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Geração distribuída compartilhada é opção para quem não quer investir em placas solares

Geração distribuída compartilhada é opção para quem não quer investir em placas solares

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Mato Grosso do Sul é o 11º no ranking dos maiores geradores de energia solar do Brasil.

De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a potência instalada de energia solar cresceu mais de 14 vezes (1.367%), saindo de 31,8 megawatts (MW), em 2019, para 466,8 MW, em outubro deste ano.

Com o crescimento da energia solar na matriz energética brasileira, surgiram novas opções para ter acesso à energia limpa. 

Uma dessas opções é a geração distribuída compartilhada, regulamentada pela Aneel com a Resolução Normativa 687/2015 e responsável por possibilitar o compartilhamento de energia de micro ou minigeração entre um grupo de pessoas (físicas ou jurídicas) que esteja na mesma área de concessão.  

A geração distribuída compartilhada é uma forma de consumidores interessados em consumir energia limpa e renovável que não conseguem instalar as próprias placas, por falta de capital para o investimento inicial ou espaço físico, terem acesso aos benefícios da energia solar. 

O que é geração compartilhada

“Geração compartilhada: caracterizada pela reunião de consumidores, dentro da mesma área de concessão ou permissão, por meio de consórcio ou cooperativa, composta por pessoa física ou jurídica, que possua unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras nas quais a energia excedente será compensada”, detalha a resolução da Aneel.

Na prática, o modelo de negócio envolve uma empresa ou cooperativa que constrói todo o empreendimento.

Com as chamadas fazendas solares, que podem ser propriedades urbanas ou rurais, essa energia gerada pelo sol é disponibilizada na rede da distribuidora local e devolvida em forma de crédito na conta de luz para esses consumidores. 

PARA EMPRESAS

A (re)energisa é um exemplo de empresa que já oferece o modelo de geração distribuída de energia compartilhada (ou por assinatura).

Pioneira no segmento no estado de Minas Gerais, a marca de soluções energéticas do Grupo Energisa já atende mais de 3 mil unidades consumidoras no estado. 

Recentemente, o mesmo modelo de negócio chegou a Mato Grosso do Sul.

A opção ofertada pela (re)energisa é voltada para pequenas e médias empresas que consumam pelo menos R$ 1.000 em conta de luz mensalmente. 

Com a Assinatura Solar (re)energisa, os pequenos e médios empresários não precisam comprar ou instalar nenhum tipo de equipamento e, ainda assim, têm o melhor que a energia solar tem a oferecer: economia com sustentabilidade para os seus negócios. 

O processo é simples: no site da (re)energisa, o cliente pode fazer o pedido para aderir à solução em energia renovável. É só enviar a última fatura de energia e aguardar o contato de um especialista. 

Faça sua simulação: Clique aqui

A energia gerada é disponibilizada direto na rede da distribuidora local, que posteriormente gera créditos de energia na conta de luz do consumidor.  

Fatura

Se a energia disponibilizada for maior que o consumo, a diferença fica como crédito para os meses seguintes, garantindo economia o ano todo. 

“O acompanhamento do status da conexão é enviado para o cliente por e-mail após a assinatura.

Após a conexão, o cliente recebe mensalmente, com a fatura, o relatório detalhado de economia da assinatura dele”, explica a empresa por meio de nota.

O consumidor (re)energisa passará então a receber duas contas de energia: a primeira da distribuidora, constando as taxas e impostos federais, estaduais e municipais; e a segunda da (re)energisa, com relatório detalhado tanto sobre a geração quanto sobre a economia dele ao longo do ano. 

Ao Correio do Estado, a líder da (re)energisa, Roberta Godoi, destacou que o setor elétrico passa por um momento de transição energética. 

“O mercado de energias renováveis está crescendo de forma acelerada, o que é bom para os clientes, as empresas e, inclusive, o meio ambiente. A (re)energisa está aqui para somar e oferecer alternativas que fortaleçam o mercado local. Em Mato Grosso do Sul, os aportes são da ordem de R$ 163 milhões, que vão aquecer a economia e fomentar o desenvolvimento”.

Quem pode solicitar o serviço

Atualmente, a Assinatura Solar (re)energisa só pode ser feita por pessoas jurídicas, mas, de acordo com o grupo, o serviço pode ser estendido ao consumidor residencial em breve.

MERCADO NACIONAL

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a capacidade de geração solar instalada no Brasil ultrapassou os 21,3 gigawatts (GW) no mês passado, levando a fonte a responder por 9,7% da capacidade brasileira.

A potência instalada da tecnologia já supera a da Usina Hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do mundo e a maior das Américas.

Ainda de acordo com a entidade, a capacidade de geração solar do País é dividida em 6,7 GW de grandes parques geradores e 14,38 GW de geração distribuída – que incluem desde a geração residencial até a das fazendas solares. 

