Economia

NO ESTADO

Chuva traz alívio aos produtores e plantio de supersafra de soja é iniciado

Conab lançou oficialmente a safra de grãos 2020/2021 em Campo Grande nesta sexta-feira

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Na semana passada, Mato Grosso do Sul registrou volume de chuvas entre 15 milímetros e 70 milímetros em todos os municípios. 

Com a quebra na estiagem, o setor produtivo do Estado deu início ao plantio efetivo da soja. 

De acordo com a Associação dos Produtores de Soja e Milho de MS (Aprosoja-MS), os produtores rurais aguardavam a umidade do solo para dar início aos trabalhos no campo.

“Percebemos chuvas em praticamente todo o Estado, com volumes entre 15 mm e 70 mm, com bastante disparidade nesses volumes. Tivemos ocorrências de chuvas de granizo, vendavais, temporais que destelharam galpões e casas em alguns municípios. E também chuvas calmas, entre 25 e 30 milímetros, em alguns municípios”, informou o presidente da Aprosoja-MS, André Dobashi, que ainda reforçou que o plantio efetivo deve começar.

“Essas chuvas, com certeza, já são responsáveis pelo start do plantio, alguns produtores já estavam semeando. Alguns que estavam confiantes nessa previsão [de que choveria a partir do dia 11 de outubro] já iniciaram sua semeadura. Então, com essas últimas ocorrências de chuvas em Mato Grosso do Sul, podemos considerar que para os próximos dias assim que der uma enxugada na terra o produtor vai entrar com a operação de semeadura a todo vapor”, ressaltou.  

Segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima em Mato Grosso do Sul (Cemtec), a última chuva significativa ocorreu entre os dias 16 e 22 de agosto deste ano.

 A previsão indica que até o dia 22 de outubro devem ocorrer chuvas de 50 mm em todo o Estado, com possível aumento para 100 mm, de 23 a 30 de outubro.

Recorde

Mato Grosso do Sul projeta novamente uma supersafra de soja, superando o ciclo 2019/2020 em área plantada e em produtividade. 

No comparativo com a safra 2019/2020, é estimado acréscimo de 7,55% na área plantada, passando de 3,389 milhões para 3,645 milhões de hectares.

“Para o próximo ano, temos a expectativa de crescimento da área de produção de soja em 256 mil hectares. Tudo indica que teremos um recorde na produção de soja se as condições climáticas assim permitirem. Mostrando o quanto Mato Grosso do Sul tem investido em novas tecnologias e em expansão de área”, destacou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck.  

Conforme o boletim técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), com base nos dados do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS), é estimado aumento de 2,35% no volume de produção de grãos.  

Na safra passada, o Estado registrou produção recorde, com 11,325 milhões de toneladas, e a estimativa para o ciclo 2020/2021 é de 11,591 milhões de toneladas, com produtividade estimada em 53 sacas por hectare.  

“A expectativa é de que a safra seja semeada em meados do mês de outubro, em razão de as previsões climáticas não indicarem precipitações consistentes no mês de setembro. Não há problema com a semeadura neste período, haja vista que nos últimos oito anos 62,4% do plantio ocorreu entre os dias 9 e 30 de outubro”, detalhou o boletim.  

Cautela 

Os representantes do setor acreditam que mesmo com o início das chuvas é preciso ter cautela.

 “É importante que o produtor rural tenha cautela para iniciar o plantio da soja nesse momento, até que, de fato, as chuvas tenham mais regularidade no Estado e a semeadura ocorra de forma correta, para não se perder a viabilidade da semente”, explica a analista técnica da Famasul, Tamíris Azoia.

A semeadura da soja no Estado está permitida desde o dia 16 de setembro, quando terminou o período do vazio sanitário. 

No entanto, a área semeada até o dia 9 de outubro chega a 0,3%, ou 10.935 hectares, 5% a menos do que no ciclo passado.  

O presidente da Aprosoja reforça que a demora na semeadura da soja pode refletir no cultivo do milho segunda safra. 

“O atraso da soja vai muito de encontro com a vontade do produtor de plantar milho, porque a janela ideal para o plantio é em outubro. O produtor que ainda não plantou soja não está ansioso com a soja, mas com a área de safrinha dele. Cada vez que você entra mais para dentro do mês de outubro, o plantio da safrinha fica mais longe do início de fevereiro, e isso é ruim”, explicou Dobashi.

Segundo levantamento realizado pela Granos Corretora, até 5 de outubro, o Estado já havia comercializado 51,45% da safra 2020/2021, avanço de 15 pontos porcentuais quando comparado com o mesmo período de 2019 para a safra 2019/2020.

A analista técnica da Famasul destaca os motivos que trazem otimismo à próxima safra da oleaginosa.

 “Com os mercados interno e externo aquecidos, houve redução nos estoques e, com o câmbio elevado, nosso produto se tornou bastante competitivo, com valorização dos preços da saca. Quando o produtor melhora a rentabilidade, consegue, consequentemente, investir mais na sua propriedade. Então, para a próxima safra de soja, a expectativa é de um aumento na área plantada”, conclui Tamíris.

Abertura da safra de grãos foi realizada na Capital

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou a abertura oficial da safra 2020/2021 de grãos nesta sexta-feira (16), em Campo Grande, e anunciou novidades em seus levantamentos.

A metodologia que resulta nas estimativas de grãos passa a ter novas frentes de coletas de dados e também aprimoramento nas análises estatísticas. Os técnicos da Conab também registrarão as informações de campo diretamente em tablets, com envio simultâneo para as bases da Companhia.

