Economia

mato grosso do sul

Gasolina deve voltar a passar dos R$ 6 com o fim da isenção de impostos

Valor do litro do combustível fóssil vai aumentar em R$ 0,69, e o do etanol, R$ 0,25, a partir de março

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Os preços dos combustíveis voltam a ficar mais caros, com o fim da isenção dos impostos federais a partir do início de março, em todo o País.

Os valores do litro da gasolina e do etanol passam a ficar R$ 0,69 e R$ 0,25 mais caros, respectivamente, conforme o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS). 

A isenção dos tributos federais para óleo diesel, biodiesel e gás natural continua valendo até dezembro deste ano. 

Conforme o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o litro da gasolina custa entre R$ 4,59 e R$ 5,74 no Estado. Com o acréscimo de R$ 0,69, o combustível passará a variar entre R$ 5,28 e R$ 6,43.

O litro do etanol é comercializado pelo valor mínimo de R$ 3,49 e o máximo de R$ 4,71. Somado o acréscimo de R$ 0,25, o biocombustível pode variar entre R$ 3,74 e R$ 4,96 nos postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul. 

As medidas de redução dos tributos federais sobre os combustíveis foram implementadas pela antiga gestão federal, em 2022. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou uma medida provisória (MP) que prorrogou a isenção por mais 60 dias, até o fim deste mês. 

Na semana passada, o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, confirmou o retorno da oneração em 1º de março à Folha de São Paulo.

Há uma pressão política para que haja manutenção do benefício, com apoio, inclusive, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, resiste a prorrogar a medida, para evitar a ampliação do rombo fiscal.

O pano de fundo do impasse é o temor da ala política em relação ao impacto sobre o bolso dos consumidores. 

IMPACTOS

De acordo com o mestre em Economia Eugênio Pavão, é esperado um primeiro impacto no bolso dos consumidores e na inflação.

“O impacto do aumento para os consumidores se dará pela alta do produto e também de sua participação na inflação. Isso, pois a gasolina tem um peso menor que o diesel na inflação, mas implica no bolso dos motoristas privados, de aplicativos e motociclistas”, comentou. 

O aumento não é notícia boa para o consumidor, porém, é consequência da necessidade de o governo fazer sua política fiscal. 

“Qualquer aumento é desagradável nas circunstâncias atuais, mas, para o governo fazer sua política fiscal [receitas e despesas públicas], a desoneração representa possibilidade de os estados aumentarem sua arrecadação, livrando o governo federal de bancar os prejuízos dos estados. Se o governo mantiver a desoneração, ele vai ter de bancar as perdas atuais, prejudicando a política fiscal”, explicou. 

Também conforme divulgado em reportagem da Folha, o cálculo do Ministério da Fazenda é que a volta da cobrança destes tributos garantam R$ 28,9 bilhões aos cofres da União neste ano. 

O doutor em Economia Michel Constantino ainda especifica toda equação do impacto na cadeia produtiva.

“O impacto mais forte é na cadeia produtiva. Os produtos que estão ligados com transportes vão sentir esse aumento. Aumenta o frete e o valor do produto, que também aumenta o preço final para o consumidor, então a gente tem a equação de toda cadeia produtiva”, detalhou. 

Constantino ainda acrescenta que a guerra entre Ucrânia e Rússia acaba tendo impactos aqui. “Um ponto importante é a questão da guerra entre Ucrânia e Rússia, que parece que está aumentando nesse período.

Então, se realmente tiver mais alguns atritos nesse problema europeu, a gente tem ainda, realmente, problemas de demanda nesses produtos de combustíveis, principalmente para energia, e aí os preços tendem a aumentar também”, comentou. 

MEDIDA

O presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Eloi Olenike, critica a reoneração dos impostos, já que houve incremento na arrecadação de tributos federais em janeiro. 

“Entendemos que essa medida, que é uma medida bastante impopular, ainda é um paradoxo. Já que o governo federal está tendo recorde de arrecadação de tributos, como aconteceu em janeiro, por que agora tentar arrecadar ainda mais com essa medida de reoneração?”, questionou. 

O atual governo, por meio do Ministério da Economia, já apresentou duas etapas da proposta da reforma tributária ao Congresso Nacional. A reforma tributária é uma das prioridades do governo Lula no primeiro semestre, ao lado da apresentação de um novo arcabouço fiscal a substituir o teto de gastos.

