Economia

MEDIDA

Mais de 92 mil empregos foram preservados em Mato Grosso do Sul com medida provisória

Suspensão de contrato ou redução de jornada e salários foi prorrogada por mais dois meses

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A Medida Provisória (MP) 936/2020, que passou a valer no dia 1º de abril, criou o programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda do Ministério da Economia, que autoriza empresas a suspenderem contratos trabalhistas ou reduzir a jornada de trabalho e, consequentemente, os salários, com o intuito de evitar demissões. 

Em Mato Grosso do Sul, o Benefício Emergencial (Bem) já preservou 92.845 empregos de abril até agosto, e 63.518 empregados foram beneficiados com o programa. Conforme dados do Ministério da Economia, somente em Campo Grande foram 46.520 acordos firmados.  

Com a medida, o empregador pode reduzir o salário e a carga horária dos empregados em 25%, 50% ou 70%, permitindo ainda que contratos fiquem suspensos, ou seja, que o trabalhador fique de “licença” e receba um benefício, durante a pandemia da Covid-19. 

Em contrapartida, o governo federal paga um auxílio financeiro, calculado dentro de uma porcentagem do que o empregado receberia de seguro-desemprego relacionada à queda de renda. A medida foi convertida na Lei 14.020, em 6 de julho de 2020.

Ainda conforme o ministério, um mesmo trabalhador pode ser contratado por mais de um emprego, por isso, há diferença entre o número de contratos e de empregados beneficiados. A lei também prevê que o empregado com contrato de trabalho intermitente formalizado até 1º de abril de 2020 possa receber o auxílio emergencial mensal no valor de R$ 600.  

De acordo com a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio (IPF-MS), Daniela Dias, as medidas são muito mais vantajosas, tanto para trabalhadores quanto para as empresas, que a demissão.

“Foram modos de amenização na economia. A suspensão do contrato de trabalho é melhor que a demissão efetiva; a redução salarial também é melhor que a redução que é o desemprego. Então essas medidas mitigaram os impactos tanto na economia quanto no número de desempregados”, destacou.

Segmentos

A modalidade com maior adesão no Estado foi a suspensão do contrato, com 40.549 acordos. Na sequência a redução em 50% na carga horária e nos salários, em que 20.021 acordos foram realizados. 

Foram 18.084 acordos com a redução de 70% das horas e do salário; 12.747 firmaram redução de 25%; e 1.474 trabalhadores intermitentes recebem o auxílio emergencial.  

Entre as atividades econômicas, dos 92.845 acordos firmados, 79% das reduções e suspensões foram acordadas pelos setores do comércio e serviços. 

Juntos, correspondem por 73.412 acordos. O segmento de serviços sozinho foi responsável por 53.128 empregos preservados, enquanto o comércio vem na sequência com 20.284 acordos. 

Em seguida, a indústria firmou 17.080 contratos, 1.539 na construção,767 na agropecuária e outros 47 sem especificação de setor.  

Conforme o Ministério da Economia, em todo o Estado 10.721 empresas aderiram às modalidades entre abril e agosto. 

A economista ainda ressalta que para o empregador a medida também é benéfica, pois para demitir os custos também são altos.  

“O pagamento de parte da folha de salários tende a contribuir positivamente para que os impactos sejam amenizados para os empresários. Uma pessoa desempregada tende a prejudicar muito mais o mercado. Então impacta todo o ciclo econômico: se não tem renda, não consome, o empresário vende menos e vai ter menos funcionários. Claro que suspender não é o melhor dos mundos, mas pelo menos estas pessoas estarão assistidas pelo governo federal, e ao mesmo tempo não tem uma demissão efetiva”, ressaltou Daniela.

Prorrogação

Na segunda-feira (24), o governo federal prorrogou por mais dois meses o programa. O decreto de prorrogação foi publicado no Diário Oficial da União e é assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. 

