Economia

Combustíveis

Com alta de R$ 0,27 na gasolina, etanol volta a compensar na Capital

Preço médio do combustível fóssil em Campo Grande é de R$ 5,09, enquanto o biocombustível custa, em média, R$ 3,61

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Duas semanas após a unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da gasolina e do diesel em todo o País, a gasolina apresentou elevação média de R$ 0,27 por litro em Mato Grosso do Sul. Com o preço médio de R$ 5,09 do combustível fóssil, o etanol, a R$ 3,61, volta a compensar.

 O cálculo para saber se compensa a troca da gasolina pelo etanol é simples: divide-se o preço do etanol pelo da gasolina, e o resultado deve ser, no máximo, de 0,70. Por exemplo, ao dividir o preço médio de R$ 3,61 (etanol) por R$ 5,09 (gasolina), o resultado é 0,70, ou seja, a troca é satisfatória. 

Os valores foram aferidos em levantamento realizado pelo Correio do Estado no dia 13 de junho, em Campo Grande. Conforme a pesquisa, o litro do etanol variava entre R$ 3,39 e R$ 3,85, e a gasolina variava entre R$ 4,89 e R$ 5,39. O diesel comum tinha preço mínimo de R$ 4,89 e máximo de R$ 5,29 – média de R$ 5,05 por litro. 

Utilizando como base os mesmos locais, pesquisa da reportagem mostrou que, na última semana do mês de maio, o preço médio da gasolina era de R$ 4,82, com valor mínimo de R$ 4,59 e máximo de R$ 4,99. 

CONSUMIDORES

Consumidores afirmam não sentir diferença na hora de abastecer. O valor médio praticado atualmente ficou próximo ao aumento esperado de R$ 0,30 nas bombas, em Campo Grande.

“Não senti diferença nenhuma entre a última semana de maio e agora. Para mim, o gasto continua igual, na média que uso para abastecer”, argumenta o médico-veterinário aposentado Roberto Rondon.
Engenheiro civil, Atanagildo Pereira de Oliveira relata que se preparou para o aumento na virada do mês, uma vez que abastece com frequência. “Já sabíamos que a gasolina ia subir, mas os dias passaram e eu não vi mudança. Para mim, não surtiu efeito, o preço continua igual”, pontua.

O técnico de energia solar Marcos Pedro conta que costuma abastecer semanalmente e que não viu muita diferença no valor médio do litro da gasolina. “Na verdade, acho que já estamos nos acostumando a esse sobe e desce dos preços, então, acabamos nem sentindo muita diferença. Eu mesmo não senti diferença no bolso nessa alteração do ICMS”, explica.

O mestre em Economia Eugênio Pavão salienta que o produto é um item essencial. “Impacta inicialmente de forma negativa, mas, como o combustível é uma necessidade, a tendência é de dissipação dessa alta com o tempo”.

Para o economista Eduardo Matos, em comparação aos preços praticados anteriormente, houve aumento do combustível nas bombas. “Ainda que em doses mínimas, é sentido diretamente pelo consumidor. Se levada em consideração a redução feita pelo governo federal nos preços da Petrobras, o aumento via mudança da tributação ainda assim é sentido”, destaca.

Na esfera pública, Matos salienta que, para o governo do Estado, a ação de unificação é positiva, já que implicará no aumento da arrecadação para os cofres.

A precificação média para a gasolina em todo Mato Grosso do Sul atualmente é de R$ 5,07. Antes da mudança na tributação, o litro do combustível custava, em média, R$ 4,94, conforme levantamento realizado pela reportagem no dia 30 de maio.

Segundo o diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Combustível, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), Edson Lazarotto, as adequações seguem o fluxo do mercado.

“Com relação à reordenação do ICMS, que passou a ser fixo para a gasolina em todo o Brasil, em R$ 1,22 por litro, entendemos que, passada a primeira semana, como sempre ocorre, o mercado pelo que observamos segue naturalmente”, pontua.

ICMS

Conforme publicado pelo Correio do Estado em 30 de maio, a unificação do ICMS se deu por meio da Lei Complementar 192, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada em março de 2022 pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).

A normativa estabeleceu os combustíveis e o gás de cozinha como itens essenciais, não podendo ter alíquotas superiores a 17%. Após a aplicação da lei, no ano passado, os estados ajuizaram uma arguição de descumprimento de preceito fundamental no Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que o legislador federal interferiu na autonomia dos estados.

A adoção da tributação monofásica foi decidida em acordo entre União e governadores, mediado pelo ministro do STF Gilmar Mendes.

O ICMS dos combustíveis acabou limitado a 17%, porém, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) passou a adotar uma média nacional dos preços dos combustíveis para formar a base de cálculo, o que fez com que em Mato Grosso do Sul o tributo sobre os combustíveis se elevasse.

No Estado, a alíquota da gasolina já era de 17% (mas a base de cálculo ou pauta fiscal era menor), e a alíquota do diesel, de 12%.

