Mato Grosso do Sul alcançou 58,7% de pessoas maiores de 14 anos trabalhando em 2022. Esse número coloca o Estado no sexto maior nível de ocupação do Brasil, atrás apenas de Santa Catarina (63,5%), Distrito Federal (60,4%), Paraná (60,3%), Mato Grosso (60,33%) e Goiás (59,4%).
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através do Censo 2022: Trabalho e Rendimento e Deslocamentos para trabalho e estudo.
A pesquisa trouxe informações sobre as características das pessoas que residem no País e que trabalham, como posição na ocupação e categoria de emprego, além do detalhamento das ocupações e atividades econômicas. Também foram divulgadas as informações dos rendimentos de fontes de trabalho e outras.
A análise do Estado mostrou que apenas 20, dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, apresentaram um nível de ocupação igual ou superior a 60%, ou seja, onde a cada 10 pessoas com 14 anos ou mais, 6 estavam trabalhando.
Somente Chapadão do Sul superou a marca de 70%, com 75,11%, o 9º maior nível de ocupação do Brasil. Fernando de Noronha (PE) liderou o ranking nacional, com 82,97%.
Por outro lado, Tacuru foi o único município de MS que registrou porcentagem menor que 40% de ocupação: 31,62%. Isso mostra que, a cada 10 pessoas com 14 anos ou mais, apenas 7 estavam desempregadas ou não estavam aptas a trabalhar na época da pesquisa.
Com relação à faixa etária dos trabalhadores, em Mato Grosso do Sul, o nível de ocupação aumentou à medida que a idade aumentava até alcançar o máximo no grupo dos 35 aos 39 anos, com 76,9%. Em seguida, passou a declinar, até atingir os 18,6% no grupo de 65 anos ou mais, o 3º maior percentual no grupo entre os estados brasileiros.
Segundo a legislação brasileira, o trabalho de adolescentes de 16 ou 17 anos de idade é autorizado, desde que não seja em trabalhos prejudiciais à saúde, segurança e moralidade. Além destas condições, no caso dos adolescentes de 14 ou 15 anos de idade, o trabalho só é autorizado na condição de aprendiz. Em 2022, o nível da ocupação do grupo etário de 14 a 17 anos foi de 18%, para os homens, e de 11,7%, para as mulheres.

Renda
A renda do trabalho é um dos principais indicadores objetivos da qualidade da inserção dos indivíduos no mercado de trabalho. Em Mato Grosso do Sul, a maior parte dos ocupados recebe de 1 a 2 salários mínimos (37,4%), seguida pela faixa de meio salário mínimo a um salário, com 20,4%.
Os dados revelaram que, enquanto 64,21% dos sul-mato-grossenses recebem até 2 salários mínimos, apenas 5,42% recebem mais de 5 a 10 salários mínimos.
O Estado ficou na 8ª posição entre as Unidades da Federação, com renda média mensal de R$2.929,74.
Entre os 79 municípios sul-mato-grossenses, nenhum deles apresentou o rendimento médio mensal abaixo de 1 salário mínimo, que era de R$1.212 no período de referência da pesquisa.
Os três municípios com os menores rendimentos médios mensais no Estado foram Japorã (R$1.692,72), Coronel Sapucaia (R$1.720,35) e Tacuru (R$1.893,73). Por outro lado, os três municípios com os maiores rendimentos médios do trabalho foram Campo Grande (R$3.450,86), Chapadão do Sul (R$3.362,40) e São Gabriel do Oeste (R$3.362,33).

Homens ainda recebem mais do que mulheres
Em Mato Grosso do Sul e em todo o Brasil, a diferença salarial entre homens e mulheres ainda é observada e relatada. De acordo com os dados de 2022, o rendimento nominal médio mensal de todos os trabalhos da parte masculina da população era de R$3.248, um valor 24,1% maior que o da população feminina, que foi de R$2.498.
No ano em questão da pesquisa, homens recebiam rendimentos mensais superior às mulheres em todos os níveis de instrução analisados, sendo a maior diferença na categoria do ensino superior completo, com quase R$2,5 mil reais de diferença.

Mulheres possuem nível de instrução maior que homens
Considerando as pessoas ocupadas por nível de instrução, notou-se que, em 2022, as mulheres apresentaram
escolaridade mais elevada que os homens. Enquanto 29,6% das mulheres ocupadas possuíam o nível superior
completo, para os homens este percentual alcançava 16,7%.
Por outro lado, 50% dos homens ocupados não possuíam o ensino médio completo, enquanto para o caso das mulheres, este percentual era de 34%. Em relação a categoria de mais baixa instrução, sem instrução e fundamental incompleto, a representatividade masculina também foi superior à feminina em 2022.


