Economia

DE OLHO NO PRAZO

Consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda sairá no dia 23

Pagamento será feito a partir do dia 30, mas órgão não informou se lista terá apenas contribuintes prioritários

Continue lendo...

A Receita Federal confirmou que o segundo lote de restituição do Imposto de Renda 2023 terá a consulta liberada em 23 de junho, a partir das 10h.

O pagamento será feito em 30 de junho, e o órgão não detalhou se o lote terá apenas contribuintes que estão na lista de prioridades. No primeiro lote, pago em 31 de maio, 4,13 bilhões de contribuintes receberam um total de R$ 7,5 bilhões, maior quantia já paga pela Receita na história. O lote teve apenas contribuintes prioritários.

Em todos eles, o critério de definição é o mesmo: ordem de prioridade e data de entrega. O contribuinte que enviou declaração retificadora terá considerada a data dessa prestação de dados, e não da declaração original.

CALENDÁRIO DE PAGAMENTO DA RESTITUIÇÃO DO IR 2023

  • Lote Data do pagamento
  • 1º 31 de maio (já pago)
  • 2º 30 de junho
  • 3º 31 de julho
  • 4º 31 de agosto
  • 5º 29 de setembro

Qual é a ordem de prioridade?

  • Idosos com 80 anos ou mais
  • Idosos com 60 anos ou mais
  • Pessoas com deficiência e portadores de doença grave
  • Contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério
  • Contribuintes que optaram por fazer a declaração pré-preenchida ou quem escolher a restituição por Pix
  • Demais contribuintes

A lista de contribuintes prioritários aumentou neste ano com a inclusão de quem usou a declaração pré-preenchida (cerca de 8,8 milhões, 23% do total de documentos encaminhados) e também de quem optou pela restituição via Pix.

COMO FAZER A CONSULTA

Entre no site da Receita e clique em "Meu Imposto de Renda"

Vá em "Consultar a Restituição" - Informe o CPF, a data de nascimento e o ano-exercício, que no caso é 2023.

Por fim, marque o captcha sinalizando que é humano e clique em consultar

Como consultar o extrato da declaração?

Para consultar o extrato da sua declaração, é preciso acessar o e-CAC (Centro de Atendimento Virtual) da Receita Federal. É necessário ter conta prata ou ouro no site gov.br para fazer o acesso.

O usuário coloca o CPF e a senha do gov.br. Feito o login, vá na opção "Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRF)". No quadro Declarações do IRPF, haverá uma mensagem em IRPF 2023 com os dizeres: "Em fila de restituição". Portanto, o contribuinte está na lista de espera para receber do Fisco.

Não estou na fila de restituição. O que faço?

A Receita explica que há outras opções de mensagens que são geradas no e-CAC.

São elas:

  • Não entregue: Declaração que ainda não foi entregue
  • Em processamento: É o primeiro estágio da declaração. Indica que ela foi recebida, mas ainda está sendo processada
  • Processada: Declaração foi processada pela Receita, porém ela ainda pode passar por auditoria em até cinco anos. Se houver imposto a pagar ou a restituir, - informação é disponibilizada ao clicar em "Processada".
  • Com pendências: Declaração tem pendências
  • Em análise: Declaração foi recebida, mas está sob avaliação da Receita, aguardando apresentação de documentos que comprovem os dados enviados
  • Retificada: Declaração anterior foi substituída pela retificadora
  • Cancelada: Declaração foi cancelada pelo contribuinte ou pela administração tributária Tratamento manual: Declaração está sendo analisada.

O processamento é feito normalmente em até 24 horas após a entrega da declaração, segundo a Receita. Porém o prazo pode aumentar em situações de muitos acessos, como aconteceu no último dia do envio de declaração, que foi em 31 de maio.

Se o contribuinte caiu na malha fina, é preciso clicar em "Pendências de Malha" e haverá a descrição do que deve ser corrigido. O contribuinte terá de fazer as alterações e enviar uma declaração retificadora, mas não será mais possível alterar a forma de tributação escolhida: deduções legais ou simplificada. O prazo para essa escolha acabou em 31 de maio, às 23h59.

VALOR É CORRIGIDO PELA SELIC

Caso você não tenha sido um dos contemplados, saiba que o valor da restituição nos próximos lotes será corrigido pela Selic, a taxa básica de juros. Como ela está em 13,75% ao ano, consultores afirmam que essa correção gera um rendimento melhor que muitos investimentos.

