Dias após o anúncio do rombo financeiro bilionário de R$ 20 bilhões nas lojas Americanas, muitos consumidores ficaram na esperança de haver grandes promoções, mas a realidade está diferente.
Em uma visita feita pelo Correio do Estado, em duas grandes filiais no centro de Campo Grande, o funcionamento continua normal e os preços continuam sem grandes diferenças.
Na primeira loja visitada havia poucos clientes circulando e uma pequena fila para os caixas de pagamento. Foi possível observar algumas prateleiras sem mercadoria, no entanto, os funcionários estavam repondo os produtos.
Uma cliente no local, Bruna Santos, afirmou que não sentiu muitas diferenças após as notícias do prejuízo financeiro, e que as prateleiras vazias é algo comum daquela filial. "Sempre acontece de estar mais vazia nos períodos que costumo vir, então considero normal", disse.
Para a consumidora, Karen Santos, mesmo após as repercussões, não viu diferença nos preços. "Para mim está a mesma a coisa, uma coisa ou outra com uma diferença, mas nada demais", afirmou.
Em outra filial do centro da Capital, com espaço mais amplo, foi possível ver todas as prateleiras cheias, além de vários produtos em promoção. No entanto, nada que foge do normal da empresa e não foi visto nenhuma grande liquidação, como muitos consumidores esperavam.
Comparando com a primeira loja visitada, foi possível observar uma quantidade maior de clientes pelo espaço, muitos com carrinhos e cestas cheias. Também haviam aqueles em busca de material escolar.
Cliente a muitos anos, Rosilei Alves, conta que a loja está até com uma organização mais rigorosa, do que costumava ter. "O preço está o mesmo, está até mais organizada, antes as coisas eram um pouco reviradas, só isso que notei", disse.
No sábado (21) após pedir recuperação judicial, a empresa afirmou que não haverá alteração alguma para os clientes em relação as oferta de produtos.
A companhia afirmou que tem conversado com empresas responsáveis pelo fornecimento de mercadorias, pelo abastecimento das lojas e pela entrega das compras, além de reforçar os canais de comunicação com os clientes e prestar esclarecimentos a órgãos de defesa do consumidor.
Por causa do escândalo contábil no qual R$ 20 bilhões deixaram de ser registrados como dívidas no balanço, a Americanas entrou em recuperação judicial na última quinta (19).
A varejista tem uma dívida de aproximadamente R$ 43 bilhões com 16,3 mil credores, configurando como o quarto maior pedido de recuperação judicial da história do Brasil.
Com informações Folhapress