Economia

SETOR IMOBILIÁRIO

Caixa muda as regras e pode dificultar a compra de imóvel

Banco anunciou a redução de créditos para financiamentos, além do aumento do valor da entrada de 20% para 30% do total; mudanças valem a partir de novembro

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A crescente dificuldade para conquistar a casa própria poderá se agravar a partir do próximo mês, quando a Caixa Econômica Federal implementará mudanças em suas políticas de financiamento.

Os economistas alertam que o aumento do valor da entrada, aliado à redução dos créditos disponíveis, poderá barrar muitos que sonham em adquirir um imóvel.

A partir de 1º de novembro, a Caixa vai alterar as regras para a compra de imóveis pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A cota máxima de financiamento cairá de 80% para 70% do valor do imóvel no Sistema de Amortização Constante (SAC) – modalidade em que parcelas são maiores no início do financiamento e menores no fim, em função da diminuição gradativa dos juros.

No caso da tabela Price, em que as prestações são sempre iguais e compostas por mais juros, o limite diminuirá de 70% para 50% do total do imóvel. 

O comprador deverá dar uma entrada maior na hora de financiar uma nova aquisição imobiliária, sendo obrigatório ainda ter apenas um contrato ativo com banco. Isso significa que, para um apartamento de R$ 1 milhão, a entrada sairá de R$ 200 mil para R$ 300 mil. Já na tabela Price, o comprador terá de pagar R$ 500 mil à vista.

A medida vai afetar imóveis residenciais (novos e usados) e comerciais e empréstimos para construção e compra de lotes.

O doutor em Economia Michel Constantino explica que, como a Caixa tem o monopólio do mercado imobiliário, ou seja, detém a maior fatia de empréstimos, o setor vai sentir rapidamente uma retração. 

“Em geral, as pessoas têm dificuldade de apresentar entradas maiores para financiar o imóvel. Com um teto menor, segmentos específicos de imóveis sentirão ainda mais, desacelerando o mercado”, analisa.

O mestre em Economia Lucas Mikael pontua que a exigência de uma entrada maior poderá dificultar o acesso à casa própria para muitos compradores, especialmente em um cenário em que os preços dos imóveis estão elevados. 

“Essas medidas podem ser vistas como uma forma de aumentar a segurança financeira tanto para os bancos quanto para os consumidores, mas também levantam preocupações sobre a exclusão de potenciais compradores”, avalia.

Mikael destaca que, com a Caixa sendo responsável por quase 70% dos financiamentos, essa medida atingirá especialmente regiões onde os preços dos imóveis são elevados. 

“A aquisição de imóveis pode se tornar ainda mais desafiadora, exigindo um planejamento financeiro mais rigoroso por parte dos interessados”, comenta.

SETOR

Representando o setor no Estado, o presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi-MS), Geraldo Paiva, disse em entrevista ao Correio do Estado que a limitação do crédito implica na redução de financiamentos de imóveis acima da faixa 3 do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e imóveis de até R$ 1,5 milhão, pois vai exigir uma disponibilidade de poupança (reserva) maior que a atual.

“Acima de R$ 1,5 milhão, os interessados terão de buscar financiamentos em outras instituições financeiras se sujeitando a juros maiores, o que poderá dificultar a compra”, aponta Paiva.

Atuando no setor da construção e no ramo imobiliário desde 1999, o arquiteto e corretor de imóveis Flávio Fernandez Santana acrescenta que o impacto para a construção vai variar de acordo com a linha de crédito.

“Para o público de baixa renda, C e D, que é o público do MCMV, acredito que não vai ter alteração, tanto pela Caixa quanto pelo programa, que não sofreu grandes alterações. Então, esse público praticamente não vai sentir mudança nenhuma”, explica Santana.

O arquiteto destaca ainda que o maior volume de financiamentos na área da construção civil, que é em torno de 70% de quem procura crédito para construir, está com a Caixa. 

“Se a Caixa diminuir isso, claro, vai afetar bastante a construção. Então, é uma oportunidade para os outros bancos, mas o que vai acontecer também é que os bancos vão aumentar suas taxas. Hoje, as taxas mais baratas do mercado são da Caixa. Com as dificuldades impostas, provavelmente as pessoas vão apelar para os outros bancos”, conclui Santana.

FALTA DE RECURSOS

Por meio de nota, a Caixa explica que as medidas levam em conta a demanda e o orçamento para crédito habitacional aprovado para este ano. “Com o crescimento da nossa carteira, prevemos que a mesma vai superar o limite máximo projetado para o período”. 

A Caixa diz que sua carteira de crédito habitacional ultrapassou R$ 800 bilhões, com mais de 7 milhões de contratos ativos. “Em 2024, o banco concedeu, até setembro, R$ 175 bilhões de créditos imobiliários, o que representa um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023”.

Vindo da principal operadora da modalidade de crédito, as medidas deverão abrir caminho para que bancos privados também reduzam seus porcentuais de financiamento.

Há mais de um ano a Caixa vem dando indícios de uma possível falta de recursos para a concessão de financiamentos imobiliários a partir de 2025. 