“A produção agropecuária brasileira abastece nossa população e gera excedente que contribui para a segurança alimentar de muitos países. É preciso oferecer a todo o setor informações precisas e, neste sentido, temos investido sistematicamente no aprimoramento dos nossos números e análises”, explica o presidente da Conab, Guilherme Soria Bastos Filho.

Economia

Campo Grande registra 2,8% de desocupação, a 2° menor entre capitais

No âmbito estadual, Mato Grosso do Sul registrou 2,26 milhões de pessoas em idade para trabalhar, número estável em comparação ao mesmo período de 2023

22/11/2024 15h00

Campo Grande registra 2,8% de desocupação, a 2° menor entre capitais

Campo Grande registra 2,8% de desocupação, a 2° menor entre capitais Reprodução Internet

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A taxa de desocupação em Campo Grande atingiu 2,8% no terceiro trimestre de 2024, conforme dados da PNAD Contínua, divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice, que representa uma queda de 1,2 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, é o segundo menor entre as capitais do país. Campo Grande, que liderava o ranking, foi superada por Cuiabá, onde a taxa de desocupação chegou a 2,7%.  

No âmbito estadual, Mato Grosso do Sul registrou 2,26 milhões de pessoas em idade para trabalhar, número estável em comparação ao mesmo período de 2023. Destas, 1,49 milhão estavam na força de trabalho, sendo 1,43 milhão ocupadas e 57 mil desocupadas.  

Segundo o IBGE, é considerada ocupada a pessoa em idade apta para trabalhar que exerceu, de forma remunerada, pelo menos uma hora de atividade na semana de referência, incluindo trabalhos formais e informais. Os desocupados são aqueles que não se enquadram nesse perfil.  

O nível de ocupação em Mato Grosso do Sul foi de 64,2%, um aumento de 0,8 p.p. em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, sendo ambos os resultados considerados estáveis.  

Entre os estados, a taxa de desocupação de Mato Grosso do Sul (3,8%) foi a quarta menor, atrás de Rondônia (2,1%), Mato Grosso (2,3%) e Santa Catarina (2,8%). Pernambuco, por sua vez, apresentou a maior taxa, com 10,5%.  

Campo Grande registra 2,8% de desocupação, a 2° menor entre capitais

No Brasil, a taxa de desocupação no terceiro trimestre de 2024 foi de 6,4%, representando uma queda de 0,5 p.p. em relação ao trimestre anterior (6,9%) e de 1,3 p.p. frente ao mesmo período de 2023 (7,7%).  

Por gênero, a taxa nacional foi de 5,3% para homens e 7,7% para mulheres. Já por cor ou raça, a desocupação foi inferior à média para brancos (5,0%) e superior para pretos (7,6%) e pardos (7,3%).  

Empregos e setores  

Mato Grosso do Sul manteve estabilidade no número de empregados, totalizando 1,06 milhão no terceiro trimestre, ante 1,05 milhão no trimestre anterior. Deste total, 757 mil atuam no setor privado, 209 mil no setor público e 98 mil como trabalhadores domésticos.  

O número de empregados no setor privado com carteira assinada registrou variação de 12 mil pessoas, mas foi considerado estável em relação ao trimestre anterior (1,6%) e ao mesmo período de 2023 (3,5%). No setor privado sem carteira assinada, o total permaneceu em 172 mil, também estável frente ao trimestre anterior (5,5%).  

Os dados reforçam a recuperação gradual do mercado de trabalho no estado e no país, com índices de ocupação superiores aos registrados em 2023 e avanços consistentes na redução da desocupação.


 

Imposto de renda

Veja se recebeu a restituição do IR 2024

Receita Federal liberou a consulta ao segundo lote residual de restituição

22/11/2024 14h00

Aplicativo da Receita federal

Aplicativo da Receita federal Divulgação

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A Receita Federal anunciou que a partir desta sexta-feira (22), os contribuintes poderão consultar o segundo lote residual de restituição do Imposto de Renda 2024.

Como consultar a restituição

Para verificar se a restituição está disponível, o contribuinte deve seguir estes passos:

  1. Acessar o site da Receita Federal
  2. Clicar em "Meu Imposto de Renda"
  3. Em seguida, selecionar "Consultar a Restituição"

A consulta também pode ser realizada através do aplicativo Meu Imposto de Renda, disponível para smartphones e tablets.

Informações necessárias

Para realizar a consulta, o contribuinte precisará informar:

  • CPF
  • Data de nascimento
  • Ano do exercício da declaração (2024)

Pagamento e valores

O crédito bancário para 221.597 contribuintes será realizado no dia 29 de novembro, totalizando R$ 558,8 milhões. Deste montante, R$ 306,8 milhões serão destinados a contribuintes com prioridade legal.

O lote contempla os seguintes grupos prioritários:

  • 4.802 contribuintes idosos acima de 80 anos
  • 34.287 contribuintes entre 60 e 79 anos
  • 3.570 contribuintes com deficiência física ou mental ou moléstia grave
  • 8.898 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério

Além disso, 88.246 contribuintes não prioritários que utilizaram a declaração pré-preenchida ou optaram por receber a restituição via PIX também serão contemplados.

Dicas para futuros lotes

Para quem não foi contemplado neste lote, é importante manter os dados cadastrais atualizados junto à Receita Federal. Caso haja alguma pendência na declaração, o contribuinte pode realizar a retificação para corrigir eventuais erros.

Lembre-se de que a Receita Federal nunca envia e-mails ou mensagens solicitando dados pessoais dos contribuintes. Portanto, mantenha-se atento a possíveis tentativas de golpes.

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