Economia

CRESCIMENTO

Mato Grosso do Sul é o Estado que mais gerou empregos em energia solar em julho

Os números foram divulgados por Hewerton Martins, presidente do Movimento Solar Livre

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Mato Grosso do Sul foi o Estado que mais gerou empregos em energia solar durante o mês de julho deste ano. 

Os números foram divulgados por Hewerton Martins, presidente do Movimento Solar Livre.

De acordo com Martins, Mato Grosso do Sul gerou 1.426 empregos diretos para o trabalho com energia solar, seguido São Paulo com 874, Espírito Santo com 445, Rio Grande do Sul com 394 e Pará com 341.

A energia solar – ou fotovoltaica - já está presente nos 79 municípios do Estado, com uma potência total de 426.786 Kwp (quilowatt-pico). 

Ao todo, são 44.912 usinas solares. Juntas, elas geram um total de 12.804 empregos. No ranking nacional, Mato Grosso do Sul está na 10ª posição.

Entre os municípios com mais usinas ou fazendas solares, Campo Grande é o maior destaque com 12.990, seguido por Dourados com 6.409, Três Lagoas com 1.842, Nova Andradina com 1.258, Paranaíba com 1.127, Naviraí com 995, Ponta Porã com 950, Corumbá com 908, Aquidauana com 868 e Ivinhema com 764.

Por região, o Centro-Oeste gera 2,75% de todas a energia que consome pelo sistema solar. O sul gera 2,2%, o Norte 1,45%, o sudeste 1,4% e o Nordeste 1,02%.

Mercado solar

Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) mostram que a chamada geração distribuída já é equivalente a 4,3% de todo o consumo dos clientes das distribuidoras, mostrando que o mercado solar fotovoltaico tem ocupado cada vez mais espaço na matriz brasileira de energia.

No primeiro semestre deste ano, as pequenas usinas da modalidade produziram 1.828 MW médios, um crescimento de 80% na comparação com o mesmo período do ano passado. 

Em capacidade instalada, a tecnologia conta com 11.315 megawatts de potência no país, o equivalente a quase uma hidrelétrica de Belo Monte.

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Economia

Haddad: Estamos tomando todas as providências para cumprimento da meta fiscal

le disse confiar no trabalho do Banco Central (BC) em levar a inflação para o centro da meta, de 3%

08/04/2025 21h00

Haddad descarta prejuízo para estados nas mudanças no imposto de renda

Haddad descarta prejuízo para estados nas mudanças no imposto de renda MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assegurou nesta terça-feira, 8, que o governo está tomando todas as providências para o cumprimento da meta fiscal, que exige um déficit de no máximo 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) nas contas primárias de 2025.

Segundo o ministro, que participou de fórum do Bradesco BBI, a dívida pública está subindo não por causa do resultado primário - ou seja, a diferença entre o que o governo gasta, excluindo as despesas com a dívida, e arrecada -, mas sim em razão da alta dos juros. Assim, defendeu, o governo precisa criar condições para reduzir os juros. "Nosso juro real de 8% é uma anomalia", afirmou.

Ele disse confiar no trabalho do Banco Central (BC) em levar a inflação para o centro da meta, de 3%. "Acredito que o Banco Central está fazendo seu papel." Mesmo com os juros mais altos, Haddad projetou que a economia pode bater o crescimento de 2,5% neste ano.

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CPI

Apostadores destinam até R$ 30 bilhões por mês a bets

Secretário-executivo do Banco Central (BC), Rogério Lucca, fez a afimação na CPI das Bets no Senado

08/04/2025 20h00

CPI das Bets no Senado

CPI das Bets no Senado Foto: Lula Marques / Agência Brasil

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A regulamentação das apostas online não inibiu o interesse do brasileiro pelos jogos de azar. De janeiro a março, os apostadores destinaram até R$ 30 bilhões por mês às bets, disse nesta terça-feira (8) o secretário-executivo do Banco Central (BC), Rogério Lucca. Ele e o presidente do órgão, Gabriel Galípolo, falaram à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets do Senado.