FINANCIAMENTO 

O Estado, que iniciou o ano com ritmo lento nas negociações por meio de financiamentos imobiliários, apresentou reação no acumulado do ano até o mês de agosto, com crescimento de 18% nos valores negociados em compra de imóveis.

Conforme os últimos dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), de janeiro a agosto 2023, foram disponibilizados R$ 1,188 bilhão de recursos, ante R$ 1,402 bilhão negociados nos oito primeiros meses deste ano – um acréscimo de R$ 214 milhões.

Proporcionalmente, o número de unidades imobiliárias financiadas com recursos do SBPE também aumentou: as unidades negociadas chegaram a 3.978 no ano passado, enquanto no mesmo período deste ano o número total foi de 4.497.

Em contrapartida, agosto se encerrou com queda de 45% no número de financiamentos imobiliários em MS. Foram 1.016 unidades negociadas em julho, contra apenas 550 imóveis em agosto.

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Economia

Vendas do Tesouro Direto têm terceiro maior valor mensal da história

Em setembro, foram vendidos R$ 6,77 bilhões em títulos

25/11/2024 22h00

Vendas do Tesouro Direto têm terceiro maior valor mensal da história

Vendas do Tesouro Direto têm terceiro maior valor mensal da história Agência Brasil

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As vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet somaram R$ 6,77 bilhões em setembro, divulgou nesta segunda-feira (25) o Tesouro Nacional. É o terceiro maior valor mensal desde a criação do programa, em 2002, só perdendo para agosto deste ano, com vendas de R$ 8,01 bilhões, e para março de 2023, R$ 6,84 bilhões.

Em relação a agosto, as vendas caíram 15,5%. Na comparação com setembro do ano passado, o volume subiu 111,7%. 

Os dados foram divulgados com quase um mês de atraso por causa da greve dos servidores do Tesouro Nacional, que paralisaram a venda de títulos do programa três vezes em menos de um mês.

O principal fator que contribuiu para o alto volume de vendas foi o vencimento de títulos de longo prazo corrigidos pela Taxa Selic (juros básicos da economia), que foram trocados por papéis novos. Em setembro, os resgates de títulos atrelados à Selic, somados aos vencimentos e recompras, totalizaram R$ 5,294 bilhões. As vendas atingiram R$ 3,866 bilhões.

Os títulos mais procurados pelos investidores em setembro foram os vinculados aos juros básicos, cuja participação nas vendas somou 57,1%. Os papéis corrigidos pela inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA), corresponderam a 30% do total, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, totalizaram 9,1%.

Destinados ao financiamento de aposentadorias, o Tesouro Renda+, lançado no início de 2023, respondeu por 2,6% das vendas. Criado em agosto do ano passado, o novo título Tesouro Educa+, que pretende financiar uma poupança para o ensino superior, atraiu apenas 1,2% das vendas.

O interesse por papéis vinculados aos juros básicos é justificado pelo alto nível da Taxa Selic. A taxa, que estava em 10,5% ao ano até setembro, foi elevada para 11,25% ao ano. Com a expectativa de novas altas, os papéis continuam atrativos. Os títulos vinculados à inflação também têm atraído os investidores por causa da expectativa de alta da inflação oficial nos próximos meses.

O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 143,12 bilhões no fim de setembro, alta de 1,11% em relação ao mês anterior (R$ 141,55 bilhões), mas alta de 16% em relação a setembro do ano passado (R$ 123,36 bilhões). Essa alta ocorreu porque as vendas superaram os resgates em R$ 582,3 bilhões no último mês.

Investidores

O total de investidores ativos (com operações em aberto) chegou a 2.666.035, aumento de 10,9% em 12 meses. Os demais dados, como total de investidores desde a criação do programa, não foram divulgados por causa da greve do Tesouro Nacional.

A utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas de até R$ 5 mil, que correspondeu a 79,2% do total de 812.452 operações de vendas ocorridas em setembro. Só as aplicações de até R$ 1 mil representaram 55,7%. O valor médio por operação atingiu R$ 8.333,51, inflado pela troca de títulos corrigidos pela Selic, usado principalmente por quem quer fazer reserva de emergência.

Os investidores estão preferindo papéis de curto prazo. As vendas de títulos de até 5 anos representam 79,1% do total. As operações com prazo entre 5 e 10 anos correspondem a 6,9% do total. Os papéis de mais de 10 anos de prazo representaram 14% das vendas.

O balanço completo do Tesouro Direto está disponível na página do Tesouro Transparente.

Captação de recursos

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar a aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só precisa pagar uma taxa semestral para a B3, a bolsa de valores brasileira, que tem a custódia dos títulos. Outras informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis pré-fixados.

Loterias

Resultado da Lotofácil de hoje, concurso 3252, segunda-feira (25/11)

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

25/11/2024 19h20

Confira o resultado da Lotofácil

Confira o resultado da Lotofácil Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3252 da Lotofácil na noite desta segunda-feira, 25 de novembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 1,7 milhão. 

Confira o resultado da Lotofácil de hoje!

Os números da Lotofácil 3252 são:

  • 10 - 21 - 18 - 15 - 11 - 17 - 20 - 12 - 14 - 25 - 16 - 23 - 24 - 05 - 08

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 3253

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no terça-feira, 27 de novembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 3253. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

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