O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, diminuiu para 0,41% em junho. Um mês antes, a taxa havia sido quase o dobro, 0,78%. Com o resultado, divulgado hoje (5) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador acumula alta de 5,82% nos últimos 12 meses.
Seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: habitação (de 0,83% para -0,01%), com destaque para tarifa de eletricidade residencial (de 1,84% para -0,85%); despesas diversas (de 4,47% para 0,25%), principalmente cigarros (9,34% para 0,4%); vestuário (de 1,01% para 0,13%), com influência de roupas (de 1,18% para -0, 11%); saúde e cuidados pessoais (de 0,8% para 0,28%), especialmente medicamentos em geral (1,41% para 0,17%); educação, leitura e recreação (de 0,29% para -0,14%), pressionada por hotel (0,32% para -3,38%); e alimentação (de 0,79% para 0,74%), influenciada por arroz e feijão (4,55% para 0,84%).
Por outro lado, subiram os preços em transportes (de -0,01% para 1,13%), com destaque para tarifa de ônibus urbano (de 0,00% para 2,50%); e comunicação (de -0,33% para 0,00%), com a contribuição de tarifa de telefone residencial (de -0,77% para 0,00%).
De acordo com a FGV, o IPC-C1 é calculado com base no perfil de consumo das famílias com renda menor, que dedicam parcelas maiores de seus gastos à alimentação, enquanto as que têm rendimentos mais elevados gastam frações mais altas de seus orçamentos com educação, saúde e lazer.