Economia

DIA LIVRE DE IMPOSTOS

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Carga tributária corresponde a até 80% do valor de produtos

Em Campo Grande e Dourados, 230 lojas participam amanhã da ação que oferece itens com descontos

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Mais de 230 lojistas de Mato Grosso do Sul aderiram ao Dia Livre de Impostos (DLI), que será realizado em todo o País amanhã (27). De acordo com a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul (FCDL), a ação visa conscientizar o consumidor sobre a carga tributária embutida em produtos e serviços.  

Segundo a presidente da FCDL, Inês Santiago, Mato Grosso do Sul terá adesão de Campo Grande e Dourados. Os descontos oferecidos nos produtos podem chegar a 80%, dependendo da carga de impostos.  

“A ação é nacional e envolve as 27 federações e a nossa confederação. É um movimento nacional de conscientização da alta carga tributária e da ausência de contrapartida do Estado em serviços para a população. Como o caso da pandemia, que foi uma mazela que nos tomou de assalto e evidenciou o caos da saúde pública no Brasil. E o brasileiro paga uma alta carga tributária e tem serviços públicos extremamente deficientes”, analisa.  

O Brasil é o 14º que mais arrecada impostos e está em último como país que melhor retorna o dinheiro para a população. A presidente da federação ainda explica que o porcentual de impostos pagos pelo consumidor reduz seu poder de compra. 

“O poder de compra do brasileiro é encurtado, ou seja, a carga tributária impede que ele compre mais com a renda que ele tem. Impede, com isso, o desenvolvimento das empresas, afasta investimentos e investidores, que não querem investir em um país com essa carga de impostos. Então, essa questão tributária é nociva de todos os ângulos que a gente possa olhar”, analisa Inês.

O economista Hudson Garcia da Silva afirma que os tributos são uma fonte importante de arrecadação do governo. “Os impostos são a segunda principal fonte de receitas do governo federal e a maior geradora de receitas para o governo estadual, segundo dados oficiais de 2020, extraídos do Portal da Transparência. 

Com esses recursos, os governos realizam o custeio do setor público [salários, custos administrativos, manutenção, etc.] e investimentos [obras públicas, aquisição de maquinários e equipamentos, infraestrutura, entre outros]”, pontuou o economista Hudson Garcia da Silva.

Dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostram que, em média, a água mineral recebe 43,91% de carga tributária, a cerveja lata ou garrafa, 54,80%; e a cachaça, 81,87%. A gasolina, considerando toda a cadeia, recebe o impacto de 53,03%; o batom, 51%; e a calça jeans, 38,53%.  

Para pagar os impostos, em 2020, os brasileiros tiveram de trabalhar 151 dias, conforme o IBPT. De 2016 a 2019, cada trabalhador teve de se ocupar por 153 dias.

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DESCONTOS

Os descontos nos itens variam conforme o tamanho da carga tributária que ele carrega. Além das lojas do centro, 53 lojas do Shopping Campo Grande participam da iniciativa.  

Entre os produtos que serão oferecidos sem o valor do imposto estão o casaco da linha Adventure, de R$ 399 por R$ 159,50, e a legging de R$ 239 por R$ 119,50, ambas da loja Body For Sure.

Para quem gosta de apreciar um bom vinho, na 067 Vinhos o rótulo Eita Pega Pinot Noir, de R$ 160 sai por R$ 89. Já o champagne do Café Du Centre, de R$ 150, fica no valor de R$ 60,75. E quando o assunto é moda praia, na Salinas, toda a linha estampa Íris vai de R$ 179 para R$ 119,32.

“Não é uma campanha de liquidação, ela resulta em descontos porque aquele produto estará sem a carga tributária. Teremos lojas de cosméticos, calçados, ótica, empório cerealista, bebidas, e em todos os segmentos a tributação é muito alta e inibe o consumo”, afirma Inês.

A presidente da FCDL ainda ressalta que o valor do imposto abatido no produto, durante o DLI, é pago pelo empresário. Ela ainda informa que o lojista pode limitar a quantidade de produtos que vai comercializar sem tributos. “No ano passado, fizemos na cerveja, tivemos um filiado que limitou a 200 caixas do produto”, afirma Inês.

A proprietária da Pistache Empório, Giovana Martelozo Pozzani, participará do movimento pelo segundo ano. “A importância é informar aos consumidores o quanto os impostos incidem sobre os produtos. Essa alta carga tributária faz com que os produtos sofram um valor significativo até chegar ao consumidor final. Seria muito importante se todos tivessem esse conhecimento para que juntos pudéssemos unir forças e conseguir de alguma maneira a redução desses impostos”, destaca.

Em todo o País, mais de mil lojas participam do DLI, que está em sua 15ª edição. O site oficial do movimento (dialivredeimpostos.com.br) lista lojas e produtos participantes em todo o território nacional.

Em 2020, o movimento foi um grande sucesso, de acordo com a presidente da FCDL. Os descontos para combustíveis, por exemplo, lotaram os estabelecimentos participantes.  

Neste ano nenhuma distribuidora de combustíveis aderiu. “Até agora não tivemos uma devolutiva positiva com nenhuma distribuidora, porque quem arca com os tributos são as distribuidoras, o posto só vende”, informa Inês.

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IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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