Economia

COMÉRCIO

Natal aquece o comércio e deixa empresários com boas expectativas de venda em MS

Otimismo se deve ao pagamento do 13º salário, festividades de fim de ano, lojas abertas até mais tarde e melhora da pandemia

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Comerciantes estão de portas abertas para receber clientes dispostos a comprarem e presentearem neste fim de ano, em centros, shoppings, bares e restaurantes.

A 15 dias do Natal, empresários estão otimistas e acreditam que haverá aumento nas vendas natalinas e de revéillon.

O otimismo se deve ao pagamento do 13º salário, festividades de fim de ano, lojas abertas até mais tarde e melhora da pandemia.

O décimo terceiro salário do governo do Estado injetou R$ 1,1 bilhão na economia, enquanto o da Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) R$ 183 milhões.

Na Capital, as lojas funcionam das 9h às 20h de 3 a 10 de dezembro e das 9h às 22h de 12 a 23 de dezembro. Aos domingos, dias 11 e 18 de dezembro, o comércio abre das 9h às 18h.

A queda de casos, mortes e internações por Covid-19 incentiva o consumidor à ir as compras presencialmente, sem receio de ser contaminado pelo vírus.

Números divulgados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revelam que 86,3% dos consumidores pretendem adquirir produtos em lojas físicas.

Os presentes preferidos são roupas, calçados e acessórios (68,8%), brinquedos (45,5%), móveis e eletrodomésticos (5,4%) e celulares e notebooks (3,2%).

De acordo com dados do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), trocas de presentes e festejos natalinos devem movimentar R$ 272,497 milhões na economia em Campo Grande e R$ 816 milhões em Mato Grosso do Sul.

Em Campo Grande, somente o Natal é responsável por aproximadamente R$ 186 milhões e o Ano Novo R$ 86,5 milhões.

Segundo o analista-técnico do Sebrae-MS, Carlos Henrique de Oliveira, o movimento no comércio promete ser grande e empresários devem estar preparados para receberem a alta demanda de clientes.

"Nesse período de Natal é importante que o empresário 'arrume a casa', pois previsão é que o volume de presença de pessoas seja maior. Saber receber esses clientes, ter equipamentos, infraestrutura, produtos e condições de pagamento é necessário para que o público aproveite as oportunidades", disse.

A secretária municipal de Finanças e Planejamento, Márcia Helena Hokama, afirmou que o 13º salário ajuda tanto o consumidor - que compra e paga contas - quanto o comerciante - que vende -.

"Este é um momento de festas, de natal, de união das famílias, de compra de presentes e também de colocar as contas em dia", afirmou.

Pesquisa realizada pela Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) aponta que 77% dos empresários esperam vender mais nesta época de fim de ano.

Em 2021, os comerciantes estavam um pouco mais otimistas: 79,61% estavam com boas expectativas de vendas, no mesmo período do ano passado.

Dentre os otimistas, 42%, preveem vendas entre R$ 101 e R$ 200; 23% gastos entre R$ 51 e R$100; 21% acreditam que os consumidores gastarão acima de R$ 200 e 10% creem que o gasto será de até R$ 50. A pesquisa foi realizada com 101 empresários.

Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, Renato Paniago, as promoções de fim de ano beneficiam tanto empresários, quanto consumidores e ambos saem satifeitos e no lucro. 

"Além do movimento tradicional do comércio para fomentar a compra de presentes, os consumidores também podem esperar por promoções em dezembro, já que 80% dos empresários entrevistados sinalizaram que devem fazer liquidações após o Natal", ressaltou. 

supemercados

Rede local ativa 'atacarejo' para enfrentar gigantes nacionais e mundiais

Grupo Pires, que investiu R$ 50 milhões na loja de atacado, já é a rede de supermercados com o maior número de lojas de Mato Grosso do Sul

28/11/2024 14h30

Com a bandeira Frama, loja é a 37ª unidade do grupo Pires, que em junho completou 44 anos de atividade no Estado

Com a bandeira Frama, loja é a 37ª unidade do grupo Pires, que em junho completou 44 anos de atividade no Estado Marcelo Victor

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Nascida há 44 anos em Mato Grosso do Sul, a rede de supermercados Pires inaugurou nesta quarta-feira (27) e nesta quinta-feira (28) em Vicentina e em Campo Grande suas primeiras unidades do chamado "atacarejo". Com isso, aumenta sua concorrência com as gigantes nacionais e mundiais do setor, como as redes Fort Atacadista, Atacadão e Assaí, que já oferecem este tipo de loja há anos. 

Com investimento de R$ 50 milhões, a loja de Campo Grande, na Avenida Guaicurus, ocupa uma área de 40 mil metros quadrados. Em 2017 o terreno chegou a ser alvo de invasão por cerca de 200 famílias. Cerca de 50 chegaram a construir casas de alvenaria, mas meses depois foram despejadas. 

A loja, que aparece com a logomarca de Frama Atacadista, tem cerca de 12 mil metros quadrados e está gerando 135 empregos diretos. Com mais esta unidade, o Grupo Pires chega à 37ª loja e 2,8 mil empregos diretos nas cidades de Campo Grande, Dourados, Rio Brilhante, Maracaju, Deodápolis e Vicentina. 

E foi nesta última cidade, com apenas 6,4 mil habitantes, que o grupo inaugurou nesta quarta-feira (27) sua primeira atacadista no Estado, com investimento de R$ 25 milhões. “A gente não costuma falar em enfrentar is gigantes nacionais e mundiais. A gente fala que está oferecendo mais uma oportunidade para o consumidor”, afirma Vagner Lacerda, diretor de expansão do grupo e neto do fundador. 