Somente neste ano, a geração solar fotovoltaica cresceu mais de 54,34% no País, saltando de 13,8 GW, em 1º de janeiro, para os atuais 21,3 GW.  Boa parte desse crescimento veio da geração distribuída (GD), que totaliza mais de 4,9 GW acumulados.

Trata-se do maior volume anual da história do setor, superando os 4,48 GW contabilizados ao longo dos 12 meses de 2021, segundo a Aneel. 

De acordo com a Absolar, em breve a fonte será a segunda maior na matriz energética do País, atrás somente da geração hidrelétrica. A segunda maior fonte hoje é a eólica, com 22,8 GW.

Segundo o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, apesar de ainda não ter acabado, 2022 já é o melhor ano da energia solar registrado no Brasil na última década.

“Do fim de 2021 para outubro deste ano, a geração própria de energia solar saltou de 8,4 GW para 21 GW de potência instalada”, o que representa crescimento de 150%.


 

Saiba: Com a Assinatura Solar (re)energisa, os pequenos e médios empresários não precisam comprar ou instalar nenhum tipo de equipamento e, ainda assim, têm o melhor que a energia solar tem a oferecer: economia com sustentabilidade para os seus negócios.

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Economia

Governo prepara cadastro de pessoas proibidas de apostar em bets

Lista deverá ser lançada no segundo semestre, após consulta pública

10/02/2025 23h00

Bets é um perigo para sociedade de baixa renda, segundo ministros.

Bets é um perigo para sociedade de baixa renda, segundo ministros. Agência Brasil

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Um banco de dados nacional com cidadãos excluídos pela Justiça ou proibidos pela legislação de apostar em bets deverá estar pronto até o segundo semestre, anunciou nesta segunda-feira (10) o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena. A proposta é o item prioritário da agenda regulatória da secretaria para 2025 e 2026.Bets é um perigo para sociedade de baixa renda, segundo ministros. Bets é um perigo para sociedade de baixa renda, segundo ministros.

O cadastro entrará em consulta pública de abril a junho. Segundo Dudena, o Ministério da Fazenda está preparando o sistema informático. O banco de dados pretende centralizar a lista de todas as pessoas que, por algum motivo, tenham sido proibidas de apostar on-line e repassar os dados às empresas.

“No segundo trimestre, a gente pretende colocar esse modelo em consulta pública e, a partir das respostas e dos feedbacks que tivermos, possamos implementar. A ideia, então, é que já no segundo semestre isso seja implementado, a depender das soluções”, disse o secretário em entrevista coletiva para apresentar a agenda do órgão até o fim do próximo ano.

Pela legislação, técnicos de futebol, jogadores, árbitros, menores de 18 anos e membros de órgãos de regulação são proibidos de apostar. Além dessas informações, o cadastro incluirá quem for proibido por decisão judicial. “A solução tecnológica é uma centralização de uma base de dados que vai pensar a melhor forma de garantir que os proibidos não tenham os seus cadastros aceitos nas casas de apostas”, justificou Dudena.

Apesar de o cadastro negativo de apostadores ficar para uma etapa posterior, o governo quer colher sugestões da sociedade para elaborar a agenda regulatória. Disponível na plataforma Participa Mais Brasil, a consulta pública ficará aberta até 27 de março para que os interessados enviem as sugestões. Em 21 de fevereiro, a secretaria fará uma audiência pública online para ouvir os interessados.

Estatísticas

Além de divulgar as prioridades da secretaria, Dudena apresentou as estatísticas da primeira fase da regulamentação das apostas eletrônicas, que terminou em 31 de dezembro. Ao todo, 68 empresas de apostas foram autorizadas a atuar no país, com 70 outorgas quitadas e 153 marcas autorizadas. As empresas pagaram ao governo R$ 2,1 bilhões em outorgas de três anos, com cada uma valendo R$ 30 milhões, conforme a legislação.

Em relação aos sites ilegais, Dudena informou que a secretaria ordenou o bloqueio de 11.555 domínios à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que executa a proibição. Apenas em janeiro, após a entrada em vigor do mercado regulado, foram realizadas 75 ações de fiscalização de influenciadores.

O secretário explicou que a fiscalização ocorre apenas na esfera administrativa, mas que tem poder de pedir para eliminar propagandas que violem a regulamentação das apostas eletrônicas. “O órgão regulador não se mistura com órgão de persecução penal. Nos cabe a identificação de quem são, associar esses influenciadores a empresas para as quais prestam serviço, falar com plataformas, meios e redes sociais para pedir que isso seja derrubado. A gente tem papel regulatório e aí, ato contínuo, os órgãos de execução penal são acionados”, declarou.

Programas sociais

No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu o uso de recursos de programas sociais, como o Bolsa Família, em apostas eletrônicas. Dudena admitiu dificuldade em fiscalizar por falta de esclarecimentos do Supremo.

