócios da Bolsa brasileira foi inflado pelo vencimento de opções realizado hoje. Opções são contratos financeiros em que se negociam direitos de compra ou venda de um determinado ativo (no caso de hoje, ações). Para exercer esse direito, o investidor deve pagar um prêmio para o agente que lançou o contrato (e que assumiu uma obrigação de comprar ou vender). No vencimento de opções desse mês, os investidores movimentaram R$ 2,20 bilhões, sendo R$ 1,15 bilhão somente em opções de compra, isto é, houve mais interesse em exercer os contratos para adquirir um ativo do que em vender. A opção mais movimentada foi o contrato de compra de ação preferencial da Vale por R$ 39,58; o segundo mais negociado foi a opção de compra de uma ação ordinária da OGX por R$ 17; a terceira opção de compra foi uma ação preferencial da Itausa por R$ 13,47. Dólar O dól a r comerc i a l foi vend ido por R$ 1,874, em um declínio de 0,89%. A taxa de risco-país marca 240 pontos, número 1,23% abaixo da pontuação anterior. A situação fiscal dos países europeus Grécia, Espanha e Portugal continua no radar dos investidores. Esse nervosismo pode ganhar ímpeto nesta semana, com a expectativa pela divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) dos países da zona do euro, previsto para sexta. Hoje, o investidor aproveitou o dia de “tranquilidade” da agenda econômica para voltar às compras, após as perdas acumuladas de 4% somente na semana passada. “Após as quedas recentes, a renda variável já apresenta boas oportunidades, mas sem o importante suporte dos investidores estrangeiros, o desempenho de curto prazo fica limitado”, afirmou o economista-chefe do banco Schahin, Silvio Campos Neto, em seu comentário semanal sobre o mercado financeiro. Balança O Ministério do Desenvolvimento informou que a balança comercial teve um déficit de US$ 172 milhões na primeira semana de fevereiro, elevando o saldo negativo deste ano para US$ 338 milhões. A agência de classificação de risco Fitch apontou como “preocupante” a situação fiscal dos países europeus Grécia, Espanha e Portugal, com destaque para o primeiro. O presidente da Fitch Ratings, Marc Ladreit Lacharriére, ressaltou que não há risco de contágio de outros países do bloco de países que utilizam a moeda comum. Fonte: FolhaOnline.