“A reforma tributária está atrasada há 30 anos. Quanto mais cedo melhorar a forma de arrecadar impostos nos moldes dos países desenvolvidos, vai ser melhor para o País”, opinou Constantino. (Colaborou Súzan Benites)

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DINHEIRO NO BOLSO

13º salário vai injetar R$ 4 milhões na economia de MS

O décimo terceiro salário pode ser pago em duas parcelas, sendo a primeira entre 1º de fevereiro e 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro

15/11/2024 11h45

Com 13º, sul-mato-grossense estará com o bolso repleto de dinheiro neste fim de ano

Com 13º, sul-mato-grossense estará com o bolso repleto de dinheiro neste fim de ano ARQUIVO/CORREIO DO ESTADO

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Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam que o 13º salário vai injetar R$ 4.248.873.355,06 na economia de Mato Grosso do Sul, em 2024.

Desse número, R$ 1.212.645.751são destinados aos aposentados/pensionistas e R$ 3.036.277.604 aos trabalhadores do mercado formal.

Em comparação ao ano anterior, houve aumento de 12,5% não o valor, representando um acréscimo de R$ 471.036.009,14.

Em relação a participação do PIB brasileiro, o percentual fechou em 1,58%. Na estimativa do valor em relação ao PIB estadual, foi observada uma discreta alta em 0,1 p.p, posto que a participação foi de 2,3%.

O décimo terceiro salário pode ser pago em duas parcelas, sendo a primeira entre 1º de fevereiro e 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro.

O número de beneficiários (aposentados/pensionistas + mercado formal) cresceu 7,5%, o que representa um aumento de 84.573 pessoas, totalizando 1.211.446 pessoas.

A quantidade de trabalhadores no mercado formal é de 855.281 pessoas, representando 70,6% do total de beneficiários do Estado.

Já os aposentados e pensionistas representam o quantitativo de 356.165 pessoas, equivalente a 29,4% dos beneficiários em MS.

O valor médio da remuneração dessas pessoas alcançou o valor de R$ 1.581,22, aumento de R$ 64,71 em valores monetários, ou de 4% em valores percentuais.

O governo de Mato Grosso do Sul e a Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) ainda não divulgaram quando vão depositar os valores na conta dos servidores.

Veja na tabela:

Com 13º, sul-mato-grossense estará com o bolso repleto de dinheiro neste fim de ano

13º salário

Todos os trabalhadores com carteira assinada têm direito ao 13º salário, incluindo os que trabalham em regime de tempo parcial ou intermitente.

O cálculo do 13º salário é feito com base no salário bruto do trabalhador. Para calcular, você divide o salário bruto por 12 e multiplica pelo número de meses trabalhados no ano.

No 13º salário, são feitos descontos de INSS e IRRF. O valor dos descontos depende do salário bruto e da faixa de renda do trabalhador.

O 13º salário pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro. 

aumento

Litro da gasolina registra alta de quase 11% em MS

Levantamento da ANP aponta que o litro do combustível fóssil passou de R$ 5,33 na primeira semana deste ano para R$ 5,91 no início deste mês

15/11/2024 08h30

Litro da gasolina varia entre R$ 5,49 e R$ 7,09 em todo o Estado

Litro da gasolina varia entre R$ 5,49 e R$ 7,09 em todo o Estado MARCELO VICTOR

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Em Mato Grosso do Sul, o preço do litro da gasolina apresentou uma elevação de 10,87% neste ano. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em janeiro, o valor médio do litro do combustível custava R$ 5,33, passando para R$ 5,91 na primeira semana deste mês. Ou seja, aumento de R$ 0,58 por litro.

Conforme o levantamento, entre os dias 7 e 13 de janeiro, a gasolina era vendida no Estado com valor mínimo de R$ 5,09 e máximo de R$ 6,84. Já entre os dias 3 e 9 deste mês, a menor precificação encontrada para o combustível fóssil foi de R$ 5,49 e a maior, R$ 7,09 por litro.

O mestre em Economia Lucas Mikael destaca aspectos que podem ter contribuído para o aumento nos preços dos combustíveis de janeiro a novembro deste ano, com destaque para a gasolina. 

“Os principais a serem destacados são o aumento dos custos das distribuidoras e dos postos, repassados diretamente ao consumidor. No entanto, o maior peso ainda cai sobre os impostos, e também a oscilação do dólar frente ao real encarece as importações de taxas de petróleo, enquanto a elevação global nos preços do barril, motivada por esforço geopolítico, especialmente no Oriente Médio, eleva o custo da matéria-prima”, analisa.

