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Mercado aposta em juros a 11,75%

Mercado aposta em juros a 11,75%

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02/03/2011 - 14h57
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O mercado financeiro em peso acredita que o Banco Central (BC) elevará a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto porcentual, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que ocorre na noite desta quarta-feira. A maioria dos analistas, porém, avalia que o BC está errado. Para eles, a autoridade monetária deveria ser mais dura no combate à inflação. O aumento previsto elevaria a taxa a 11,75% ao ano.

Por isso, eventual surpresa na decisão - como uma alta de 0,75 ponto, para 12% ao ano - será bem-vinda, ainda que eles tenham de explicar aos superiores e aos clientes por que se equivocaram no palpite. O principal argumento é o de que as expectativas para a inflação pioram ininterruptamente, o que alimenta a alta dos preços. Esse pessimismo indica que os agentes econômicos desconfiam da capacidade de o BC controlar a inflação.

No boletim Focus, pesquisa que o BC faz com o mercado, a previsão para o Índice de Preçlos ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2011 piora há 12 semanas seguidas. O IPCA é o índice oficial de inflação. O governo estabeleceu 4,5% como meta para 2011 e 2012, com tolerância de dois pontos para baixo ou para cima. Ano passado, o IPCA estourou o centro da meta (5,91%). A expectativa é de que a supere neste e no próximo ano. Para 2011, a projeção está em 5,80%. Para 2012, em 4,78%.

A estimativa para o ano que vem é o que mais incomoda os analistas. "É inédito no regime de metas uma expectativa fora do centro da meta tão cedo", disse o economista Fernando Rocha, da JGP Gestão de Recursos. O economista-chefe do Santander e ex-diretor do BC, Alexandre Schwartsman, observa que, em julho, 80% dos profissionais que respondem a Focus acreditavam que a inflação ficaria no centro da meta. Na medição de fevereiro, eram 40%. "É grave em termos de sinalização."

horário estendido

Comércio de Campo Grande ficará aberto até às 22h a partir desta segunda

Lojas ficarão abertas até mais tarde devido ao aumento de movimento para compras de fim de ano; Horário estendido segue até o fim do mês, confira

08/12/2024 15h29

Horário será estendido devido ao aumento de movimento para compras de fim de ano

Horário será estendido devido ao aumento de movimento para compras de fim de ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A partir desta segunda-feira (9), o comércio de Campo Grande ficará aberto até às 22h durante a semana, com horário diferenciados aos sábados e domingos, até o fim do ano. 

O horário será estendido para atender a demanda de clientes, tendo em vista que o movimento aumenta durante o período de festas.

A decisão do horário estendido foi tomada na última quarta-feira (4), com o fechamento da convenção trabalhista entre o Sindicato do Comércio Varejista de Campo Grande (Sindivarejo CG) e o Sindicato dos Empregados do Trabalhadores do Comércio, estabelecendo, entre outros pontos, o horário especial de funcionamento do comércio.

Conforme a Fecomércio, ficou acordado que o comércio ficará aberto até às 22h de segunda a sábado, com horário diferenciado aos domingos e nas datas festivas.

Confira o horário especial de fim de ano no comércio:

  • Do dia 9 ao dia 23 de dezembro, de segunda a sábado - até às 22h
  • Domingos, dias 15 e 22 de dezembro -  9h às 18h
  • Dia 24/12 - Até as 17h (até as 19h em shoppings e hipercenters). 
  • Dia 31/12 -  Até as 16h (até as 18h em shoppings e hipercenters). 
  • Domingos, dias 15 e 22 de dezembro -  9h às 18h.
  • Dias 25 de dezembro e 1º de janeiro - comércio não abre

A convenção só foi fechada após a definição de reajuste salarial de 8% aos comerciários, sendo 6% para quem ganha acima do piso. O valor do vale alimentação foi reajustado para R$ 552.

