Economia

COMBUSTÍVEIS

Petrobras reduz preços da gasolina e do diesel em suas refinarias

A gasolina cairá 6,1% e o diesel, 8,2%

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A Petrobras reduzirá a partir desta quarta-feira (7) os preços da gasolina e do diesel vendidos por suas refinarias. A gasolina cairá 6,1% e o diesel, 8,2%.

É a primeira mudança no preço da gasolina em mais de três meses, período no qual a estatal chegou a vender o produto com elevadas defasagens em relação às cotações internacionais.

O preço do diesel permancia inalterado desde 20 de setembro.

Segundo a companhia, as reduções acompanham a evolução dos preços de referência e são coerentes com a prática de preços da Petrobras, que busca o "equilíbrio com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio".

A gasolina vendida pelas refinarias da Petrobras passará de R$ 3,28 para R$ 3,08 por litro, uma redução de R$ 0,20 por litro.

O preço médio de venda de diesel para as distribuidoras passará de R$ 4,89 para R$ 4,49 por litro, uma redução de R$ 0,40 por litro.

O repasse às bombas depende de políticas comerciais de distribuidoras e postos.


Durante a campanha para o primeiro turno das eleições, a Petrobras vinha fazendo anúncios semanais de quedas de preços de combustíveis, mas suspendeu a estratégia quando o petróleo passou a subir na campanha do segundo turno.

Foi quase um mês com preços abaixo da paridade de importação, conceito que simula quanto custaria para trazer os produtos do exterior.

Nas últimas semanas, as cotações internacionais do petróleo cederam e a empresa passou a vender produtos mais caros do que no exterior.

Na abertura do mercado desta terça (6), o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras estava 8%, o R$ 0,24 por litro, acima da paridade, segundo cálculo da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).

A diferença no preço do diesel também era de 8%, ou R$ 0,34 por litro.

A queda nos preços dos combustíveis durante a campanha ajudou a derrubar a inflação no país.

No mês passado, porém, a gasolina voltou a subir nas bombas, com repasses da alta do etanol anidro, pressionando novamente a inflação.

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) passou a 0,53% em novembro, depois de alta de 0,16% no mês anterior. Foi a taxa mais elevada desde junho, quando o índice avançou 0,69%, de acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O economista Guilherme Souza, da Ativa Investimentos, estima que o efeito dos cortes de preço anunciados nesta terça sobre o IPCA será de -16bps, distribuídos praticamente meio a meio entre as referências de dezembro e janeiro.

"Vale pontuar, que ainda que a Petrobras tenha anunciado o reajuste negativo a partir de amanhã, estimamos que o efeito dessa queda para o consumidor deverá ser sentido apenas a partir do dia 13 de dezembro", afirmou.

Com isso, a perspectiva da Ativa para o IPCA de dezembro foi reduzida de 0,84% para 0,75%, enquanto a de janeiro recuou de 0,73% para 0,66%.

Para o ano de 2022, Souza espera inflação de 5,9%; em 2023, de 5,2%.

Economia

Mercado projeta inflação em 5,58% para 2025; PIB fica em 2,03%

Expectativa para taxa básica de juros foi mantida em 15%

10/02/2025 12h00

MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

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O mercado financeiro aumentou a projeção da inflação e do crescimento da economia para este ano. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (10) pelo Banco Central, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 5,58%, ante os 5,51% da semana passada.

O boletim também trouxe nova redução na projeção do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma dos bens e serviços produzidos no país, para 2025. Agora, os agentes do mercado financeiro projetam o crescimento de 2,03% para 2025, ante os 2,04% da semana anterior.

A pesquisa Focus é feita com economistas do mercado financeiro e divulgada semanalmente pelo BC. Para 2026, o Focus mostra projeção de crescimento do PIB de 1,7%. Já para 2027, a projeção é de 1,96% e, em 2028, expansão de 2% da economia.

Em relação à inflação, o boletim projeta índice de 4,3% para 2026, ante os 4,28, da semana passada. Para 2027, o mercado financeiro tem a projeção de IPCA de 3,9% e, de 3,78% em 2028.

No ano passado, o IPCA, que leva em conta a variação do custo de vida de famílias com rendimento de até 40 salários mínimos, fechou o ano passado em 4,83%, acima do teto da meta, que era de 4,5%.

Taxa de juros

Em relação à taxa básica de juros, a Selic, o Focus manteve a projeção da semana passada, de 15%, para 2025, a mesma das últimas quatro semanas. Para 2026, a projeção do mercado financeiro é que a Selic fique em 12,5%, também a mesma projetada na semana passada. Para 2027 e 2028, as projeções são de que a taxa fique em 10,5% e 10%, respectivamente.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

No final de janeiro, o colegiado aumentou a Selic em 1 ponto percentual, com a justificativa de que a decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta.

