Economia

Dívida

Distribuidoras de combustíveis com sede em MS devem R$ 2 bilhões ao Fisco

Uma dessas empresas a qual opera fortemente no Paraná e em São Paulo deve R$ 1,620 bilhão e é suspeita de fraude

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O ano de 2024 termina com uma alteração significativa no ranking dos maiores devedores de tributos federais de Mato Grosso do Sul: saem da lista os frigoríficos e entram as formuladoras e distribuidoras de combustíveis. Juntas, essas empresas sediadas em MS, mas que atuam em estados vizinhos, devem mais de R$ 2,1 bilhões ao Fisco.

A maior devedora de impostos ao Fisco nacional em Mato Grosso do Sul é uma empresa que tem todas as raízes no estado do Paraná, mas que em meados da década passada transferiu sua matriz para Iguatemi, na região do Cone Sul, distante 360 km de Campo Grande: a Vetor Comércio de Combustíveis Ltda.

A companhia, segundo da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, deve nada menos que R$ 1,62 bilhão em tributos ao Fisco, conforme levantamento feito pelo Correio do Estado.

A empresa, cujo sócio administrador que aparece em seu contrato social é Servio Tulio Fagotti Zaqueti, tem vários processos de execução fiscal na Justiça Federal em MS e no estado de São Paulo e também no Paraná.
Nos últimos meses, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional acionou a Justiça para cobrar uma dívida com impostos, mas não teve sucesso nenhum ao intimar a formuladora de gasolina e distribuidora de combustíveis na pequena cidade de Iguatemi.

Em uma outra ação que tramita no interior de MS, há cartas precatórias – todas sem encontrar os responsáveis para chamá-los ao processo – de execução fiscal no estado de São Paulo totalizando R$ 9 milhões, além de pagamento de uma multa aplicada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no estado do Paraná.

FRAUDE BILIONÁRIA

A quarta maior devedora de impostos federais em Mato Grosso do Sul é uma formuladora de combustíveis que ficou famosa em setembro, após ter sido alvo de operação liderada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo.

Trata-se da Copape Produtos de Petroleo Ltda., empresa que deve nada menos que R$ 476,9 milhões ao Fisco nacional e que está sediada em um edifício na Rua da Paz, em frente ao Fórum Heitor Medeiros, em Campo Grande.

Tudo indica que o endereço na capital sul-mato-grossense é apenas burocrático. A Copape operava fortemente no estado de São Paulo, na cidade de Guarulhos, e chegou a comercializar volumes expressivos que fazem frente a grandes players do mercado, como os grupos Ultra (Ipiranga) e Vibra (BR Distribuidora).
No estado de São Paulo, a Copape foi autuada por sonegar mais de R$ 1 bilhão em impostos. O dono da empresa é Mohamad Hussein Mourad. Dono de mais de 50 postos de combustível, o Ministério Público paulista passou a investigar as ligações de Mourad com organizações criminosas.

Com base em informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de inteligência financeira do governo federal, as movimentações de pessoas ligadas a Mourad eram milionárias. 

A mulher dele, por exemplo, teria movimentado mais de R$ 210 milhões em seis anos, apurou o Ministério Público paulista.

Em julho, a Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público do estado contra Mourad e Renato Camargo por suposta lavagem de dinheiro na compra do controle da Copape e da Aster.

OUTROS DEVEDORES

O restante dos listados que integram o rol dos maiores devedores de Mato Grosso do Sul são pessoas físicas: Ilma Martins Gustinelli tem dívidas que remetem aos anos 1990, quando seu nome apareceu em uma investigação que ficou conhecida como escândalo da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Ela deve R$ 712,2 milhões ao Fisco federal.

Já Aurélio Rocha ficou conhecido por ser sócio da extinta agropecuária Campina Verde, na região de Dourados. Ele deve R$ 539 milhões ao Fisco. Sua família ainda tem muito patrimônio, e recentemente a rede Globo gravou nas fazendas de pessoas de sua família a novela “Terra & Paixão”.

A lista ainda tem o nome de Cirlene Ferreira Munis, com uma dívida de R$ 476,9 milhões. Não há histórico da origem da dívida dela na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. 

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Economia

Salário mínimo passa para R$ 1.518 a partir desta quarta

Novo valor está de acordo com limites fixados pelo Congresso Nacional

01/01/2025 15h15

Valor representa aumento de R$ 106 em relação a 2024

Valor representa aumento de R$ 106 em relação a 2024 Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Brasil tem desde esta quarta-feira (1º de janeiro) um novo valor de R$ 1.518 para o salário mínimo, o que representa aumento de R$ 106 em relação a 2024 (R$ 1.412).

Segundo o governo federal, o novo valor incorpora a reposição de 4,84% da inflação de 12 meses apurada em novembro do ano passado (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e mais 2,5% de ganho real.

