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Gasolina já subiu 43,4% este ano e preço chega a R$ 5,99

Petrobras anunciou ontem o oitavo reajuste nos preços da gasolina e do diesel neste ano, que passa a valer a partir de hoje nas refinarias da estatal

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A Petrobras anunciou reajuste de 1,9% no preço da gasolina e de 3,8% no óleo diesel em suas refinarias, que passa a valer a partir de hoje.  

É o oitavo aumento anunciado para a gasolina, que já acumula alta de 43,47%, e o sétimo para o diesel, que subiu 36,63% em 2021. Os combustíveis ficam, respectivamente, R$ 0,05 e R$ 0,10 mais caros a partir de hoje.

Em nota, a Petrobras justifica que “os reajustes são realizados a qualquer tempo, sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e análise do ambiente externo. Isso possibilita à companhia competir de maneira mais eficiente e flexível e evita o repasse imediato da volatilidade externa para os preços internos”, informou a estatal.

O litro da gasolina passa a custar R$ 2,64 nas refinarias da estatal, e o diesel, R$ 2,76.  

Recentemente, a Petrobras havia feito dois cortes no preço do diesel, acompanhando a queda das cotações internacionais do petróleo, que foi a R$ 2,66 por litro. O preço da gasolina havia caído uma vez e foi a R$ 2,59.

Últimas notícias

Em dezembro, o litro da gasolina custava em média R$ 1,84. Já o do diesel saía a R$ 2,02.

De acordo com o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos (Sinpetro-MS), Edson Lazarotto, toda a cadeia sofre com o aumento dos preços.  

“A nossa esperança é de que as coisas mudem, esses reajustes afetam toda a economia, além de inflação, transporte coletivo e diversos outros serviços. Em todas as etapas, o aumento não é bom para ninguém, e para o consumidor fica cada vez mais difícil, porque ele absorve toda a carga de impostos e os aumentos”, destacou ao Correio do Estado.  

A alta dos combustíveis foi fator determinante para que a inflação oficial tenha atingido em março o maior patamar desde 2015, 0,93%. Em 12 meses, a inflação chegou a 6,10%, valor superior ao teto da meta para 2021, de 5,25%.

O consumidor deve sentir o impacto dos aumentos no bolso nos próximos dias. Lazarotto explica que o repasse deve chegar às bombas em até uma semana.

“A partir de hoje esse repasse já chega às distribuidoras, nas bombas, os reajustes geralmente demoram uma semana. O aumento deve ser de, em média, R$ 0,05 na gasolina e de R$ 0,10 no diesel – já são oito aumentos apenas neste ano”, informou.

PREÇO

Os preços praticados nas refinarias atingiram o menor valor já registrado no ano passado. A gasolina foi a R$ 0,91, e o diesel, a R$ 1,14, em abril de 2020.  

Na época, a gasolina era comercializada a R$ 3,98 em Mato Grosso do Sul. Desde então, o consumidor tem percebido aumentos consecutivos.

Desde dezembro do ano passado, a gasolina comercializada no Estado tem batido recordes, com os maiores valores já registrados na série histórica da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Nas bombas dos postos de combustíveis, antes mesmo do reajuste, o preço praticado em Mato Grosso do Sul é de, em média, R$ 5,58, sendo o mínimo R$ 5,47 e o máximo R$ 5,99.

Já o diesel comum é comercializado pelo preço médio de R$ 4,17 no Estado, indo do mínimo de R$ 3,99 ao máximo de R$ 4,33. De acordo com o diretor do Sinpetro-MS, a oscilação do etanol tem influenciado os reajustes em outros combustíveis.

“O etanol tem subido muito, cada vez que ele passa por um reajuste, impacta nos valores da gasolina, que acaba subindo gradativamente. Nos últimos quatro meses, o reajuste chegou a mais de 43% – é muita coisa!”, explicou.

ICMS

No início do mês, após “congelar” a pauta fiscal do combustível por 30 dias, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) autorizou o reajuste do preço médio ponderado dos combustíveis para cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).  

A pauta fiscal é o preço médio ponderado, definido pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que serve como referência para a base de cálculo da cobrança do ICMS sobre os combustíveis.

Com isso, a gasolina comum ficou R$ 0,18 mais cara no Estado. Isso ocorre por conta da taxa de 30% do ICMS cobrado, que tem uma das maiores taxas do País. Antes, o valor médio cobrado por litro era de R$ 1,50 e, agora, passa para R$ 1,68. Mato Grosso do Sul está entre os cinco estados com maior cobrança de ICMS sobre a gasolina.  

Hoje o imposto estadual representa 30% do preço da gasolina, 20% do preço do etanol e 12% do preço do diesel.

ALTERAÇÕES

A Petrobras passa por um processo de mudança no seu comando, após críticas sucessivas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à política de preços de combustíveis da estatal.

O Conselho de Administração da Petrobras se reúne hoje para avaliar propostas de eleição do novo presidente e dos diretores-executivos da companhia. Para o cargo de presidente, o colegiado avaliará o nome do general da reserva Joaquim Silva e Luna, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro. 

Na segunda-feira, Silva e Luna foi aprovado, em assembleia, para assumir uma vaga no Conselho de Administração da petroleira, sendo este um passo necessário para poder assumir o comando da empresa.  

Na contramão da pandemia, a Petrobras encerrou o quarto trimestre de 2020 com lucro recorde de R$ 7 bilhões, apesar do momento de crise.

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IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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