Com a extensão, os acordos poderão ser celebrados por até 180 dias, limitados à duração do estado de calamidade pública (até 31 de dezembro).

A medida provisória inicial, publicada em abril, que foi sancionada no início de julho e transformada em lei, previa a suspensão dos contratos de trabalho por até dois meses e a redução da jornada e de salários em até 70% por até três meses.

No dia 14 de julho, o governo publicou a primeira prorrogação do programa, elevando para até 4 meses o período em que as empresas poderiam reduzir jornada e salário dos funcionários e também fazer a suspensão dos contratos.

O decreto com a segunda prorrogação (publicado nesta segunda-feira) autoriza empresas tanto a suspender contratos quanto reduzir jornada de trabalho e salários por um período de até seis meses.

Durante a vigência dos acordos, a União entra com uma contrapartida para ajudar a complementar a renda dos trabalhadores até o limite do seguro-desemprego (R$ 1.813). O gasto estimado com o pagamento dos benefícios é de R$ 51,6 bilhões. 

Até agora, no entanto, foram desembolsados R$ 20,7 bilhões, o que permite ampliar o período em que as medidas podem ser tomadas com compensação pelo governo federal.  

No País, o programa registra 16 milhões de acordos celebrados para suspensão de contratos ou a redução de salários e jornada de trabalho, com impacto para 9,6 milhões de trabalhadores.

Terceiro melhor desempenho

Mato Grosso do Sul aumentou seu estoque de empregos, ou seja, tem mais pessoas empregadas. Conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no dia 1º de janeiro de 2020 o número de pessoas no mercado formal (com registro em carteira) era de 515,005 mil; em julho são 516,067 mil, diferença de 1.062 registros. 

Os dados apontam que no acumulado do ano, de janeiro a julho, foram 118.148 admissões contra 116.587 desligamentos, saldo de 1.561 novas vagas. Entre os estados brasileiros o desempenho de Mato Grosso do Sul teve o terceiro melhor resultado na geração de empregos, perdendo apenas para Mato Grosso e Maranhão.

Oportunidade

Prefeitura de Nova Andradina abre vagas imediatas para técnicos

Técnicos de nível médio atuarão no Programa Bolsa Família com salário de R$ 1,6 mil

25/11/2024 15h30

Prefeitura de Nova Andradina

Prefeitura de Nova Andradina Divulgação

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A Prefeitura de Nova Andradina anunciou a abertura de um novo processo seletivo para preencher seis vagas imediatas na Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social (SEMCIAS). As oportunidades são destinadas a profissionais com formação técnica de nível médio, que atuarão no Programa Bolsa Família.

Vagas

As vagas disponíveis são para o cargo de Técnico de Serviços Organizacionais, com as seguintes especializações:

  • Entrevistador
  • Digitador
  • Administrador

Os selecionados receberão um salário de R$ 1.690,34 para uma jornada de trabalho de 44 horas semanais. As contratações serão temporárias, com duração inicial de um ano, podendo ser prorrogadas por igual período.

Como Participar do Processo Seletivo

As inscrições para o processo seletivo da Prefeitura de Nova Andradina serão realizadas exclusivamente de forma presencial, em dois períodos distintos:

  1. De 2 a 6 de dezembro de 2024:
    • Horário: 7h às 11h
    • Local: Auditório da Prefeitura Municipal de Nova Andradina
    • Endereço: Avenida Antônio Joaquim de Moura Andrade, nº 541, Centro
  2. De 9 a 10 de dezembro de 2024:
    • Horário: 9h às 12h
    • Local: CRAS
    • Endereço: Avenida Dilson Casaroto, n° 336, centro de Nova Casa Verde

Etapas de Avaliação

O processo seletivo será composto por duas etapas principais:

  1. Prova de Títulos: Avaliação da qualificação e experiências profissionais dos candidatos.
  2. Entrevista: Realizada por ordem de classificação, considerando critérios como comunicação, conhecimentos sobre política de assistência social e pontualidade.