“A cúpula do direito constitucional do Judiciário decidiu que é necessária alguma forma de restringir valores de programas sociais. Qual é a nossa dificuldade aqui? As decisões, tal qual foram prolatadas, trazem dúvidas sobre como elas devem ser aplicadas. Por conta disso, a Advocacia-Geral da União fez um recurso para que se esclareça exatamente o que se pretende com essas decisões. Aqui a gente cumpre decisões, o que a gente vai fazer é cumprir decisões assim que ficar exatamente claro qual é a decisão”, disse o secretário.

Em dezembro, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou ao STF haver dificuldades para impedir o uso de recursos do Bolsa Família em bets. O governo federal apontou entraves para distinguir nas contas dos apostadores os recursos dos benefícios sociais e o dinheiro de outras fontes de renda.

A AGU também pediu esclarecimentos sobre se a determinação também vale para apostas de bets estaduais. No recurso, o governo também alegou que, após o pagamento dos benefícios sociais, os recursos das contas bancárias passam a ser privados, o que dificulta a proibição.

Economia

Possível taxação do aço pelos EUA impacta exportações do Brasil

Avaliação é de especialistas entrevistados pela Agência Brasil

10/02/2025 21h00

Vale/Arquivo/Divulgação

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A taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio, prometida pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, impacta a produção desses setores no Brasil, avaliaram especialistas em comércio exterior consultados pela Agência Brasil.

O país da América do Norte é o maior comprador do aço brasileiro. Segundo dados do Instituto Aço Brasil, em 2022, os EUA compraram 49% do total do aço exportado pelo país. Em 2024, apenas o Canadá superou o Brasil na venda de aço aos Estados Unidos.

No caso do alumínio, a dependência dos EUA é menor. O país foi o destino de 15% das exportações de alumínio do Brasil em 2023. O principal comprador do alumínio brasileiro é o Canadá, que absorveu 28% das exportações desse produto naquele ano. Os dados são da Associação Brasileira do Alumínio (Abal).

O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luiz Carlos Delorme Prado afirmou que a possível taxação deve ter impacto nos setores atingidos, mas não deve causar maiores problemas para o conjunto da economia.

“Embora a taxação seja muito importante para essas indústrias, para o conjunto da economia brasileira o impacto não é tão grande assim. O Brasil vai ter que redirecionar essas exportações, ou então, o que eu acho mais importante, tentar aumentar o consumo doméstico de aço. O Brasil tem alternativas. É diferente do México e do Canadá, que são muito mais dependentes do mercado americano”, explicou Prado.

O especialista acrescentou que o impacto será menor para o setor do alumínio. “O setor pode sofrer indiretamente porque as exportações de produtos de alumínio do Canadá para os Estados Unidos podem cair, isso pode afetar as exportações brasileiras para o Canadá. Mas, de qualquer maneira, o impacto é menor”, completou.

Caso a taxação resulte em queda na produção desses produtos no Brasil, haverá perda econômica, de produtividade e de empregos nesses setores e nas demais áreas interligadas ao aço e ao alumínio, avaliou o economista, doutor em relações internacionais e CEO da Amero Consulting, Igor Lucena.

“No Brasil, você vai ter uma diminuição da fornalha, diminuição da cadeia produtiva e essa diminuição termina gerando queda da produção, que significa dispensa dos funcionários, queda do faturamento e até mesmo impacto na nossa balança comercial, com reflexos sobre o PIB”, comentou em entrevista à Agência Brasil.

Reciprocidade

O governo brasileiro aguarda o governo dos Estados Unidos oficializar a taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio para se manifestar sobre o tema, informou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil pode usar a lei da reciprocidade, aumentando as taxas de produtos estadunidenses consumidos pelo Brasil. "O mínimo de decência que merece um governo é utilizar a lei da reciprocidade”, disse em entrevista a rádios de Minas Gerais.

Protecionismo

Os analistas avaliam que a medida pode ser uma tentativa do governo Trump de favorecer o mercado de aço dos Estados Unidos ao encarecer o produto comprado no exterior. Porém, o economista Igor Lucena ponderou que haverá efeitos negativos para os estadunidenses.

“Um aço mais caro para os Estados Unidos ou uma falta de aço vai impactar negativamente a economia americana. Não há dúvida em relação a isso”, afirmou, acrescentando que o anúncio desse tarifaço pode ser uma tática para conseguir arrancar concessões dos países em negociações em outros áreas.

O professor Luiz Carlos Prado destacou que essa tática de negociação é prejudicial ao funcionamento da economia internacional. “Isso leva a ondas de choques, leva à redução de investimentos, leva a retaliações, porque, óbvio, o Brasil deve retaliar. Se o Brasil não reage, ele fica muito mais vulnerável a esse tipo de pressão”, comentou.

Durante o seu primeiro mandato, Trump impôs tarifas sobre o aço e o alumínio, mas concedeu depois cotas de isenção para parceiros, incluindo Canadá, México e Brasil, que são os principais fornecedores desses produtos.

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