O doutor em Economia Michel Constantino acrescenta que a majoração está totalmente ligada ao aumento de impostos federais, principalmente na gasolina.

“Como o etanol faz parte da composição da gasolina, o aumento da gasolina puxa o preço do etanol para cima”, esclarece. 

“Esse aumento é em todo Brasil, e temos um efeito multiplicador na economia, aumenta preço do frete, do transporte e do custo de produção, elevando preços dos alimentos”, relata o economista, reforçando que além disso, os fatores econômicos, como a carga tributária elevada e as margens de lucro na distribuição, também interferem no preço para a ponta da cadeia.

O economista Eduardo Matos destaca que o aumento também reflete a volatilidade no mercado internacional e a política de preço de paridade de importação imposta pela Petrobras.
“Essa dinâmica ajusta os valores conforme a cotação do petróleo e as flutuações do câmbio, afetando diretamente o preço de refinarias e postos de distribuição”, detalha.

Com a elevação de preços, é importante destacar que a gasolina permanece em desvantagem em relação ao biocombustível. Na comparação de preços, o álcool continua mais vantajoso.

Para descobrir se vale a pena fazer a troca, basta dividir o valor do etanol pelo da gasolina, e o resultado deve ficar abaixo de 0,70. Por exemplo, ao dividir R$ 3,86 (etanol) por R$ 5,91 (gasolina), o resultado é 0,65. Portanto, nesse caso, a substituição ainda é viável.

COMBUSTÍVEIS

Ao mesmo tempo, a tendência é de alta nos últimos meses principalmente para o etanol, que acumula elevação significativa de 19,5% no acumulado do ano. Em janeiro, o litro do biocombustível custava R$ 3,23, passando para R$ 3,86 na primeira semana deste mês, alta de R$ 0,63 por litro.

Os relatórios da ANP mostram que o álcool segue tendência de alta desde o segundo mês do ano, com os preços se elevando mês após mês, com destaque para a primeira semana de julho, quando o etanol atingiu média de R$ 4,08 em Mato Grosso do Sul. Após a marca, os preços seguiram um recuo leve, chegando a média de R$ 3,86 entre os dias 3 e 9 deste mês.

Para o álcool, o preço mínimo praticado neste mês em MS foi de R$ 3,57, enquanto o maior valor pesquisado foi de quase R$ 5 (R$ 4,98). Contudo, Matos ressalta que o preço praticado atualmente pelo Estado para o etanol é um dos menores. 

“Mesmo com a alta acumulada, ele é um dos mais baixos na história do Estado. Isso por conta dos investimentos que a cadeia recebeu, é claro, a cana-de-açúcar, que historicamente é o principal, mas também abertura de usinas de etanol de milho”, frisa o economista.

Já o diesel também registrou elevação nos preços de revenda para o consumidor. Contudo, o porcentual alcançado para o combustível fóssil ficou em apenas 1,02%. Para o diesel S10, a diferença mostrada pelo levantamento da ANP é de R$ 0,15 (2,56%).

O diesel comum tinha preços que variavam de R$ 5,35 a R$ 7,49 no início do ano, com média de R$ 5,87. Na primeira semana deste mês, o litro do diesel foi encontrado em MS em seu menor e maior valor a R$ 5,57 e R$ 7,47, respectivamente, o que resultou em média de R$ 5,93.

Para o diesel categoria S-10, a flutuação de preços também foi moderada. Na primeira semana de janeiro, o preço médio de revenda no Estado era de R$ 5,86. Já na última semana do mês passado, o valor foi a R$ 6,01.

DEFASAGEM

Os relatórios da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) do dia 14 mostram que a defasagem da gasolina ficou com média negativa de R$ 0,02 (ou -1%) e a do óleo diesel, de
R$ 0,12 (ou -3,0%), no comparativo com os valores praticados no mercado internacional. 

Conforme o levantamento de Preços de Paridade de Importação (PPI), com a estabilidade no câmbio e nos preços de referência do óleo diesel e da gasolina no mercado internacional no fechamento do dia útil anterior, o cenário médio de preços está abaixo da paridade para o óleo diesel e para gasolina.

Litro da gasolina varia entre R$ 5,49 e R$ 7,09 em todo o Estado

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