Economia

ORÇAMENTO 2021

Maioria das 242 emendas indicadas a LDO para 2021 são socioculturais

Resultado surpreendeu, já que todos os anos a maioria das emendas são para infraestrutura

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Diferente dos anos anteriores em que a maioria das emendas indicadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias de Campo Grande (LDO) são destinadas à infraestrutura tanto urbana quanto rural, esse ano as emendas surpreenderam em outro setor. Isso porque 27% das 242 apresentadas foram para o setor sociocultural. 

Segundo parcial analisada pela equipe técnica e jurídica da Câmara Municipal, a infraestrutura ficou em segundo lugar em ranking com 24% das emendas. Para a educação e informação restaram 13% das emendas até agora, 12% para a saúde e 7% para o desenvolvimento econômico. 

De acordo com o relator do projeto, Eduardo Romero (Rede), as emendas ainda não estão totalmente aptas. “Ainda não estamos dizendo que as emendas estão aptas para compor o relatório, muitas delas vão ser agrupadas por ser similares a outras, e algumas também não possa compor por natureza de instrumento legal, mas é alegar que essa Casa tem neste momento de pandemia compreendido os rumos e os desafios do orçamento público para 2020”, disse. 

A LDO é usada para estabelecer metas da administração pública e como base para elaborar o orçamento, que é definido por meio da Lei Orçamentária Anual (LOA). 

O valor estimado para o ano que vem, tem um leve crescimento de 0,7% comparado a receita deste ano, mas os números são o reflexo da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. 

O montante consolidado do orçamento será encaminhado em outro projeto de lei do Executivo, baseado nessas diretrizes definidas, o qual deve chegar à Casa de Leis até 30 de setembro, mesmo prazo para envio de revisão do Plano Plurianual (PPA) caso haja necessidade. 

supemercados

Rede local ativa 'atacarejo' para enfrentar gigantes nacionais e mundiais

Grupo Pires, que investiu R$ 50 milhões na loja de atacado, já é a rede de supermercados com o maior número de lojas de Mato Grosso do Sul

28/11/2024 14h30

Com a bandeira Frama, loja é a 37ª unidade do grupo Pires, que em junho completou 44 anos de atividade no Estado

Com a bandeira Frama, loja é a 37ª unidade do grupo Pires, que em junho completou 44 anos de atividade no Estado Marcelo Victor

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Nascida há 44 anos em Mato Grosso do Sul, a rede de supermercados Pires inaugurou nesta quarta-feira (27) e nesta quinta-feira (28) em Vicentina e em Campo Grande suas primeiras unidades ddo chamado "atacarejo". Com isso, aumentar sua concorrência com as gigantes nacionais e mundiais do setor, como as redes Fort Atacadista, Atacadão e Assaí, que já oferecem este tipo de loja há anos. 

Com investimento de R$ 50 milhões, a loja de Campo Grande, na Avenida Guaicurus, ocupa uma área de 40 mil metros quadrados. Em 2017 o terreno chegou a ser alvo de invasão por cerca de 200 famílias. Cerca de 50 chegaram a construir casas de alvenaria, mas meses depois foram despejadas. 

A loja, que aparece com a logomarca de Frama Atacadista, tem cerca de 12 mil metros quadrados e está gerando 135 empregos diretos. Com mais esta unidade, o Grupo Pires chega à 37ª loja e 2,8 mil empregos diretos nas cidades de Campo Grande, Dourados, Rio Brilhante, Maracaju, Deodápolis e Vicentina. 

E foi nesta última cidade, com apenas 6,4 mil habitantes, que o grupo inaugurou nesta quarta-feira (27) sua primeira atacadista no Estado, com investimento de R$ 25 milhões. “A gente não costuma falar em enfrentar is gigantes nacionais e mundiais. A gente fala que está oferecendo mais uma oportunidade para o consumidor”, afirma Vagner Lacerda, diretor de expansão do grupo e neto do fundador. 

Como responsável pelos novos investimentos, Vagner antecipa que para o próximo ano estão previstas outras quatro lojas em Campo Grande. Por questões de concorrência, prefere não divulgar os locais e nem se elas serão “supermercados normais” ou atacadistas, como as duas lojas inauguradas nesta semana. 

E ao ser questionado sobre a concorrência, Vagner diz que as 37 lojas do grupo colocam o Pires como a maior rede de supermercados de Mato Grosso do Sul, maior inclusive que o grupo Comper/Fort Atacadista em número de unidades.  Embora o presidente deste grupo resida em Campo Grande, ela é uma empresa de origem e matriz catarinense.