Movimentação financeira

O período de fim de ano deve movimentar R$ 1,27 bilhão em compras para presentes e comemoração no comércio de Mato Grosso do Sul, segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF MS) e Sebrae MS. 

Esse valor inclui R$ 837 milhões relacionados ao Natal – sendo R$ 414,8 milhões para presentes e R$ 422,6 milhões para comemorações – e R$ 434 milhões no Ano Novo.

De acordo com a economista do IPF-MS, Regiane Dedé de Oliveira, o cenário é otimista.

“O consumidor sul-mato-grossense está mais propenso a celebrar, e isso reflete diretamente na economia. É o momento oportuno para o comércio se preparar, atender bem e aproveitar o movimento gerado pelas festas de fim de ano", disse.

"O gasto médio com presentes de Natal está em R$ 456, e o das comemorações em R$ 340, valores significativos que impulsionam nossa economia”, acrescentou a economista.

Decoração natalina

A decoração natalina do centro de Campo Grande foi inaugurada na última sexta-feira (6), com o acendimento da luzes decorativas nas Avenidas 14 de julho e Afonso Pena.

Há ainda decorações em forma de árvore de natal, cascata de estrelas, bolas de Natal, presépio, anjos, coelho, pinha, Papai Noel, Casa de Natal, entre outros.

Já a Cidade do Natal será inaugurada em 13 de dezembro, no espaço “Vila Morena”, localizado nos altos da avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

Neste ano, a Cidade do Natal vai até 31 de dezembro, totalizando 19 dias de programação. O local vai funcionar das 17h30min às 22h30min.

Economia

Acordo Mercosul-UE; entenda como ficam as exportações agrícolas

Condições para a entrada na UE de bens agrícolas exportados pelo Mercosul foram mantidas em relação ao texto original de 2019

08/12/2024 10h02

Cotas definidas no acordo comercial serão posteriormente divididas entre os países do Mercosul.

Cotas definidas no acordo comercial serão posteriormente divididas entre os países do Mercosul. Arquivo/Reprodução

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Após 25 anos de negociações, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE) foi assinado na última sexta-feira (6) e não sofreu modificações quanto ao comércio de produtos agropecuários, esclareceu o governo brasileiro no factsheet (documento com resumo) sobre o tratado.

As condições para a entrada na UE de bens agrícolas exportados pelo Mercosul foram mantidas em relação ao texto original de 2019.

O texto final contrariou a expectativa de países como França e Polônia, que queriam restringir os produtos do continente sul-americano para não perderem competitividade.

Existe a possibilidade de Itália, Países Baixos e Áustria se oporem ao acordo.

Pelo factsheet divulgado pelo governo brasileiro, café e sete tipos de fruta do Mercosul entrarão na União Europeia sem tarifas e sem cotas.

Pela oferta do Mercosul aceita pela UE, as frutas com livre circulação são: abacate, limão, lima, melão, melancia, uva de mesa e maçã.

Outros produtos agropecuários terão cotas (volumes máximos) e tarifas para entrarem na União Europeia, porém mais baixas que as atuais.

O acordo prevê a desgravação (retirada gradual da tarifa), de modo a zerar o Imposto de Importação entre os dois blocos e cumprir as condições de uma zona de livre-comércio. Os prazos para a eliminação de tarifas são de quatro, sete, oito, 10 e 12 anos, variando conforme o item.

As cotas definidas no acordo comercial serão posteriormente divididas entre os países do Mercosul. No caso de as exportações do Mercosul à UE ultrapassarem a cota, os produtos passarão a pagar as alíquotas atuais.

De acordo com o documento do governo brasileiro, a oferta da União Europeia, aceita pelo Mercosul, corresponde a aproximadamente 95% dos bens e 92% do valor das exportações de bens brasileiros à União Europeia.