O Copom destacou que os preços dos alimentos se elevaram de forma significativa, em função, dentre outros fatores, da estiagem observada ao longo do ano passado e da elevação de preços de carnes, também afetada pelo ciclo do boi.

Com relação aos bens industrializados, o comitê apontou que movimento recente de aumento do dólar pressiona preços e margens, sugerindo maior aumento em tais componentes nos próximos mes, o que tornou o cenário inflacionário mais adverso, demandando uma política econômica contracionista.

Ainda de acordo com o Copom, o cenário mais adverso para a convergência da inflação à meta para 2025, de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5% pode demandar aumento de 1 ponto percentual na Selic na próxima reunião do comitê nos dias 18 e 19 de março.

Câmbio

Em relação ao câmbio, a previsão de cotação do dólar ficou em R$ 6,00 para 2025. Nesta segunda-feira a cotação da moeda está em R$ 5,75. No fim de 2026, a previsão é que a moeda norte-americana também fique em R$ 6,00. Para 2027, o câmbio também deve ficar, segundo o Focus, em R$5,93 e para 2028, a projeção é de R$ 5,99.

CARONA

Postos aproveitam alta da gasolina e elevam preço do etanol

Pesquisa da ANP indica que preço médio do etanol subiu seis centavos depois da alta 10 centavos no ICMS sobre a gasolina

10/02/2025 11h15

Pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostra que etanol subiu, em média, seis centavos na semana passada em Campo Grande

Pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostra que etanol subiu, em média, seis centavos na semana passada em Campo Grande

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Além de elevarem o preço da gasolina acima dos dez centavos previstos, os proprietários dos postos de combustíveis aproveitaram para aumentar também o preço do etanol ao longo da primeira semana de fevereiro, conforme comprova pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) concluída no último sábado (8). 

No dia 1º de fevereiro aumentou em dez centavos o ICMS que os governos estaduais cobram sobre a gasolina, valor que automaticamente seria repassado aos consumidores. Porém, conforme mostra o levantamento da ANP, o valor médio da gasolina aumentou em 15 centavos, passado do valor médio de R$ 5,78 para  R$ 5,93 nos 23 postos pesquisados pela Agência em Campo Grande. 

E, apesar de o imposto não ter sofrido nenhuma alteração no caso do etanol, o valor nas bombas também teve alta.  Na pesquisa encerrada no dia 1º, o custo médio era de R$ 3,88. Uma semana depois, estava em R$ 3,94, embora ainda houvesse posto oferecendo o produto por R$ 3,72. 

Os proprietários dos pontos de revenda podem até alegar que já havia uma tendência de alta, uma vez que na penúltima semana de janeiro o valor médio já havia subido quatro centavos, passando de R$ 3,84 para R$ 3,88. Porém, o ritmo do aumento foi bem maior depois da alta da gasolina, subindo   seis centavos, em média. 

Mesmo assim, Campo Grande tem ainda o menor preço do etanol entre as capitais brasileiras, sendo a única onde é possível abastecer por menos de quatro reais. Em segundo lugar aparece Cuiabá, onde o valor médio está em R$ 4,17. Em seis capitais o preço está acima dos cinco reais, tendo Macapá como campeã, com R$ 5,47. 

Mas apesar do aumento dez centavos nas últimas duas semanas, ainda compenha abastecer com o combustível renovável, principalmente por que a gasolina subiu 15 centavos. O litro do etanol equivale a 66% do preço da gasolina. E, conforme especialistas, quando este percentual está abaixo de 70%, é vantagem rodar com etanol. 

No caso da gasolina (R$ 5,93) a situação é parecida e o valor médio praticado em Campo Grande é o menor entre as capitais. Somente em duas outras cidades (Teresina e Macapá) o custo médio do combustível segue abaixo dos seis reais. Donos de postos de Rio Branco, no Acre, praticam o maior valor entre todas as capitais, R$ 7,54.

RANKING ESTADUAL

Se forem levados em consideração os preços médios pesquisados em todos os Estados, incluindo as cidades do interior,  Mato Grosso do Sul também aparece com o menor preço do etanol, com R$ 4,07. Neste caso, o custo médio também subiu seis centavos na primeira semana de fevereiro, depois da alta do ICMS sobre a gasolina (10 centavos) e o diesel (06 centavos)

Quando o assunto é gasolina, Mato Grosso do Sul cai para o terceiro lugar quando são computados também os preços do interior do Estado. O valor médio é de R$ 6,13. No Amapá e no Piauí é possível obter o produto a custos melhores, R% 5,99 e R$ 6,04, respectivamente. 

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