No quesito faturamento, contudo, o Pires ainda é segundo colocado entre os chamados supermercados locais, ranking no qual não entram os concorrentes do Grupo Pereira ou Atacadão e Assaí. Mesmo assim, destaca Vagner, o Pires já está entre as cem maiores redes de supermercados do País. Neste ranking, o Comper-Fort está em sétimo lugar. 

Até agora, o grupo tinha apenas duas unidades com a bandeira Frama em Campo Grande e ambas localizadas em bairros chamados nobres, como Vilas Boas e Chácara Cachoeira. As lojas com bandeira Pires estão praticamente todas espalhadas em regiões periféricas de Campo Grande.

Uma delas inclusive está a poucos metros do atacarejo inuaugurado nesta quinta-feira. “Vão funcionar as duas. São opções para os consumidores”, diz Vagner. Por dia, informa o site da empresa, eram atendidos em torno de 60 mil consumidores quando o grupo tinha 31 lojas. 

O fundador da rede nasceu em Deodápolis, no sul do Estado, cidade natal de dois dos três sócios (Francisco Pires, Manoel Pires e Maria Antonia Pires) e onde a rede tem loja até hoje. E, pelo menos por enquanto, a rede está somente na região centro-sul do Estado. Na Capital são 27 lojas, em Dourados, seis e as outras quatro em Rio Brilhante, Maracaju, Douradina e Vicentina. Mas, a previsão é ampliar ese número também no interior. 


 

JUSTIÇA FISCAL

Isenção no IR por motivos de doença será limitada a quem ganha até R$ 20 mil, diz Haddad

Ministro ressaltou que os ganhos com a medida vão ajudar a compensar a perda de arrecadação com a ampliação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000

28/11/2024 10h37

Pela proposta do ministro Fernando Haddad, contribuintes com renda de R$ 50 mil por mês terão de pagar uma alíquota mínima de Imposto de Renda

Pela proposta do ministro Fernando Haddad, contribuintes com renda de R$ 50 mil por mês terão de pagar uma alíquota mínima de Imposto de Renda

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O ministro Fernando Haddad (Fazenda) anunciou nesta quinta-feira (28) que o governo vai limitar a isenção de IR (Imposto de Renda) por motivos de saúde a quem ganha até R$ 20 mil por mês.

Ele ressaltou que as despesas médicas dos contribuintes continuarão a poder ser deduzidas integralmente; mas, no caso de quem tem renda acima do teto, não haverá 100% de isenção. A mudança, diz o ministro, busca corrigir distorções.

"Todo mundo pode abater despesa de saúde na sua integralidade. Se você gastou R$ 1 milhão para fazer um tratamento de saúde, você vai poder deduzir. Esta regra não vai alterar", disse.

"Contudo, a isenção de Imposto de Renda por razões de saúde vai ficar limitada a quem tem um salário de até R$ 20 mil por mês", acrescentou.

Segundo a Receita Federal, atualmente pessoas portadoras de doenças graves têm direito à isenção no IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física). São consideradas doenças graves, por exemplo, AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), cardiopatia grave, cegueira (inclusive monocular), contaminação por radiação, doença de Parkinson, esclerose múltipla, hanseníase, entre outras.
 

Haddad ressaltou que os ganhos com a medida vão ajudar a compensar a perda de arrecadação com a ampliação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000. A expectativa do governo é que a medida seja discutida e aprovada em 2025 para valer a partir de 2026.

O impacto da isenção maior será de aproximadamente R$ 35 bilhões. Outra medida que deve ajudar na compensação é a criação de um imposto mínimo para super-ricos no IRPF.

Pela proposta do governo, contribuintes com renda de R$ 50 mil por mês (R$ 600 mil por ano) terão de pagar uma alíquota mínima de Imposto de Renda.

Contribuintes com rendas elevadas no Brasil costumam ter seus ganhos concentrados em rendimentos isentos, como lucros e dividendos. Por isso, embora a tabela do IRPF preveja cobranças nominais de até 27,5%, a alíquota efetiva é bem menor no topo —às vezes, abaixo de 2%.

A cobrança sobre as grandes rendas busca equalizar essa diferença. O imposto mínimo terá uma alíquota progressiva, chegando a até 10%. Para saber se o contribuinte será alvo ou não do imposto, é preciso olhar a chamada alíquota efetiva. Ela mede o quanto foi pago de imposto em relação à renda total, que inclui tanto parcelas tributáveis quanto isentas (ou seja, salários, aplicações financeiras, lucros e dividendos, entre outros).

Caso a alíquota efetiva paga pelo contribuinte com renda maior que R$ 100 mil ao mês tenha ficado em 4%, por exemplo, ele deverá recolher uma parcela complementar equivalente a 6%, completando os 10% do chamado imposto mínimo.

(Informações da Folhapress)
 

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