“O Confaz decidiu unificar o tributo em todas as unidades federativas, como forma de simplificar o imposto, que antes era tributado sobre o valor adquirido e agora passou a ser sobre a quantidade adquirida”, explica Matos.

No Estado, a mudança fez com que a alíquota de R$ 0,92 a cada litro passasse para R$ 1,22 – um aumento porcentual de 32,61% sobre a gasolina comum. (Colaborou Súzan Benites)

crise sem precedentes

Boicote não causa desabastecimento nas unidades do Carrefour de Campo Grande

A reportagem percorreu todas as unidades da rede Carrefour na tarde deste domingo e constatou prateleiras cheias em todos os estabelecimentos do conglomerado, incluindo os hipermercados e o Atacadão

24/11/2024 16h45

Apesar do boicote anunciado pela empresa, o hipermercado de Campo Grande segue abastecido

Apesar do boicote anunciado pela empresa, o hipermercado de Campo Grande segue abastecido Fotos: Marcelo Victor

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Apesar do boicote do frigorífico JBS às unidades do Carrefour global, após a declaração do CEO Alexandre Bompard de que deixaria de importar carnes brasileiras, os hipermercados da rede em Campo Grande não enfrentam desabastecimento neste momento.

A reportagem do Correio do Estado visitou unidades da rede Carrefour em Campo Grande e encontrou prateleiras cheias em todos os supermercados do conglomerado, incluindo a rede Atacadão.

Apesar do boicote anunciado pela empresa, o hipermercado de Campo Grande segue abastecidoA reportagem foi em diversos hipermercados da rede e encontrou prateleiras ainda cheiras- Imagens: João Gabriel Vilalba

Segundo informações da Rede Carrefour no Brasil, que realiza um monitoramento interno, ainda não há indicativos de desabastecimento devido ao nível de produtos armazenados. No entanto, a situação pode mudar a partir de segunda-feira (25). 

A crise sem precedentes que pode afetar os frigoríficos de Mato Grosso do Sul teve início na última quarta-feira (20), quando o CEO da empresa, Alexandre Bompard, anunciou em suas redes sociais que não comprará mais carne dos países do bloco formado por diversas nações da América do Sul, como Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Estarrecidas com as declarações de Bompard, a JBS, Marfrig, Minerva, além de outras médias e pequenas empresas frigoríficas, reagiram imediatamente, cancelando o envio de produtos para a rede Carrefour no Brasil.

“Caminhões da JBS que estavam no percurso para a entrega nas lojas ontem voltaram para trás”, disse uma fonte ouvida pelo Globo Rural, da TV Globo. 

Conforme informações obtidas pela TV Globo, o comunicado global da rede surpreendeu o conglomerado que faz parte do Carrefour no Brasil, que agora busca soluções para a crise política e econômica gerada pela própria empresa. Não está descartado um pedido de desculpas do presidente da rede na França.


"Absurdo", diz governador Eduardo Riedel sobre boicote 

Outro que ficou incomodado com as declarações do CEO do Carrefour Global, Alexandre Bompard, foi o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB).

Logo após o anúncio, Riedel condenou a decisão da matriz do Carrefour, na França, de suspender a importação de carnes dos países do Mercosul.

“Esse é o tipo de coisa que a gente quer combater, estes absurdos comerciais que transportam a relação para algo negativo”, disse o governador.

Riedel ainda criticou a decisão do Carrefour de proibir a compra de carne do Mercosul.

 “Esse tipo de coisa que a gente quer combater. Estes absurdos comerciais trazem algo negativo para essa relação”, reforçou.

Indignada com as declarações do CEO do Carrefour Global, Alexandre Bompard, a senadora e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deve se reunir com a embaixada da França no Brasil e cobrar explicações sobre os boicotes de grandes companhias francesas ao agronegócio brasileiro.

 “Queremos que ele explique a eterna objeção da França ao acordo entre Mercosul e União Europeia e essa ameaça de boicote, totalmente descabida, à carne do Brasil e do Mercosul pelo Carrefour francês”, disse a senadora.

Ainda segundo a senadora de Mato Grosso do Sul, não há razão justificável para o boicote e ela afirmou que as medidas são injustas para o mercado brasileiro.


“Não há qualquer razão real, a não ser o protecionismo francês a seus produtos, que recebem altos subsídios, para essas medidas injustas, que merecem mais do que indignação, merecem resposta recíproca”, defendeu.

 

Entenda o que está acontecendo e o que está por trás do boicote 

Na última quarta-feira (20), o CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, afirmou que os produtos sul-americanos não atendem às exigências e normas francesas, o que vinha afetando os produtores locais. Ele também declarou que a rede na França não comercializaria mais carne proveniente do Mercosul.

As declarações de Bompard geraram uma crise sem precedentes na economia brasileira e devem afetar as vendas do grupo Carrefour no Brasil no início da próxima semana, tanto no varejo quanto no Atacadão, caso a rede não consiga reverter o problema. O Atacadão, a maior empresa de atacarejo do país, é controlado pelo Carrefour.

