As fortes chuvas que têm caído na região de Rio Brilhante já causam perdas de até 20% na colheita da soja, por causa da impossibilidade da colheita dos grãos em virtude dos atoleiros formados nas lavouras. A situação fica tão complicada em dias de precipitações intensas, que até as escavadeiras não conseguem escapar da lama na hora de socorrer uma máquina. No domingo passado, o presidente do Sindicato Rural daquele município, Leonardo Mendonça Thomaz esteve com produtores rurais e a imprensa na fazenda de Orlando Meazza, mostrando a situação da lavoura com o tempo chuvoso. Meazza disse que tinha previsão de colher 60 sacas de soja por hectare, mas agora vem contabilizando prejuízos, calculados em 20%, porque a soja começa a apodrecer no pé. O grão colhido tem qualidade inferior a chamada soja ardida. Há uma semana uma das colheitadeiras atolou a poucos metros da BR-267, mas nem tratores ou máquinas pesadas conseguem removêla, diante da quantidade e a profundidade da lama. Thomaz, que t ambém produz soja, disse que está mobilizando a classe produtora para mostrar a realidade da safra de verão, contraria as estimativas do governo federal(IBGE e Conab) de que a produção deste ano será recorde. “É muito fácil se fazer prognósticos sem estar na terra vendo o dia a dia do produtor. Mas a realidade é esta que estamos mostrando à imprensa e aos produtores da região”, disse o dirigente do Sindicato Rural. A expectativa com relação à colheita em Rio Brilhante não é tão boa, já que com as chuvas intensas os produtores rurais não podem escoar sua produção de soja e não há como ser feita a previsão para o plantio do milho safrinha. Muitos dão como certo um cultivo menor do grão por não haver tempo para preparar a terra para a safra de inverno.