Cerca de 100 mil trabalhadores com idade acima de 16 anos serão capacitados nos próximos anos para atender à crescente demanda do mercado de construção civil no País. Ontem, o Ministério do Trabalho e Emprego e a Abdib (Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base) firmaram um termo de cooperação técnica para promover ações de qualificação com o objetivo de melhorar a oferta de mão de obra para construção civil na infraestrutura.
As áreas visadas pelo programa são solda, encanamento e instalação de tubulações, instalações elétricas, montagem de estruturas de madeira e metal, pintura de obras e estruturas metálicas, além de estruturas de alvenaria.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, reconheceu, durante a assinatura do compromisso, que a falta de profissionais qualificados pode comprometer o crescimento do País, já que a produção e contratação pode cair por ausência de quadros capacitados no mercado.
Mesmo assim, o ministro reafirmou a confiança na criação de 3 milhões de empregos neste ano. “O resultado de janeiro já foi muito bom. Foram 150 mil, sem o ajuste feito quanto recebemos todos os dados das empresas que mandam informações fora do prazo. O menor crescimento do PIB também não afeta negativamente a geração de empregos”, opinou.
“Essa parceria com a Abdib é exatamente para isso, porque eles estão no local e sabem da realidade. Nosso desafio é construir os cursos de maneira tão transparente e fundamentada que só atraiam instituições sérias”, disse o ministro, segundo a Agência Brasil.
Custos
O ministério vai custear parte do custo dos cursos de qualificação contribuindo com a estrutura existente. O restante será bancado pelas empresas que aderirem ao projeto.
Segundo o presidente da Abdib, Paulo Godoy, o convênio tem o objetivo principal de promover treinamento de pessoas, especialmente nas regiões em que há dificuldade em implantar cursos desse tipo. São os casos de canteiros de obras e empreendimentos afastados dos grandes centros.
Para Godoy, o custo da iniciativa não preocupa as corporações, porque o projeto é autofinanciado. "Se montamos um bom programa, as empresas que treinarão seus profissionais acabarão elas mesmo custeando a iniciativa. É provável que tenhamos um grande canteiro que possa dar o impulso ao programa”.