Conforme informações de fontes ouvidas pelo O Globo, Bompard afirmou que a decisão foi tomada após ouvir o "desânimo e a raiva" dos agricultores franceses, que têm protestado contra a proposta de acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Os protestos, que já duram meses e têm incomodado o governo francês, são organizados pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas (FNSEA) e pelos Jovens Agricultores (JA), com bloqueios de rodovias e outras manifestações, iniciadas na última segunda-feira (18).

Conforme informações do site especializado Farmnews, apesar de a França ter comprado menos de 40 toneladas de carne bovina in natura do Brasil, o agronegócio brasileiro teme que o boicote acabe incentivando a adesão de outros países devido a pressões locais.

Seguindo a mesma linha do Carrefour Global, outro grande grupo varejista francês, o Les Mousquetaires, publicou em suas redes sociais que o CEO do grupo, Thierry Cotillard, afirmou que as unidades das marcas Intermarché e Netto se comprometeram a não comercializar carne da América do Sul.

Ainda conforme a publicação de Cotillard, a medida visa à soberania alimentar e ao apoio aos agricultores franceses. Ele também solicitou uma mobilização coletiva nesse sentido.

 “Faço um apelo às indústrias para que demonstrem o mesmo nível de comprometimento e transparência quanto à origem da matéria-prima utilizada”, escreveu Cotillard. 


O que está por trás do boicote?

Conforme informações obtidas pelo O Globo, os movimentos dos grupos varejistas e dos agricultores franceses têm como pano de fundo as discussões sobre o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. As conversas e negociações duram há vários anos, e a questão agrícola sempre foi um ponto de confronto importante.

“Em toda a França, ouvimos a confusão e a raiva dos agricultores em relação ao projeto de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul e ao risco de transbordar no mercado francês de uma produção de carne que não respeita suas exigências e padrões”, escreve Bompard. “É fazendo um bloqueio que podemos tranquilizar os produtores franceses. No Carrefour, estamos prontos para isso”, disse Bompard anunciando o boicote à carne brasileira. 

A nota, no entanto, não foi bem recebida pelos agricultores e pelo governo brasileiro. Apesar das declarações de Bompard não deixarem claro se o boicote também se aplicaria às redes do Carrefour no Brasil, elas deixaram os produtores rurais indignados, que afirmaram ter iniciado a organização de um boicote contra a empresa.

 

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Loterias

Aposta de MS leva fatia da Lotomania em concurso que azarado embolsou mais de R$ 100 mil

Azarado não acertou nenhum número e faturou, enquanto apostador de Corumbá vai dividir prêmio de mais de R$ 219 mil

23/11/2024 20h30

Confira o resultado da Lotomania

Confira o resultado da Lotomania Foto: Divulgação

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Para quem pensa que apostar em jogos das Loterias Caixa depende apenas de sorte, na Lotomania, concurso 2701, um azarado não acertou nenhum número e levou mais de R$ 10m mil.

O sorteio foi realizado na sexta-feira (22), com prêmio estimado em R$ 1,5 milhão, no Espaço da Sorte, em São Paulo.

Entre os premiados está um apostador de Corumbá, que fez a “fézinha” na Lotérica Corumbaense. Ele bateu na trave com 19 acertos e ficou entre os seis jogadores que vão dividir R$ 219.541,14.

As outras apostas foram feitas no Rio de Janeiro (RJ), com dois acertadores, em Presidente Prudente (SP), Bela Vista da Caroba (PR) e Brasília (DF). Cada um vai receber R$ 36.590,19.

Azar bom para o bolso

Entre os sortudos, um jogador de Florianópolis (SC), com nenhum acerto em um jogo de 50 dígitos, embolsou R$ 109.770,60, simplesmente por ser a única pessoa que não acertou nenhum número no jogo.

Nesse caso, não ter sorte fez bem para a conta bancária.

Os números da Lotomania 2701 foram:

  • 68 - 13 - 19 - 63 - 54 - 39 - 09 - 25 - 46 - 01 - 05 - 58 - 89 - 07 - 11 - 29 - 27 - 56 - 66 - 55

O sorteio da Lotomania é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Lotomania 2702

Como a Lotomania são três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na segunda-feira, 25 de novembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2702. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotomania é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples. 

O apostador  marca entre 50  números, dentre os 100 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 20, 19, 18, 17, 16, 15 ou nenhum número.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Outra opção é efetuar uma nova aposta com o sistema selecionando os outros 50 números não registrados no jogo original, através da Aposta-Espelho.

Como jogar na Lotomania

Os sorteios da Lotomania são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador  marca entre 50  números, dentre os 100 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 20, 19, 18, 17, 16, 15 ou nenhum número.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Outra opção é efetuar uma nova aposta com o sistema selecionando os outros 50 números não registrados no jogo original, através da Aposta-Espelho.

O preço da aposta é único e custa  R$ 3,00.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

A aposta é única, com 50 dezenas, e a probabilidade de acertar 20 números e ganhar o prêmio milionário é de 1 em 11.372.635 segundo a Caixa.

Para 0 números, que a Lotomania também premia, a probabilidade é a mesma, de 1 em 11.372.635.

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