"Se você tem a possibilidade de deixar o dinheiro, vai receber atualizado pela Selic e sem desconto do Imposto de Renda. Pouquíssimos investimentos vão pagar isso e você ainda terá a certeza de que receberá", diz o economista Sandro Rodrigues, da Attend Contabilidade.

Assine o Correio do Estado

SAFRA 24/25

Área plantada de soja avança e atinge 84,5% no Mato Grosso do Sul

Ainda, 3,8 milhões de 4,5 milhões de hectares já foram plantados; a porcentagem de área plantada nesta safra está 6,5 pontos percentuais maior em relação à última

16/11/2024 11h45

Plantio da soja avança em Mato Grosso do Sul

Plantio da soja avança em Mato Grosso do Sul Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

Continue Lendo...

Dados mais recentes do Boletim da Casa Rural revelam que a área plantada de soja nesta safra 24/25 no Mato Grosso do Sul atingiu cerca de 84,5% do total estimado (4,5 milhões de hectares), com o maior avanço sendo encontrado nas regiões sul, centro e norte do estado.

Na última atualização, até dia 5 de novembro, cerca de 3,2 milhões de hectares (72,2%) haviam sido plantados. Agora, cerca de 3,803 milhões de hectares estão plantados. Sobre as condições das lavouras, quase todas as regiões estão com índices bons, ou seja, acima dos 90% bons, com exceção da região sul-fronteira e sul, que apresentam 78,6% e 68,3% das lavouras boas, respectivamente.

Coincidentemente, a região sul é aquela com o plantio da soja mais avançado, com 87%, seguida pela região centro, com 83%, e a região norte com 76,6%. Além disso, a porcentagem de área plantada nesta safra está 6,5 pontos percentuais (p.p.) maior em comparação com à última e 6,5 p.p. maior que a média das últimas cinco safras, ambas as análises no mesmo período em questão.

A estimativa dos órgãos agrícolas é que esta safra de soja seja 6,8% maior que a última (2023/24), 4,5 milhões de hectares contra 4,2 milhões na anterior. Ainda, a expectativa é que a produção chegue próximo dos 14 milhões de toneladas (13,2% maior que a última), cerca de 51,7 sacas de soja por hectare, com cada uma custando, aproximadamente, R$ 143,56, do qual já foi comercializado 29% desta safra, 9 p.p. maior do que o último ciclo, segundo levantamento da Granos Corretora

PREÇOS

A safra de soja 2024/2025 promete ser uma safra positiva, se comparada à safra de 2023/2024. A demanda internacional deve permanecer em expansão e dependendo da oferta de grãos disponibilizada ao mercado internacional pelos principais países produtores, podendo impactar positivamente o preço da saca de soja. 

"Nas últimas safras, o preço médio ponderado da saca de soja apresentou uma tendência negativa, passando de R$ 168,34, em 2021/2022, para R$ 138,82, na safra 2022/2023, e R$117,14, na safra 2023/2024. A tendência agora é de que, na safra 2024/2025, os preços fiquem entre R$ 120 e R$ 130, caso as condições atuais do mercado internacional se mantenham, iniciando uma tendência de valorização do preço", explica o analista de Economia da Aprosoja-MS, Mateus Fernandes.

Em relação ao custo de produção, houve uma redução de 3%, conforme a estimativa da associação. O custo total para o ciclo 2024/2025 foi estimado em R$ 5.987,24, o equivalente a 49,89 sacas por hectare, abaixo do valor estimado na safra anterior, de R$ 6.170,61.

Assine o Correio do Estado

INFLAÇÃO

Alta dos alimentos pressiona e comer em casa ficará ainda mais caro este ano

Outubro registrou o maior aumento do ano, de 3,06%, para alimentação no domicílio em Campo Grande

16/11/2024 08h30

O tomate teve aumento significativo em outubro, de 25,26%

O tomate teve aumento significativo em outubro, de 25,26% Foto: Gerson Oliveira

Continue Lendo...

Comer em casa ficará ainda mais caro neste fim de ano em Campo Grande. Após registrar dois meses de recuo, conforme mostram os dados do subgrupo alimentação em casa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do País, o custo para se comer no domicílio voltou a subir e teve a maior alta do ano em outubro, de 3,06%.