Informações Adicionais

Para mais detalhes sobre o processo seletivo, os interessados devem consultar o edital normativo nº 001/2024, disponível no site oficial da Prefeitura de Nova Andradina. Em caso de dúvidas, é possível entrar em contato pelo telefone (67) 3441-1250.

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ECONOMIA

Em MS, 13º de quase metade da população vai para o pagamento de contas

Expectativa é que festividades de fim de ano movimentem R$ 1,27 bilhão na economia local, com o Natal responsável por R$ 837 milhões e queda entre os que pretendem presentear no próximo dia 25

25/11/2024 12h51

Apesar do aumento no percentual dos que pretendem comemorar, houve queda de 10% no índice daqueles que presentearão neste 2024

Apesar do aumento no percentual dos que pretendem comemorar, houve queda de 10% no índice daqueles que presentearão neste 2024 Arquivo/Correio do Estado

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Levantamento sazonal feito pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio - MS (IPF-MS), com foco nas movimentações das festas de fim de ano mostram que, em Mato Grosso do Sul, quase metade da população que recebe 13º deve direcionar esse salário extra para o pagamento de contas. 

Por meio de entrevista em ponto de fluxo, a pesquisa entrevistou um total de 1.981 entre os dias 04 a 12 deste mês de novembro, ouvindo sul-mato-grossenses que moram nos seguintes municípios:

  • Campo Grande,
  • Dourados,
  • Ponta Porã,
  • Coxim,
  • Bonito
  • Corumbá
  • Ladário e
  • Três Lagoas.

Conforme levantamento, 44,27% devem se pagos com o 13º salário e 55,73% indicaram não receber esse dinheiro "extra", mostrando ainda que seja para os débitos do começo de ano ou que já venceram, quase metade (46,63%) deve direcionar os valores para contas. 

A grande maioria (27,48%) entre os que recebem o 13º indicaram que vão usar esse salário para o pagamento das contas que ainda vão vencer. 

Mais abaixo, 10,83% aponta que o 13º salário deve ir para as dívidas atrasadas, enquanto 8,32% indica que esse recurso vai para as tradicionais contas de início de ano, como os impostos sobre as propriedades Predial e Territorial Urbana (IPTU) e de Veículos Automotores (IPVA). 

Fora esse grupo, o ranking percentual de destino do 13º aparece com: 

  • 13,34% - Poupar/guardar o recurso
  • 11,63% - Comprar móvel/eletrodoméstico/eletrônico
  • 10,03% - Não decidiu ainda

Gastos de fim de ano

Conforme o levantamento da Fecomércio, a expectativa com as festividades de fim de ano é que o Estado movimente R$ 1,27 bilhão na economia local, com o natal responsável por R$ 837 milhões. 

Para a tradicional data do "bom velhinho", os gastos previstos estão estimados em R$ 414,8 milhões para presentes e R$ 422,6 milhões para comemorações, com outros R$ 434 milhões destinados ao Ano Novo. 

Regiane Dedé de Oliveira é economista do IPF da Fecomércio e cita o cenário tido como "positivo", apontando que o momento é oportuno para os comerciantes. 

"Oportuno para o comércio se preparar, atender bem e aproveitar o movimento gerado pelas festas de fim de ano. O gasto médio com presentes de Natal está em R$ 456, e o das comemorações em R$ 340, valores significativos que impulsionam nossa economia", diz.

Quanto ao Natal, se lançado olhar nos parâmetros de anos anteriores, é possível notar que apesar do aumento no percentual dos que pretendem comemorar, houve queda de 10% no índice daqueles que presentearão neste ano. 

No panorama do Estado, o percentual dos que comemorarão a data saltou de 54,67% para 83,49%, enquanto que, entre os que pretendem presentear o índice foi de 71,83% para 61,23%.


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