O reajuste está de acordo com a nova regra aprovada pelo Congresso Nacional que condiciona a atualização do salário mínimo aos limites definidos pelo novo arcabouço fiscal. Por essa nova norma - válida entre 2025 e 2030 - o salário mínimo terá ganho real de 0,6% a 2,5%.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), pela regra anterior o reajuste deveria ser a reposição da inflação mais 3,2% (variação do Produto Interno Bruto em 2023).

O reajuste menor vai afetar a remuneração de 59 milhões pessoas que têm o rendimento ligado ao valor do salário mínimo, como empregados formais, trabalhadores domésticos, empregadores, trabalhadores por conta própria e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Impacto direto

O valor do salário mínimo tem impacto direto em despesas do governo federal como os pagamentos das pessoas aposentadas ou pensionistas, cerca de 19 milhões; de quem tem direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), mais de 4,7 milhões; dos trabalhadores com carteira dispensados do serviço, cerca de 7,35 milhões que acionaram o seguro-desemprego (dado de julho de 2024); e os trabalhadores que têm direito ao abono salarial (PIS-Pasep), cerca de 240 mil pessoas no ano passado.

A empresa Tendências Consultoria, de São Paulo, estima que a nova política de reajuste de salário mínimo vai gerar R$ 110 bilhões de economia dos gastos públicos até 2030, sendo que R$ 2 bilhões são previstos em 2025.

Entre 2003 e 2017, o salário mínimo teve 77% de ganho real (acima da inflação). Essa política de reajuste ficou interrompida entre 2018 e 2022. O salário mínimo no Brasil foi criado em 1936, durante o governo do ex-presidente Getúlio Vargas.

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Economia

Cinco das oito apostas vencedoras da Mega da Virada são de bolões

O bolão com maior número de cotas premiadas foi feito em Osasco, na região metropolitana de São Paulo; o jogo teve 56 cotas e cada uma terá direito a R$ 1.418.495,90

01/01/2025 13h30

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Cinco das oito apostas vencedoras da Mega da Virada foram feitas por meio de bolões. O sorteio da bolada de R$ 635.486.165,38 ocorreu na noite desta terça-feira (31), no último dia de 2024. A premiação é a maior da história, já com correção da inflação na comparação com os sorteios anteriores.

Segundo a Caixa Econômica Federal, responsável pela loteria especial, os bolões com os seis números sorteados acertados foram feitos em Brasília (2), Curitiba, Osasco (SP) e Pinhais (PR). As apostas individuais ganhadoras são de Nova Lima (MG), Curitiba e Tupã (SP).

Cada aposta vencedora vai levar um prêmio de R$ 79.435.770,67. No caso dos bolões, o valor vai ser dividido pelo número de cotas de cada um.

O bolão com maior número de cotas premiadas foi feito em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. O jogo teve 56 cotas e cada uma terá direito a R$ 1.418.495,90.

O prêmio é pago individualmente para o dono de cada um das cotas do bolão, que precisam resgatar o dinheiro em uma agência da Caixa Econômica Federal.

Veja os bolões premiados
- Brasília: 3 cotas, com prêmio de R$ 26.478.590,22 para cada uma
- Brasília: 30 cotas, com prêmio de R$ 2.647.859,02 para cada uma
- Curitiba: 28 cotas, com prêmio de R$ 2.836.991,81 para cada uma
- Osasco (SP): 56 cotas, com prêmio de R$ 1.418.495,90 para cada uma
- Pinhais (PR): 50 cotas, com prêmio de R$ 1.588.715,41 para cada uma

Os números da Mega da Virada sorteados nesta terça foram: 01 - 17 - 19 - 29 - 50 - 57.

Quem acertou as cinco dezenas também vai passar 2025 com mais dinheiro na conta. É o caso de 2.201 sortudos. Cada um receberá R$ 65.895,79; outras 190.779 pessoas acertaram quatro números e vão levar R$ 1.086,04.
Nunca na história da Mega da Virada, que começou a ser sorteada no atual modelo em 2009, houve apenas um ganhador.,

O apostador tem até 90 dias para sacar o prêmio. Caso não faça isso, a pessoa perde o direito ao dinheiro, que é repassado ao Tesouro Nacional, para aplicação no Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior).

Foi o que aconteceu com uma aposta de São Paulo na Mega da Virada de 2020. O ganhador ou ganhadora não apareceu para retirar R$ 162,6 milhões (em valores da época, sem correção) e o prêmio, que prescreveu, se tornou o maior valor esquecido por um apostador em loterias no Brasil.

O ganhador de prêmio bruto até R$ 2.259,20 pode sacar o dinheiro em qualquer casa lotérica credenciada, com apresentação de comprovante de identidade original com CPF e recibo de aposta original e premiado. A partir desse valor, o saque ocorre apenas em uma agência da Caixa.

Se você não foi um dos sortudos, sua próxima chance será no sábado (4), quando será sorteado o concurso 2811 da Mega-Sena tradicional, com premiação principal estimada em R$ 3,5 milhões.
 

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