A pressão nos preços dos alimentos promete impactar o orçamento das famílias, especialmente com a chegada das festas de fim de ano.

De acordo com as informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em julho, o IPCA registrou redução de 1,59%, seguido por mais uma queda em agosto, de 0,91%, enquanto setembro e outubro registraram aumentos sucessivos de 1,44% e 3,06%, respectivamente, ficando acima do porcentual nacional de 1,22%. No acumulado do ano, o subgrupo já acumula uma elevação de 6,50%.

O tomate teve aumento significativo em outubro, de 25,26% Escreva a legenda aqui

O mestre em Economia Lucas Mikael analisa que a expectativa de inflação para a alimentação no domicílio nos últimos meses deste ano, que supera 1% mensalmente, sinaliza um aumento significativo nos custos para as famílias, especialmente as de baixa renda.

“Historicamente, a média de inflação nesse setor foi bem inferior, o que indica uma pressão financeira crescente. Essa situação pode resultar em dificuldades para a população mais vulnerável, que já enfrenta desafios orçamentários, levando a cortes em outras áreas essenciais, como saúde e educação”, avalia.

Para Mato Grosso do Sul, Mikael reitera que a inflação da alimentação no domicílio poderá ter impactos severos nas famílias, especialmente para as de baixa renda. “O aumento contínuo nos preços dos alimentos pressiona o orçamento familiar, dificultando o acesso a uma dieta saudável e equilibrada”.

Ainda segundo o mestre em Economia, a ruralidade de muitas regiões do Estado, onde existem desafios significativos de transporte e logística de distribuição, poderá exacerbar esses efeitos, resultando em preços mais altos e maior insegurança alimentar. “Essa situação compromete a qualidade de vida e intensifica as desigualdades sociais, criando um cenário preocupante para as comunidades de MS”, comenta.

O economista Eduardo Matos complementa pontuando que a inflação da alimentação no domicílio tem muitos fatores.

“Em primeiro lugar, devemos considerar que a inflação da alimentação no domicílio nada mais é do que o aumento generalizado no nível de preço dos alimentos que são adquiridos em supermercados”, explica.

Matos destaca que a modalidade é um pouco diferente da inflação dos alimentos fora do domicílio, uma vez que, nesse caso, há de se considerar também a estrutura de custos dos restaurantes e dos estabelecimentos que servem alimentos. “Então, podemos dizer que a alimentação no domicílio é uma inflação mais visceral. Ela traz um resultado mais real da inflação de alimentos, por não considerar outros fatores que são atribuídos aos estabelecimentos comerciais”, explica.

Entre os principais fatores, Matos destaca a carne como um dos produtos que apresentou maior alta “O item subiu progressivamente nos últimos meses, muito em função da diminuição dos abates nos frigoríficos, então, há uma oferta menor no mercado interno e, por isso, há aumento do nível de preço”, aponta.

ALIMENTOS 

Puxando a alta, alimentos como a carne vermelha contribuíram para a conjuntura atual. O subgrupo registra elevação de 8,71% em outubro em Campo Grande. A ponta de peito teve um aumento porcentual de 14,53%, enquanto o aumento do preço da costela chegou a 13,25%. Na sequência vem patinho, com 9,46% de aumento, alcatra, com 8,95%, músculo, com 8,48%, capa de filé, com 7,48%, e acém, com 7,53%.

O tomate voltou a registar alta significativa, de 25,26%. As frutas também registram aumento de preços, e a laranja foi a campeã, com 13,06%, seguida pela banana-maçã, com 8,25%, e o abacaxi, com 5,77%.

Economistas demonstram preocupação no âmbito nacional com o comportamento dos preços das carnes. A fase do ciclo do boi, com diminuição dos abates, e o aumento das exportações já eram fatores de pressão esperados para a virada de ano. A seca e os incêndios nas áreas produtoras, porém, trouxeram pressão adicional e antes do previsto à carne bovina. 

“Teve uma atualização muito forte no preço do boi gordo nos últimos meses. Foi uma alta que ninguém esperava nessa magnitude”, afirma o economista da XP Alexandre Maluf ao Valor Econômico.

Ele projetou um aumento de 7% para os preços da alimentação no domicílio neste ano, mas ponderou que a estimativa tem viés de ser maior. “Só as carnes no IPCA, o que inclui, por exemplo, a carne de porco, devem subir 12,5%”, diz.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).