Como responsável pelos novos investimentos, Vagner antecipa que para o próximo ano estão previstas outras quatro lojas em Campo Grande. Por questões de concorrência, prefere não divulgar os locais e nem se elas serão “supermercados normais” ou atacadistas, como as duas lojas inauguradas nesta semana. 

E ao ser questionado sobre a concorrência, Vagner diz que as 37 lojas do grupo colocam o Pires como a maior rede de supermercados de Mato Grosso do Sul, maior inclusive que o grupo Comper/Fort Atacadista em número de unidades.  Embora o presidente deste grupo resida em Campo Grande, ela é uma empresa de origem e matriz catarinense.

No quesito faturamento, contudo, o Pires ainda é segundo colocado entre os chamados supermercados locais, ranking no qual não entram os concorrentes do Grupo Pereira ou Atacadão e Assaí. Mesmo assim, destaca Vagner, o Pires já está entre as cem maiores redes de supermercados do País. Neste ranking, o Comper-Fort está em sétimo lugar. 

Até agora, o grupo tinha apenas duas unidades com a bandeira Frama em Campo Grande e ambas localizadas em bairros chamados nobres, como Vilas Boas e Chácara Cachoeira. As lojas com bandeira Pires estão praticamente todas espalhadas em regiões periféricas de Campo Grande.

Uma delas inclusive está a poucos metros do atacarejo inuaugurado nesta quinta-feira. “Vão funcionar as duas. São opções para os consumidores”, diz Vagner. Por dia, informa o site da empresa, eram atendidos em torno de 60 mil consumidores quando o grupo tinha 31 lojas. 

O fundador da rede nasceu em Deodápolis, no sul do Estado, cidade natal de dois dos três sócios (Francisco Pires, Manoel Pires e Maria Antonia Pires) e onde a rede tem loja até hoje. E, pelo menos por enquanto, a rede está somente na região centro-sul do Estado. Na Capital são 27 lojas, em Dourados, seis e as outras quatro em Rio Brilhante, Maracaju, Douradina e Vicentina. Mas, a previsão é ampliar ese número também no interior. 


 

JUSTIÇA FISCAL

Isenção no IR por motivos de doença será limitada a quem ganha até R$ 20 mil, diz Haddad

Ministro ressaltou que os ganhos com a medida vão ajudar a compensar a perda de arrecadação com a ampliação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000

28/11/2024 10h37

Pela proposta do ministro Fernando Haddad, contribuintes com renda de R$ 50 mil por mês terão de pagar uma alíquota mínima de Imposto de Renda

Pela proposta do ministro Fernando Haddad, contribuintes com renda de R$ 50 mil por mês terão de pagar uma alíquota mínima de Imposto de Renda

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O ministro Fernando Haddad (Fazenda) anunciou nesta quinta-feira (28) que o governo vai limitar a isenção de IR (Imposto de Renda) por motivos de saúde a quem ganha até R$ 20 mil por mês.

Ele ressaltou que as despesas médicas dos contribuintes continuarão a poder ser deduzidas integralmente; mas, no caso de quem tem renda acima do teto, não haverá 100% de isenção. A mudança, diz o ministro, busca corrigir distorções.

"Todo mundo pode abater despesa de saúde na sua integralidade. Se você gastou R$ 1 milhão para fazer um tratamento de saúde, você vai poder deduzir. Esta regra não vai alterar", disse.

"Contudo, a isenção de Imposto de Renda por razões de saúde vai ficar limitada a quem tem um salário de até R$ 20 mil por mês", acrescentou.

Segundo a Receita Federal, atualmente pessoas portadoras de doenças graves têm direito à isenção no IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física). São consideradas doenças graves, por exemplo, AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), cardiopatia grave, cegueira (inclusive monocular), contaminação por radiação, doença de Parkinson, esclerose múltipla, hanseníase, entre outras.
 

Haddad ressaltou que os ganhos com a medida vão ajudar a compensar a perda de arrecadação com a ampliação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000. A expectativa do governo é que a medida seja discutida e aprovada em 2025 para valer a partir de 2026.

O impacto da isenção maior será de aproximadamente R$ 35 bilhões. Outra medida que deve ajudar na compensação é a criação de um imposto mínimo para super-ricos no IRPF.

Pela proposta do governo, contribuintes com renda de R$ 50 mil por mês (R$ 600 mil por ano) terão de pagar uma alíquota mínima de Imposto de Renda.

Contribuintes com rendas elevadas no Brasil costumam ter seus ganhos concentrados em rendimentos isentos, como lucros e dividendos. Por isso, embora a tabela do IRPF preveja cobranças nominais de até 27,5%, a alíquota efetiva é bem menor no topo —às vezes, abaixo de 2%.

A cobrança sobre as grandes rendas busca equalizar essa diferença. O imposto mínimo terá uma alíquota progressiva, chegando a até 10%. Para saber se o contribuinte será alvo ou não do imposto, é preciso olhar a chamada alíquota efetiva. Ela mede o quanto foi pago de imposto em relação à renda total, que inclui tanto parcelas tributáveis quanto isentas (ou seja, salários, aplicações financeiras, lucros e dividendos, entre outros).

Caso a alíquota efetiva paga pelo contribuinte com renda maior que R$ 100 mil ao mês tenha ficado em 4%, por exemplo, ele deverá recolher uma parcela complementar equivalente a 6%, completando os 10% do chamado imposto mínimo.

(Informações da Folhapress)
 

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