Produtos sujeitos a cotas ou tratamentos não tarifários (como barreiras ambientais ou sanitárias) representam cerca de 3% dos bens e 5% do valor importado pela União Europeia, com esses tratamentos aplicados principalmente a itens do setor agrícola e da agroindústria.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a abordagem reflete o equilíbrio buscado entre a abertura de mercados e a proteção de setores sensíveis para ambas as partes.

Confira situação por produto, segundo o Ministério da Agricultura e factsheet do governo brasileiro: 

  • Café: exigência de que 40% do café verde e 50% do café solúvel sejam originários do Brasil. Para os três tipos de café (verde, torrado e solúvel), as tarifas, atualmente entre 7,5% e 11%, serão eliminadas de quatro a sete anos
     
  • Uvas frescas de mesa: retirada imediata da tarifa de 11%, com livre-comércio
     
  • Abacates: alíquota de 4% retirada em quatro anos
     
  • Limões e limas: tarifa de 14% retirada em até sete anos
     
  • Melancias e melões: alíquota atual de 9% eliminada em sete anos
     
  • Maçãs: tarifa atual de 10% retirada em dez anos
     
  • Etanol industrial: tarifas zeradas gradualmente, com cota de 450 mil toneladas sem tributo quando o acordo entrar em vigor
     
  • Etanol combustível e para outros usos: tarifas zeradas gradualmente, com cota de 200 mil toneladas, com um terço da tarifa europeia (6,4 euros ou 3,4 euros a cada cem litros), com volume crescente em seis estágios até cinco anos após a entrada em vigor do acordo
     
  • Açúcar: tarifas zeradas gradualmente, cota de 180 mil toneladas com tarifa zero e tarifas atuais, entre 11 euros e 98 euros por tonelada, sobre o que ultrapassar a cota. Cota específica de 10 mil toneladas para o Paraguai, com alíquota zero
     
  • Arroz: tarifas zeradas gradualmente, com cota de 60 mil toneladas com alíquota zero a partir da entrada em vigor do acordo e volume crescente de seis estágios em cinco anos
     
  • Mel: tarifas zeradas gradualmente, com cota de 45 mil toneladas com alíquota zero a partir da vigência do acordo e volume crescente em seis estágios em cinco anos.
     
  • Milho e sorgo: tarifas zeradas gradualmente, cota de 1 milhão de toneladas com alíquota zero na entrada em vigor do acordo, com volume crescente em seis estágios anuais em cinco anos
     
  • Ovos e ovoalbumina: tarifas zeradas gradualmente, com cota de 3 mil toneladas com alíquota zero a partir da vigência do acordo, com volume crescente em seis estágios anuais em cinco anos
     
  • Carne bovina: cota de 99 mil toneladas de peso carcaça, 55% resfriada e 45% congelada, com tarifa reduzida de 7,5% e cota crescente em seis estágios. Cota Hilton, de 10 mil toneladas, com alíquota reduzida de 20% para 0% a partir da entrada em vigor do acordo
     
  • Carne de aves: cota de 180 mil toneladas de peso carcaça com tarifa zero, das quais 50% com osso e 50% desossada e volume crescente em seis estágios
     
  • Carne suína: cota de 25 mil toneladas com tarifa de 83 euros por tonelada e volume crescente em seis estágios
     
  • Suco de laranja: redução a zero da alíquota em 7 e 10 anos e margem de preferência (redução de alíquota em relação à atual) de 50%
     
  • Cachaça: liberação do comércio em quatro anos de garrafas de menos de 2 litros, cota de 2,4 mil toneladas com alíquota zero e volume crescente em cinco anos para cachaça a granel. Atualmente, a aguardente paga alíquota em torno de 8%
     
  • Queijos: cota de 30 mil toneladas com volume crescente e com alíquota decrescente em 10 anos (exclusão de muçarela do acordo)
     
  • Iogurte: margem de preferência de 50%
     
  • Manteiga: margem de preferência de 30%

**(Com informações Agência Brasil) 

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