Segundo Lucca, no ano passado, quando o mercado ainda não estava regulado, o BC tinha estimado em torno de R$ 20 bilhões por mês o fluxo gasto com apostas eletrônicas. Com a atualização dos dados após a regulação, que entrou em vigor em 1º de janeiro, o BC constatou que o valor ficou um pouco superior, entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões.

“A gente chegou à época [no ano passado] a um valor médio mensal de R$ 20 bilhões de fluxo para esses sites. Durante este ano, de janeiro a março, o valor que a gente acompanha para efeito de atividade gira em torno de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões por mês, ratificando o que a gente tinha estimado no fim do ano passado”, disse Lucca.

O acompanhamento tornou-se mais efetivo após as bets legalizadas serem obrigadas a registrar uma conta bancária com uma Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) específica. O BC esclareceu que os dados são apenas para consumo interno e não serão divulgados periodicamente.

Quase todo o valor gasto é distribuído aos ganhadores, mas os números divergem entre o Ministério da Fazenda e o Banco Central. Segundo Galípolo, a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), ligada à Fazenda, tem registrado retorno de 93% a 94% do valor desembolsado pelos apostadores em prêmios. Em relatório preliminar divulgado no ano passado, o BC tinha calculado em 85% o retorno médio em prêmios.

Sem poder de fiscalização

O presidente do BC esclareceu que o órgão pode apenas compilar estatísticas e não tem competência legal para fiscalizar, supervisionar ou aplicar sanções, como o bloqueio de transações de bets não autorizadas a funcionar no Brasil. Ele esclareceu que a autoridade monetária só pode tomar essas medidas caso seja notificada pela SPA.

"A Secretaria de Prêmios de Apostas é quem define a bet que está autorizada ou não. O Banco Central, uma vez informado pela SPA, vai dizer para a instituição financeira: 'você tem aí empresas para observar nos seus procedimentos e, a partir de agora, não autorizar mais.' Não é o Banco Central que interrompe uma transação. A partir daí, é a própria instituição financeira que interrompe”, explicou Galípolo.

O presidente do BC esclareceu que, além da elaboração de estatísticas, o trabalho do BC em relação às bets resume-se à prevenção à lavagem de dinheiro e ao combate ao terrorismo, atividade para a qual a autoridade monetária tem competência legal. Nesses casos, as instituições financeiras têm de avisar o BC, que repassa as movimentações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ao Ministério Público e à Polícia Federal.

“Não posso nem deixar minhas prerrogativas serem invadidas nem invadir as prerrogativas de outros entes”, justificou Galípolo.

Sigilo bancário

Apesar do pedido de vários senadores, Galípolo informou que, por causa das obrigações legais para proteger os dados pessoais e o sigilo bancário, o BC não pode bloquear o Pix de apostadores que recebem o Bolsa Família. Segundo ele, o órgão também não tem poder para bloquear as chaves Pix das bets que recebem os recursos do programa social.

Na primeira semana como presidente do BC, Galípolo tinha se comprometido a colaborar com o Tribunal de Contas da União (TCU) e a fornecer informações sobre o Pix de beneficiários do Bolsa Família que apostam em bets.

O único dado que o presidente do BC adiantou foi o de que apostadores online têm risco de crédito (chances de dar calote em empréstimos) bastante superior ao dos não apostadores. Segundo Galípolo, os bancos já percebem o risco maior e cobra juros mais altos desses clientes.

Galípolo e o técnico do BC prestaram depoimento a convite do presidente da comissão, senador Dr. Hiran (PP-RR). Instalada em novembro no Senado, a CPI das Bets pretende investigar o impacto das apostas eletrônicas no orçamento das famílias brasileiras e no sistema financeiro, além da possível associação com organizações criminosas. A relatora é a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), autora do requerimento da CPI.

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